Argentina tem novos protestos e confrontos com a polícia em Córdoba contra decreto de Milei


Manifestantes voltaram às ruas pela segunda noite seguida após governo derrubar mais de 300 leis para desregulamentar economia

Por Redação
Atualização:

Manifestantes voltaram às ruas em diferentes cidades da Argentina em protesto contra o decreto de Javier Milei para desregulamentar a economia. Essa foi a segunda noite seguida de protestos, mesmo com a proibição de fechar ruas e a ameaça do governo de retirar benefícios sociais para quem for flagrado em bloqueios. Em Córdoba, houve confronto com a polícia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o conflito com a polícia, que lançou gás de pimenta e disparou com balas de borracha. Segundo informações da imprensa argentina, a confusão começou durante um panelaço, que reuniu cerca de mil pessoas em Córdoba. Pelo menos cinco manifestantes foram detidos e cinco policiais ficaram feridos, disseram as autoridades da província ao jornal Clarín.

Em Buenos Aires, os manifestantes se reuniram em frente ao Congresso, cercados por um cordão de policiais, como já havia acontecido na noite anterior. Em paralelo, foram ouvidos panelaços em diferentes bairros da capital argentina.

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Argentinos protestam contra decreto de Javier Milei em frente ao Congresso.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Os protestos chegaram ainda às cidades de La Plata e Rosário e reuniram diferentes grupos contra o que tem sido chamado na Argentina de “megadecreto”, o ato do governo Milei que derrubou mais de 300 leis por meio de um mecanismo similar à Media Provisória do Brasil.

O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), entre outras coisas, abre caminho para privatizar todas as empresas públicas argentinas, medida que revoltou servidores públicos. Outro grupo presente nas manifestações são os inquilinos, que reclamam do fim da Lei do Aluguel e temem perder garantias ao negociar diretamente com os proprietários praticamente todos os termos do contrato, inclusive em que moeda será cobrado.

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Os movimentos sociais convocam novas manifestações para esta sexta-feira, 22, e já antecipam mobilizações para a semana que vem. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou uma marcha em direção ao Palácio da Justiça, em Buenos Aires, na próxima quarta-feira, 27. O objetivo é pressionar para que o decreto seja declarado inconstitucional.

Milei diz que ‘vem mais por aí'

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Na quinta-feira, 21, diante da pressão, o governo defendeu o decreto e prometeu medidas adicionais para liberalizar a economia: “vem mais por aí”, disse o próprio Milei.

O libertário aposta em um duro ajuste fiscal como saída para crise na Argentina, onde a inflação anual está na casa dos 160%. O decreto desta semana, que teve 30 medidas detalhadas pelo presidente em seu primeiro pronunciamento nas cadeias de rádio e TV da Argentina, soma-se ao pacote que já havia sido anunciado pelo ministro da Economia Luis Caputo, com corte de subsídios e desvalorização da moeda.

Analistas afirmam que as medidas em si não surpreendem porque estão de acordo com as promessas de campanha do libertário. Mas a desregulamentação da economia por decreto é criticada pelos manifestantes e pela oposição, que acusa o Executivo de atropelar os Poderes na Argentina.

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O governo tem respondido que as medidas são urgentes e adotou um rígido protocolo de segurança que tenta limitar os protestos enquanto avança com o ajuste fiscal. O bloqueio de ruas foi proibido, e a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, prometeu retiras os benefícios sociais de quem descumprir a ordem da ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

Manifestantes voltaram às ruas em diferentes cidades da Argentina em protesto contra o decreto de Javier Milei para desregulamentar a economia. Essa foi a segunda noite seguida de protestos, mesmo com a proibição de fechar ruas e a ameaça do governo de retirar benefícios sociais para quem for flagrado em bloqueios. Em Córdoba, houve confronto com a polícia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o conflito com a polícia, que lançou gás de pimenta e disparou com balas de borracha. Segundo informações da imprensa argentina, a confusão começou durante um panelaço, que reuniu cerca de mil pessoas em Córdoba. Pelo menos cinco manifestantes foram detidos e cinco policiais ficaram feridos, disseram as autoridades da província ao jornal Clarín.

Em Buenos Aires, os manifestantes se reuniram em frente ao Congresso, cercados por um cordão de policiais, como já havia acontecido na noite anterior. Em paralelo, foram ouvidos panelaços em diferentes bairros da capital argentina.

Argentinos protestam contra decreto de Javier Milei em frente ao Congresso.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Os protestos chegaram ainda às cidades de La Plata e Rosário e reuniram diferentes grupos contra o que tem sido chamado na Argentina de “megadecreto”, o ato do governo Milei que derrubou mais de 300 leis por meio de um mecanismo similar à Media Provisória do Brasil.

O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), entre outras coisas, abre caminho para privatizar todas as empresas públicas argentinas, medida que revoltou servidores públicos. Outro grupo presente nas manifestações são os inquilinos, que reclamam do fim da Lei do Aluguel e temem perder garantias ao negociar diretamente com os proprietários praticamente todos os termos do contrato, inclusive em que moeda será cobrado.

Os movimentos sociais convocam novas manifestações para esta sexta-feira, 22, e já antecipam mobilizações para a semana que vem. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou uma marcha em direção ao Palácio da Justiça, em Buenos Aires, na próxima quarta-feira, 27. O objetivo é pressionar para que o decreto seja declarado inconstitucional.

Milei diz que ‘vem mais por aí'

Na quinta-feira, 21, diante da pressão, o governo defendeu o decreto e prometeu medidas adicionais para liberalizar a economia: “vem mais por aí”, disse o próprio Milei.

O libertário aposta em um duro ajuste fiscal como saída para crise na Argentina, onde a inflação anual está na casa dos 160%. O decreto desta semana, que teve 30 medidas detalhadas pelo presidente em seu primeiro pronunciamento nas cadeias de rádio e TV da Argentina, soma-se ao pacote que já havia sido anunciado pelo ministro da Economia Luis Caputo, com corte de subsídios e desvalorização da moeda.

Analistas afirmam que as medidas em si não surpreendem porque estão de acordo com as promessas de campanha do libertário. Mas a desregulamentação da economia por decreto é criticada pelos manifestantes e pela oposição, que acusa o Executivo de atropelar os Poderes na Argentina.

O governo tem respondido que as medidas são urgentes e adotou um rígido protocolo de segurança que tenta limitar os protestos enquanto avança com o ajuste fiscal. O bloqueio de ruas foi proibido, e a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, prometeu retiras os benefícios sociais de quem descumprir a ordem da ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

Manifestantes voltaram às ruas em diferentes cidades da Argentina em protesto contra o decreto de Javier Milei para desregulamentar a economia. Essa foi a segunda noite seguida de protestos, mesmo com a proibição de fechar ruas e a ameaça do governo de retirar benefícios sociais para quem for flagrado em bloqueios. Em Córdoba, houve confronto com a polícia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o conflito com a polícia, que lançou gás de pimenta e disparou com balas de borracha. Segundo informações da imprensa argentina, a confusão começou durante um panelaço, que reuniu cerca de mil pessoas em Córdoba. Pelo menos cinco manifestantes foram detidos e cinco policiais ficaram feridos, disseram as autoridades da província ao jornal Clarín.

Em Buenos Aires, os manifestantes se reuniram em frente ao Congresso, cercados por um cordão de policiais, como já havia acontecido na noite anterior. Em paralelo, foram ouvidos panelaços em diferentes bairros da capital argentina.

Argentinos protestam contra decreto de Javier Milei em frente ao Congresso.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Os protestos chegaram ainda às cidades de La Plata e Rosário e reuniram diferentes grupos contra o que tem sido chamado na Argentina de “megadecreto”, o ato do governo Milei que derrubou mais de 300 leis por meio de um mecanismo similar à Media Provisória do Brasil.

O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), entre outras coisas, abre caminho para privatizar todas as empresas públicas argentinas, medida que revoltou servidores públicos. Outro grupo presente nas manifestações são os inquilinos, que reclamam do fim da Lei do Aluguel e temem perder garantias ao negociar diretamente com os proprietários praticamente todos os termos do contrato, inclusive em que moeda será cobrado.

Os movimentos sociais convocam novas manifestações para esta sexta-feira, 22, e já antecipam mobilizações para a semana que vem. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou uma marcha em direção ao Palácio da Justiça, em Buenos Aires, na próxima quarta-feira, 27. O objetivo é pressionar para que o decreto seja declarado inconstitucional.

Milei diz que ‘vem mais por aí'

Na quinta-feira, 21, diante da pressão, o governo defendeu o decreto e prometeu medidas adicionais para liberalizar a economia: “vem mais por aí”, disse o próprio Milei.

O libertário aposta em um duro ajuste fiscal como saída para crise na Argentina, onde a inflação anual está na casa dos 160%. O decreto desta semana, que teve 30 medidas detalhadas pelo presidente em seu primeiro pronunciamento nas cadeias de rádio e TV da Argentina, soma-se ao pacote que já havia sido anunciado pelo ministro da Economia Luis Caputo, com corte de subsídios e desvalorização da moeda.

Analistas afirmam que as medidas em si não surpreendem porque estão de acordo com as promessas de campanha do libertário. Mas a desregulamentação da economia por decreto é criticada pelos manifestantes e pela oposição, que acusa o Executivo de atropelar os Poderes na Argentina.

O governo tem respondido que as medidas são urgentes e adotou um rígido protocolo de segurança que tenta limitar os protestos enquanto avança com o ajuste fiscal. O bloqueio de ruas foi proibido, e a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, prometeu retiras os benefícios sociais de quem descumprir a ordem da ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

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