BRUXELAS - O secretário-geral da Organização do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, assegurou nesta quinta-feira, 18, que mantém a confiança em "todos os aliados", ao ser questionado sobre a suposta informação secreta a respeito do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) fornecida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, à Rússia.
"Aprecio muita a cooperação que temos na Otan na hora de compartilhar informação e confio em todos os aliados", declarou Stoltenberg ao chegar ao Conselho de ministros de Defesa da União Europeia, do qual participa como convidado.
"Estou totalmente convencido de que são capazes de compartilhar e manejar esta informação. Vimos isso durante muitos anos", acrescentou, a uma semana de receber Trump em Bruxelas em uma cúpula de líderes da Aliança.
Iraque. O governo americano propõe que a Otan treine as forças iraquianas depois de derrotar o EI, afirmou o comandante das forças conjuntas dos EUA, o general Joe Dunford.
A Aliança "poderia estar idealmente posicionada para proporcionar uma missão de treinamento" às forças iraquianas "durante um longo período de tempo", afirmou Dunford à imprensa a bordo do avião em que retornava aos EUA de Bruxelas.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, afirmou que as forças iraquianas podem precisar de apoio após a derrota do EI, mas não revelou suas necessidades, destacou o general Dunford. A missão da Otan se limitaria, a princípio, a desenvolver as capacidades do Exército iraquiano.
A Otan poderia ajudar as forças iraquianas em "logística, aquisições, desenvolvimento de capacidades, formação de comandantes e academias", indicou Dunford. Ainda assim, ela permaneceria à margem das missões de assessoria às forças, algo reservado à coalizão que luta contra o EI. / EFE e AFP