Assange aceitará ser interrogado em Londres, diz advogado


Promotora sueca quer interrogar fundador do Wikileaks pois alguns crimes dos quais ele é acusado na Suécia prescrevem em agosto

Assange é acusado de crimes sexuais na Suécia Foto: Anthony Devli/Reuters

COPENHAGUE - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitará a proposta da promotoria sueca de ser interrogado na Embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há mais de dois anos, afirmou nesta sexta-feira, 13, o advogado sueco dele, Per Samuelsson.

"Cooperamos com a investigação. Ele aceitará", disse o advogado, acrescentando que o ativista está "feliz" por poder dar um passo adiante no caso.

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A promotora Marianne Ny havia enviado nesta sexta uma solicitação aos advogados de Assange para interrogá-lo em Londres.

Em 2010, foi emitida uma ordem de prisão preventiva contra Assange na Suécia por crimes sexuais. A justiça britânica autorizou sua extradição para o país, mas ele conseguiu asilo na embaixada equatoriana.

O ativista é acusado de violar duas mulheres suecas, mas nega as acusações. Ele teme ir à Suécia afirmando que pode ser extraditado aos EUA em razão da publicação de documentos americanos pelo Wikileaks.

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A promotora sueca se negava a viajar para Londres, mas vários crimes dos quais o ativista é acusado prescrevem em agosto de 2015, explicou o Ministério Público em um comunicado.

O Tribunal de Apelação de Svea (Suécia) decidiu em novembro do ano passado manter a ordem de prisão preventiva à revelia contra Assange devido à "seriedade" dos fatos e ao risco do jornalista evitar o processo legal. A sentença se baseia na recomendação da promotoria, que considera imprescindível a presença de Assange na Suécia para o interrogatório.

O Tribunal de Apelação, no entanto, criticou a paralisação do processo e a falta de vias alternativas para se investigar o caso. "O tempo acaba e considero que devo aceitar uma perda de qualidade na investigação e assumir o risco de que o interrogatório não ajude para um avanço, já que não há outras medidas disponíveis enquanto Assange não estiver na Suécia", afirmou Ny.

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A promotora adjunta no caso, Ingrid Isgren, e um investigador da polícia seriam os encarregados de viajar para Londres para realizar o interrogatório.

Surpresa. Kristinn Hrafnsson, porta-voz de Julian Assange, disse estar surpreendido pela decisão e se mostrou convencido de que o ativista ganhará o caso. "Imagino que isto (o interrogatório) ocorre pois muito provavelmente Julian ganhará o caso na Suprema Corte da Suécia, determinando que a ordem de prisão seja retirada", afirmou Hrafnsson.

"A corte anunciou recentemente que discutirá o caso, e é bastante óbvio que decidirá em favor de Julian", acrescentou o porta-voz, ressaltando que o fundador do Wikileaks ofereceu durante anos ser interrogado na embaixada equatoriana. /AFP e EFE

Assange é acusado de crimes sexuais na Suécia Foto: Anthony Devli/Reuters

COPENHAGUE - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitará a proposta da promotoria sueca de ser interrogado na Embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há mais de dois anos, afirmou nesta sexta-feira, 13, o advogado sueco dele, Per Samuelsson.

"Cooperamos com a investigação. Ele aceitará", disse o advogado, acrescentando que o ativista está "feliz" por poder dar um passo adiante no caso.

A promotora Marianne Ny havia enviado nesta sexta uma solicitação aos advogados de Assange para interrogá-lo em Londres.

Em 2010, foi emitida uma ordem de prisão preventiva contra Assange na Suécia por crimes sexuais. A justiça britânica autorizou sua extradição para o país, mas ele conseguiu asilo na embaixada equatoriana.

O ativista é acusado de violar duas mulheres suecas, mas nega as acusações. Ele teme ir à Suécia afirmando que pode ser extraditado aos EUA em razão da publicação de documentos americanos pelo Wikileaks.

A promotora sueca se negava a viajar para Londres, mas vários crimes dos quais o ativista é acusado prescrevem em agosto de 2015, explicou o Ministério Público em um comunicado.

O Tribunal de Apelação de Svea (Suécia) decidiu em novembro do ano passado manter a ordem de prisão preventiva à revelia contra Assange devido à "seriedade" dos fatos e ao risco do jornalista evitar o processo legal. A sentença se baseia na recomendação da promotoria, que considera imprescindível a presença de Assange na Suécia para o interrogatório.

O Tribunal de Apelação, no entanto, criticou a paralisação do processo e a falta de vias alternativas para se investigar o caso. "O tempo acaba e considero que devo aceitar uma perda de qualidade na investigação e assumir o risco de que o interrogatório não ajude para um avanço, já que não há outras medidas disponíveis enquanto Assange não estiver na Suécia", afirmou Ny.

A promotora adjunta no caso, Ingrid Isgren, e um investigador da polícia seriam os encarregados de viajar para Londres para realizar o interrogatório.

Surpresa. Kristinn Hrafnsson, porta-voz de Julian Assange, disse estar surpreendido pela decisão e se mostrou convencido de que o ativista ganhará o caso. "Imagino que isto (o interrogatório) ocorre pois muito provavelmente Julian ganhará o caso na Suprema Corte da Suécia, determinando que a ordem de prisão seja retirada", afirmou Hrafnsson.

"A corte anunciou recentemente que discutirá o caso, e é bastante óbvio que decidirá em favor de Julian", acrescentou o porta-voz, ressaltando que o fundador do Wikileaks ofereceu durante anos ser interrogado na embaixada equatoriana. /AFP e EFE

Assange é acusado de crimes sexuais na Suécia Foto: Anthony Devli/Reuters

COPENHAGUE - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitará a proposta da promotoria sueca de ser interrogado na Embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há mais de dois anos, afirmou nesta sexta-feira, 13, o advogado sueco dele, Per Samuelsson.

"Cooperamos com a investigação. Ele aceitará", disse o advogado, acrescentando que o ativista está "feliz" por poder dar um passo adiante no caso.

A promotora Marianne Ny havia enviado nesta sexta uma solicitação aos advogados de Assange para interrogá-lo em Londres.

Em 2010, foi emitida uma ordem de prisão preventiva contra Assange na Suécia por crimes sexuais. A justiça britânica autorizou sua extradição para o país, mas ele conseguiu asilo na embaixada equatoriana.

O ativista é acusado de violar duas mulheres suecas, mas nega as acusações. Ele teme ir à Suécia afirmando que pode ser extraditado aos EUA em razão da publicação de documentos americanos pelo Wikileaks.

A promotora sueca se negava a viajar para Londres, mas vários crimes dos quais o ativista é acusado prescrevem em agosto de 2015, explicou o Ministério Público em um comunicado.

O Tribunal de Apelação de Svea (Suécia) decidiu em novembro do ano passado manter a ordem de prisão preventiva à revelia contra Assange devido à "seriedade" dos fatos e ao risco do jornalista evitar o processo legal. A sentença se baseia na recomendação da promotoria, que considera imprescindível a presença de Assange na Suécia para o interrogatório.

O Tribunal de Apelação, no entanto, criticou a paralisação do processo e a falta de vias alternativas para se investigar o caso. "O tempo acaba e considero que devo aceitar uma perda de qualidade na investigação e assumir o risco de que o interrogatório não ajude para um avanço, já que não há outras medidas disponíveis enquanto Assange não estiver na Suécia", afirmou Ny.

A promotora adjunta no caso, Ingrid Isgren, e um investigador da polícia seriam os encarregados de viajar para Londres para realizar o interrogatório.

Surpresa. Kristinn Hrafnsson, porta-voz de Julian Assange, disse estar surpreendido pela decisão e se mostrou convencido de que o ativista ganhará o caso. "Imagino que isto (o interrogatório) ocorre pois muito provavelmente Julian ganhará o caso na Suprema Corte da Suécia, determinando que a ordem de prisão seja retirada", afirmou Hrafnsson.

"A corte anunciou recentemente que discutirá o caso, e é bastante óbvio que decidirá em favor de Julian", acrescentou o porta-voz, ressaltando que o fundador do Wikileaks ofereceu durante anos ser interrogado na embaixada equatoriana. /AFP e EFE

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