Arce propõe referendo sobre reeleição contínua na Bolívia e Evo Morales chama medida de ‘traição’


Consulta popular proposta por presidente boliviano pretende definir os limites constitucionais da reeleição presidencial em um momento de confronto com Evo, que busca um novo mandato

Por Redação

O presidente boliviano, Luis Arce, propôs, na terça-feira, 6, um referendo para definir a reeleição presidencial como “contínua ou descontínua” na Bolívia. A proposta surge em um momento de confronto com o ex-governante Evo Morales, que aspira a um novo mandato em 2025 e considerou, nesta quarta-feira, 7, a medida como uma “traição” por parte de Arce.

“Proponho a convocação de um referendo na data das eleições judiciais (sobre) a reeleição contínua ou descontínua do presidente e vice-presidente do Estado Plurinacional da Bolívia”, disse Arce em discurso à nação para celebrar a fundação do país, com o objetivo de que “os atores políticos não voltem a afetar a estabilidade e a economia das famílias bolivianas”.

A Constituição da Bolívia estabelece que o mandato presidencial é de cinco anos, com possibilidade de reeleição contínua. O governo Arce aponta que esse artigo inabilita Evo, que governou por três mandatos consecutivos, de 2006 a 2019, até sua renúncia, que ocorreu em meio à revolta popular que o acusou de promover uma fraude para governar pela quarta vez.

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Evo argumenta que o preceito constitucional não o afeta, pois não proíbe a reeleição de forma descontínua, como seria o seu caso. Ele afirmou que, com o referendo, Arce apenas busca torná-lo inelegível para o pleito de 2025.

“Utilizando os mesmos métodos que o traidor Lenin Moreno, Luis Arce pretende convocar um referendo com o único propósito de me desqualificar como candidato para as eleições”, afirmou Evo na rede social X, acrescentando que “a traição é uma das condutas humanas mais desprezíveis”.

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Morales mencionou um plebiscito convocado pelo ex-presidente equatoriano Lenin Moreno em 2018, que eliminou a reeleição ilimitada e que seus opositores alegaram ter sido direcionado contra seu antecessor e mentor político, Rafael Correa.

Presidente boliviano Luis Arce propôs a convocação de uma consulta popular para definir os limites constitucionais da reeleição presidencial.  Foto: Juan Karita/AP

O ministro da Justiça, Iván Lima, colaborador próximo de Arce, criticou Morales em uma coletiva de imprensa. “Quem não quer ouvir o povo boliviano, quem está disposto a pensar somente em si mesmo, é uma só pessoa: chama-se Evo Morales (...) porque ele apenas mente para o país”.

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Arce propôs que a consulta seja realizada no mesmo dia das eleições,, embora ainda precise coordenar o mecanismo, a forma e as perguntas com o Parlamento e o tribunal eleitoral.

As autoridades pretendem agendar a votação para dezembro ou janeiro.

O governo também quer fazer consultas no mesmo dia sobre o subsídio estatal à importação de combustíveis e a redistribuição dos assentos parlamentares entre os nove departamentos do país./AFP.

O presidente boliviano, Luis Arce, propôs, na terça-feira, 6, um referendo para definir a reeleição presidencial como “contínua ou descontínua” na Bolívia. A proposta surge em um momento de confronto com o ex-governante Evo Morales, que aspira a um novo mandato em 2025 e considerou, nesta quarta-feira, 7, a medida como uma “traição” por parte de Arce.

“Proponho a convocação de um referendo na data das eleições judiciais (sobre) a reeleição contínua ou descontínua do presidente e vice-presidente do Estado Plurinacional da Bolívia”, disse Arce em discurso à nação para celebrar a fundação do país, com o objetivo de que “os atores políticos não voltem a afetar a estabilidade e a economia das famílias bolivianas”.

A Constituição da Bolívia estabelece que o mandato presidencial é de cinco anos, com possibilidade de reeleição contínua. O governo Arce aponta que esse artigo inabilita Evo, que governou por três mandatos consecutivos, de 2006 a 2019, até sua renúncia, que ocorreu em meio à revolta popular que o acusou de promover uma fraude para governar pela quarta vez.

Evo argumenta que o preceito constitucional não o afeta, pois não proíbe a reeleição de forma descontínua, como seria o seu caso. Ele afirmou que, com o referendo, Arce apenas busca torná-lo inelegível para o pleito de 2025.

“Utilizando os mesmos métodos que o traidor Lenin Moreno, Luis Arce pretende convocar um referendo com o único propósito de me desqualificar como candidato para as eleições”, afirmou Evo na rede social X, acrescentando que “a traição é uma das condutas humanas mais desprezíveis”.

Morales mencionou um plebiscito convocado pelo ex-presidente equatoriano Lenin Moreno em 2018, que eliminou a reeleição ilimitada e que seus opositores alegaram ter sido direcionado contra seu antecessor e mentor político, Rafael Correa.

Presidente boliviano Luis Arce propôs a convocação de uma consulta popular para definir os limites constitucionais da reeleição presidencial.  Foto: Juan Karita/AP

O ministro da Justiça, Iván Lima, colaborador próximo de Arce, criticou Morales em uma coletiva de imprensa. “Quem não quer ouvir o povo boliviano, quem está disposto a pensar somente em si mesmo, é uma só pessoa: chama-se Evo Morales (...) porque ele apenas mente para o país”.

Arce propôs que a consulta seja realizada no mesmo dia das eleições,, embora ainda precise coordenar o mecanismo, a forma e as perguntas com o Parlamento e o tribunal eleitoral.

As autoridades pretendem agendar a votação para dezembro ou janeiro.

O governo também quer fazer consultas no mesmo dia sobre o subsídio estatal à importação de combustíveis e a redistribuição dos assentos parlamentares entre os nove departamentos do país./AFP.

O presidente boliviano, Luis Arce, propôs, na terça-feira, 6, um referendo para definir a reeleição presidencial como “contínua ou descontínua” na Bolívia. A proposta surge em um momento de confronto com o ex-governante Evo Morales, que aspira a um novo mandato em 2025 e considerou, nesta quarta-feira, 7, a medida como uma “traição” por parte de Arce.

“Proponho a convocação de um referendo na data das eleições judiciais (sobre) a reeleição contínua ou descontínua do presidente e vice-presidente do Estado Plurinacional da Bolívia”, disse Arce em discurso à nação para celebrar a fundação do país, com o objetivo de que “os atores políticos não voltem a afetar a estabilidade e a economia das famílias bolivianas”.

A Constituição da Bolívia estabelece que o mandato presidencial é de cinco anos, com possibilidade de reeleição contínua. O governo Arce aponta que esse artigo inabilita Evo, que governou por três mandatos consecutivos, de 2006 a 2019, até sua renúncia, que ocorreu em meio à revolta popular que o acusou de promover uma fraude para governar pela quarta vez.

Evo argumenta que o preceito constitucional não o afeta, pois não proíbe a reeleição de forma descontínua, como seria o seu caso. Ele afirmou que, com o referendo, Arce apenas busca torná-lo inelegível para o pleito de 2025.

“Utilizando os mesmos métodos que o traidor Lenin Moreno, Luis Arce pretende convocar um referendo com o único propósito de me desqualificar como candidato para as eleições”, afirmou Evo na rede social X, acrescentando que “a traição é uma das condutas humanas mais desprezíveis”.

Morales mencionou um plebiscito convocado pelo ex-presidente equatoriano Lenin Moreno em 2018, que eliminou a reeleição ilimitada e que seus opositores alegaram ter sido direcionado contra seu antecessor e mentor político, Rafael Correa.

Presidente boliviano Luis Arce propôs a convocação de uma consulta popular para definir os limites constitucionais da reeleição presidencial.  Foto: Juan Karita/AP

O ministro da Justiça, Iván Lima, colaborador próximo de Arce, criticou Morales em uma coletiva de imprensa. “Quem não quer ouvir o povo boliviano, quem está disposto a pensar somente em si mesmo, é uma só pessoa: chama-se Evo Morales (...) porque ele apenas mente para o país”.

Arce propôs que a consulta seja realizada no mesmo dia das eleições,, embora ainda precise coordenar o mecanismo, a forma e as perguntas com o Parlamento e o tribunal eleitoral.

As autoridades pretendem agendar a votação para dezembro ou janeiro.

O governo também quer fazer consultas no mesmo dia sobre o subsídio estatal à importação de combustíveis e a redistribuição dos assentos parlamentares entre os nove departamentos do país./AFP.

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