Brasileiro e dois acusados vão a julgamento na Argentina por atentado contra Cristina Kirchner


Fernando Sabag Montiel será julgado junto de Brenda Uliarte e Gabriel Nicolas Carrizo por tentativa de homicídio contra a ex-presidente, em setembro de 2022

Por Redação

A Justiça argentina decidiu avançar, nesta segunda-feira (12), para a fase de julgamento no processo pela tentativa de assassinato da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Serão julgados o brasileiro Fernando Sabag Montiel, que apertou o gatilho contra a atual vice-presidente, e os acusados Brenda Uliarte e Gabriel Nicolas Carrizo, denunciados como coautores do crime.

A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inquérito e foi pedida pelo promotor Carlos Rívolo em 30 de maio. A defesa dos três acusados não apresentou nenhuma objeção a essa movimentação, assim a magistrada María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo, segundo a resolução publicada pela imprensa argentina.

Por outro lado, a ida ao júri vai contra as reivindicações de Kirchner, que durante toda a investigação insistiu na existência de outros nomes como suspeitos, além daqueles já conhecidos. Em sua denúncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a possível presença de autores intelectuais e financiadores do ataque. Ainda assim, eles vão participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado José Manuel Ubeira.

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“Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade”, advertiu Ubeira quando o promotor solicitou a conclusão do inquérito.

O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é um dos três acusados que irão a julgamento pelo atentado contra a ex-presidente da Argentina, em 2022. Foto: Reprodução/Instagram

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à residência de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou.

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Sabag Montiel, de 35 anos, e sua namorada Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicolás Carrizo, de 27 anos, e que empregava o casal como vendedores ambulantes, foi acusado como “partícipe necessário”.

A caso foi classificado pelo promotor como “homicídio duplamente qualificado por aleivosia e por cooperação premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa”. A conclusão da investigação do Ministério Público foi de que não era possível comprovar a hipótese de os réus terem recebido financiamento externo ou qualquer pagamento para realizá-lo. Da mesma forma, a partir das provas coletadas, a promotoria afirmou que não foi possível considerar que houve uma organização de qualquer tipo, partido político ou apoiador que tenham financiado, planejado, encoberto ou contribuiu de alguma forma para os acusados terem praticado o atentado.

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Ao saber da decisão da Justiça, Cristina Kirchner ressaltou que “todo inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores”.

Quem é Fernando Sabag Montiel?

Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é brasileiro, mas vive na Argentina desde 1993, segundo a imprensa local. Antes do atentado, em 2022, o acusado já possuía antecedentes criminais. Em março de 2021 foi processado por contravenção, porte de arma não convencional, em La Paternal. Na ocasião, o brasileiro foi preso com uma faca em sua posse e declarou que era para sua defesa pessoal.

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Na época do crime, o jornal Clarín noticiou que, de acordo com os registros comerciais, Sabag Montiel estava registrado como dedicado ao “serviço de transporte automóvel urbano e suburbano não regular de passageiros gratuitos; exceto através de táxis e remises, aluguel de automóveis com condutor e transporte escolar”, categoria que corresponde a motoristas de aplicativos. Ele tinha um Chevrolet Prisma registrado em seu nome.

O brasileiro namorava a acusada Brenda Uliarte, argentina que tinha 23 anos em setembro de 2022, quando o atentado aconteceu. Durante as investigações, a polícia descobri que, por anos, Brenda alimentou diferentes perfis nas redes sociais, apresentando-se com diferentes personalidades em cada um deles: de atriz pornô a estudante de medicina, chegando, inclusive, a simular um suicídio em um deles./Com AFP.

A Justiça argentina decidiu avançar, nesta segunda-feira (12), para a fase de julgamento no processo pela tentativa de assassinato da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Serão julgados o brasileiro Fernando Sabag Montiel, que apertou o gatilho contra a atual vice-presidente, e os acusados Brenda Uliarte e Gabriel Nicolas Carrizo, denunciados como coautores do crime.

A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inquérito e foi pedida pelo promotor Carlos Rívolo em 30 de maio. A defesa dos três acusados não apresentou nenhuma objeção a essa movimentação, assim a magistrada María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo, segundo a resolução publicada pela imprensa argentina.

Por outro lado, a ida ao júri vai contra as reivindicações de Kirchner, que durante toda a investigação insistiu na existência de outros nomes como suspeitos, além daqueles já conhecidos. Em sua denúncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a possível presença de autores intelectuais e financiadores do ataque. Ainda assim, eles vão participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado José Manuel Ubeira.

“Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade”, advertiu Ubeira quando o promotor solicitou a conclusão do inquérito.

O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é um dos três acusados que irão a julgamento pelo atentado contra a ex-presidente da Argentina, em 2022. Foto: Reprodução/Instagram

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à residência de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou.

Sabag Montiel, de 35 anos, e sua namorada Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicolás Carrizo, de 27 anos, e que empregava o casal como vendedores ambulantes, foi acusado como “partícipe necessário”.

A caso foi classificado pelo promotor como “homicídio duplamente qualificado por aleivosia e por cooperação premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa”. A conclusão da investigação do Ministério Público foi de que não era possível comprovar a hipótese de os réus terem recebido financiamento externo ou qualquer pagamento para realizá-lo. Da mesma forma, a partir das provas coletadas, a promotoria afirmou que não foi possível considerar que houve uma organização de qualquer tipo, partido político ou apoiador que tenham financiado, planejado, encoberto ou contribuiu de alguma forma para os acusados terem praticado o atentado.

Ao saber da decisão da Justiça, Cristina Kirchner ressaltou que “todo inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores”.

Quem é Fernando Sabag Montiel?

Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é brasileiro, mas vive na Argentina desde 1993, segundo a imprensa local. Antes do atentado, em 2022, o acusado já possuía antecedentes criminais. Em março de 2021 foi processado por contravenção, porte de arma não convencional, em La Paternal. Na ocasião, o brasileiro foi preso com uma faca em sua posse e declarou que era para sua defesa pessoal.

Na época do crime, o jornal Clarín noticiou que, de acordo com os registros comerciais, Sabag Montiel estava registrado como dedicado ao “serviço de transporte automóvel urbano e suburbano não regular de passageiros gratuitos; exceto através de táxis e remises, aluguel de automóveis com condutor e transporte escolar”, categoria que corresponde a motoristas de aplicativos. Ele tinha um Chevrolet Prisma registrado em seu nome.

O brasileiro namorava a acusada Brenda Uliarte, argentina que tinha 23 anos em setembro de 2022, quando o atentado aconteceu. Durante as investigações, a polícia descobri que, por anos, Brenda alimentou diferentes perfis nas redes sociais, apresentando-se com diferentes personalidades em cada um deles: de atriz pornô a estudante de medicina, chegando, inclusive, a simular um suicídio em um deles./Com AFP.

A Justiça argentina decidiu avançar, nesta segunda-feira (12), para a fase de julgamento no processo pela tentativa de assassinato da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Serão julgados o brasileiro Fernando Sabag Montiel, que apertou o gatilho contra a atual vice-presidente, e os acusados Brenda Uliarte e Gabriel Nicolas Carrizo, denunciados como coautores do crime.

A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inquérito e foi pedida pelo promotor Carlos Rívolo em 30 de maio. A defesa dos três acusados não apresentou nenhuma objeção a essa movimentação, assim a magistrada María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo, segundo a resolução publicada pela imprensa argentina.

Por outro lado, a ida ao júri vai contra as reivindicações de Kirchner, que durante toda a investigação insistiu na existência de outros nomes como suspeitos, além daqueles já conhecidos. Em sua denúncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a possível presença de autores intelectuais e financiadores do ataque. Ainda assim, eles vão participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado José Manuel Ubeira.

“Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade”, advertiu Ubeira quando o promotor solicitou a conclusão do inquérito.

O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é um dos três acusados que irão a julgamento pelo atentado contra a ex-presidente da Argentina, em 2022. Foto: Reprodução/Instagram

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à residência de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou.

Sabag Montiel, de 35 anos, e sua namorada Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicolás Carrizo, de 27 anos, e que empregava o casal como vendedores ambulantes, foi acusado como “partícipe necessário”.

A caso foi classificado pelo promotor como “homicídio duplamente qualificado por aleivosia e por cooperação premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa”. A conclusão da investigação do Ministério Público foi de que não era possível comprovar a hipótese de os réus terem recebido financiamento externo ou qualquer pagamento para realizá-lo. Da mesma forma, a partir das provas coletadas, a promotoria afirmou que não foi possível considerar que houve uma organização de qualquer tipo, partido político ou apoiador que tenham financiado, planejado, encoberto ou contribuiu de alguma forma para os acusados terem praticado o atentado.

Ao saber da decisão da Justiça, Cristina Kirchner ressaltou que “todo inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores”.

Quem é Fernando Sabag Montiel?

Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é brasileiro, mas vive na Argentina desde 1993, segundo a imprensa local. Antes do atentado, em 2022, o acusado já possuía antecedentes criminais. Em março de 2021 foi processado por contravenção, porte de arma não convencional, em La Paternal. Na ocasião, o brasileiro foi preso com uma faca em sua posse e declarou que era para sua defesa pessoal.

Na época do crime, o jornal Clarín noticiou que, de acordo com os registros comerciais, Sabag Montiel estava registrado como dedicado ao “serviço de transporte automóvel urbano e suburbano não regular de passageiros gratuitos; exceto através de táxis e remises, aluguel de automóveis com condutor e transporte escolar”, categoria que corresponde a motoristas de aplicativos. Ele tinha um Chevrolet Prisma registrado em seu nome.

O brasileiro namorava a acusada Brenda Uliarte, argentina que tinha 23 anos em setembro de 2022, quando o atentado aconteceu. Durante as investigações, a polícia descobri que, por anos, Brenda alimentou diferentes perfis nas redes sociais, apresentando-se com diferentes personalidades em cada um deles: de atriz pornô a estudante de medicina, chegando, inclusive, a simular um suicídio em um deles./Com AFP.

A Justiça argentina decidiu avançar, nesta segunda-feira (12), para a fase de julgamento no processo pela tentativa de assassinato da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Serão julgados o brasileiro Fernando Sabag Montiel, que apertou o gatilho contra a atual vice-presidente, e os acusados Brenda Uliarte e Gabriel Nicolas Carrizo, denunciados como coautores do crime.

A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inquérito e foi pedida pelo promotor Carlos Rívolo em 30 de maio. A defesa dos três acusados não apresentou nenhuma objeção a essa movimentação, assim a magistrada María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo, segundo a resolução publicada pela imprensa argentina.

Por outro lado, a ida ao júri vai contra as reivindicações de Kirchner, que durante toda a investigação insistiu na existência de outros nomes como suspeitos, além daqueles já conhecidos. Em sua denúncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a possível presença de autores intelectuais e financiadores do ataque. Ainda assim, eles vão participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado José Manuel Ubeira.

“Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade”, advertiu Ubeira quando o promotor solicitou a conclusão do inquérito.

O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é um dos três acusados que irão a julgamento pelo atentado contra a ex-presidente da Argentina, em 2022. Foto: Reprodução/Instagram

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à residência de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou.

Sabag Montiel, de 35 anos, e sua namorada Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicolás Carrizo, de 27 anos, e que empregava o casal como vendedores ambulantes, foi acusado como “partícipe necessário”.

A caso foi classificado pelo promotor como “homicídio duplamente qualificado por aleivosia e por cooperação premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa”. A conclusão da investigação do Ministério Público foi de que não era possível comprovar a hipótese de os réus terem recebido financiamento externo ou qualquer pagamento para realizá-lo. Da mesma forma, a partir das provas coletadas, a promotoria afirmou que não foi possível considerar que houve uma organização de qualquer tipo, partido político ou apoiador que tenham financiado, planejado, encoberto ou contribuiu de alguma forma para os acusados terem praticado o atentado.

Ao saber da decisão da Justiça, Cristina Kirchner ressaltou que “todo inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores”.

Quem é Fernando Sabag Montiel?

Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é brasileiro, mas vive na Argentina desde 1993, segundo a imprensa local. Antes do atentado, em 2022, o acusado já possuía antecedentes criminais. Em março de 2021 foi processado por contravenção, porte de arma não convencional, em La Paternal. Na ocasião, o brasileiro foi preso com uma faca em sua posse e declarou que era para sua defesa pessoal.

Na época do crime, o jornal Clarín noticiou que, de acordo com os registros comerciais, Sabag Montiel estava registrado como dedicado ao “serviço de transporte automóvel urbano e suburbano não regular de passageiros gratuitos; exceto através de táxis e remises, aluguel de automóveis com condutor e transporte escolar”, categoria que corresponde a motoristas de aplicativos. Ele tinha um Chevrolet Prisma registrado em seu nome.

O brasileiro namorava a acusada Brenda Uliarte, argentina que tinha 23 anos em setembro de 2022, quando o atentado aconteceu. Durante as investigações, a polícia descobri que, por anos, Brenda alimentou diferentes perfis nas redes sociais, apresentando-se com diferentes personalidades em cada um deles: de atriz pornô a estudante de medicina, chegando, inclusive, a simular um suicídio em um deles./Com AFP.

A Justiça argentina decidiu avançar, nesta segunda-feira (12), para a fase de julgamento no processo pela tentativa de assassinato da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Serão julgados o brasileiro Fernando Sabag Montiel, que apertou o gatilho contra a atual vice-presidente, e os acusados Brenda Uliarte e Gabriel Nicolas Carrizo, denunciados como coautores do crime.

A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inquérito e foi pedida pelo promotor Carlos Rívolo em 30 de maio. A defesa dos três acusados não apresentou nenhuma objeção a essa movimentação, assim a magistrada María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo, segundo a resolução publicada pela imprensa argentina.

Por outro lado, a ida ao júri vai contra as reivindicações de Kirchner, que durante toda a investigação insistiu na existência de outros nomes como suspeitos, além daqueles já conhecidos. Em sua denúncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a possível presença de autores intelectuais e financiadores do ataque. Ainda assim, eles vão participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado José Manuel Ubeira.

“Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade”, advertiu Ubeira quando o promotor solicitou a conclusão do inquérito.

O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é um dos três acusados que irão a julgamento pelo atentado contra a ex-presidente da Argentina, em 2022. Foto: Reprodução/Instagram

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à residência de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou.

Sabag Montiel, de 35 anos, e sua namorada Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicolás Carrizo, de 27 anos, e que empregava o casal como vendedores ambulantes, foi acusado como “partícipe necessário”.

A caso foi classificado pelo promotor como “homicídio duplamente qualificado por aleivosia e por cooperação premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa”. A conclusão da investigação do Ministério Público foi de que não era possível comprovar a hipótese de os réus terem recebido financiamento externo ou qualquer pagamento para realizá-lo. Da mesma forma, a partir das provas coletadas, a promotoria afirmou que não foi possível considerar que houve uma organização de qualquer tipo, partido político ou apoiador que tenham financiado, planejado, encoberto ou contribuiu de alguma forma para os acusados terem praticado o atentado.

Ao saber da decisão da Justiça, Cristina Kirchner ressaltou que “todo inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores”.

Quem é Fernando Sabag Montiel?

Filho de pai chileno e mãe argentina, Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, é brasileiro, mas vive na Argentina desde 1993, segundo a imprensa local. Antes do atentado, em 2022, o acusado já possuía antecedentes criminais. Em março de 2021 foi processado por contravenção, porte de arma não convencional, em La Paternal. Na ocasião, o brasileiro foi preso com uma faca em sua posse e declarou que era para sua defesa pessoal.

Na época do crime, o jornal Clarín noticiou que, de acordo com os registros comerciais, Sabag Montiel estava registrado como dedicado ao “serviço de transporte automóvel urbano e suburbano não regular de passageiros gratuitos; exceto através de táxis e remises, aluguel de automóveis com condutor e transporte escolar”, categoria que corresponde a motoristas de aplicativos. Ele tinha um Chevrolet Prisma registrado em seu nome.

O brasileiro namorava a acusada Brenda Uliarte, argentina que tinha 23 anos em setembro de 2022, quando o atentado aconteceu. Durante as investigações, a polícia descobri que, por anos, Brenda alimentou diferentes perfis nas redes sociais, apresentando-se com diferentes personalidades em cada um deles: de atriz pornô a estudante de medicina, chegando, inclusive, a simular um suicídio em um deles./Com AFP.

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