Argentina realiza debate em meio a disputa acirrada entre Sergio Massa e Javier Milei


Analistas dizem que debate será decisivo para atrair eleitores indecisos em um cenário de empate técnico entre os dois candidatos

Por Carolina Marins
Atualização:

Os candidatos à presidência da Argentina, o peronista Sergio Massa e o libertário Javier Milei, protagonizarão neste domingo, 12, o único debate antes do segundo turno de 19 de novembro. Com um cenário tão incerto, em que a disputa promete ser voto a voto, este será um debate essencial para atrair o eleitor indeciso, segundo analistas.

Marcado para às 21h deste domingo (horário de Brasília) na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), o debate colocará frente a frente os dois candidatos que tem explorado o medo do eleitor em suas campanhas.

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Toda esta segunda fase das campanhas tem sido baseada no medo: a de Massa, o temor do que representa uma novidade política com ideias explosivas como o libertário. Já Javier Milei tem explorado o medo do desastre econômico e social que representa a continuidade do peronismo na figura de Sergio Massa, ministro da Economia.

O destaque do segundo turno tem sido as peças publicitárias produzidas por marqueteiros brasileiros ligados ao PT, que associam uma vitória de Milei a armas e fim de direitos.

Os candidatos Sergio Massa e Javier Milei se cumprimentam durante o primeiro debate do primeiro turno em 1º de outubro em Santiago del Estero Foto: Tomas F. Cuesta/AP
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Massa aposta no medo de que Milei seja a anarquia completa e instabilidade, já Milei aposta no medo de que a Argentina continue no mesmo caminho que a colocou em uma crise econômica infinita e uma possível futura crise de segurança.

“O medo é a emoção que joga nessas eleições. São campanhas de medo versus medo. Há também uma esperança, e nesse sentido Milei desperta mais esperança em seu eleitorado do que Massa, mas definitivamente não é essa a emoção preponderante”, aponta o cientista político Pablo Touzon.

“E são medos diferentes. Milei desperta o medo à anarquia enquanto Massa desperta o medo à hegemonia; Massa é visto como um homem obcecado pelo poder. A questão é ver que medo se impõe mais”, completa.

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As estratégias

Não à toa Milei tem apostado em peças com o mote “liberdade ou kirchnerismo”. Ele absorveu o lema de “mudança” que trazia a coalizão Juntos pela Mudança que agora apoia o libertário por meio das lideranças de Patricia Bullrich e Mauricio Macri contra a continuidade dos governos de Alberto Fernández e Cristina Kirchner - esta última personagem ativa de seus programas. “Essa eleição é sobre se mudamos ou se mantemos no poder os mesmos que nos arruinaram a vida”, diz sua última peça de campanha.

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Já Massa utiliza das próprias falas de Milei para produzir sua publicidade, citando a manutenção da saúde e educação públicas, “uma Argentina sem armas” e sem venda de órgãos. “Vem uma Argentina com o coração tão grande que jamais venderia seus órgãos”, diz o último spot. Em seu mote, sua presidência seria uma estabilidade e “algo que se espera”, enquanto o adversário seria a surpresa desconhecida.

O peronista também tem apostado em utilizar as relações da Argentina com o Brasil, tanto em suas propagandas quanto em declarações à imprensa. Ele bate na tecla de que Milei pretende romper os laços, o que, em suas palavras, seria um desastre para os empregos na Argentina.

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O libertário não fala exatamente de romper relações, mas é a favor de não existir uma atuação do Estado nesse fluxo comercial, defendendo que os empresários dialoguem diretamente uns com os outros. As recentes declarações de Milei sobre Lula, em que o chamou de “comunista”, também viraram munição de campanha.

“O principal dilema para o eleitor é se Massa conseguirá ser presidente sem ter a tutela de Cristina [Kirchner], a exemplo do que vivemos nos últimos quatro anos, um presidente que precisa pedir permissão para tudo. Uma presidência tutelada”, afirma o cientista político da Universidade Católica Argentina Fabian Calle.

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“Enquanto pelo lado de Milei preocupa se ele vai conseguir governar, se vai conseguir controlar as ruas, enfrentar todos os setores ou se vão querer derrubá-lo. Acho que isso preocupa muita gente indecisa, que no fim vão decidir essas eleições”, continua.

Na última quarta-feira, 8, ocorreu o debate entre os candidatos a vice-presidente: Agustin Rossi pela coalizão de Massa e Victoria Villarruel pela lista de Milei. Os dois subiram o tom em vários momentos, um clima que deve ser uma prévia do que será o deste domingo. A libertária focou em expor os erros da gestão peronista, enquanto Rossi apostou na pauta dos direitos humanos.

Já para o domingo, de acordo com os jornais argentinos, a estratégia de Massa será tentar trazer a tona o lado mais descontrolado de Milei, que lhe rendeu o apelido de “el loco”, enquanto o libertário deve bater na tecla da inflação.

Os candidatos a vice, Agustin Rossi e Victoria Villarruel, durante debate no canal TN Foto: Luis Ronayo/AFP

Os temas, determinados pela Câmara Nacional Eleitoral serão: Economia, as relações da Argentina com o mundo, educação e saúde, produção e trabalho, segurança e Direitos Humanos e coexistência democrática.

O impacto dos debates

Historicamente, os debates não costumam mudar o humor do eleitor de forma contundente, segundo análises feitas pelo Observatório Pulsar da UBA. No caso dos primeiros turnos, eles ajudam a alavancar candidatos menores, como ocorreu com Juan Schiaretti e Myriam Bregman que se tornaram mais conhecidos nacionalmente, e ajudam a traçar quais são as linhas linhas ideológicas em disputa.

Em um estudo conduzido em 2019, durante a disputa entre Mauricio Macri e Alberto Fernández, o observatório notou que os debates presidenciais serviram para motivar o eleitorado a conhecer as propostas dos candidatos e decidir ir votar, mas os impactos acabavam sendo marginais, com a maioria do eleitorado já decidido. Além disso, a disputa se concentrava em duas linhas tradicionais, o peronismo e o macrismo.

Mas agora, com o cenário de empate técnico entre os candidatos, o impacto tende a ser mais significativo. Os debates do primeiro turno já mostraram que esta eleição seria diferente e que a exposição televisiva poderia ter um papel maior. Em vez de duas linhas principais, haviam três, com Patricia Bullrich também em jogo, e às vezes com a disputa do mesmo eleitorado.

Debate presidencial do primeiro turno em 8 de outubro na UBA, Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/AP

“Em ambientes mais disputados, é mais provável que as mudanças de preferências gerem impacto nas posições dos candidatos”, explicou Facundo Cruz, coordenador geral do Observatório Pulsar.

Agora, a expectativa é de que a audiência seja recorde, superando a anterior. “Acredito que vai ser um debate importante. O anterior teve muita audiência, mais de 4 milhões de público, alguns falam até 5 milhões. Esse com certeza vai ter igual ou mais, e em uma eleição tão disputada como essa, até decisivo”, afirma Calle. “Em geral os debates não movem muito o amperímetro na Argentina, mas frente à séria dúvida que tem a população, uma porcentagem pequena, mas decisiva pode afetar sim”.

As últimas pesquisas de intenção de votos consolidam um cenário de empate técnico entre os candidatos, com Milei liderando a maioria deles. Em praticamente todos os cenários, cujas diferenças variam de dois a quatro pontos percentuais, a disputa será voto a voto e a decisão caberá a quem está indeciso e deixou para escolher no último minuto.

O site La Politica Online, que faz um agrupamento das pesquisas eleitorais e tira uma média delas, indica que Sergio Massa possui uma média de votos de 43%, com seu mínimo variando de 36,46% para 49,49%. Já Milei tem em média 43,8% das intenções de voto, com uma variação de 35,48% até 52,14%.

Os candidatos à presidência da Argentina, o peronista Sergio Massa e o libertário Javier Milei, protagonizarão neste domingo, 12, o único debate antes do segundo turno de 19 de novembro. Com um cenário tão incerto, em que a disputa promete ser voto a voto, este será um debate essencial para atrair o eleitor indeciso, segundo analistas.

Marcado para às 21h deste domingo (horário de Brasília) na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), o debate colocará frente a frente os dois candidatos que tem explorado o medo do eleitor em suas campanhas.

Toda esta segunda fase das campanhas tem sido baseada no medo: a de Massa, o temor do que representa uma novidade política com ideias explosivas como o libertário. Já Javier Milei tem explorado o medo do desastre econômico e social que representa a continuidade do peronismo na figura de Sergio Massa, ministro da Economia.

O destaque do segundo turno tem sido as peças publicitárias produzidas por marqueteiros brasileiros ligados ao PT, que associam uma vitória de Milei a armas e fim de direitos.

Os candidatos Sergio Massa e Javier Milei se cumprimentam durante o primeiro debate do primeiro turno em 1º de outubro em Santiago del Estero Foto: Tomas F. Cuesta/AP

Massa aposta no medo de que Milei seja a anarquia completa e instabilidade, já Milei aposta no medo de que a Argentina continue no mesmo caminho que a colocou em uma crise econômica infinita e uma possível futura crise de segurança.

“O medo é a emoção que joga nessas eleições. São campanhas de medo versus medo. Há também uma esperança, e nesse sentido Milei desperta mais esperança em seu eleitorado do que Massa, mas definitivamente não é essa a emoção preponderante”, aponta o cientista político Pablo Touzon.

“E são medos diferentes. Milei desperta o medo à anarquia enquanto Massa desperta o medo à hegemonia; Massa é visto como um homem obcecado pelo poder. A questão é ver que medo se impõe mais”, completa.

As estratégias

Não à toa Milei tem apostado em peças com o mote “liberdade ou kirchnerismo”. Ele absorveu o lema de “mudança” que trazia a coalizão Juntos pela Mudança que agora apoia o libertário por meio das lideranças de Patricia Bullrich e Mauricio Macri contra a continuidade dos governos de Alberto Fernández e Cristina Kirchner - esta última personagem ativa de seus programas. “Essa eleição é sobre se mudamos ou se mantemos no poder os mesmos que nos arruinaram a vida”, diz sua última peça de campanha.

Já Massa utiliza das próprias falas de Milei para produzir sua publicidade, citando a manutenção da saúde e educação públicas, “uma Argentina sem armas” e sem venda de órgãos. “Vem uma Argentina com o coração tão grande que jamais venderia seus órgãos”, diz o último spot. Em seu mote, sua presidência seria uma estabilidade e “algo que se espera”, enquanto o adversário seria a surpresa desconhecida.

O peronista também tem apostado em utilizar as relações da Argentina com o Brasil, tanto em suas propagandas quanto em declarações à imprensa. Ele bate na tecla de que Milei pretende romper os laços, o que, em suas palavras, seria um desastre para os empregos na Argentina.

O libertário não fala exatamente de romper relações, mas é a favor de não existir uma atuação do Estado nesse fluxo comercial, defendendo que os empresários dialoguem diretamente uns com os outros. As recentes declarações de Milei sobre Lula, em que o chamou de “comunista”, também viraram munição de campanha.

“O principal dilema para o eleitor é se Massa conseguirá ser presidente sem ter a tutela de Cristina [Kirchner], a exemplo do que vivemos nos últimos quatro anos, um presidente que precisa pedir permissão para tudo. Uma presidência tutelada”, afirma o cientista político da Universidade Católica Argentina Fabian Calle.

“Enquanto pelo lado de Milei preocupa se ele vai conseguir governar, se vai conseguir controlar as ruas, enfrentar todos os setores ou se vão querer derrubá-lo. Acho que isso preocupa muita gente indecisa, que no fim vão decidir essas eleições”, continua.

Na última quarta-feira, 8, ocorreu o debate entre os candidatos a vice-presidente: Agustin Rossi pela coalizão de Massa e Victoria Villarruel pela lista de Milei. Os dois subiram o tom em vários momentos, um clima que deve ser uma prévia do que será o deste domingo. A libertária focou em expor os erros da gestão peronista, enquanto Rossi apostou na pauta dos direitos humanos.

Já para o domingo, de acordo com os jornais argentinos, a estratégia de Massa será tentar trazer a tona o lado mais descontrolado de Milei, que lhe rendeu o apelido de “el loco”, enquanto o libertário deve bater na tecla da inflação.

Os candidatos a vice, Agustin Rossi e Victoria Villarruel, durante debate no canal TN Foto: Luis Ronayo/AFP

Os temas, determinados pela Câmara Nacional Eleitoral serão: Economia, as relações da Argentina com o mundo, educação e saúde, produção e trabalho, segurança e Direitos Humanos e coexistência democrática.

O impacto dos debates

Historicamente, os debates não costumam mudar o humor do eleitor de forma contundente, segundo análises feitas pelo Observatório Pulsar da UBA. No caso dos primeiros turnos, eles ajudam a alavancar candidatos menores, como ocorreu com Juan Schiaretti e Myriam Bregman que se tornaram mais conhecidos nacionalmente, e ajudam a traçar quais são as linhas linhas ideológicas em disputa.

Em um estudo conduzido em 2019, durante a disputa entre Mauricio Macri e Alberto Fernández, o observatório notou que os debates presidenciais serviram para motivar o eleitorado a conhecer as propostas dos candidatos e decidir ir votar, mas os impactos acabavam sendo marginais, com a maioria do eleitorado já decidido. Além disso, a disputa se concentrava em duas linhas tradicionais, o peronismo e o macrismo.

Mas agora, com o cenário de empate técnico entre os candidatos, o impacto tende a ser mais significativo. Os debates do primeiro turno já mostraram que esta eleição seria diferente e que a exposição televisiva poderia ter um papel maior. Em vez de duas linhas principais, haviam três, com Patricia Bullrich também em jogo, e às vezes com a disputa do mesmo eleitorado.

Debate presidencial do primeiro turno em 8 de outubro na UBA, Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/AP

“Em ambientes mais disputados, é mais provável que as mudanças de preferências gerem impacto nas posições dos candidatos”, explicou Facundo Cruz, coordenador geral do Observatório Pulsar.

Agora, a expectativa é de que a audiência seja recorde, superando a anterior. “Acredito que vai ser um debate importante. O anterior teve muita audiência, mais de 4 milhões de público, alguns falam até 5 milhões. Esse com certeza vai ter igual ou mais, e em uma eleição tão disputada como essa, até decisivo”, afirma Calle. “Em geral os debates não movem muito o amperímetro na Argentina, mas frente à séria dúvida que tem a população, uma porcentagem pequena, mas decisiva pode afetar sim”.

As últimas pesquisas de intenção de votos consolidam um cenário de empate técnico entre os candidatos, com Milei liderando a maioria deles. Em praticamente todos os cenários, cujas diferenças variam de dois a quatro pontos percentuais, a disputa será voto a voto e a decisão caberá a quem está indeciso e deixou para escolher no último minuto.

O site La Politica Online, que faz um agrupamento das pesquisas eleitorais e tira uma média delas, indica que Sergio Massa possui uma média de votos de 43%, com seu mínimo variando de 36,46% para 49,49%. Já Milei tem em média 43,8% das intenções de voto, com uma variação de 35,48% até 52,14%.

Os candidatos à presidência da Argentina, o peronista Sergio Massa e o libertário Javier Milei, protagonizarão neste domingo, 12, o único debate antes do segundo turno de 19 de novembro. Com um cenário tão incerto, em que a disputa promete ser voto a voto, este será um debate essencial para atrair o eleitor indeciso, segundo analistas.

Marcado para às 21h deste domingo (horário de Brasília) na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), o debate colocará frente a frente os dois candidatos que tem explorado o medo do eleitor em suas campanhas.

Toda esta segunda fase das campanhas tem sido baseada no medo: a de Massa, o temor do que representa uma novidade política com ideias explosivas como o libertário. Já Javier Milei tem explorado o medo do desastre econômico e social que representa a continuidade do peronismo na figura de Sergio Massa, ministro da Economia.

O destaque do segundo turno tem sido as peças publicitárias produzidas por marqueteiros brasileiros ligados ao PT, que associam uma vitória de Milei a armas e fim de direitos.

Os candidatos Sergio Massa e Javier Milei se cumprimentam durante o primeiro debate do primeiro turno em 1º de outubro em Santiago del Estero Foto: Tomas F. Cuesta/AP

Massa aposta no medo de que Milei seja a anarquia completa e instabilidade, já Milei aposta no medo de que a Argentina continue no mesmo caminho que a colocou em uma crise econômica infinita e uma possível futura crise de segurança.

“O medo é a emoção que joga nessas eleições. São campanhas de medo versus medo. Há também uma esperança, e nesse sentido Milei desperta mais esperança em seu eleitorado do que Massa, mas definitivamente não é essa a emoção preponderante”, aponta o cientista político Pablo Touzon.

“E são medos diferentes. Milei desperta o medo à anarquia enquanto Massa desperta o medo à hegemonia; Massa é visto como um homem obcecado pelo poder. A questão é ver que medo se impõe mais”, completa.

As estratégias

Não à toa Milei tem apostado em peças com o mote “liberdade ou kirchnerismo”. Ele absorveu o lema de “mudança” que trazia a coalizão Juntos pela Mudança que agora apoia o libertário por meio das lideranças de Patricia Bullrich e Mauricio Macri contra a continuidade dos governos de Alberto Fernández e Cristina Kirchner - esta última personagem ativa de seus programas. “Essa eleição é sobre se mudamos ou se mantemos no poder os mesmos que nos arruinaram a vida”, diz sua última peça de campanha.

Já Massa utiliza das próprias falas de Milei para produzir sua publicidade, citando a manutenção da saúde e educação públicas, “uma Argentina sem armas” e sem venda de órgãos. “Vem uma Argentina com o coração tão grande que jamais venderia seus órgãos”, diz o último spot. Em seu mote, sua presidência seria uma estabilidade e “algo que se espera”, enquanto o adversário seria a surpresa desconhecida.

O peronista também tem apostado em utilizar as relações da Argentina com o Brasil, tanto em suas propagandas quanto em declarações à imprensa. Ele bate na tecla de que Milei pretende romper os laços, o que, em suas palavras, seria um desastre para os empregos na Argentina.

O libertário não fala exatamente de romper relações, mas é a favor de não existir uma atuação do Estado nesse fluxo comercial, defendendo que os empresários dialoguem diretamente uns com os outros. As recentes declarações de Milei sobre Lula, em que o chamou de “comunista”, também viraram munição de campanha.

“O principal dilema para o eleitor é se Massa conseguirá ser presidente sem ter a tutela de Cristina [Kirchner], a exemplo do que vivemos nos últimos quatro anos, um presidente que precisa pedir permissão para tudo. Uma presidência tutelada”, afirma o cientista político da Universidade Católica Argentina Fabian Calle.

“Enquanto pelo lado de Milei preocupa se ele vai conseguir governar, se vai conseguir controlar as ruas, enfrentar todos os setores ou se vão querer derrubá-lo. Acho que isso preocupa muita gente indecisa, que no fim vão decidir essas eleições”, continua.

Na última quarta-feira, 8, ocorreu o debate entre os candidatos a vice-presidente: Agustin Rossi pela coalizão de Massa e Victoria Villarruel pela lista de Milei. Os dois subiram o tom em vários momentos, um clima que deve ser uma prévia do que será o deste domingo. A libertária focou em expor os erros da gestão peronista, enquanto Rossi apostou na pauta dos direitos humanos.

Já para o domingo, de acordo com os jornais argentinos, a estratégia de Massa será tentar trazer a tona o lado mais descontrolado de Milei, que lhe rendeu o apelido de “el loco”, enquanto o libertário deve bater na tecla da inflação.

Os candidatos a vice, Agustin Rossi e Victoria Villarruel, durante debate no canal TN Foto: Luis Ronayo/AFP

Os temas, determinados pela Câmara Nacional Eleitoral serão: Economia, as relações da Argentina com o mundo, educação e saúde, produção e trabalho, segurança e Direitos Humanos e coexistência democrática.

O impacto dos debates

Historicamente, os debates não costumam mudar o humor do eleitor de forma contundente, segundo análises feitas pelo Observatório Pulsar da UBA. No caso dos primeiros turnos, eles ajudam a alavancar candidatos menores, como ocorreu com Juan Schiaretti e Myriam Bregman que se tornaram mais conhecidos nacionalmente, e ajudam a traçar quais são as linhas linhas ideológicas em disputa.

Em um estudo conduzido em 2019, durante a disputa entre Mauricio Macri e Alberto Fernández, o observatório notou que os debates presidenciais serviram para motivar o eleitorado a conhecer as propostas dos candidatos e decidir ir votar, mas os impactos acabavam sendo marginais, com a maioria do eleitorado já decidido. Além disso, a disputa se concentrava em duas linhas tradicionais, o peronismo e o macrismo.

Mas agora, com o cenário de empate técnico entre os candidatos, o impacto tende a ser mais significativo. Os debates do primeiro turno já mostraram que esta eleição seria diferente e que a exposição televisiva poderia ter um papel maior. Em vez de duas linhas principais, haviam três, com Patricia Bullrich também em jogo, e às vezes com a disputa do mesmo eleitorado.

Debate presidencial do primeiro turno em 8 de outubro na UBA, Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/AP

“Em ambientes mais disputados, é mais provável que as mudanças de preferências gerem impacto nas posições dos candidatos”, explicou Facundo Cruz, coordenador geral do Observatório Pulsar.

Agora, a expectativa é de que a audiência seja recorde, superando a anterior. “Acredito que vai ser um debate importante. O anterior teve muita audiência, mais de 4 milhões de público, alguns falam até 5 milhões. Esse com certeza vai ter igual ou mais, e em uma eleição tão disputada como essa, até decisivo”, afirma Calle. “Em geral os debates não movem muito o amperímetro na Argentina, mas frente à séria dúvida que tem a população, uma porcentagem pequena, mas decisiva pode afetar sim”.

As últimas pesquisas de intenção de votos consolidam um cenário de empate técnico entre os candidatos, com Milei liderando a maioria deles. Em praticamente todos os cenários, cujas diferenças variam de dois a quatro pontos percentuais, a disputa será voto a voto e a decisão caberá a quem está indeciso e deixou para escolher no último minuto.

O site La Politica Online, que faz um agrupamento das pesquisas eleitorais e tira uma média delas, indica que Sergio Massa possui uma média de votos de 43%, com seu mínimo variando de 36,46% para 49,49%. Já Milei tem em média 43,8% das intenções de voto, com uma variação de 35,48% até 52,14%.

Os candidatos à presidência da Argentina, o peronista Sergio Massa e o libertário Javier Milei, protagonizarão neste domingo, 12, o único debate antes do segundo turno de 19 de novembro. Com um cenário tão incerto, em que a disputa promete ser voto a voto, este será um debate essencial para atrair o eleitor indeciso, segundo analistas.

Marcado para às 21h deste domingo (horário de Brasília) na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), o debate colocará frente a frente os dois candidatos que tem explorado o medo do eleitor em suas campanhas.

Toda esta segunda fase das campanhas tem sido baseada no medo: a de Massa, o temor do que representa uma novidade política com ideias explosivas como o libertário. Já Javier Milei tem explorado o medo do desastre econômico e social que representa a continuidade do peronismo na figura de Sergio Massa, ministro da Economia.

O destaque do segundo turno tem sido as peças publicitárias produzidas por marqueteiros brasileiros ligados ao PT, que associam uma vitória de Milei a armas e fim de direitos.

Os candidatos Sergio Massa e Javier Milei se cumprimentam durante o primeiro debate do primeiro turno em 1º de outubro em Santiago del Estero Foto: Tomas F. Cuesta/AP

Massa aposta no medo de que Milei seja a anarquia completa e instabilidade, já Milei aposta no medo de que a Argentina continue no mesmo caminho que a colocou em uma crise econômica infinita e uma possível futura crise de segurança.

“O medo é a emoção que joga nessas eleições. São campanhas de medo versus medo. Há também uma esperança, e nesse sentido Milei desperta mais esperança em seu eleitorado do que Massa, mas definitivamente não é essa a emoção preponderante”, aponta o cientista político Pablo Touzon.

“E são medos diferentes. Milei desperta o medo à anarquia enquanto Massa desperta o medo à hegemonia; Massa é visto como um homem obcecado pelo poder. A questão é ver que medo se impõe mais”, completa.

As estratégias

Não à toa Milei tem apostado em peças com o mote “liberdade ou kirchnerismo”. Ele absorveu o lema de “mudança” que trazia a coalizão Juntos pela Mudança que agora apoia o libertário por meio das lideranças de Patricia Bullrich e Mauricio Macri contra a continuidade dos governos de Alberto Fernández e Cristina Kirchner - esta última personagem ativa de seus programas. “Essa eleição é sobre se mudamos ou se mantemos no poder os mesmos que nos arruinaram a vida”, diz sua última peça de campanha.

Já Massa utiliza das próprias falas de Milei para produzir sua publicidade, citando a manutenção da saúde e educação públicas, “uma Argentina sem armas” e sem venda de órgãos. “Vem uma Argentina com o coração tão grande que jamais venderia seus órgãos”, diz o último spot. Em seu mote, sua presidência seria uma estabilidade e “algo que se espera”, enquanto o adversário seria a surpresa desconhecida.

O peronista também tem apostado em utilizar as relações da Argentina com o Brasil, tanto em suas propagandas quanto em declarações à imprensa. Ele bate na tecla de que Milei pretende romper os laços, o que, em suas palavras, seria um desastre para os empregos na Argentina.

O libertário não fala exatamente de romper relações, mas é a favor de não existir uma atuação do Estado nesse fluxo comercial, defendendo que os empresários dialoguem diretamente uns com os outros. As recentes declarações de Milei sobre Lula, em que o chamou de “comunista”, também viraram munição de campanha.

“O principal dilema para o eleitor é se Massa conseguirá ser presidente sem ter a tutela de Cristina [Kirchner], a exemplo do que vivemos nos últimos quatro anos, um presidente que precisa pedir permissão para tudo. Uma presidência tutelada”, afirma o cientista político da Universidade Católica Argentina Fabian Calle.

“Enquanto pelo lado de Milei preocupa se ele vai conseguir governar, se vai conseguir controlar as ruas, enfrentar todos os setores ou se vão querer derrubá-lo. Acho que isso preocupa muita gente indecisa, que no fim vão decidir essas eleições”, continua.

Na última quarta-feira, 8, ocorreu o debate entre os candidatos a vice-presidente: Agustin Rossi pela coalizão de Massa e Victoria Villarruel pela lista de Milei. Os dois subiram o tom em vários momentos, um clima que deve ser uma prévia do que será o deste domingo. A libertária focou em expor os erros da gestão peronista, enquanto Rossi apostou na pauta dos direitos humanos.

Já para o domingo, de acordo com os jornais argentinos, a estratégia de Massa será tentar trazer a tona o lado mais descontrolado de Milei, que lhe rendeu o apelido de “el loco”, enquanto o libertário deve bater na tecla da inflação.

Os candidatos a vice, Agustin Rossi e Victoria Villarruel, durante debate no canal TN Foto: Luis Ronayo/AFP

Os temas, determinados pela Câmara Nacional Eleitoral serão: Economia, as relações da Argentina com o mundo, educação e saúde, produção e trabalho, segurança e Direitos Humanos e coexistência democrática.

O impacto dos debates

Historicamente, os debates não costumam mudar o humor do eleitor de forma contundente, segundo análises feitas pelo Observatório Pulsar da UBA. No caso dos primeiros turnos, eles ajudam a alavancar candidatos menores, como ocorreu com Juan Schiaretti e Myriam Bregman que se tornaram mais conhecidos nacionalmente, e ajudam a traçar quais são as linhas linhas ideológicas em disputa.

Em um estudo conduzido em 2019, durante a disputa entre Mauricio Macri e Alberto Fernández, o observatório notou que os debates presidenciais serviram para motivar o eleitorado a conhecer as propostas dos candidatos e decidir ir votar, mas os impactos acabavam sendo marginais, com a maioria do eleitorado já decidido. Além disso, a disputa se concentrava em duas linhas tradicionais, o peronismo e o macrismo.

Mas agora, com o cenário de empate técnico entre os candidatos, o impacto tende a ser mais significativo. Os debates do primeiro turno já mostraram que esta eleição seria diferente e que a exposição televisiva poderia ter um papel maior. Em vez de duas linhas principais, haviam três, com Patricia Bullrich também em jogo, e às vezes com a disputa do mesmo eleitorado.

Debate presidencial do primeiro turno em 8 de outubro na UBA, Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/AP

“Em ambientes mais disputados, é mais provável que as mudanças de preferências gerem impacto nas posições dos candidatos”, explicou Facundo Cruz, coordenador geral do Observatório Pulsar.

Agora, a expectativa é de que a audiência seja recorde, superando a anterior. “Acredito que vai ser um debate importante. O anterior teve muita audiência, mais de 4 milhões de público, alguns falam até 5 milhões. Esse com certeza vai ter igual ou mais, e em uma eleição tão disputada como essa, até decisivo”, afirma Calle. “Em geral os debates não movem muito o amperímetro na Argentina, mas frente à séria dúvida que tem a população, uma porcentagem pequena, mas decisiva pode afetar sim”.

As últimas pesquisas de intenção de votos consolidam um cenário de empate técnico entre os candidatos, com Milei liderando a maioria deles. Em praticamente todos os cenários, cujas diferenças variam de dois a quatro pontos percentuais, a disputa será voto a voto e a decisão caberá a quem está indeciso e deixou para escolher no último minuto.

O site La Politica Online, que faz um agrupamento das pesquisas eleitorais e tira uma média delas, indica que Sergio Massa possui uma média de votos de 43%, com seu mínimo variando de 36,46% para 49,49%. Já Milei tem em média 43,8% das intenções de voto, com uma variação de 35,48% até 52,14%.

Os candidatos à presidência da Argentina, o peronista Sergio Massa e o libertário Javier Milei, protagonizarão neste domingo, 12, o único debate antes do segundo turno de 19 de novembro. Com um cenário tão incerto, em que a disputa promete ser voto a voto, este será um debate essencial para atrair o eleitor indeciso, segundo analistas.

Marcado para às 21h deste domingo (horário de Brasília) na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), o debate colocará frente a frente os dois candidatos que tem explorado o medo do eleitor em suas campanhas.

Toda esta segunda fase das campanhas tem sido baseada no medo: a de Massa, o temor do que representa uma novidade política com ideias explosivas como o libertário. Já Javier Milei tem explorado o medo do desastre econômico e social que representa a continuidade do peronismo na figura de Sergio Massa, ministro da Economia.

O destaque do segundo turno tem sido as peças publicitárias produzidas por marqueteiros brasileiros ligados ao PT, que associam uma vitória de Milei a armas e fim de direitos.

Os candidatos Sergio Massa e Javier Milei se cumprimentam durante o primeiro debate do primeiro turno em 1º de outubro em Santiago del Estero Foto: Tomas F. Cuesta/AP

Massa aposta no medo de que Milei seja a anarquia completa e instabilidade, já Milei aposta no medo de que a Argentina continue no mesmo caminho que a colocou em uma crise econômica infinita e uma possível futura crise de segurança.

“O medo é a emoção que joga nessas eleições. São campanhas de medo versus medo. Há também uma esperança, e nesse sentido Milei desperta mais esperança em seu eleitorado do que Massa, mas definitivamente não é essa a emoção preponderante”, aponta o cientista político Pablo Touzon.

“E são medos diferentes. Milei desperta o medo à anarquia enquanto Massa desperta o medo à hegemonia; Massa é visto como um homem obcecado pelo poder. A questão é ver que medo se impõe mais”, completa.

As estratégias

Não à toa Milei tem apostado em peças com o mote “liberdade ou kirchnerismo”. Ele absorveu o lema de “mudança” que trazia a coalizão Juntos pela Mudança que agora apoia o libertário por meio das lideranças de Patricia Bullrich e Mauricio Macri contra a continuidade dos governos de Alberto Fernández e Cristina Kirchner - esta última personagem ativa de seus programas. “Essa eleição é sobre se mudamos ou se mantemos no poder os mesmos que nos arruinaram a vida”, diz sua última peça de campanha.

Já Massa utiliza das próprias falas de Milei para produzir sua publicidade, citando a manutenção da saúde e educação públicas, “uma Argentina sem armas” e sem venda de órgãos. “Vem uma Argentina com o coração tão grande que jamais venderia seus órgãos”, diz o último spot. Em seu mote, sua presidência seria uma estabilidade e “algo que se espera”, enquanto o adversário seria a surpresa desconhecida.

O peronista também tem apostado em utilizar as relações da Argentina com o Brasil, tanto em suas propagandas quanto em declarações à imprensa. Ele bate na tecla de que Milei pretende romper os laços, o que, em suas palavras, seria um desastre para os empregos na Argentina.

O libertário não fala exatamente de romper relações, mas é a favor de não existir uma atuação do Estado nesse fluxo comercial, defendendo que os empresários dialoguem diretamente uns com os outros. As recentes declarações de Milei sobre Lula, em que o chamou de “comunista”, também viraram munição de campanha.

“O principal dilema para o eleitor é se Massa conseguirá ser presidente sem ter a tutela de Cristina [Kirchner], a exemplo do que vivemos nos últimos quatro anos, um presidente que precisa pedir permissão para tudo. Uma presidência tutelada”, afirma o cientista político da Universidade Católica Argentina Fabian Calle.

“Enquanto pelo lado de Milei preocupa se ele vai conseguir governar, se vai conseguir controlar as ruas, enfrentar todos os setores ou se vão querer derrubá-lo. Acho que isso preocupa muita gente indecisa, que no fim vão decidir essas eleições”, continua.

Na última quarta-feira, 8, ocorreu o debate entre os candidatos a vice-presidente: Agustin Rossi pela coalizão de Massa e Victoria Villarruel pela lista de Milei. Os dois subiram o tom em vários momentos, um clima que deve ser uma prévia do que será o deste domingo. A libertária focou em expor os erros da gestão peronista, enquanto Rossi apostou na pauta dos direitos humanos.

Já para o domingo, de acordo com os jornais argentinos, a estratégia de Massa será tentar trazer a tona o lado mais descontrolado de Milei, que lhe rendeu o apelido de “el loco”, enquanto o libertário deve bater na tecla da inflação.

Os candidatos a vice, Agustin Rossi e Victoria Villarruel, durante debate no canal TN Foto: Luis Ronayo/AFP

Os temas, determinados pela Câmara Nacional Eleitoral serão: Economia, as relações da Argentina com o mundo, educação e saúde, produção e trabalho, segurança e Direitos Humanos e coexistência democrática.

O impacto dos debates

Historicamente, os debates não costumam mudar o humor do eleitor de forma contundente, segundo análises feitas pelo Observatório Pulsar da UBA. No caso dos primeiros turnos, eles ajudam a alavancar candidatos menores, como ocorreu com Juan Schiaretti e Myriam Bregman que se tornaram mais conhecidos nacionalmente, e ajudam a traçar quais são as linhas linhas ideológicas em disputa.

Em um estudo conduzido em 2019, durante a disputa entre Mauricio Macri e Alberto Fernández, o observatório notou que os debates presidenciais serviram para motivar o eleitorado a conhecer as propostas dos candidatos e decidir ir votar, mas os impactos acabavam sendo marginais, com a maioria do eleitorado já decidido. Além disso, a disputa se concentrava em duas linhas tradicionais, o peronismo e o macrismo.

Mas agora, com o cenário de empate técnico entre os candidatos, o impacto tende a ser mais significativo. Os debates do primeiro turno já mostraram que esta eleição seria diferente e que a exposição televisiva poderia ter um papel maior. Em vez de duas linhas principais, haviam três, com Patricia Bullrich também em jogo, e às vezes com a disputa do mesmo eleitorado.

Debate presidencial do primeiro turno em 8 de outubro na UBA, Buenos Aires Foto: Agustin Marcarian/AP

“Em ambientes mais disputados, é mais provável que as mudanças de preferências gerem impacto nas posições dos candidatos”, explicou Facundo Cruz, coordenador geral do Observatório Pulsar.

Agora, a expectativa é de que a audiência seja recorde, superando a anterior. “Acredito que vai ser um debate importante. O anterior teve muita audiência, mais de 4 milhões de público, alguns falam até 5 milhões. Esse com certeza vai ter igual ou mais, e em uma eleição tão disputada como essa, até decisivo”, afirma Calle. “Em geral os debates não movem muito o amperímetro na Argentina, mas frente à séria dúvida que tem a população, uma porcentagem pequena, mas decisiva pode afetar sim”.

As últimas pesquisas de intenção de votos consolidam um cenário de empate técnico entre os candidatos, com Milei liderando a maioria deles. Em praticamente todos os cenários, cujas diferenças variam de dois a quatro pontos percentuais, a disputa será voto a voto e a decisão caberá a quem está indeciso e deixou para escolher no último minuto.

O site La Politica Online, que faz um agrupamento das pesquisas eleitorais e tira uma média delas, indica que Sergio Massa possui uma média de votos de 43%, com seu mínimo variando de 36,46% para 49,49%. Já Milei tem em média 43,8% das intenções de voto, com uma variação de 35,48% até 52,14%.

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