Argentina coloca em circulação nova nota de 20 mil pesos em meio a inflação de 193% ao ano


Segundo o Banco Central, a medida permite imprimir uma menor quantidade de papel moeda para atender a demanda e reduzir custos de impressão e reposição

Por Redação

BUENOS AIRES - A Argentina colocou em circulação nesta quarta-feira,13, notas de 20 mil pesos (R$ 115) que serão as de maior denominação, anunciou o Banco Central em um comunicado. A medida ocorre em meio às medidas do presidente Javier Milei para reduzir a inflação que foi de 193% ao ano em outubro, a primeira abaixo de 200% desde o início de seu governo.

A distribuição das novas notas para a população começará oficialmente na quinta-feira por meio de agências bancárias e caixas eletrônicos. O lançamento ocorre apenas seis meses depois de ter colocado em circulação uma de 10 mil pesos.

Neste contexto, o Banco Central indicou que “uma nota de maior denominação permite imprimir uma menor quantidade de papel moeda para enfrentar um mesmo nível de demanda de dinheiro em espécie por parte da sociedade. Menos notas na economia reduzem o custo de reposição de caixas eletrônicos e o tempo de processamento nas agências”.

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O combate à inflação é um dos pilares do governo de Javier Milei. O aumento mensal de preços foi reduzido para 2,7% em outubro após marcar 25,5% em dezembro, quando o presidente liberal assumiu, impulsionada por uma desvalorização de 52% do peso. O libertário comemorou o dado da inflação deste mês dizendo que a “recessão acabou”.

Imagem divulgada pelo Banco Central argentino da nova cédula de 20 mil pesos Foto: Banco Central da Argentina via AFP

A contrapartida do ajuste de Milei ao gasto público é uma forte recessão econômica, com queda no consumo e na produção industrial, e um aumento de 11 pontos percentuais na pobreza em apenas seis meses para 52,9% da população.

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Um jantar em um restaurante de gama média custa cerca de 20.000 pesos, e agora poderá ser pago com esta nota que traz a imagem do político e escritor liberal Juan Bautista Alberdi (1810-1884), um dos ideólogos da Constituição Nacional, referência histórica frequente nos discursos de Milei. O lado contrário traz a imagem da casa onde nasceu o político.

Segundo dados do governo argentino, a procura por moeda aumentou 15% em termos reais. Atualmente na Argentina existem 10,8 bilhões de notas em circulação, sendo mais da metade delas notas de notas de mil pesos (R$ 1). Embora o governo lance regularmente notas de valor mais altos, a quantidade de papel circulante apenas cresce no país, o que serve como pressionador para a inflação.

Segundo dados da autoridade monetária, a quantidade de papel-moeda circulante no país é 20% maior que o montante de dezembro do ano passado e o dobro com relação a dezembro de 2019, analisou o jornal argentino La Nacion. A publicação acrescenta que são 258 notas por habitante, muito acima das 68 per capita que tem o Chile, 65 da Europa e 35 do Brasil.

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Imagem da nova nota de 20 mil pesos colocada em circulação nesta quarta, 13, pelo Banco Central Foto: Banco Central da Argentina via AFP

A emissão de novas notas de alta denominação é história repetida na Argentina: nos últimos 140 anos, mudou cinco vezes o nome de sua moeda e chegou a ter uma divisa em papel de 1 milhão de pesos na década de 1980 durante a última ditadura cívico-militar (1976-83), em um contexto de hiperinflação.

Devido à quantidade de moeda hoje em circulação, autoridades bancárias contam que as pessoas têm ido com “carteiras” cada vez maiores de dinheiro para depositar. Primeiro começou com mochilas de dinheiro, que se transformaram em malas de mão e agora são verdadeiras bagagens de 23 kg de notas pequenas que os argentinos tentam despachar, contou um bancário ao La Nacion.

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Por causa disso, os cofres do Tesouro já não possuem espaço para armazenar moedas, o que fez a função ser delegada aos bancos que, por sua vez, tem precisado comprar cofres para guardar tanto dinheiro./Com AFP

BUENOS AIRES - A Argentina colocou em circulação nesta quarta-feira,13, notas de 20 mil pesos (R$ 115) que serão as de maior denominação, anunciou o Banco Central em um comunicado. A medida ocorre em meio às medidas do presidente Javier Milei para reduzir a inflação que foi de 193% ao ano em outubro, a primeira abaixo de 200% desde o início de seu governo.

A distribuição das novas notas para a população começará oficialmente na quinta-feira por meio de agências bancárias e caixas eletrônicos. O lançamento ocorre apenas seis meses depois de ter colocado em circulação uma de 10 mil pesos.

Neste contexto, o Banco Central indicou que “uma nota de maior denominação permite imprimir uma menor quantidade de papel moeda para enfrentar um mesmo nível de demanda de dinheiro em espécie por parte da sociedade. Menos notas na economia reduzem o custo de reposição de caixas eletrônicos e o tempo de processamento nas agências”.

O combate à inflação é um dos pilares do governo de Javier Milei. O aumento mensal de preços foi reduzido para 2,7% em outubro após marcar 25,5% em dezembro, quando o presidente liberal assumiu, impulsionada por uma desvalorização de 52% do peso. O libertário comemorou o dado da inflação deste mês dizendo que a “recessão acabou”.

Imagem divulgada pelo Banco Central argentino da nova cédula de 20 mil pesos Foto: Banco Central da Argentina via AFP

A contrapartida do ajuste de Milei ao gasto público é uma forte recessão econômica, com queda no consumo e na produção industrial, e um aumento de 11 pontos percentuais na pobreza em apenas seis meses para 52,9% da população.

Um jantar em um restaurante de gama média custa cerca de 20.000 pesos, e agora poderá ser pago com esta nota que traz a imagem do político e escritor liberal Juan Bautista Alberdi (1810-1884), um dos ideólogos da Constituição Nacional, referência histórica frequente nos discursos de Milei. O lado contrário traz a imagem da casa onde nasceu o político.

Segundo dados do governo argentino, a procura por moeda aumentou 15% em termos reais. Atualmente na Argentina existem 10,8 bilhões de notas em circulação, sendo mais da metade delas notas de notas de mil pesos (R$ 1). Embora o governo lance regularmente notas de valor mais altos, a quantidade de papel circulante apenas cresce no país, o que serve como pressionador para a inflação.

Segundo dados da autoridade monetária, a quantidade de papel-moeda circulante no país é 20% maior que o montante de dezembro do ano passado e o dobro com relação a dezembro de 2019, analisou o jornal argentino La Nacion. A publicação acrescenta que são 258 notas por habitante, muito acima das 68 per capita que tem o Chile, 65 da Europa e 35 do Brasil.

Imagem da nova nota de 20 mil pesos colocada em circulação nesta quarta, 13, pelo Banco Central Foto: Banco Central da Argentina via AFP

A emissão de novas notas de alta denominação é história repetida na Argentina: nos últimos 140 anos, mudou cinco vezes o nome de sua moeda e chegou a ter uma divisa em papel de 1 milhão de pesos na década de 1980 durante a última ditadura cívico-militar (1976-83), em um contexto de hiperinflação.

Devido à quantidade de moeda hoje em circulação, autoridades bancárias contam que as pessoas têm ido com “carteiras” cada vez maiores de dinheiro para depositar. Primeiro começou com mochilas de dinheiro, que se transformaram em malas de mão e agora são verdadeiras bagagens de 23 kg de notas pequenas que os argentinos tentam despachar, contou um bancário ao La Nacion.

Por causa disso, os cofres do Tesouro já não possuem espaço para armazenar moedas, o que fez a função ser delegada aos bancos que, por sua vez, tem precisado comprar cofres para guardar tanto dinheiro./Com AFP

BUENOS AIRES - A Argentina colocou em circulação nesta quarta-feira,13, notas de 20 mil pesos (R$ 115) que serão as de maior denominação, anunciou o Banco Central em um comunicado. A medida ocorre em meio às medidas do presidente Javier Milei para reduzir a inflação que foi de 193% ao ano em outubro, a primeira abaixo de 200% desde o início de seu governo.

A distribuição das novas notas para a população começará oficialmente na quinta-feira por meio de agências bancárias e caixas eletrônicos. O lançamento ocorre apenas seis meses depois de ter colocado em circulação uma de 10 mil pesos.

Neste contexto, o Banco Central indicou que “uma nota de maior denominação permite imprimir uma menor quantidade de papel moeda para enfrentar um mesmo nível de demanda de dinheiro em espécie por parte da sociedade. Menos notas na economia reduzem o custo de reposição de caixas eletrônicos e o tempo de processamento nas agências”.

O combate à inflação é um dos pilares do governo de Javier Milei. O aumento mensal de preços foi reduzido para 2,7% em outubro após marcar 25,5% em dezembro, quando o presidente liberal assumiu, impulsionada por uma desvalorização de 52% do peso. O libertário comemorou o dado da inflação deste mês dizendo que a “recessão acabou”.

Imagem divulgada pelo Banco Central argentino da nova cédula de 20 mil pesos Foto: Banco Central da Argentina via AFP

A contrapartida do ajuste de Milei ao gasto público é uma forte recessão econômica, com queda no consumo e na produção industrial, e um aumento de 11 pontos percentuais na pobreza em apenas seis meses para 52,9% da população.

Um jantar em um restaurante de gama média custa cerca de 20.000 pesos, e agora poderá ser pago com esta nota que traz a imagem do político e escritor liberal Juan Bautista Alberdi (1810-1884), um dos ideólogos da Constituição Nacional, referência histórica frequente nos discursos de Milei. O lado contrário traz a imagem da casa onde nasceu o político.

Segundo dados do governo argentino, a procura por moeda aumentou 15% em termos reais. Atualmente na Argentina existem 10,8 bilhões de notas em circulação, sendo mais da metade delas notas de notas de mil pesos (R$ 1). Embora o governo lance regularmente notas de valor mais altos, a quantidade de papel circulante apenas cresce no país, o que serve como pressionador para a inflação.

Segundo dados da autoridade monetária, a quantidade de papel-moeda circulante no país é 20% maior que o montante de dezembro do ano passado e o dobro com relação a dezembro de 2019, analisou o jornal argentino La Nacion. A publicação acrescenta que são 258 notas por habitante, muito acima das 68 per capita que tem o Chile, 65 da Europa e 35 do Brasil.

Imagem da nova nota de 20 mil pesos colocada em circulação nesta quarta, 13, pelo Banco Central Foto: Banco Central da Argentina via AFP

A emissão de novas notas de alta denominação é história repetida na Argentina: nos últimos 140 anos, mudou cinco vezes o nome de sua moeda e chegou a ter uma divisa em papel de 1 milhão de pesos na década de 1980 durante a última ditadura cívico-militar (1976-83), em um contexto de hiperinflação.

Devido à quantidade de moeda hoje em circulação, autoridades bancárias contam que as pessoas têm ido com “carteiras” cada vez maiores de dinheiro para depositar. Primeiro começou com mochilas de dinheiro, que se transformaram em malas de mão e agora são verdadeiras bagagens de 23 kg de notas pequenas que os argentinos tentam despachar, contou um bancário ao La Nacion.

Por causa disso, os cofres do Tesouro já não possuem espaço para armazenar moedas, o que fez a função ser delegada aos bancos que, por sua vez, tem precisado comprar cofres para guardar tanto dinheiro./Com AFP

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