BOGOTÁ - A ex-procuradora venezuelana Luisa Ortega Díaz, que fugiu do país alegando ser vítima de perseguição política, retornou na quinta-feira 24 a Bogotá depois de fazer graves acusações de corrupção contra o governo de Nicolás Maduro em Brasília.
Ortega chegou em um voo comercial ao lado do marido, o deputado Germán Ferrer, segundo o serviço de imigração da Colômbia.
A ex-procuradora e chavista dissidente está sob proteção do governo colombiano, que ofereceu asilo após sua fuga da Venezuela, onde ela afirma que enfrenta perseguição das autoridades. Durante a estadia dela no Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, também ofereceu asilo.
Na quarta-feira, Ortega participou em Brasília de um encontro de procuradores do Mercosul. Ela afirmou que dispõe de provas que vinculam Maduro e altos funcionários do governo venezuelano ao escândalo de corrupção da empreiteira brasileira Odebrecht.
O novo procurador da Venezuela, Tarek William Saab, tentou minimizar a "validade" das declarações de Ortega, que foi destituída no dia 5 de agosto pela Assembleia Constituinte de plenos poderes que vigora na Venezuela.
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Em reunião nesta quarta-feira com a ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, e colegas de países do Mercosul em Brasília, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o governo do presidente Nicolás Maduro faz uso de um 'verdadeiro poder ditatorial'.
A Justiça venezuelana a investiga por supostamente mentir no exercício de suas funções e acusa seu marido de liderar uma rede de corrupção no Ministério Público.
Ortega, uma chavista de 59 anos, se rebelou contra Maduro por decisões contra o Parlamento de maioria opositora, cujas funções foram assumidas pela Assembleia Constituinte. / AFP e EFE