Assembleia-Geral da ONU aprova condenação e exige que Rússia revogue anexações ‘ilegais’ na Ucrânia


A votação no órgão mundial de 193 membros foi de 143 a favor, 5 contra e 35 abstenções; Brasil vota a favor

Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - Com voto favorável do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU votou em ampla maioria nesta quarta-feira, 12, para condenar a “tentativa de anexação ilegal” da Rússia de quatro regiões ucranianas e exigir que Moscou reverta imediatamente suas ações.

A votação no órgão mundial de 193 membros foi de 143-5 com 35 abstenções e o mais forte apoio da Assembleia-Geral para a Ucrânia e contra a Rússia das resoluções que aprovou desde que as tropas russas invadiram seu vizinho, em 24 de fevereiro.

Esta é a terceira derrota que a comunidade internacional inflige à Rússia na Assembleia-Geral da ONU desde então. Nas duas resoluções anteriores contra a invasão russa, 141 e 140 países votaram a favor, 5 contra (Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria) e 35 e 38 abstiveram-se, incluindo a China.

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Na primeira semana de conflito, a Assembleia-Geral da ONU condenou a invasão, com o apoio do Brasil. O Itamaraty, no entanto, se absteve de votar contra Moscou em várias ocasiões.

Em 30 de setembro, o Brasil se absteve na votação de uma resolução no Conselho de Segurança condenado a anexação. Moscou usou seu poder de veto para rejeitar a medida. Sete dias depois, o País voltou a se abster quando o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, aprovou a criação de um mandato para um relator especial sobre violações de direitos humanos na Rússia.

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Apesar do cansaço que muitos países do Hemisfério Sul demonstraram pelo fato de o conflito na Ucrânia dominar a agenda internacional, deixando de lado outros problemas de vital importância para eles, a União Europeia, principal defensora da resolução, e os Estados Unidos, marcaram nova vitória diplomática contra a Rússia, que permanece isolada em sua guerra. As nações ocidentais se envolveram em intenso lobby nos bastidores antes da votação, enquanto a Síria, aliada da Rússia, alertou contra o isolamento de Moscou.

Embaixador da Rússia na ONU, Vassili Nebenzia, acompanha votação que isolou seu país após a invasão da Ucrânia  Foto: David 'Dee' Delgado/Reuters

O presidente americano, Joe Biden, e autoridades dos EUA vinham trabalhando para convencer países não alinhados na América Latina, Ásia e África a deixarem de tomar uma posição neutra e condenar o Kremlin, um esforço que analistas dizem que pode ser reforçado pela enxurrada de ataques de mísseis da Rússia na segunda-feira contra Kiev e outras grandes cidades ucranianas.

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A resolução desta quarta-feira foi apresentada por Albânia e pela própria Ucrânia. Intitulada Integridade Territorial da Ucrânia: Defesa dos Princípios da Carta das Nações Unidas, declara que “atos ilícitos”, referindo-se aos referendos realizados pela Rússia nas províncias de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporhizia, em 23 de 27 de setembro, “não têm validade (...) nem servem para modificar de forma alguma o status dessas regiões na Ucrânia”.

Nesse sentido, insta os Estados, organizações internacionais e agências especializadas da ONU a não “reconhecer qualquer modificação do status” dessas regiões e exige que a Rússia “revogue imediata e incondicionalmente suas decisões” por “constituir uma violação da integridade territorial e soberania da Ucrânia e são incompatíveis com os princípios da Carta das Nações Unidas”.

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Também pede que Moscou “retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. /AP e AFP

NOVA YORK - Com voto favorável do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU votou em ampla maioria nesta quarta-feira, 12, para condenar a “tentativa de anexação ilegal” da Rússia de quatro regiões ucranianas e exigir que Moscou reverta imediatamente suas ações.

A votação no órgão mundial de 193 membros foi de 143-5 com 35 abstenções e o mais forte apoio da Assembleia-Geral para a Ucrânia e contra a Rússia das resoluções que aprovou desde que as tropas russas invadiram seu vizinho, em 24 de fevereiro.

Esta é a terceira derrota que a comunidade internacional inflige à Rússia na Assembleia-Geral da ONU desde então. Nas duas resoluções anteriores contra a invasão russa, 141 e 140 países votaram a favor, 5 contra (Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria) e 35 e 38 abstiveram-se, incluindo a China.

Na primeira semana de conflito, a Assembleia-Geral da ONU condenou a invasão, com o apoio do Brasil. O Itamaraty, no entanto, se absteve de votar contra Moscou em várias ocasiões.

Em 30 de setembro, o Brasil se absteve na votação de uma resolução no Conselho de Segurança condenado a anexação. Moscou usou seu poder de veto para rejeitar a medida. Sete dias depois, o País voltou a se abster quando o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, aprovou a criação de um mandato para um relator especial sobre violações de direitos humanos na Rússia.

Apesar do cansaço que muitos países do Hemisfério Sul demonstraram pelo fato de o conflito na Ucrânia dominar a agenda internacional, deixando de lado outros problemas de vital importância para eles, a União Europeia, principal defensora da resolução, e os Estados Unidos, marcaram nova vitória diplomática contra a Rússia, que permanece isolada em sua guerra. As nações ocidentais se envolveram em intenso lobby nos bastidores antes da votação, enquanto a Síria, aliada da Rússia, alertou contra o isolamento de Moscou.

Embaixador da Rússia na ONU, Vassili Nebenzia, acompanha votação que isolou seu país após a invasão da Ucrânia  Foto: David 'Dee' Delgado/Reuters

O presidente americano, Joe Biden, e autoridades dos EUA vinham trabalhando para convencer países não alinhados na América Latina, Ásia e África a deixarem de tomar uma posição neutra e condenar o Kremlin, um esforço que analistas dizem que pode ser reforçado pela enxurrada de ataques de mísseis da Rússia na segunda-feira contra Kiev e outras grandes cidades ucranianas.

A resolução desta quarta-feira foi apresentada por Albânia e pela própria Ucrânia. Intitulada Integridade Territorial da Ucrânia: Defesa dos Princípios da Carta das Nações Unidas, declara que “atos ilícitos”, referindo-se aos referendos realizados pela Rússia nas províncias de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporhizia, em 23 de 27 de setembro, “não têm validade (...) nem servem para modificar de forma alguma o status dessas regiões na Ucrânia”.

Nesse sentido, insta os Estados, organizações internacionais e agências especializadas da ONU a não “reconhecer qualquer modificação do status” dessas regiões e exige que a Rússia “revogue imediata e incondicionalmente suas decisões” por “constituir uma violação da integridade territorial e soberania da Ucrânia e são incompatíveis com os princípios da Carta das Nações Unidas”.

Também pede que Moscou “retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. /AP e AFP

NOVA YORK - Com voto favorável do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU votou em ampla maioria nesta quarta-feira, 12, para condenar a “tentativa de anexação ilegal” da Rússia de quatro regiões ucranianas e exigir que Moscou reverta imediatamente suas ações.

A votação no órgão mundial de 193 membros foi de 143-5 com 35 abstenções e o mais forte apoio da Assembleia-Geral para a Ucrânia e contra a Rússia das resoluções que aprovou desde que as tropas russas invadiram seu vizinho, em 24 de fevereiro.

Esta é a terceira derrota que a comunidade internacional inflige à Rússia na Assembleia-Geral da ONU desde então. Nas duas resoluções anteriores contra a invasão russa, 141 e 140 países votaram a favor, 5 contra (Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria) e 35 e 38 abstiveram-se, incluindo a China.

Na primeira semana de conflito, a Assembleia-Geral da ONU condenou a invasão, com o apoio do Brasil. O Itamaraty, no entanto, se absteve de votar contra Moscou em várias ocasiões.

Em 30 de setembro, o Brasil se absteve na votação de uma resolução no Conselho de Segurança condenado a anexação. Moscou usou seu poder de veto para rejeitar a medida. Sete dias depois, o País voltou a se abster quando o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, aprovou a criação de um mandato para um relator especial sobre violações de direitos humanos na Rússia.

Apesar do cansaço que muitos países do Hemisfério Sul demonstraram pelo fato de o conflito na Ucrânia dominar a agenda internacional, deixando de lado outros problemas de vital importância para eles, a União Europeia, principal defensora da resolução, e os Estados Unidos, marcaram nova vitória diplomática contra a Rússia, que permanece isolada em sua guerra. As nações ocidentais se envolveram em intenso lobby nos bastidores antes da votação, enquanto a Síria, aliada da Rússia, alertou contra o isolamento de Moscou.

Embaixador da Rússia na ONU, Vassili Nebenzia, acompanha votação que isolou seu país após a invasão da Ucrânia  Foto: David 'Dee' Delgado/Reuters

O presidente americano, Joe Biden, e autoridades dos EUA vinham trabalhando para convencer países não alinhados na América Latina, Ásia e África a deixarem de tomar uma posição neutra e condenar o Kremlin, um esforço que analistas dizem que pode ser reforçado pela enxurrada de ataques de mísseis da Rússia na segunda-feira contra Kiev e outras grandes cidades ucranianas.

A resolução desta quarta-feira foi apresentada por Albânia e pela própria Ucrânia. Intitulada Integridade Territorial da Ucrânia: Defesa dos Princípios da Carta das Nações Unidas, declara que “atos ilícitos”, referindo-se aos referendos realizados pela Rússia nas províncias de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporhizia, em 23 de 27 de setembro, “não têm validade (...) nem servem para modificar de forma alguma o status dessas regiões na Ucrânia”.

Nesse sentido, insta os Estados, organizações internacionais e agências especializadas da ONU a não “reconhecer qualquer modificação do status” dessas regiões e exige que a Rússia “revogue imediata e incondicionalmente suas decisões” por “constituir uma violação da integridade territorial e soberania da Ucrânia e são incompatíveis com os princípios da Carta das Nações Unidas”.

Também pede que Moscou “retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. /AP e AFP

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