Artigo: Para esquerda, Hillary foi longe demais


Críticos afirmam que candidata democrata extrapola ao ‘cortejar’ republicanos para ter apoio contra Trump

Por DAVID WEIGEL

Muitos republicanos vêm dizendo aos eleitores que a presidência sob Hillary Clinton será mais segura do que sob Donald Trump. E a equipe da candidata começa a pesquisar se ex-secretários de Estado, como Henry Kissinger, podem apoiá-la.

Isso, advertem os liberais, é ir longe demais e cria a percepção de que, depois de uma primária disputada, ela retomou velhas atitudes beligerantes, aceitando progressistas para se garantir. No The Nation, Greg Grandin escreveu: “Kissinger é um monstro singular. Não é um baluarte contra a temida imoralidade e insensatez de Donald Trump”. Isaac Chotiner, do Slate, disse: “Hillary precisa ter o bom senso que será exigido dela no cargo. A perspectiva de Kissinger ter influência na Casa Branca é assustadora”.

Hillary é oficializada a primeira mulher candidata à presidência dos EUA Foto: REUTERS/Mark Kauzlarich
continua após a publicidade

Esses progressistas se opuseram às decisões no campo da segurança nacional tomadas por Hillary no Senado e no Departamento de Estado. E entendem que as dúvidas sobre ela não foram dissipadas nas primárias, por isto muitos apoiaram o senador Bernie Sanders. “Acho engraçada a maneira como democratas que outrora consideravam essas pessoas abomináveis e agora as cortejam como armas úteis em sua gloriosa batalha contra Trump”, disse Doug Henwood, jornalista que defende que os progressistas não devem confiar em Hillary. 

Como primeira dama, Hillary era vista pelos republicanos como a mais liberal de uma família política perigosamente de esquerda. Mas, como política, ela teve inúmeras divergências com os progressistas, começando com o voto, em 2002, autorizando a intervenção militar no Iraque. Sua derrota nas primárias presidenciais de 2008 foi comemorada pelos democratas pacifistas.

Hillary Clinton completa 68 anos; veja alguns momentos de sua carreira

1 | 14

Evento em Iowa

Foto: Scott Olson/Getty Images/AFP
2 | 14

Com Elton John

Foto: Eduardo Munoz/Reuters
3 | 14

Hillary e Henry Kissinger

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
4 | 14

Hillary e Bill se tornam avós

Foto: Jon Davidson/Office of President Clinton via The New York Times
5 | 14

Hillary e Chelsea

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
6 | 14

Hillary na Fox

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
7 | 14

Hillary vai a funeral de Cuomo

Foto: REUTERS/Brendan McDermid
8 | 14

Hillary fala sobre Benhgazi

Foto: Reuters
9 | 14

Hillary lança livro

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
10 | 14

Hillary visita Mandela

Foto: REUTERS/Jacquelyn Martin/
11 | 14

Hillary e Benghazi

Foto: Doug Mills/The New York Times
12 | 14

Hillary e Putin

Foto: Mikhail Metzel/Pool via The New York Times
13 | 14

Hillary e as monarquias do Golfo

Foto: Brendan Smialowski/Pool via The New York Times
14 | 14

Hillary na graduação de Chelsea

Foto: Reuters
continua após a publicidade

Noam Chomsky, intelectual de esquerda que há décadas critica as intervenções de política externa de Kissinger, disse que faz sentido eleitores se unirem contra Trump. “Não gosto disso, mas não posso vacilar, porque a alternativa é muitíssimo pior, mesmo no caso dos apoios. Não vejo a importância de neoconservadores apoiarem Hillary, eles provavelmente o fazem não porque gostam dela, mas por estarem preocupados com Trump”. O que os críticos não sabem é como os apoios entre dois partidos diferentes afetariam um governo Clinton. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

*É JORNALISTA

Muitos republicanos vêm dizendo aos eleitores que a presidência sob Hillary Clinton será mais segura do que sob Donald Trump. E a equipe da candidata começa a pesquisar se ex-secretários de Estado, como Henry Kissinger, podem apoiá-la.

Isso, advertem os liberais, é ir longe demais e cria a percepção de que, depois de uma primária disputada, ela retomou velhas atitudes beligerantes, aceitando progressistas para se garantir. No The Nation, Greg Grandin escreveu: “Kissinger é um monstro singular. Não é um baluarte contra a temida imoralidade e insensatez de Donald Trump”. Isaac Chotiner, do Slate, disse: “Hillary precisa ter o bom senso que será exigido dela no cargo. A perspectiva de Kissinger ter influência na Casa Branca é assustadora”.

Hillary é oficializada a primeira mulher candidata à presidência dos EUA Foto: REUTERS/Mark Kauzlarich

Esses progressistas se opuseram às decisões no campo da segurança nacional tomadas por Hillary no Senado e no Departamento de Estado. E entendem que as dúvidas sobre ela não foram dissipadas nas primárias, por isto muitos apoiaram o senador Bernie Sanders. “Acho engraçada a maneira como democratas que outrora consideravam essas pessoas abomináveis e agora as cortejam como armas úteis em sua gloriosa batalha contra Trump”, disse Doug Henwood, jornalista que defende que os progressistas não devem confiar em Hillary. 

Como primeira dama, Hillary era vista pelos republicanos como a mais liberal de uma família política perigosamente de esquerda. Mas, como política, ela teve inúmeras divergências com os progressistas, começando com o voto, em 2002, autorizando a intervenção militar no Iraque. Sua derrota nas primárias presidenciais de 2008 foi comemorada pelos democratas pacifistas.

Hillary Clinton completa 68 anos; veja alguns momentos de sua carreira

1 | 14

Evento em Iowa

Foto: Scott Olson/Getty Images/AFP
2 | 14

Com Elton John

Foto: Eduardo Munoz/Reuters
3 | 14

Hillary e Henry Kissinger

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
4 | 14

Hillary e Bill se tornam avós

Foto: Jon Davidson/Office of President Clinton via The New York Times
5 | 14

Hillary e Chelsea

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
6 | 14

Hillary na Fox

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
7 | 14

Hillary vai a funeral de Cuomo

Foto: REUTERS/Brendan McDermid
8 | 14

Hillary fala sobre Benhgazi

Foto: Reuters
9 | 14

Hillary lança livro

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
10 | 14

Hillary visita Mandela

Foto: REUTERS/Jacquelyn Martin/
11 | 14

Hillary e Benghazi

Foto: Doug Mills/The New York Times
12 | 14

Hillary e Putin

Foto: Mikhail Metzel/Pool via The New York Times
13 | 14

Hillary e as monarquias do Golfo

Foto: Brendan Smialowski/Pool via The New York Times
14 | 14

Hillary na graduação de Chelsea

Foto: Reuters

Noam Chomsky, intelectual de esquerda que há décadas critica as intervenções de política externa de Kissinger, disse que faz sentido eleitores se unirem contra Trump. “Não gosto disso, mas não posso vacilar, porque a alternativa é muitíssimo pior, mesmo no caso dos apoios. Não vejo a importância de neoconservadores apoiarem Hillary, eles provavelmente o fazem não porque gostam dela, mas por estarem preocupados com Trump”. O que os críticos não sabem é como os apoios entre dois partidos diferentes afetariam um governo Clinton. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

*É JORNALISTA

Muitos republicanos vêm dizendo aos eleitores que a presidência sob Hillary Clinton será mais segura do que sob Donald Trump. E a equipe da candidata começa a pesquisar se ex-secretários de Estado, como Henry Kissinger, podem apoiá-la.

Isso, advertem os liberais, é ir longe demais e cria a percepção de que, depois de uma primária disputada, ela retomou velhas atitudes beligerantes, aceitando progressistas para se garantir. No The Nation, Greg Grandin escreveu: “Kissinger é um monstro singular. Não é um baluarte contra a temida imoralidade e insensatez de Donald Trump”. Isaac Chotiner, do Slate, disse: “Hillary precisa ter o bom senso que será exigido dela no cargo. A perspectiva de Kissinger ter influência na Casa Branca é assustadora”.

Hillary é oficializada a primeira mulher candidata à presidência dos EUA Foto: REUTERS/Mark Kauzlarich

Esses progressistas se opuseram às decisões no campo da segurança nacional tomadas por Hillary no Senado e no Departamento de Estado. E entendem que as dúvidas sobre ela não foram dissipadas nas primárias, por isto muitos apoiaram o senador Bernie Sanders. “Acho engraçada a maneira como democratas que outrora consideravam essas pessoas abomináveis e agora as cortejam como armas úteis em sua gloriosa batalha contra Trump”, disse Doug Henwood, jornalista que defende que os progressistas não devem confiar em Hillary. 

Como primeira dama, Hillary era vista pelos republicanos como a mais liberal de uma família política perigosamente de esquerda. Mas, como política, ela teve inúmeras divergências com os progressistas, começando com o voto, em 2002, autorizando a intervenção militar no Iraque. Sua derrota nas primárias presidenciais de 2008 foi comemorada pelos democratas pacifistas.

Hillary Clinton completa 68 anos; veja alguns momentos de sua carreira

1 | 14

Evento em Iowa

Foto: Scott Olson/Getty Images/AFP
2 | 14

Com Elton John

Foto: Eduardo Munoz/Reuters
3 | 14

Hillary e Henry Kissinger

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
4 | 14

Hillary e Bill se tornam avós

Foto: Jon Davidson/Office of President Clinton via The New York Times
5 | 14

Hillary e Chelsea

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
6 | 14

Hillary na Fox

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
7 | 14

Hillary vai a funeral de Cuomo

Foto: REUTERS/Brendan McDermid
8 | 14

Hillary fala sobre Benhgazi

Foto: Reuters
9 | 14

Hillary lança livro

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
10 | 14

Hillary visita Mandela

Foto: REUTERS/Jacquelyn Martin/
11 | 14

Hillary e Benghazi

Foto: Doug Mills/The New York Times
12 | 14

Hillary e Putin

Foto: Mikhail Metzel/Pool via The New York Times
13 | 14

Hillary e as monarquias do Golfo

Foto: Brendan Smialowski/Pool via The New York Times
14 | 14

Hillary na graduação de Chelsea

Foto: Reuters

Noam Chomsky, intelectual de esquerda que há décadas critica as intervenções de política externa de Kissinger, disse que faz sentido eleitores se unirem contra Trump. “Não gosto disso, mas não posso vacilar, porque a alternativa é muitíssimo pior, mesmo no caso dos apoios. Não vejo a importância de neoconservadores apoiarem Hillary, eles provavelmente o fazem não porque gostam dela, mas por estarem preocupados com Trump”. O que os críticos não sabem é como os apoios entre dois partidos diferentes afetariam um governo Clinton. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

*É JORNALISTA

Muitos republicanos vêm dizendo aos eleitores que a presidência sob Hillary Clinton será mais segura do que sob Donald Trump. E a equipe da candidata começa a pesquisar se ex-secretários de Estado, como Henry Kissinger, podem apoiá-la.

Isso, advertem os liberais, é ir longe demais e cria a percepção de que, depois de uma primária disputada, ela retomou velhas atitudes beligerantes, aceitando progressistas para se garantir. No The Nation, Greg Grandin escreveu: “Kissinger é um monstro singular. Não é um baluarte contra a temida imoralidade e insensatez de Donald Trump”. Isaac Chotiner, do Slate, disse: “Hillary precisa ter o bom senso que será exigido dela no cargo. A perspectiva de Kissinger ter influência na Casa Branca é assustadora”.

Hillary é oficializada a primeira mulher candidata à presidência dos EUA Foto: REUTERS/Mark Kauzlarich

Esses progressistas se opuseram às decisões no campo da segurança nacional tomadas por Hillary no Senado e no Departamento de Estado. E entendem que as dúvidas sobre ela não foram dissipadas nas primárias, por isto muitos apoiaram o senador Bernie Sanders. “Acho engraçada a maneira como democratas que outrora consideravam essas pessoas abomináveis e agora as cortejam como armas úteis em sua gloriosa batalha contra Trump”, disse Doug Henwood, jornalista que defende que os progressistas não devem confiar em Hillary. 

Como primeira dama, Hillary era vista pelos republicanos como a mais liberal de uma família política perigosamente de esquerda. Mas, como política, ela teve inúmeras divergências com os progressistas, começando com o voto, em 2002, autorizando a intervenção militar no Iraque. Sua derrota nas primárias presidenciais de 2008 foi comemorada pelos democratas pacifistas.

Hillary Clinton completa 68 anos; veja alguns momentos de sua carreira

1 | 14

Evento em Iowa

Foto: Scott Olson/Getty Images/AFP
2 | 14

Com Elton John

Foto: Eduardo Munoz/Reuters
3 | 14

Hillary e Henry Kissinger

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
4 | 14

Hillary e Bill se tornam avós

Foto: Jon Davidson/Office of President Clinton via The New York Times
5 | 14

Hillary e Chelsea

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
6 | 14

Hillary na Fox

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
7 | 14

Hillary vai a funeral de Cuomo

Foto: REUTERS/Brendan McDermid
8 | 14

Hillary fala sobre Benhgazi

Foto: Reuters
9 | 14

Hillary lança livro

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
10 | 14

Hillary visita Mandela

Foto: REUTERS/Jacquelyn Martin/
11 | 14

Hillary e Benghazi

Foto: Doug Mills/The New York Times
12 | 14

Hillary e Putin

Foto: Mikhail Metzel/Pool via The New York Times
13 | 14

Hillary e as monarquias do Golfo

Foto: Brendan Smialowski/Pool via The New York Times
14 | 14

Hillary na graduação de Chelsea

Foto: Reuters

Noam Chomsky, intelectual de esquerda que há décadas critica as intervenções de política externa de Kissinger, disse que faz sentido eleitores se unirem contra Trump. “Não gosto disso, mas não posso vacilar, porque a alternativa é muitíssimo pior, mesmo no caso dos apoios. Não vejo a importância de neoconservadores apoiarem Hillary, eles provavelmente o fazem não porque gostam dela, mas por estarem preocupados com Trump”. O que os críticos não sabem é como os apoios entre dois partidos diferentes afetariam um governo Clinton. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

*É JORNALISTA

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.