Arábia Saudita e Israel ensaiam retomada de laços durante viagem de Biden ao Oriente Médio


Riad autorizou voos diretos vindos de aeroportos israelenses horas antes do presidente americano embarcar de Jerusalém para Jeddah

Por Redação
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - A Arábia Saudita deu um pequeno passo para normalizar as relações com Israel nesta sexta-feira, 15, ao autorizar que aviões israelenses voem entre os dois países. O anúncio, feito horas antes do presidente americano, Joe Biden, embarcar de Jerusalém para Jeddah, é o mais novo exemplo dos laços crescentes entre Israel e o mundo árabe, após décadas de isolamento diplomático.

O movimento de aproximação entre Israel e países árabes ganhou força em 2020, após uma série de acordos mediados pelos Estados Unidos, ainda sob governo de Donald Trump, o que incluiu países como Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein. Para além de uma normalização das relações diplomáticas, revelações recentes mostram que os países chegaram a cooperar em temas militares, incluindo uma operação de defesa compartilhada para abater drones iranianos.

Riad ficou de fora da primeira leva dos acordos, mas o gesto de abertura do espaço aéreo foi vista com otimismo pelo presidente Joe Biden, que comentou sobre o tema em um comunicado. “A decisão da Arábia Saudita pode ajudar a impulsionar uma maior integração de Israel na região, inclusive com a (própria) Arábia Saudita”, afirmou.

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Príncipe saudita Mohammed bin Salman cumprimenta o presidente dos EUA, Joe Biden, em Jeddah. Foto: Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Handout via REUTERS - 15/07/2022

O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, agradeceu ao governo saudita, mas disse que a medida era “apenas o primeiro passo” em direção a laços plenos. “Continuaremos trabalhando com a cautela necessária, pelo bem da economia de Israel, da segurança e do bem de nossos cidadãos”, afirmou.

Merav Michaeli, ministro dos Transportes de Israel, descreveu a medida como um passo importante para “relações melhores e mais fortes com os países do Oriente Médio, relações que trarão benefícios críticos para nossa segurança e nossa economia”.

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Embora a Arábia Saudita e Israel tenham relações extra-oficiais há muito tempo, o governo saudita havia dito anteriormente que evitaria um relacionamento formal com Israel até que houvesse uma resolução para o conflito israelo-palestino. Mas os principais membros da realeza saudita tornaram-se mais críticos em relação à liderança palestina, e alguns comentaristas sauditas expressaram recentemente apoio à normalização com Israel.

Além disso, a preocupação de líderes árabes de países de maioria sunita com as ações hostis do Irã tem superado o apoio histórico às demandas palestinas. Na última década, o Irã e seus representantes no Iêmen, Líbano, Síria e Iraque aumentaram o número de ataques por drone contra Israel, bases americanas na região, estados sunitas e instalações petrolíferas - incluindo o grave ataque a companhia petrolífera nacional saudita, Aramco, em setembro de 2019.

Drone militar iraniano disparado durante um exercício militar na costa do mar de Omã, em 7 de novembro de 2021. Foto: Iranian Army office / AFP
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Observadores apontam que a viagem de Joe Biden ao Oriente Médio teve como efeito principal reforçar o relacionamento entre Israel e os Estados árabes, uma vez que o próprio relacionamento de Biden com a Arábia Saudita não está em plena sintonia.

Como candidato, Biden prometeu punir a Arábia Saudita pelo assassinato do jornalista Jammal Khashoggi tornando o reino um “pária”. No entanto, com a crise no preço do petróleo desencadeado pela guerra na Ucrânia e o aumento da influência chinesa na região, o presidente americano decidiu pagar o custo político e viajar até o país.

Enquanto isso, em Israel, autoridades esperam que a decisão de liberação de voos entre os países permita que membros da minoria muçulmana de Israel voem diretamente para a Arábia Saudita para peregrinações a Meca.

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Na semana passada, Esawi Frej, um raro caso de ministro muçulmano no gabinete israelense, disse que pediu à Arábia Saudita que permitisse tal medida. “Quero ver o dia em que poderei partir de Ben-Gurion para Jeddah para cumprir minha obrigação religiosa”, disse Frej a uma estação de rádio israelense, referindo-se ao principal aeroporto de Israel e ao mais próximo de Meca.

A mídia e as autoridades israelenses também sugeriram que a decisão pode vir com um acordo entre Israel e a Arábia Saudita para mudar os acordos de manutenção da paz em um par de pequenas ilhas sauditas ao sul de Israel, no Mar Vermelho.

THE NEW YORK TIMES - A Arábia Saudita deu um pequeno passo para normalizar as relações com Israel nesta sexta-feira, 15, ao autorizar que aviões israelenses voem entre os dois países. O anúncio, feito horas antes do presidente americano, Joe Biden, embarcar de Jerusalém para Jeddah, é o mais novo exemplo dos laços crescentes entre Israel e o mundo árabe, após décadas de isolamento diplomático.

O movimento de aproximação entre Israel e países árabes ganhou força em 2020, após uma série de acordos mediados pelos Estados Unidos, ainda sob governo de Donald Trump, o que incluiu países como Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein. Para além de uma normalização das relações diplomáticas, revelações recentes mostram que os países chegaram a cooperar em temas militares, incluindo uma operação de defesa compartilhada para abater drones iranianos.

Riad ficou de fora da primeira leva dos acordos, mas o gesto de abertura do espaço aéreo foi vista com otimismo pelo presidente Joe Biden, que comentou sobre o tema em um comunicado. “A decisão da Arábia Saudita pode ajudar a impulsionar uma maior integração de Israel na região, inclusive com a (própria) Arábia Saudita”, afirmou.

Príncipe saudita Mohammed bin Salman cumprimenta o presidente dos EUA, Joe Biden, em Jeddah. Foto: Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Handout via REUTERS - 15/07/2022

O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, agradeceu ao governo saudita, mas disse que a medida era “apenas o primeiro passo” em direção a laços plenos. “Continuaremos trabalhando com a cautela necessária, pelo bem da economia de Israel, da segurança e do bem de nossos cidadãos”, afirmou.

Merav Michaeli, ministro dos Transportes de Israel, descreveu a medida como um passo importante para “relações melhores e mais fortes com os países do Oriente Médio, relações que trarão benefícios críticos para nossa segurança e nossa economia”.

Embora a Arábia Saudita e Israel tenham relações extra-oficiais há muito tempo, o governo saudita havia dito anteriormente que evitaria um relacionamento formal com Israel até que houvesse uma resolução para o conflito israelo-palestino. Mas os principais membros da realeza saudita tornaram-se mais críticos em relação à liderança palestina, e alguns comentaristas sauditas expressaram recentemente apoio à normalização com Israel.

Além disso, a preocupação de líderes árabes de países de maioria sunita com as ações hostis do Irã tem superado o apoio histórico às demandas palestinas. Na última década, o Irã e seus representantes no Iêmen, Líbano, Síria e Iraque aumentaram o número de ataques por drone contra Israel, bases americanas na região, estados sunitas e instalações petrolíferas - incluindo o grave ataque a companhia petrolífera nacional saudita, Aramco, em setembro de 2019.

Drone militar iraniano disparado durante um exercício militar na costa do mar de Omã, em 7 de novembro de 2021. Foto: Iranian Army office / AFP

Observadores apontam que a viagem de Joe Biden ao Oriente Médio teve como efeito principal reforçar o relacionamento entre Israel e os Estados árabes, uma vez que o próprio relacionamento de Biden com a Arábia Saudita não está em plena sintonia.

Como candidato, Biden prometeu punir a Arábia Saudita pelo assassinato do jornalista Jammal Khashoggi tornando o reino um “pária”. No entanto, com a crise no preço do petróleo desencadeado pela guerra na Ucrânia e o aumento da influência chinesa na região, o presidente americano decidiu pagar o custo político e viajar até o país.

Enquanto isso, em Israel, autoridades esperam que a decisão de liberação de voos entre os países permita que membros da minoria muçulmana de Israel voem diretamente para a Arábia Saudita para peregrinações a Meca.

Na semana passada, Esawi Frej, um raro caso de ministro muçulmano no gabinete israelense, disse que pediu à Arábia Saudita que permitisse tal medida. “Quero ver o dia em que poderei partir de Ben-Gurion para Jeddah para cumprir minha obrigação religiosa”, disse Frej a uma estação de rádio israelense, referindo-se ao principal aeroporto de Israel e ao mais próximo de Meca.

A mídia e as autoridades israelenses também sugeriram que a decisão pode vir com um acordo entre Israel e a Arábia Saudita para mudar os acordos de manutenção da paz em um par de pequenas ilhas sauditas ao sul de Israel, no Mar Vermelho.

THE NEW YORK TIMES - A Arábia Saudita deu um pequeno passo para normalizar as relações com Israel nesta sexta-feira, 15, ao autorizar que aviões israelenses voem entre os dois países. O anúncio, feito horas antes do presidente americano, Joe Biden, embarcar de Jerusalém para Jeddah, é o mais novo exemplo dos laços crescentes entre Israel e o mundo árabe, após décadas de isolamento diplomático.

O movimento de aproximação entre Israel e países árabes ganhou força em 2020, após uma série de acordos mediados pelos Estados Unidos, ainda sob governo de Donald Trump, o que incluiu países como Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein. Para além de uma normalização das relações diplomáticas, revelações recentes mostram que os países chegaram a cooperar em temas militares, incluindo uma operação de defesa compartilhada para abater drones iranianos.

Riad ficou de fora da primeira leva dos acordos, mas o gesto de abertura do espaço aéreo foi vista com otimismo pelo presidente Joe Biden, que comentou sobre o tema em um comunicado. “A decisão da Arábia Saudita pode ajudar a impulsionar uma maior integração de Israel na região, inclusive com a (própria) Arábia Saudita”, afirmou.

Príncipe saudita Mohammed bin Salman cumprimenta o presidente dos EUA, Joe Biden, em Jeddah. Foto: Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Handout via REUTERS - 15/07/2022

O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, agradeceu ao governo saudita, mas disse que a medida era “apenas o primeiro passo” em direção a laços plenos. “Continuaremos trabalhando com a cautela necessária, pelo bem da economia de Israel, da segurança e do bem de nossos cidadãos”, afirmou.

Merav Michaeli, ministro dos Transportes de Israel, descreveu a medida como um passo importante para “relações melhores e mais fortes com os países do Oriente Médio, relações que trarão benefícios críticos para nossa segurança e nossa economia”.

Embora a Arábia Saudita e Israel tenham relações extra-oficiais há muito tempo, o governo saudita havia dito anteriormente que evitaria um relacionamento formal com Israel até que houvesse uma resolução para o conflito israelo-palestino. Mas os principais membros da realeza saudita tornaram-se mais críticos em relação à liderança palestina, e alguns comentaristas sauditas expressaram recentemente apoio à normalização com Israel.

Além disso, a preocupação de líderes árabes de países de maioria sunita com as ações hostis do Irã tem superado o apoio histórico às demandas palestinas. Na última década, o Irã e seus representantes no Iêmen, Líbano, Síria e Iraque aumentaram o número de ataques por drone contra Israel, bases americanas na região, estados sunitas e instalações petrolíferas - incluindo o grave ataque a companhia petrolífera nacional saudita, Aramco, em setembro de 2019.

Drone militar iraniano disparado durante um exercício militar na costa do mar de Omã, em 7 de novembro de 2021. Foto: Iranian Army office / AFP

Observadores apontam que a viagem de Joe Biden ao Oriente Médio teve como efeito principal reforçar o relacionamento entre Israel e os Estados árabes, uma vez que o próprio relacionamento de Biden com a Arábia Saudita não está em plena sintonia.

Como candidato, Biden prometeu punir a Arábia Saudita pelo assassinato do jornalista Jammal Khashoggi tornando o reino um “pária”. No entanto, com a crise no preço do petróleo desencadeado pela guerra na Ucrânia e o aumento da influência chinesa na região, o presidente americano decidiu pagar o custo político e viajar até o país.

Enquanto isso, em Israel, autoridades esperam que a decisão de liberação de voos entre os países permita que membros da minoria muçulmana de Israel voem diretamente para a Arábia Saudita para peregrinações a Meca.

Na semana passada, Esawi Frej, um raro caso de ministro muçulmano no gabinete israelense, disse que pediu à Arábia Saudita que permitisse tal medida. “Quero ver o dia em que poderei partir de Ben-Gurion para Jeddah para cumprir minha obrigação religiosa”, disse Frej a uma estação de rádio israelense, referindo-se ao principal aeroporto de Israel e ao mais próximo de Meca.

A mídia e as autoridades israelenses também sugeriram que a decisão pode vir com um acordo entre Israel e a Arábia Saudita para mudar os acordos de manutenção da paz em um par de pequenas ilhas sauditas ao sul de Israel, no Mar Vermelho.

THE NEW YORK TIMES - A Arábia Saudita deu um pequeno passo para normalizar as relações com Israel nesta sexta-feira, 15, ao autorizar que aviões israelenses voem entre os dois países. O anúncio, feito horas antes do presidente americano, Joe Biden, embarcar de Jerusalém para Jeddah, é o mais novo exemplo dos laços crescentes entre Israel e o mundo árabe, após décadas de isolamento diplomático.

O movimento de aproximação entre Israel e países árabes ganhou força em 2020, após uma série de acordos mediados pelos Estados Unidos, ainda sob governo de Donald Trump, o que incluiu países como Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein. Para além de uma normalização das relações diplomáticas, revelações recentes mostram que os países chegaram a cooperar em temas militares, incluindo uma operação de defesa compartilhada para abater drones iranianos.

Riad ficou de fora da primeira leva dos acordos, mas o gesto de abertura do espaço aéreo foi vista com otimismo pelo presidente Joe Biden, que comentou sobre o tema em um comunicado. “A decisão da Arábia Saudita pode ajudar a impulsionar uma maior integração de Israel na região, inclusive com a (própria) Arábia Saudita”, afirmou.

Príncipe saudita Mohammed bin Salman cumprimenta o presidente dos EUA, Joe Biden, em Jeddah. Foto: Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Handout via REUTERS - 15/07/2022

O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, agradeceu ao governo saudita, mas disse que a medida era “apenas o primeiro passo” em direção a laços plenos. “Continuaremos trabalhando com a cautela necessária, pelo bem da economia de Israel, da segurança e do bem de nossos cidadãos”, afirmou.

Merav Michaeli, ministro dos Transportes de Israel, descreveu a medida como um passo importante para “relações melhores e mais fortes com os países do Oriente Médio, relações que trarão benefícios críticos para nossa segurança e nossa economia”.

Embora a Arábia Saudita e Israel tenham relações extra-oficiais há muito tempo, o governo saudita havia dito anteriormente que evitaria um relacionamento formal com Israel até que houvesse uma resolução para o conflito israelo-palestino. Mas os principais membros da realeza saudita tornaram-se mais críticos em relação à liderança palestina, e alguns comentaristas sauditas expressaram recentemente apoio à normalização com Israel.

Além disso, a preocupação de líderes árabes de países de maioria sunita com as ações hostis do Irã tem superado o apoio histórico às demandas palestinas. Na última década, o Irã e seus representantes no Iêmen, Líbano, Síria e Iraque aumentaram o número de ataques por drone contra Israel, bases americanas na região, estados sunitas e instalações petrolíferas - incluindo o grave ataque a companhia petrolífera nacional saudita, Aramco, em setembro de 2019.

Drone militar iraniano disparado durante um exercício militar na costa do mar de Omã, em 7 de novembro de 2021. Foto: Iranian Army office / AFP

Observadores apontam que a viagem de Joe Biden ao Oriente Médio teve como efeito principal reforçar o relacionamento entre Israel e os Estados árabes, uma vez que o próprio relacionamento de Biden com a Arábia Saudita não está em plena sintonia.

Como candidato, Biden prometeu punir a Arábia Saudita pelo assassinato do jornalista Jammal Khashoggi tornando o reino um “pária”. No entanto, com a crise no preço do petróleo desencadeado pela guerra na Ucrânia e o aumento da influência chinesa na região, o presidente americano decidiu pagar o custo político e viajar até o país.

Enquanto isso, em Israel, autoridades esperam que a decisão de liberação de voos entre os países permita que membros da minoria muçulmana de Israel voem diretamente para a Arábia Saudita para peregrinações a Meca.

Na semana passada, Esawi Frej, um raro caso de ministro muçulmano no gabinete israelense, disse que pediu à Arábia Saudita que permitisse tal medida. “Quero ver o dia em que poderei partir de Ben-Gurion para Jeddah para cumprir minha obrigação religiosa”, disse Frej a uma estação de rádio israelense, referindo-se ao principal aeroporto de Israel e ao mais próximo de Meca.

A mídia e as autoridades israelenses também sugeriram que a decisão pode vir com um acordo entre Israel e a Arábia Saudita para mudar os acordos de manutenção da paz em um par de pequenas ilhas sauditas ao sul de Israel, no Mar Vermelho.

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