Brasil participará de negociações na Arábia Saudita sobre plano de paz na Ucrânia


Também foram convidados enviados de nações como Estados Unidos, China e Índia, mas não se tem detalhes de quem deve de fato participar; Rússia diz que ‘vai observar’

Por Carolina Marins
Atualização:

O Brasil vai participar de conversas sobre um plano de paz para a Ucrânia que irá ocorrer na Arábia Saudita no fim desta semana, segundo confirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores ao Estadão. A reunião deve ocorrer nos próximos dias 5 e 6 de agosto na cidade costeira de Jeddah, noticiou o Wall Street Journal, citando três diplomatas do reino.

Além do Brasil, a lista de 30 convidados inclui Estados Unidos, China, Índia, países europeus e outras dezenas de nações. O Brasil pretende comparecer nas negociações, mas ainda não há detalhes de quem deve compor a delegação que viajará. Luiz Inácio Lula da Silva deve estar na região Norte no fim de semana da reunião em Jeddah. O presidente participará nos dias 8 e 9 de agosto da Cúpula da Amazônia.

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Um alto funcionário do governo americano disse à agência Associated Press que um representando do presidente Joe Biden,também deve comparecer ao evento que está sendo planejado por Kiev, possivelmente o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan. A Rússia não foi convidada.

Embates continuam na Ucrânia enquanto países se prepara para discutir plano de paz. Foto mostra trabalho do serviço de emergência, depois que um míssil atingiu um prédio, 31 de julho de 2023. Foto: AP Photo/Libkos

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o país vai “observar a reunião” mas que precisaria “entender a fundo que objetivos estão sendo estabelecidos”, reportou a agência estatal de notícias russa Tass nesta segunda-feira, 31.

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Alguns dos países, convidados, assim como a Arábia Saudita, têm resistido à pressão de Estados Unidos e Europa para isolar a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.

A primeira notícia sobre o encontro foi divulgada no sábado pelo Wall Street Journal, que relatou que a Arábia Saudita vai sediar a reunião entre 5 e 6 de agosto. A conversa segue um encontro similar em Copenhague, na Dinamarca, em junho, disse o jornal. Além do Brasil e possivelmente dos EUA, já confirmaram presença Reino Unido, África do Sul, Polônia e União Europeia.

No domingo, o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrii Yermak, disse que a reunião para implementar o plano de Kiev de “reestabelecer a paz duradoura” aconteceria em breve na Arábia Saudita, com a presença de líderes globais em segurança e conselheiros políticos.

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O plano de dez pontos da Ucrânia prevê a responsabilização da Rússia por atrocidades da guerra. Além de pedir que Moscou se renda em todos os territórios ocupados e pague pelos danos. O Kremlin rejeita a proposta.

O governo saudita, por sua vez, não se pronunciou sobre o encontro.

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A reunião é mais um exemplo dos esforços do príncipe Mohammed Bin Salman de se posicionar como um líder global com influência além da região e conquistar um papel de mediador para o reino. Em maio, o príncipe convidou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, para o encontro de países árabes. Na ocasião, o líder ucraniano destacou a relutância de países do Oriente Médio em tomar partido na guerra e pediu apoio contra a Rússia.

Assim como muitos países da região, a Arábia Saudita mantém laços com Moscou, que coordena os preços de combustíveis com o reino como aliado chave da Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

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O governo de Joe Biden tem tentado persuadir a Arábia Saudita e outros países a isolar a Rússia enquanto Moscou trava a guerra na Ucrânia.

O Wall Street Journal reportou que Jake Sullivan, o conselheiro de segurança dos Estados Unidos deve participar das conversas, mas a Casa Branca não comentou o assunto./NYT e AP

O Brasil vai participar de conversas sobre um plano de paz para a Ucrânia que irá ocorrer na Arábia Saudita no fim desta semana, segundo confirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores ao Estadão. A reunião deve ocorrer nos próximos dias 5 e 6 de agosto na cidade costeira de Jeddah, noticiou o Wall Street Journal, citando três diplomatas do reino.

Além do Brasil, a lista de 30 convidados inclui Estados Unidos, China, Índia, países europeus e outras dezenas de nações. O Brasil pretende comparecer nas negociações, mas ainda não há detalhes de quem deve compor a delegação que viajará. Luiz Inácio Lula da Silva deve estar na região Norte no fim de semana da reunião em Jeddah. O presidente participará nos dias 8 e 9 de agosto da Cúpula da Amazônia.

Um alto funcionário do governo americano disse à agência Associated Press que um representando do presidente Joe Biden,também deve comparecer ao evento que está sendo planejado por Kiev, possivelmente o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan. A Rússia não foi convidada.

Embates continuam na Ucrânia enquanto países se prepara para discutir plano de paz. Foto mostra trabalho do serviço de emergência, depois que um míssil atingiu um prédio, 31 de julho de 2023. Foto: AP Photo/Libkos

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o país vai “observar a reunião” mas que precisaria “entender a fundo que objetivos estão sendo estabelecidos”, reportou a agência estatal de notícias russa Tass nesta segunda-feira, 31.

Alguns dos países, convidados, assim como a Arábia Saudita, têm resistido à pressão de Estados Unidos e Europa para isolar a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.

A primeira notícia sobre o encontro foi divulgada no sábado pelo Wall Street Journal, que relatou que a Arábia Saudita vai sediar a reunião entre 5 e 6 de agosto. A conversa segue um encontro similar em Copenhague, na Dinamarca, em junho, disse o jornal. Além do Brasil e possivelmente dos EUA, já confirmaram presença Reino Unido, África do Sul, Polônia e União Europeia.

No domingo, o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrii Yermak, disse que a reunião para implementar o plano de Kiev de “reestabelecer a paz duradoura” aconteceria em breve na Arábia Saudita, com a presença de líderes globais em segurança e conselheiros políticos.

O plano de dez pontos da Ucrânia prevê a responsabilização da Rússia por atrocidades da guerra. Além de pedir que Moscou se renda em todos os territórios ocupados e pague pelos danos. O Kremlin rejeita a proposta.

O governo saudita, por sua vez, não se pronunciou sobre o encontro.

A reunião é mais um exemplo dos esforços do príncipe Mohammed Bin Salman de se posicionar como um líder global com influência além da região e conquistar um papel de mediador para o reino. Em maio, o príncipe convidou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, para o encontro de países árabes. Na ocasião, o líder ucraniano destacou a relutância de países do Oriente Médio em tomar partido na guerra e pediu apoio contra a Rússia.

Assim como muitos países da região, a Arábia Saudita mantém laços com Moscou, que coordena os preços de combustíveis com o reino como aliado chave da Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

O governo de Joe Biden tem tentado persuadir a Arábia Saudita e outros países a isolar a Rússia enquanto Moscou trava a guerra na Ucrânia.

O Wall Street Journal reportou que Jake Sullivan, o conselheiro de segurança dos Estados Unidos deve participar das conversas, mas a Casa Branca não comentou o assunto./NYT e AP

O Brasil vai participar de conversas sobre um plano de paz para a Ucrânia que irá ocorrer na Arábia Saudita no fim desta semana, segundo confirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores ao Estadão. A reunião deve ocorrer nos próximos dias 5 e 6 de agosto na cidade costeira de Jeddah, noticiou o Wall Street Journal, citando três diplomatas do reino.

Além do Brasil, a lista de 30 convidados inclui Estados Unidos, China, Índia, países europeus e outras dezenas de nações. O Brasil pretende comparecer nas negociações, mas ainda não há detalhes de quem deve compor a delegação que viajará. Luiz Inácio Lula da Silva deve estar na região Norte no fim de semana da reunião em Jeddah. O presidente participará nos dias 8 e 9 de agosto da Cúpula da Amazônia.

Um alto funcionário do governo americano disse à agência Associated Press que um representando do presidente Joe Biden,também deve comparecer ao evento que está sendo planejado por Kiev, possivelmente o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan. A Rússia não foi convidada.

Embates continuam na Ucrânia enquanto países se prepara para discutir plano de paz. Foto mostra trabalho do serviço de emergência, depois que um míssil atingiu um prédio, 31 de julho de 2023. Foto: AP Photo/Libkos

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o país vai “observar a reunião” mas que precisaria “entender a fundo que objetivos estão sendo estabelecidos”, reportou a agência estatal de notícias russa Tass nesta segunda-feira, 31.

Alguns dos países, convidados, assim como a Arábia Saudita, têm resistido à pressão de Estados Unidos e Europa para isolar a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.

A primeira notícia sobre o encontro foi divulgada no sábado pelo Wall Street Journal, que relatou que a Arábia Saudita vai sediar a reunião entre 5 e 6 de agosto. A conversa segue um encontro similar em Copenhague, na Dinamarca, em junho, disse o jornal. Além do Brasil e possivelmente dos EUA, já confirmaram presença Reino Unido, África do Sul, Polônia e União Europeia.

No domingo, o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrii Yermak, disse que a reunião para implementar o plano de Kiev de “reestabelecer a paz duradoura” aconteceria em breve na Arábia Saudita, com a presença de líderes globais em segurança e conselheiros políticos.

O plano de dez pontos da Ucrânia prevê a responsabilização da Rússia por atrocidades da guerra. Além de pedir que Moscou se renda em todos os territórios ocupados e pague pelos danos. O Kremlin rejeita a proposta.

O governo saudita, por sua vez, não se pronunciou sobre o encontro.

A reunião é mais um exemplo dos esforços do príncipe Mohammed Bin Salman de se posicionar como um líder global com influência além da região e conquistar um papel de mediador para o reino. Em maio, o príncipe convidou o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, para o encontro de países árabes. Na ocasião, o líder ucraniano destacou a relutância de países do Oriente Médio em tomar partido na guerra e pediu apoio contra a Rússia.

Assim como muitos países da região, a Arábia Saudita mantém laços com Moscou, que coordena os preços de combustíveis com o reino como aliado chave da Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

O governo de Joe Biden tem tentado persuadir a Arábia Saudita e outros países a isolar a Rússia enquanto Moscou trava a guerra na Ucrânia.

O Wall Street Journal reportou que Jake Sullivan, o conselheiro de segurança dos Estados Unidos deve participar das conversas, mas a Casa Branca não comentou o assunto./NYT e AP

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