A Argentina superou neste sábado, 29, a marca de 400 mil contágios do novo coronavírus, com 9.230 casos confirmados no último dia. O país, que tem 44 milhões de habitantes, tem até agora 401.226 infectados. Nas últimas 24 horas, foram registradas ainda 82 mortes pela doença, elevando o número de óbitos a 8.353 desde o início da pandemia.
Segundo as autoridades sanitárias, 287.220 infectados já estão recuperados. Contudo, o nível de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) segue em ascensão, alcançando 60,6% a nível nacional e 68,7% na região metropolitana de Buenos Aires. A província de Buenos Aires segue sendo o epicentro da pandemia no país, com um total de 249.765 casos acumulados. Mas as autoridades alertam para a expansão da doença em outras províncias. “Continuamos a ter 18 províncias com extensa transmissão comunitária e não conseguimos definir se a transmissão foi controlada”, alertou na manhã de sábado a secretária de Acesso à Saúde, Carla Vizzotti.
Na sexta-feira, 28, o presidente Alberto Fernández estendeu a quarentena até 20 de setembro, devido ao constante aumento no número de casos. O país está em confinamento há mais de 160 dias, com regras que variam de acordo com o nível de contágio em cada região. Com a nova extensão, a Argentina chegará a seis meses de quarentena.
Foram autorizadas em todo o território reuniões de até dez pessoas ao ar livre, com uso obrigatório de máscaras e de pelo menos dois metros de distanciamento. Encontros em espaços fechados ainda estão proibidos.
Enquanto isso, a capital argentina anunciou a reabertura de bares e restaurantes — apenas com mesas ao ar livre — a partir de segunda-feira, 31. Também foi autorizado o retorno da construção civil. Já a província de Buenos Aires deve manter as restrições e não permitir novas atividades.
“Agora temos o desafio de tomar medidas para diminuir a transmissão do vírus, já que não temos cura nem tratamento e o mundo tem mostrado que a distância física e a redução da circulação das pessoas é o que permite controlar os contágios”, disse a secretária de Acesso à Saúde./EFE e AFP