Assad sob pressão russa


Seria para escapar à influência crescente – e até invasiva – dos aliados iranianos que Bashar Assad, que há cinco anos enfrenta uma vasta rebelião, lançou-se nos braços de Moscou. A intervenção em massa da aviação russa realmente poupou o regime de Damasco de uma derrota certa; mas o presidente sírio mais uma vez constatou que não é sempre o que manda na casa, uma vez que a tutela russa tem se mostrado cada vez mais atuante e às vezes mais severa que a iraniana.

Por Issa Goraieb

Vários fatos, políticos e militares, ocorreram nos últimos dias, ilustrando esse fenômeno. No dia 8 realizou-se em Teerã um encontro entre os ministros da Defesa de Rússia, Irã e Síria, cujo objetivo era aperfeiçoar a sincronização das operações militares entre os três aliados, após recentes sucessos dos rebeldes no norte da Síria.

Nos dias que se seguiram houve um notável aumento de ataques aéreos russos, o que permitiu conter realmente o avanço dos rebeldes.

Há oito dias, o general Serguei Shoygu, ministro da Defesa da Rússia, desembarcou repentinamente na Síria. Depois de inspecionar a base aérea russa de Khmeimim, protegida por um sistema de mísseis terra-ar S-400, o general foi a Damasco para conversar com Assad. O encontro coincidiu com uma redução surpreendente da atividade aérea russa. O presidente sírio estava sozinho, com seu intérprete, o que não é habitual, diante de um interlocutor cercado por uma grande delegação que o acompanhava. Tudo decorreu aparentemente como se a firmeza da mensagem russa entregue ao presidente sírio exigisse tal confidencialidade.

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E, de fato, é evidente que Moscou acolheu mal a recusa de Assad em aderir à trégua proclamada algumas semanas atrás no setor de Alepo, segunda maior cidade da Síria. Não só a continuação dos combates nesse setor resultou em pesadas perdas para o regime e seus aliados, iranianos e libaneses do Hezbollah, mas impediu a retomada das negociações de paz em Genebra, desejada pela Rússia e que constitui o único ponto de acordo entre russos e americanos.

As tensões entre Assad e seus protetores russos também se confirmaram com a indicação, na quarta-feira, de um novo primeiro-ministro da Síria, Emad Khamis. Estranhamente, foi de Moscou que partiu, na semana passada, o anúncio de um remanejamento do governo sírio, e a mídia russa chegou mesmo a precisar que Khamis pretendia se cercar de 12 novos ministros, mas sem mudanças no comando dos ministérios da Defesa, Exterior, Interior e Finanças. Essa informação foi logo depois desmentida pela agência oficial síria Sana que, citando fontes autorizadas, declarou que qualquer remanejamento ministerial obedece a regras e procedimentos constitucionais precisos. O que não impediu, na quarta-feira, a nomeação de Khamis por meio de um breve decreto assinado pelo presidente Assad, que não forneceu nenhuma explicação para a saída do chefe de governo Wael Halki, no cargo desde 2012.

E desde 2012 o novo primeiro-ministro está na lista de personalidades sírias sujeitas a sanções da União Europeia. Com 54 anos de idade, engenheiro elétrico de formação, Khamis era ministro da Energia no governo anterior, o que não o tornava um político popular.

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Desde o início da guerra que já provocou quase 300 mil mortes e destruições colossais, a produção de energia elétrica diminuiu dois terços e hoje há um racionamento grave de eletricidade no país. Por essa razão a população conferiu a ele o título nada lisonjeiro de ministro do escuro. Esperemos que sua ascensão lance uma luz de esperança no sombrio túnel da crise síria. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Vários fatos, políticos e militares, ocorreram nos últimos dias, ilustrando esse fenômeno. No dia 8 realizou-se em Teerã um encontro entre os ministros da Defesa de Rússia, Irã e Síria, cujo objetivo era aperfeiçoar a sincronização das operações militares entre os três aliados, após recentes sucessos dos rebeldes no norte da Síria.

Nos dias que se seguiram houve um notável aumento de ataques aéreos russos, o que permitiu conter realmente o avanço dos rebeldes.

Há oito dias, o general Serguei Shoygu, ministro da Defesa da Rússia, desembarcou repentinamente na Síria. Depois de inspecionar a base aérea russa de Khmeimim, protegida por um sistema de mísseis terra-ar S-400, o general foi a Damasco para conversar com Assad. O encontro coincidiu com uma redução surpreendente da atividade aérea russa. O presidente sírio estava sozinho, com seu intérprete, o que não é habitual, diante de um interlocutor cercado por uma grande delegação que o acompanhava. Tudo decorreu aparentemente como se a firmeza da mensagem russa entregue ao presidente sírio exigisse tal confidencialidade.

E, de fato, é evidente que Moscou acolheu mal a recusa de Assad em aderir à trégua proclamada algumas semanas atrás no setor de Alepo, segunda maior cidade da Síria. Não só a continuação dos combates nesse setor resultou em pesadas perdas para o regime e seus aliados, iranianos e libaneses do Hezbollah, mas impediu a retomada das negociações de paz em Genebra, desejada pela Rússia e que constitui o único ponto de acordo entre russos e americanos.

As tensões entre Assad e seus protetores russos também se confirmaram com a indicação, na quarta-feira, de um novo primeiro-ministro da Síria, Emad Khamis. Estranhamente, foi de Moscou que partiu, na semana passada, o anúncio de um remanejamento do governo sírio, e a mídia russa chegou mesmo a precisar que Khamis pretendia se cercar de 12 novos ministros, mas sem mudanças no comando dos ministérios da Defesa, Exterior, Interior e Finanças. Essa informação foi logo depois desmentida pela agência oficial síria Sana que, citando fontes autorizadas, declarou que qualquer remanejamento ministerial obedece a regras e procedimentos constitucionais precisos. O que não impediu, na quarta-feira, a nomeação de Khamis por meio de um breve decreto assinado pelo presidente Assad, que não forneceu nenhuma explicação para a saída do chefe de governo Wael Halki, no cargo desde 2012.

E desde 2012 o novo primeiro-ministro está na lista de personalidades sírias sujeitas a sanções da União Europeia. Com 54 anos de idade, engenheiro elétrico de formação, Khamis era ministro da Energia no governo anterior, o que não o tornava um político popular.

Desde o início da guerra que já provocou quase 300 mil mortes e destruições colossais, a produção de energia elétrica diminuiu dois terços e hoje há um racionamento grave de eletricidade no país. Por essa razão a população conferiu a ele o título nada lisonjeiro de ministro do escuro. Esperemos que sua ascensão lance uma luz de esperança no sombrio túnel da crise síria. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Vários fatos, políticos e militares, ocorreram nos últimos dias, ilustrando esse fenômeno. No dia 8 realizou-se em Teerã um encontro entre os ministros da Defesa de Rússia, Irã e Síria, cujo objetivo era aperfeiçoar a sincronização das operações militares entre os três aliados, após recentes sucessos dos rebeldes no norte da Síria.

Nos dias que se seguiram houve um notável aumento de ataques aéreos russos, o que permitiu conter realmente o avanço dos rebeldes.

Há oito dias, o general Serguei Shoygu, ministro da Defesa da Rússia, desembarcou repentinamente na Síria. Depois de inspecionar a base aérea russa de Khmeimim, protegida por um sistema de mísseis terra-ar S-400, o general foi a Damasco para conversar com Assad. O encontro coincidiu com uma redução surpreendente da atividade aérea russa. O presidente sírio estava sozinho, com seu intérprete, o que não é habitual, diante de um interlocutor cercado por uma grande delegação que o acompanhava. Tudo decorreu aparentemente como se a firmeza da mensagem russa entregue ao presidente sírio exigisse tal confidencialidade.

E, de fato, é evidente que Moscou acolheu mal a recusa de Assad em aderir à trégua proclamada algumas semanas atrás no setor de Alepo, segunda maior cidade da Síria. Não só a continuação dos combates nesse setor resultou em pesadas perdas para o regime e seus aliados, iranianos e libaneses do Hezbollah, mas impediu a retomada das negociações de paz em Genebra, desejada pela Rússia e que constitui o único ponto de acordo entre russos e americanos.

As tensões entre Assad e seus protetores russos também se confirmaram com a indicação, na quarta-feira, de um novo primeiro-ministro da Síria, Emad Khamis. Estranhamente, foi de Moscou que partiu, na semana passada, o anúncio de um remanejamento do governo sírio, e a mídia russa chegou mesmo a precisar que Khamis pretendia se cercar de 12 novos ministros, mas sem mudanças no comando dos ministérios da Defesa, Exterior, Interior e Finanças. Essa informação foi logo depois desmentida pela agência oficial síria Sana que, citando fontes autorizadas, declarou que qualquer remanejamento ministerial obedece a regras e procedimentos constitucionais precisos. O que não impediu, na quarta-feira, a nomeação de Khamis por meio de um breve decreto assinado pelo presidente Assad, que não forneceu nenhuma explicação para a saída do chefe de governo Wael Halki, no cargo desde 2012.

E desde 2012 o novo primeiro-ministro está na lista de personalidades sírias sujeitas a sanções da União Europeia. Com 54 anos de idade, engenheiro elétrico de formação, Khamis era ministro da Energia no governo anterior, o que não o tornava um político popular.

Desde o início da guerra que já provocou quase 300 mil mortes e destruições colossais, a produção de energia elétrica diminuiu dois terços e hoje há um racionamento grave de eletricidade no país. Por essa razão a população conferiu a ele o título nada lisonjeiro de ministro do escuro. Esperemos que sua ascensão lance uma luz de esperança no sombrio túnel da crise síria. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Vários fatos, políticos e militares, ocorreram nos últimos dias, ilustrando esse fenômeno. No dia 8 realizou-se em Teerã um encontro entre os ministros da Defesa de Rússia, Irã e Síria, cujo objetivo era aperfeiçoar a sincronização das operações militares entre os três aliados, após recentes sucessos dos rebeldes no norte da Síria.

Nos dias que se seguiram houve um notável aumento de ataques aéreos russos, o que permitiu conter realmente o avanço dos rebeldes.

Há oito dias, o general Serguei Shoygu, ministro da Defesa da Rússia, desembarcou repentinamente na Síria. Depois de inspecionar a base aérea russa de Khmeimim, protegida por um sistema de mísseis terra-ar S-400, o general foi a Damasco para conversar com Assad. O encontro coincidiu com uma redução surpreendente da atividade aérea russa. O presidente sírio estava sozinho, com seu intérprete, o que não é habitual, diante de um interlocutor cercado por uma grande delegação que o acompanhava. Tudo decorreu aparentemente como se a firmeza da mensagem russa entregue ao presidente sírio exigisse tal confidencialidade.

E, de fato, é evidente que Moscou acolheu mal a recusa de Assad em aderir à trégua proclamada algumas semanas atrás no setor de Alepo, segunda maior cidade da Síria. Não só a continuação dos combates nesse setor resultou em pesadas perdas para o regime e seus aliados, iranianos e libaneses do Hezbollah, mas impediu a retomada das negociações de paz em Genebra, desejada pela Rússia e que constitui o único ponto de acordo entre russos e americanos.

As tensões entre Assad e seus protetores russos também se confirmaram com a indicação, na quarta-feira, de um novo primeiro-ministro da Síria, Emad Khamis. Estranhamente, foi de Moscou que partiu, na semana passada, o anúncio de um remanejamento do governo sírio, e a mídia russa chegou mesmo a precisar que Khamis pretendia se cercar de 12 novos ministros, mas sem mudanças no comando dos ministérios da Defesa, Exterior, Interior e Finanças. Essa informação foi logo depois desmentida pela agência oficial síria Sana que, citando fontes autorizadas, declarou que qualquer remanejamento ministerial obedece a regras e procedimentos constitucionais precisos. O que não impediu, na quarta-feira, a nomeação de Khamis por meio de um breve decreto assinado pelo presidente Assad, que não forneceu nenhuma explicação para a saída do chefe de governo Wael Halki, no cargo desde 2012.

E desde 2012 o novo primeiro-ministro está na lista de personalidades sírias sujeitas a sanções da União Europeia. Com 54 anos de idade, engenheiro elétrico de formação, Khamis era ministro da Energia no governo anterior, o que não o tornava um político popular.

Desde o início da guerra que já provocou quase 300 mil mortes e destruições colossais, a produção de energia elétrica diminuiu dois terços e hoje há um racionamento grave de eletricidade no país. Por essa razão a população conferiu a ele o título nada lisonjeiro de ministro do escuro. Esperemos que sua ascensão lance uma luz de esperança no sombrio túnel da crise síria. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

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