Após vitória, Orbán chama Zelenski de ‘oponente’, ataca ‘burocratas de Bruxelas’ e acena a Putin


Primeiro-ministro da Hungria foi reeleito com 53% dos votos neste domingo; país é visto como o maior aliado de Putin dentro da União Europeia

Por Redação
Atualização:

Após vencer as reeleições da Hungria neste domingo, 3, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán chamou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, e os líderes da União Europeia de “oponentes”. No discurso da vitória, Orbán afirmou que a Hungria lutou contra uma “força esmagadora” durante a eleição, do qual fazem parte Zelenski e a UE. “Nós nunca tivemos tantos oponentes (...) temos os burocratas de Bruxelas, a mídia internacional e o presidente ucraniano”, declarou.

O trecho foi visto como um aceno ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o qual Orbán mantém relações estreitas. Segundo a Reuters, com a vitória esmagadora, o primeiro-ministro húngaro deve se posicionar contra as sanções energéticas à Rússia e endurecer sua posição nas negociações com Bruxelas para utilizar fundos bloqueados da União Europeia.

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Assim como outros da União Europeia, a Hungria é um dos países que dependem da energia russa. O país já se posicionou contra as sanções do bloco europeu ao petróleo e gás russos com o argumento de que destruiriam uma economia já desacelerada. A posição gerou críticas contra Orbán por parte do presidente Volodmir Zelenski.

Primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban faz discurso para seus eleitores após o anúncio dos resultado da eleição parlamentar neste domingo, 3 Foto: Bernadett Szabo / Reuters

A posição de Orbán com relação à guerra na Ucrânia é ambígua. A Hungria condenou a invasão russa, recebeu cerca de 500 mil refugiados desde o início do conflito e votou a favor da maioria das sanções da UE, mas proíbe o envio de armas através do seu território para a Ucrânia, com o qual faz fronteira, e rejeita as sanções energéticas. “Ele é praticamente o único na Europa a apoiar abertamente Putin”, disse Zelenski.

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Segundo analistas, o líder húngaro adotou uma posição mais neutra com relação à guerra durante a campanha presidencial para evitar a rejeição dos eleitores. Apesar disso, uma pesquisa do instituto húngaro Publicus em março mostrou que apenas 44% dos apoiadores do Fidesz (partido de Orbán) consideravam a Rússia o agressor na guerra.

Após o resultado eleitoral, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou a Orbán uma mensagem de felicitações, segundo o Kremlin. “Apesar da difícil situação internacional, o desenvolvimento de laços bilaterais de parceria está totalmente de acordo com os interesses dos povos da Rússia e da Hungria”, escreveu Putin. Hoje, o líder húngaro é considerado o maior aliado de Putin na UE.

A posição do húngaro reforça as críticas contra o seu governo por parte da União Europeia, que considera que o Fidesz minou as instituições democráticas da Hungria. O líder húngaro também já entrou em conflito com o bloco sobre questões de Estado de direito, como liberdade de imprensa e migração.

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No discurso da vitória, Orbán fez questão de chamar os líderes do bloco de “burocratas” e exaltou a vitória do seu partido nas eleições, com 53%. No parlamento, o Fidesz conquistou dois terços das vagas, dando uma maioria parlamentar que permite o primeiro-ministro fazer novas mudanças na Constituição do país e ficar 16 anos no cargo. “Conseguimos uma vitória tão grande, que pode ser vista até da Lua, mas definitivamente de Bruxelas”, disse ele.

Para analistas, a fala se refere ao plano de Orban de conseguir o desbloqueio de fundos da União Europeia que estão bloqueados para a Hungria e para a Polônia devido a deficiências democráticas. Analistas dizem que o recurso é importante para conter um déficit orçamentário do país. /AP, REUTERS, AFP

Após vencer as reeleições da Hungria neste domingo, 3, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán chamou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, e os líderes da União Europeia de “oponentes”. No discurso da vitória, Orbán afirmou que a Hungria lutou contra uma “força esmagadora” durante a eleição, do qual fazem parte Zelenski e a UE. “Nós nunca tivemos tantos oponentes (...) temos os burocratas de Bruxelas, a mídia internacional e o presidente ucraniano”, declarou.

O trecho foi visto como um aceno ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o qual Orbán mantém relações estreitas. Segundo a Reuters, com a vitória esmagadora, o primeiro-ministro húngaro deve se posicionar contra as sanções energéticas à Rússia e endurecer sua posição nas negociações com Bruxelas para utilizar fundos bloqueados da União Europeia.

Assim como outros da União Europeia, a Hungria é um dos países que dependem da energia russa. O país já se posicionou contra as sanções do bloco europeu ao petróleo e gás russos com o argumento de que destruiriam uma economia já desacelerada. A posição gerou críticas contra Orbán por parte do presidente Volodmir Zelenski.

Primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban faz discurso para seus eleitores após o anúncio dos resultado da eleição parlamentar neste domingo, 3 Foto: Bernadett Szabo / Reuters

A posição de Orbán com relação à guerra na Ucrânia é ambígua. A Hungria condenou a invasão russa, recebeu cerca de 500 mil refugiados desde o início do conflito e votou a favor da maioria das sanções da UE, mas proíbe o envio de armas através do seu território para a Ucrânia, com o qual faz fronteira, e rejeita as sanções energéticas. “Ele é praticamente o único na Europa a apoiar abertamente Putin”, disse Zelenski.

Segundo analistas, o líder húngaro adotou uma posição mais neutra com relação à guerra durante a campanha presidencial para evitar a rejeição dos eleitores. Apesar disso, uma pesquisa do instituto húngaro Publicus em março mostrou que apenas 44% dos apoiadores do Fidesz (partido de Orbán) consideravam a Rússia o agressor na guerra.

Após o resultado eleitoral, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou a Orbán uma mensagem de felicitações, segundo o Kremlin. “Apesar da difícil situação internacional, o desenvolvimento de laços bilaterais de parceria está totalmente de acordo com os interesses dos povos da Rússia e da Hungria”, escreveu Putin. Hoje, o líder húngaro é considerado o maior aliado de Putin na UE.

A posição do húngaro reforça as críticas contra o seu governo por parte da União Europeia, que considera que o Fidesz minou as instituições democráticas da Hungria. O líder húngaro também já entrou em conflito com o bloco sobre questões de Estado de direito, como liberdade de imprensa e migração.

No discurso da vitória, Orbán fez questão de chamar os líderes do bloco de “burocratas” e exaltou a vitória do seu partido nas eleições, com 53%. No parlamento, o Fidesz conquistou dois terços das vagas, dando uma maioria parlamentar que permite o primeiro-ministro fazer novas mudanças na Constituição do país e ficar 16 anos no cargo. “Conseguimos uma vitória tão grande, que pode ser vista até da Lua, mas definitivamente de Bruxelas”, disse ele.

Para analistas, a fala se refere ao plano de Orban de conseguir o desbloqueio de fundos da União Europeia que estão bloqueados para a Hungria e para a Polônia devido a deficiências democráticas. Analistas dizem que o recurso é importante para conter um déficit orçamentário do país. /AP, REUTERS, AFP

Após vencer as reeleições da Hungria neste domingo, 3, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán chamou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, e os líderes da União Europeia de “oponentes”. No discurso da vitória, Orbán afirmou que a Hungria lutou contra uma “força esmagadora” durante a eleição, do qual fazem parte Zelenski e a UE. “Nós nunca tivemos tantos oponentes (...) temos os burocratas de Bruxelas, a mídia internacional e o presidente ucraniano”, declarou.

O trecho foi visto como um aceno ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o qual Orbán mantém relações estreitas. Segundo a Reuters, com a vitória esmagadora, o primeiro-ministro húngaro deve se posicionar contra as sanções energéticas à Rússia e endurecer sua posição nas negociações com Bruxelas para utilizar fundos bloqueados da União Europeia.

Assim como outros da União Europeia, a Hungria é um dos países que dependem da energia russa. O país já se posicionou contra as sanções do bloco europeu ao petróleo e gás russos com o argumento de que destruiriam uma economia já desacelerada. A posição gerou críticas contra Orbán por parte do presidente Volodmir Zelenski.

Primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban faz discurso para seus eleitores após o anúncio dos resultado da eleição parlamentar neste domingo, 3 Foto: Bernadett Szabo / Reuters

A posição de Orbán com relação à guerra na Ucrânia é ambígua. A Hungria condenou a invasão russa, recebeu cerca de 500 mil refugiados desde o início do conflito e votou a favor da maioria das sanções da UE, mas proíbe o envio de armas através do seu território para a Ucrânia, com o qual faz fronteira, e rejeita as sanções energéticas. “Ele é praticamente o único na Europa a apoiar abertamente Putin”, disse Zelenski.

Segundo analistas, o líder húngaro adotou uma posição mais neutra com relação à guerra durante a campanha presidencial para evitar a rejeição dos eleitores. Apesar disso, uma pesquisa do instituto húngaro Publicus em março mostrou que apenas 44% dos apoiadores do Fidesz (partido de Orbán) consideravam a Rússia o agressor na guerra.

Após o resultado eleitoral, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou a Orbán uma mensagem de felicitações, segundo o Kremlin. “Apesar da difícil situação internacional, o desenvolvimento de laços bilaterais de parceria está totalmente de acordo com os interesses dos povos da Rússia e da Hungria”, escreveu Putin. Hoje, o líder húngaro é considerado o maior aliado de Putin na UE.

A posição do húngaro reforça as críticas contra o seu governo por parte da União Europeia, que considera que o Fidesz minou as instituições democráticas da Hungria. O líder húngaro também já entrou em conflito com o bloco sobre questões de Estado de direito, como liberdade de imprensa e migração.

No discurso da vitória, Orbán fez questão de chamar os líderes do bloco de “burocratas” e exaltou a vitória do seu partido nas eleições, com 53%. No parlamento, o Fidesz conquistou dois terços das vagas, dando uma maioria parlamentar que permite o primeiro-ministro fazer novas mudanças na Constituição do país e ficar 16 anos no cargo. “Conseguimos uma vitória tão grande, que pode ser vista até da Lua, mas definitivamente de Bruxelas”, disse ele.

Para analistas, a fala se refere ao plano de Orban de conseguir o desbloqueio de fundos da União Europeia que estão bloqueados para a Hungria e para a Polônia devido a deficiências democráticas. Analistas dizem que o recurso é importante para conter um déficit orçamentário do país. /AP, REUTERS, AFP

Após vencer as reeleições da Hungria neste domingo, 3, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán chamou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, e os líderes da União Europeia de “oponentes”. No discurso da vitória, Orbán afirmou que a Hungria lutou contra uma “força esmagadora” durante a eleição, do qual fazem parte Zelenski e a UE. “Nós nunca tivemos tantos oponentes (...) temos os burocratas de Bruxelas, a mídia internacional e o presidente ucraniano”, declarou.

O trecho foi visto como um aceno ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o qual Orbán mantém relações estreitas. Segundo a Reuters, com a vitória esmagadora, o primeiro-ministro húngaro deve se posicionar contra as sanções energéticas à Rússia e endurecer sua posição nas negociações com Bruxelas para utilizar fundos bloqueados da União Europeia.

Assim como outros da União Europeia, a Hungria é um dos países que dependem da energia russa. O país já se posicionou contra as sanções do bloco europeu ao petróleo e gás russos com o argumento de que destruiriam uma economia já desacelerada. A posição gerou críticas contra Orbán por parte do presidente Volodmir Zelenski.

Primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban faz discurso para seus eleitores após o anúncio dos resultado da eleição parlamentar neste domingo, 3 Foto: Bernadett Szabo / Reuters

A posição de Orbán com relação à guerra na Ucrânia é ambígua. A Hungria condenou a invasão russa, recebeu cerca de 500 mil refugiados desde o início do conflito e votou a favor da maioria das sanções da UE, mas proíbe o envio de armas através do seu território para a Ucrânia, com o qual faz fronteira, e rejeita as sanções energéticas. “Ele é praticamente o único na Europa a apoiar abertamente Putin”, disse Zelenski.

Segundo analistas, o líder húngaro adotou uma posição mais neutra com relação à guerra durante a campanha presidencial para evitar a rejeição dos eleitores. Apesar disso, uma pesquisa do instituto húngaro Publicus em março mostrou que apenas 44% dos apoiadores do Fidesz (partido de Orbán) consideravam a Rússia o agressor na guerra.

Após o resultado eleitoral, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou a Orbán uma mensagem de felicitações, segundo o Kremlin. “Apesar da difícil situação internacional, o desenvolvimento de laços bilaterais de parceria está totalmente de acordo com os interesses dos povos da Rússia e da Hungria”, escreveu Putin. Hoje, o líder húngaro é considerado o maior aliado de Putin na UE.

A posição do húngaro reforça as críticas contra o seu governo por parte da União Europeia, que considera que o Fidesz minou as instituições democráticas da Hungria. O líder húngaro também já entrou em conflito com o bloco sobre questões de Estado de direito, como liberdade de imprensa e migração.

No discurso da vitória, Orbán fez questão de chamar os líderes do bloco de “burocratas” e exaltou a vitória do seu partido nas eleições, com 53%. No parlamento, o Fidesz conquistou dois terços das vagas, dando uma maioria parlamentar que permite o primeiro-ministro fazer novas mudanças na Constituição do país e ficar 16 anos no cargo. “Conseguimos uma vitória tão grande, que pode ser vista até da Lua, mas definitivamente de Bruxelas”, disse ele.

Para analistas, a fala se refere ao plano de Orban de conseguir o desbloqueio de fundos da União Europeia que estão bloqueados para a Hungria e para a Polônia devido a deficiências democráticas. Analistas dizem que o recurso é importante para conter um déficit orçamentário do país. /AP, REUTERS, AFP

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