Argentina reconhece responsabilidade por ataque contra Amia na Corte IDH


Atentado em Buenos Aires em 1994 deixou 85 mortos e 300 feridos e nunca foi esclarecido

MONTEVIDÉU - O Estado argentino ratificou nesta sexta-feira, 14, perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o reconhecimento de sua responsabilidade na violação dos direitos das vítimas do atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), ocorrido em 1994.

“Venho em nome da República Argentina ratificar o reconhecimento de sua responsabilidade internacional na violação dos direitos humanos das vítimas do atentado contra a Amia e seus parentes”, disse Natalia D’Alessandro, titular da unidade especial do Ministério da Justiça encarregada da causa.

“No pior ataque terrorista contra a sociedade argentina”, o Estado “não tomou as medidas de proteção adequadas, apesar do risco”, afirmou. “Também é responsável pela violação dos direitos de acesso à informação. Aqueles que estavam a cargo do poder público naquele momento tomaram a decisão de encobrir a verdade”, acrescentou.

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Em imagem de arquivo, socorristas e bombeiros trabalham no local do atentado contra a Amia, em Buenos Aires Foto: Enrique Marcarian/Reuters - 18/07/1994

A Argentina aceitou por decreto sua responsabilidade no atentado em 2005. As declarações fizeram parte das alegações finais do segundo e último dia de audiência pública do caso em Montevidéu, no âmbito do 153º período de sessões da Corte IDH, que acontece nesta semana no Uruguai.

O tribunal discutiu a denúncia da Associação Civil Memória Ativa - composta por parentes de vítimas - e do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), que acusam o Estado argentino de não ter impedido e não ter investigado de forma adequada o atentado ocorrido em 18 de julho de 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

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Naquele dia, um carro-bomba destruiu a sede da Amia no Bairro Once, em Buenos Aires, em um ataque que, embora seja atribuído a membros do então governo do Irã e à organização islâmica libanesa Hezbollah, até agora não tem detidos nem condenados, apesar de vários mandados de captura internacionais ainda estarem em vigor.

“Todos sabemos que uma sentença da corte irá demorar, mas acredito que haja uma série de linhas de ação que não têm de esperar uma sentença para serem ativadas”, assinalou o juiz uruguaio Ricardo Manrique, presidente da Corte IDH, antes de pedir que se gerem “fatos concretos”.

O uruguaio Ricardo Perez, presidente da Corte Interamericana dos Direitos Humanos, durante audiência do caso Amia Foto: Pablo Porciuncula/AFP - 13/10/2022
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Na mesma linha manifestou-se a integrante da Memoria Ativa Diana Wassner, que depôs ontem como testemunha dos demandantes. “Realmente, esse reconhecimento é animador para nós, mas acharemos bom no momento em que se traduzir em ações concretas.”

A Justiça argentina determinou que os principais suspeitos do ataque são os governantes iranianos da época, entre eles o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani. O motivo do atentado não foi esclarecido.

Um julgamento sobre o atentado à Amia terminou em 2019 com penas leves para funcionários judiciais e do governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), declarados culpados de “encobrir” o atentado, mas sem determinar a razão do ocultamento de provas e o desvio das investigações.

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Órgão consultivo da Organização dos Estados Americanos (OEA), a CIDH investiga casos que apresenta à Corte IDH quando determina que houve violações dos direitos humanos não sanadas pelos Estados. As decisões do tribunal, com sede na Costa Rica, são definitivas e inapeláveis./AFP e EFE

MONTEVIDÉU - O Estado argentino ratificou nesta sexta-feira, 14, perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o reconhecimento de sua responsabilidade na violação dos direitos das vítimas do atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), ocorrido em 1994.

“Venho em nome da República Argentina ratificar o reconhecimento de sua responsabilidade internacional na violação dos direitos humanos das vítimas do atentado contra a Amia e seus parentes”, disse Natalia D’Alessandro, titular da unidade especial do Ministério da Justiça encarregada da causa.

“No pior ataque terrorista contra a sociedade argentina”, o Estado “não tomou as medidas de proteção adequadas, apesar do risco”, afirmou. “Também é responsável pela violação dos direitos de acesso à informação. Aqueles que estavam a cargo do poder público naquele momento tomaram a decisão de encobrir a verdade”, acrescentou.

Em imagem de arquivo, socorristas e bombeiros trabalham no local do atentado contra a Amia, em Buenos Aires Foto: Enrique Marcarian/Reuters - 18/07/1994

A Argentina aceitou por decreto sua responsabilidade no atentado em 2005. As declarações fizeram parte das alegações finais do segundo e último dia de audiência pública do caso em Montevidéu, no âmbito do 153º período de sessões da Corte IDH, que acontece nesta semana no Uruguai.

O tribunal discutiu a denúncia da Associação Civil Memória Ativa - composta por parentes de vítimas - e do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), que acusam o Estado argentino de não ter impedido e não ter investigado de forma adequada o atentado ocorrido em 18 de julho de 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

Naquele dia, um carro-bomba destruiu a sede da Amia no Bairro Once, em Buenos Aires, em um ataque que, embora seja atribuído a membros do então governo do Irã e à organização islâmica libanesa Hezbollah, até agora não tem detidos nem condenados, apesar de vários mandados de captura internacionais ainda estarem em vigor.

“Todos sabemos que uma sentença da corte irá demorar, mas acredito que haja uma série de linhas de ação que não têm de esperar uma sentença para serem ativadas”, assinalou o juiz uruguaio Ricardo Manrique, presidente da Corte IDH, antes de pedir que se gerem “fatos concretos”.

O uruguaio Ricardo Perez, presidente da Corte Interamericana dos Direitos Humanos, durante audiência do caso Amia Foto: Pablo Porciuncula/AFP - 13/10/2022

Na mesma linha manifestou-se a integrante da Memoria Ativa Diana Wassner, que depôs ontem como testemunha dos demandantes. “Realmente, esse reconhecimento é animador para nós, mas acharemos bom no momento em que se traduzir em ações concretas.”

A Justiça argentina determinou que os principais suspeitos do ataque são os governantes iranianos da época, entre eles o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani. O motivo do atentado não foi esclarecido.

Um julgamento sobre o atentado à Amia terminou em 2019 com penas leves para funcionários judiciais e do governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), declarados culpados de “encobrir” o atentado, mas sem determinar a razão do ocultamento de provas e o desvio das investigações.

Órgão consultivo da Organização dos Estados Americanos (OEA), a CIDH investiga casos que apresenta à Corte IDH quando determina que houve violações dos direitos humanos não sanadas pelos Estados. As decisões do tribunal, com sede na Costa Rica, são definitivas e inapeláveis./AFP e EFE

MONTEVIDÉU - O Estado argentino ratificou nesta sexta-feira, 14, perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o reconhecimento de sua responsabilidade na violação dos direitos das vítimas do atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), ocorrido em 1994.

“Venho em nome da República Argentina ratificar o reconhecimento de sua responsabilidade internacional na violação dos direitos humanos das vítimas do atentado contra a Amia e seus parentes”, disse Natalia D’Alessandro, titular da unidade especial do Ministério da Justiça encarregada da causa.

“No pior ataque terrorista contra a sociedade argentina”, o Estado “não tomou as medidas de proteção adequadas, apesar do risco”, afirmou. “Também é responsável pela violação dos direitos de acesso à informação. Aqueles que estavam a cargo do poder público naquele momento tomaram a decisão de encobrir a verdade”, acrescentou.

Em imagem de arquivo, socorristas e bombeiros trabalham no local do atentado contra a Amia, em Buenos Aires Foto: Enrique Marcarian/Reuters - 18/07/1994

A Argentina aceitou por decreto sua responsabilidade no atentado em 2005. As declarações fizeram parte das alegações finais do segundo e último dia de audiência pública do caso em Montevidéu, no âmbito do 153º período de sessões da Corte IDH, que acontece nesta semana no Uruguai.

O tribunal discutiu a denúncia da Associação Civil Memória Ativa - composta por parentes de vítimas - e do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), que acusam o Estado argentino de não ter impedido e não ter investigado de forma adequada o atentado ocorrido em 18 de julho de 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

Naquele dia, um carro-bomba destruiu a sede da Amia no Bairro Once, em Buenos Aires, em um ataque que, embora seja atribuído a membros do então governo do Irã e à organização islâmica libanesa Hezbollah, até agora não tem detidos nem condenados, apesar de vários mandados de captura internacionais ainda estarem em vigor.

“Todos sabemos que uma sentença da corte irá demorar, mas acredito que haja uma série de linhas de ação que não têm de esperar uma sentença para serem ativadas”, assinalou o juiz uruguaio Ricardo Manrique, presidente da Corte IDH, antes de pedir que se gerem “fatos concretos”.

O uruguaio Ricardo Perez, presidente da Corte Interamericana dos Direitos Humanos, durante audiência do caso Amia Foto: Pablo Porciuncula/AFP - 13/10/2022

Na mesma linha manifestou-se a integrante da Memoria Ativa Diana Wassner, que depôs ontem como testemunha dos demandantes. “Realmente, esse reconhecimento é animador para nós, mas acharemos bom no momento em que se traduzir em ações concretas.”

A Justiça argentina determinou que os principais suspeitos do ataque são os governantes iranianos da época, entre eles o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani. O motivo do atentado não foi esclarecido.

Um julgamento sobre o atentado à Amia terminou em 2019 com penas leves para funcionários judiciais e do governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), declarados culpados de “encobrir” o atentado, mas sem determinar a razão do ocultamento de provas e o desvio das investigações.

Órgão consultivo da Organização dos Estados Americanos (OEA), a CIDH investiga casos que apresenta à Corte IDH quando determina que houve violações dos direitos humanos não sanadas pelos Estados. As decisões do tribunal, com sede na Costa Rica, são definitivas e inapeláveis./AFP e EFE

MONTEVIDÉU - O Estado argentino ratificou nesta sexta-feira, 14, perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o reconhecimento de sua responsabilidade na violação dos direitos das vítimas do atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), ocorrido em 1994.

“Venho em nome da República Argentina ratificar o reconhecimento de sua responsabilidade internacional na violação dos direitos humanos das vítimas do atentado contra a Amia e seus parentes”, disse Natalia D’Alessandro, titular da unidade especial do Ministério da Justiça encarregada da causa.

“No pior ataque terrorista contra a sociedade argentina”, o Estado “não tomou as medidas de proteção adequadas, apesar do risco”, afirmou. “Também é responsável pela violação dos direitos de acesso à informação. Aqueles que estavam a cargo do poder público naquele momento tomaram a decisão de encobrir a verdade”, acrescentou.

Em imagem de arquivo, socorristas e bombeiros trabalham no local do atentado contra a Amia, em Buenos Aires Foto: Enrique Marcarian/Reuters - 18/07/1994

A Argentina aceitou por decreto sua responsabilidade no atentado em 2005. As declarações fizeram parte das alegações finais do segundo e último dia de audiência pública do caso em Montevidéu, no âmbito do 153º período de sessões da Corte IDH, que acontece nesta semana no Uruguai.

O tribunal discutiu a denúncia da Associação Civil Memória Ativa - composta por parentes de vítimas - e do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), que acusam o Estado argentino de não ter impedido e não ter investigado de forma adequada o atentado ocorrido em 18 de julho de 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

Naquele dia, um carro-bomba destruiu a sede da Amia no Bairro Once, em Buenos Aires, em um ataque que, embora seja atribuído a membros do então governo do Irã e à organização islâmica libanesa Hezbollah, até agora não tem detidos nem condenados, apesar de vários mandados de captura internacionais ainda estarem em vigor.

“Todos sabemos que uma sentença da corte irá demorar, mas acredito que haja uma série de linhas de ação que não têm de esperar uma sentença para serem ativadas”, assinalou o juiz uruguaio Ricardo Manrique, presidente da Corte IDH, antes de pedir que se gerem “fatos concretos”.

O uruguaio Ricardo Perez, presidente da Corte Interamericana dos Direitos Humanos, durante audiência do caso Amia Foto: Pablo Porciuncula/AFP - 13/10/2022

Na mesma linha manifestou-se a integrante da Memoria Ativa Diana Wassner, que depôs ontem como testemunha dos demandantes. “Realmente, esse reconhecimento é animador para nós, mas acharemos bom no momento em que se traduzir em ações concretas.”

A Justiça argentina determinou que os principais suspeitos do ataque são os governantes iranianos da época, entre eles o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani. O motivo do atentado não foi esclarecido.

Um julgamento sobre o atentado à Amia terminou em 2019 com penas leves para funcionários judiciais e do governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), declarados culpados de “encobrir” o atentado, mas sem determinar a razão do ocultamento de provas e o desvio das investigações.

Órgão consultivo da Organização dos Estados Americanos (OEA), a CIDH investiga casos que apresenta à Corte IDH quando determina que houve violações dos direitos humanos não sanadas pelos Estados. As decisões do tribunal, com sede na Costa Rica, são definitivas e inapeláveis./AFP e EFE

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