Rainha da Dinamarca tira títulos de seus netos por corte de custos e abre crise na família real


Margarida II, monarca há mais tempo num trono europeu depois da morte de Elizabeth II, diz que lamenta, mas não mudará de ideia

Por Ellen Francis
Atualização:

A decisão da rainha Margarida II, da Dinamarca, de despir quatro netos de seus títulos de príncipe ou princesa abriu um debate público, mas a rainha, de 82 anos, disse que “isso já se desenhava havia muito”. A monarca lamenta, mas não vai mudar de ideia.

A rainha, que se tornou a monarca há mais tempo no trono depois da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, afirmou que seu anúncio estava “em linha” com manobras para reduzir os quadros das monarquias na Europa. Os netos destituídos dos títulos reais e o pai deles deixaram clara sua decepção.

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A rainha Margarida II da Dinamarca cumprimenta os convidados durante uma pausa no Teatro Real Dinamarquês para marcar o 50º aniversário de sua ascensão ao trono, em 10 de setembro de 2022 Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP

Caçula e segundo filho da rainha, o príncipe Joaquim lamentou ter sido avisado apenas “com cinco dias de antecedência” que seus filhos não sustentariam mais os títulos de príncipe ou princesa (em vez disso, serão duque ou duquesa, sem responsabilidades da família real).

“Dizer aos meus filhos que, no Ano-Novo, sua identidade lhes será furtada?”, disse ele à imprensa dinamarquesa. “Por que eles devem ser punidos dessa maneira?”

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O filho dele de 23 anos, príncipe Nicolau, que trabalha como modelo, disse a repórteres na semana passada que sua família estava “muito triste”, “em choque” e “confusa”.

Logo depois, Margarida reconheceu que havia “subestimado” a maneira como os netos se sentiriam. “Isso deixa uma marca profunda, e por isso me desculpo”, afirmou ela em um comunicado, na segunda-feira. Contudo, a rainha manteve sua decisão, descrevendo uma família real menor como “necessário para manutenção da monarquia no futuro”.

Seu decreto destitui seus netos de obrigações da realeza a partir de janeiro — e, afirma a rainha, os ajudará a “forjar suas próprias vidas” — mas os quatro manterão suas posições de sucessão ao trono.

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William é um príncipe popular que agora se prepara para ser rei. Ele se tornou herdeiro do trono aos 40 anos.

Ainda que muitos europeus vivendo em monarquias constitucionais ainda tenham opinião positiva sobre as famílias reais de seus países, com alguns membros tornando-se celebridades, questões a respeito das finanças da realeza se intensificaram — mesmo no Reino Unido, em meio à comoção pela morte de Elizabeth.

Os membros das famílias reais nas monarquias que sobrevivem na Europa exercem pouca influência, a não ser em entidades de caridade e casamentos suntuosos, e os países têm arrastado essas instituições enquanto reminiscências de uma história sangrenta e imagens de opulência e ostentação.

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A manobra da rainha da Dinamarca segue o exemplo do rearranjo feito pelo rei da Suécia, em 2019, que removeu cinco de seus netos da casa real, o que significou que eles não se beneficiam mais do dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.

O novo monarca britânico, rei Charles III, disse querer os quadros da monarquia “reduzidos” para um núcleo de membros trabalhando em tempo integral para colocar a instituição no ritmo do século 21. Enquanto o funeral de Elizabeth concentrava a atenção do mundo, as presenças do príncipe Harry e Meghan, duquesa de Sussex, que se desligaram publicamente da vida real, ocasionaram especulações a respeito de seus filhos obterem ou não títulos da realeza.

Príncipe Felix, Princesa Maria, Príncipe Joaquim, Princesa Athena, Príncipe Henrique e Príncipe Nicolau chegam para um almoço no Dannebrog Royal Yacht, em Copenhague, durante o 50º aniversário de ascensão da rainha Margarida II ao trono dinamarquês Foto: Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/AFP
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Na Dinamarca, os quatro netos já não esperavam salários do Estado. A família real dinamarquesa afirmou que apenas o herdeiro direto de Margarida receberá salário em seguida a uma indignação nos anos recentes a respeito da perspectiva de destinar dinheiro dos contribuintes para sua crescente lista de netos.

“É meu dever e meu desejo enquanto rainha garantir que a monarquia sempre se forje em função dos tempos”, afirmou Margarida na segunda-feira. “Às vezes, isso significa que decisões difíceis têm de ser tomadas.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

A decisão da rainha Margarida II, da Dinamarca, de despir quatro netos de seus títulos de príncipe ou princesa abriu um debate público, mas a rainha, de 82 anos, disse que “isso já se desenhava havia muito”. A monarca lamenta, mas não vai mudar de ideia.

A rainha, que se tornou a monarca há mais tempo no trono depois da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, afirmou que seu anúncio estava “em linha” com manobras para reduzir os quadros das monarquias na Europa. Os netos destituídos dos títulos reais e o pai deles deixaram clara sua decepção.

A rainha Margarida II da Dinamarca cumprimenta os convidados durante uma pausa no Teatro Real Dinamarquês para marcar o 50º aniversário de sua ascensão ao trono, em 10 de setembro de 2022 Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP

Caçula e segundo filho da rainha, o príncipe Joaquim lamentou ter sido avisado apenas “com cinco dias de antecedência” que seus filhos não sustentariam mais os títulos de príncipe ou princesa (em vez disso, serão duque ou duquesa, sem responsabilidades da família real).

“Dizer aos meus filhos que, no Ano-Novo, sua identidade lhes será furtada?”, disse ele à imprensa dinamarquesa. “Por que eles devem ser punidos dessa maneira?”

O filho dele de 23 anos, príncipe Nicolau, que trabalha como modelo, disse a repórteres na semana passada que sua família estava “muito triste”, “em choque” e “confusa”.

Logo depois, Margarida reconheceu que havia “subestimado” a maneira como os netos se sentiriam. “Isso deixa uma marca profunda, e por isso me desculpo”, afirmou ela em um comunicado, na segunda-feira. Contudo, a rainha manteve sua decisão, descrevendo uma família real menor como “necessário para manutenção da monarquia no futuro”.

Seu decreto destitui seus netos de obrigações da realeza a partir de janeiro — e, afirma a rainha, os ajudará a “forjar suas próprias vidas” — mas os quatro manterão suas posições de sucessão ao trono.

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William é um príncipe popular que agora se prepara para ser rei. Ele se tornou herdeiro do trono aos 40 anos.

Ainda que muitos europeus vivendo em monarquias constitucionais ainda tenham opinião positiva sobre as famílias reais de seus países, com alguns membros tornando-se celebridades, questões a respeito das finanças da realeza se intensificaram — mesmo no Reino Unido, em meio à comoção pela morte de Elizabeth.

Os membros das famílias reais nas monarquias que sobrevivem na Europa exercem pouca influência, a não ser em entidades de caridade e casamentos suntuosos, e os países têm arrastado essas instituições enquanto reminiscências de uma história sangrenta e imagens de opulência e ostentação.

A manobra da rainha da Dinamarca segue o exemplo do rearranjo feito pelo rei da Suécia, em 2019, que removeu cinco de seus netos da casa real, o que significou que eles não se beneficiam mais do dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.

O novo monarca britânico, rei Charles III, disse querer os quadros da monarquia “reduzidos” para um núcleo de membros trabalhando em tempo integral para colocar a instituição no ritmo do século 21. Enquanto o funeral de Elizabeth concentrava a atenção do mundo, as presenças do príncipe Harry e Meghan, duquesa de Sussex, que se desligaram publicamente da vida real, ocasionaram especulações a respeito de seus filhos obterem ou não títulos da realeza.

Príncipe Felix, Princesa Maria, Príncipe Joaquim, Princesa Athena, Príncipe Henrique e Príncipe Nicolau chegam para um almoço no Dannebrog Royal Yacht, em Copenhague, durante o 50º aniversário de ascensão da rainha Margarida II ao trono dinamarquês Foto: Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/AFP

Na Dinamarca, os quatro netos já não esperavam salários do Estado. A família real dinamarquesa afirmou que apenas o herdeiro direto de Margarida receberá salário em seguida a uma indignação nos anos recentes a respeito da perspectiva de destinar dinheiro dos contribuintes para sua crescente lista de netos.

“É meu dever e meu desejo enquanto rainha garantir que a monarquia sempre se forje em função dos tempos”, afirmou Margarida na segunda-feira. “Às vezes, isso significa que decisões difíceis têm de ser tomadas.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

A decisão da rainha Margarida II, da Dinamarca, de despir quatro netos de seus títulos de príncipe ou princesa abriu um debate público, mas a rainha, de 82 anos, disse que “isso já se desenhava havia muito”. A monarca lamenta, mas não vai mudar de ideia.

A rainha, que se tornou a monarca há mais tempo no trono depois da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, afirmou que seu anúncio estava “em linha” com manobras para reduzir os quadros das monarquias na Europa. Os netos destituídos dos títulos reais e o pai deles deixaram clara sua decepção.

A rainha Margarida II da Dinamarca cumprimenta os convidados durante uma pausa no Teatro Real Dinamarquês para marcar o 50º aniversário de sua ascensão ao trono, em 10 de setembro de 2022 Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP

Caçula e segundo filho da rainha, o príncipe Joaquim lamentou ter sido avisado apenas “com cinco dias de antecedência” que seus filhos não sustentariam mais os títulos de príncipe ou princesa (em vez disso, serão duque ou duquesa, sem responsabilidades da família real).

“Dizer aos meus filhos que, no Ano-Novo, sua identidade lhes será furtada?”, disse ele à imprensa dinamarquesa. “Por que eles devem ser punidos dessa maneira?”

O filho dele de 23 anos, príncipe Nicolau, que trabalha como modelo, disse a repórteres na semana passada que sua família estava “muito triste”, “em choque” e “confusa”.

Logo depois, Margarida reconheceu que havia “subestimado” a maneira como os netos se sentiriam. “Isso deixa uma marca profunda, e por isso me desculpo”, afirmou ela em um comunicado, na segunda-feira. Contudo, a rainha manteve sua decisão, descrevendo uma família real menor como “necessário para manutenção da monarquia no futuro”.

Seu decreto destitui seus netos de obrigações da realeza a partir de janeiro — e, afirma a rainha, os ajudará a “forjar suas próprias vidas” — mas os quatro manterão suas posições de sucessão ao trono.

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William é um príncipe popular que agora se prepara para ser rei. Ele se tornou herdeiro do trono aos 40 anos.

Ainda que muitos europeus vivendo em monarquias constitucionais ainda tenham opinião positiva sobre as famílias reais de seus países, com alguns membros tornando-se celebridades, questões a respeito das finanças da realeza se intensificaram — mesmo no Reino Unido, em meio à comoção pela morte de Elizabeth.

Os membros das famílias reais nas monarquias que sobrevivem na Europa exercem pouca influência, a não ser em entidades de caridade e casamentos suntuosos, e os países têm arrastado essas instituições enquanto reminiscências de uma história sangrenta e imagens de opulência e ostentação.

A manobra da rainha da Dinamarca segue o exemplo do rearranjo feito pelo rei da Suécia, em 2019, que removeu cinco de seus netos da casa real, o que significou que eles não se beneficiam mais do dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.

O novo monarca britânico, rei Charles III, disse querer os quadros da monarquia “reduzidos” para um núcleo de membros trabalhando em tempo integral para colocar a instituição no ritmo do século 21. Enquanto o funeral de Elizabeth concentrava a atenção do mundo, as presenças do príncipe Harry e Meghan, duquesa de Sussex, que se desligaram publicamente da vida real, ocasionaram especulações a respeito de seus filhos obterem ou não títulos da realeza.

Príncipe Felix, Princesa Maria, Príncipe Joaquim, Princesa Athena, Príncipe Henrique e Príncipe Nicolau chegam para um almoço no Dannebrog Royal Yacht, em Copenhague, durante o 50º aniversário de ascensão da rainha Margarida II ao trono dinamarquês Foto: Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/AFP

Na Dinamarca, os quatro netos já não esperavam salários do Estado. A família real dinamarquesa afirmou que apenas o herdeiro direto de Margarida receberá salário em seguida a uma indignação nos anos recentes a respeito da perspectiva de destinar dinheiro dos contribuintes para sua crescente lista de netos.

“É meu dever e meu desejo enquanto rainha garantir que a monarquia sempre se forje em função dos tempos”, afirmou Margarida na segunda-feira. “Às vezes, isso significa que decisões difíceis têm de ser tomadas.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

A decisão da rainha Margarida II, da Dinamarca, de despir quatro netos de seus títulos de príncipe ou princesa abriu um debate público, mas a rainha, de 82 anos, disse que “isso já se desenhava havia muito”. A monarca lamenta, mas não vai mudar de ideia.

A rainha, que se tornou a monarca há mais tempo no trono depois da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, afirmou que seu anúncio estava “em linha” com manobras para reduzir os quadros das monarquias na Europa. Os netos destituídos dos títulos reais e o pai deles deixaram clara sua decepção.

A rainha Margarida II da Dinamarca cumprimenta os convidados durante uma pausa no Teatro Real Dinamarquês para marcar o 50º aniversário de sua ascensão ao trono, em 10 de setembro de 2022 Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP

Caçula e segundo filho da rainha, o príncipe Joaquim lamentou ter sido avisado apenas “com cinco dias de antecedência” que seus filhos não sustentariam mais os títulos de príncipe ou princesa (em vez disso, serão duque ou duquesa, sem responsabilidades da família real).

“Dizer aos meus filhos que, no Ano-Novo, sua identidade lhes será furtada?”, disse ele à imprensa dinamarquesa. “Por que eles devem ser punidos dessa maneira?”

O filho dele de 23 anos, príncipe Nicolau, que trabalha como modelo, disse a repórteres na semana passada que sua família estava “muito triste”, “em choque” e “confusa”.

Logo depois, Margarida reconheceu que havia “subestimado” a maneira como os netos se sentiriam. “Isso deixa uma marca profunda, e por isso me desculpo”, afirmou ela em um comunicado, na segunda-feira. Contudo, a rainha manteve sua decisão, descrevendo uma família real menor como “necessário para manutenção da monarquia no futuro”.

Seu decreto destitui seus netos de obrigações da realeza a partir de janeiro — e, afirma a rainha, os ajudará a “forjar suas próprias vidas” — mas os quatro manterão suas posições de sucessão ao trono.

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William é um príncipe popular que agora se prepara para ser rei. Ele se tornou herdeiro do trono aos 40 anos.

Ainda que muitos europeus vivendo em monarquias constitucionais ainda tenham opinião positiva sobre as famílias reais de seus países, com alguns membros tornando-se celebridades, questões a respeito das finanças da realeza se intensificaram — mesmo no Reino Unido, em meio à comoção pela morte de Elizabeth.

Os membros das famílias reais nas monarquias que sobrevivem na Europa exercem pouca influência, a não ser em entidades de caridade e casamentos suntuosos, e os países têm arrastado essas instituições enquanto reminiscências de uma história sangrenta e imagens de opulência e ostentação.

A manobra da rainha da Dinamarca segue o exemplo do rearranjo feito pelo rei da Suécia, em 2019, que removeu cinco de seus netos da casa real, o que significou que eles não se beneficiam mais do dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.

O novo monarca britânico, rei Charles III, disse querer os quadros da monarquia “reduzidos” para um núcleo de membros trabalhando em tempo integral para colocar a instituição no ritmo do século 21. Enquanto o funeral de Elizabeth concentrava a atenção do mundo, as presenças do príncipe Harry e Meghan, duquesa de Sussex, que se desligaram publicamente da vida real, ocasionaram especulações a respeito de seus filhos obterem ou não títulos da realeza.

Príncipe Felix, Princesa Maria, Príncipe Joaquim, Princesa Athena, Príncipe Henrique e Príncipe Nicolau chegam para um almoço no Dannebrog Royal Yacht, em Copenhague, durante o 50º aniversário de ascensão da rainha Margarida II ao trono dinamarquês Foto: Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/AFP

Na Dinamarca, os quatro netos já não esperavam salários do Estado. A família real dinamarquesa afirmou que apenas o herdeiro direto de Margarida receberá salário em seguida a uma indignação nos anos recentes a respeito da perspectiva de destinar dinheiro dos contribuintes para sua crescente lista de netos.

“É meu dever e meu desejo enquanto rainha garantir que a monarquia sempre se forje em função dos tempos”, afirmou Margarida na segunda-feira. “Às vezes, isso significa que decisões difíceis têm de ser tomadas.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

A decisão da rainha Margarida II, da Dinamarca, de despir quatro netos de seus títulos de príncipe ou princesa abriu um debate público, mas a rainha, de 82 anos, disse que “isso já se desenhava havia muito”. A monarca lamenta, mas não vai mudar de ideia.

A rainha, que se tornou a monarca há mais tempo no trono depois da morte da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, afirmou que seu anúncio estava “em linha” com manobras para reduzir os quadros das monarquias na Europa. Os netos destituídos dos títulos reais e o pai deles deixaram clara sua decepção.

A rainha Margarida II da Dinamarca cumprimenta os convidados durante uma pausa no Teatro Real Dinamarquês para marcar o 50º aniversário de sua ascensão ao trono, em 10 de setembro de 2022 Foto: Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP

Caçula e segundo filho da rainha, o príncipe Joaquim lamentou ter sido avisado apenas “com cinco dias de antecedência” que seus filhos não sustentariam mais os títulos de príncipe ou princesa (em vez disso, serão duque ou duquesa, sem responsabilidades da família real).

“Dizer aos meus filhos que, no Ano-Novo, sua identidade lhes será furtada?”, disse ele à imprensa dinamarquesa. “Por que eles devem ser punidos dessa maneira?”

O filho dele de 23 anos, príncipe Nicolau, que trabalha como modelo, disse a repórteres na semana passada que sua família estava “muito triste”, “em choque” e “confusa”.

Logo depois, Margarida reconheceu que havia “subestimado” a maneira como os netos se sentiriam. “Isso deixa uma marca profunda, e por isso me desculpo”, afirmou ela em um comunicado, na segunda-feira. Contudo, a rainha manteve sua decisão, descrevendo uma família real menor como “necessário para manutenção da monarquia no futuro”.

Seu decreto destitui seus netos de obrigações da realeza a partir de janeiro — e, afirma a rainha, os ajudará a “forjar suas próprias vidas” — mas os quatro manterão suas posições de sucessão ao trono.

Seu navegador não suporta esse video.

William é um príncipe popular que agora se prepara para ser rei. Ele se tornou herdeiro do trono aos 40 anos.

Ainda que muitos europeus vivendo em monarquias constitucionais ainda tenham opinião positiva sobre as famílias reais de seus países, com alguns membros tornando-se celebridades, questões a respeito das finanças da realeza se intensificaram — mesmo no Reino Unido, em meio à comoção pela morte de Elizabeth.

Os membros das famílias reais nas monarquias que sobrevivem na Europa exercem pouca influência, a não ser em entidades de caridade e casamentos suntuosos, e os países têm arrastado essas instituições enquanto reminiscências de uma história sangrenta e imagens de opulência e ostentação.

A manobra da rainha da Dinamarca segue o exemplo do rearranjo feito pelo rei da Suécia, em 2019, que removeu cinco de seus netos da casa real, o que significou que eles não se beneficiam mais do dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.

O novo monarca britânico, rei Charles III, disse querer os quadros da monarquia “reduzidos” para um núcleo de membros trabalhando em tempo integral para colocar a instituição no ritmo do século 21. Enquanto o funeral de Elizabeth concentrava a atenção do mundo, as presenças do príncipe Harry e Meghan, duquesa de Sussex, que se desligaram publicamente da vida real, ocasionaram especulações a respeito de seus filhos obterem ou não títulos da realeza.

Príncipe Felix, Princesa Maria, Príncipe Joaquim, Princesa Athena, Príncipe Henrique e Príncipe Nicolau chegam para um almoço no Dannebrog Royal Yacht, em Copenhague, durante o 50º aniversário de ascensão da rainha Margarida II ao trono dinamarquês Foto: Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/AFP

Na Dinamarca, os quatro netos já não esperavam salários do Estado. A família real dinamarquesa afirmou que apenas o herdeiro direto de Margarida receberá salário em seguida a uma indignação nos anos recentes a respeito da perspectiva de destinar dinheiro dos contribuintes para sua crescente lista de netos.

“É meu dever e meu desejo enquanto rainha garantir que a monarquia sempre se forje em função dos tempos”, afirmou Margarida na segunda-feira. “Às vezes, isso significa que decisões difíceis têm de ser tomadas.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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