Pelo menos três pessoas morreram e outras seis ficaram feridas em um ataque a tiros a uma escola cristã em Wisconsin, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, 16. A polícia de Madison corrigiu o número de vítimas após relatar erroneamente que cinco pessoas estavam mortas. A menor de idade suspeita de ser autora dos disparos está entre os mortos.
Uma autoridade, que falou sob condição de anonimato à agência Associated Press, informou que a autora do ataque era uma estudante de 17 anos. Autoridades confirmaram que o autor é “adolescente” e estudava na escola onde realizou o ataque.
Segundo o chefe de polícia de Madison, Shon Barnes, os policiais que responderam ao ataque não dispararam suas armas. A suspeita foi encontrada morta, e um professor e um aluno adolescente foram mortos. Barnes descreveu o episódio como um “dia triste, muito triste” para sua cidade e para toda a nação.
Barnes disse que outros seis estudantes estão sendo tratados em hospitais da área, incluindo dois em estado crítico com ferimentos com risco de vida.
O ataque a tiros aconteceu na Abundant Life Christian School, que atende cerca de 390 crianças do jardim de infância até o Ensino Médio. “Esta continua sendo uma investigação ativa e em andamento”, disse o Departamento de Polícia de Madison em um comunicado.
As estradas na região foram bloqueadas, e a polícia pediu que as pessoas evitem a área.
“Estamos orando pelas crianças, pelos educadores e por toda a comunidade escolar da Abundant Life enquanto aguardamos mais informações e somos gratos aos socorristas que estão trabalhando rapidamente para responder (ao ataque)”, disse o governador de Wisconsin, Tony Evers, em comunicado.
Barnes identificou a arma encontrada pela polícia como uma pistola. Ele disse que o tiroteio foi confinado a um espaço, sem especificar se era uma sala de aula.
Biden cobra ação do Congresso
O presidente americano Joe Biden descreveu o tiroteiro como “chocante e inconcebível” em uma declaração divulgada na noite desta segunda-feira. “Precisamos que o Congresso aja. Agora”, ele disse.
“De Newtown a Uvalde, de Parkland a Madison, a tantos outros tiroteios que não recebem atenção - é inaceitável que não consigamos proteger nossas crianças desse flagelo da violência armada. Não podemos continuar a aceitar isso como normal”, disse ele. “Toda criança merece se sentir segura em sua sala de aula. Os alunos em todo o país deveriam aprender a ler e escrever - não ter que aprender a se abaixar e se proteger.”
Ele disse que ele e sua esposa, Jill, estão rezando pelas vítimas. Ele agradeceu aos socorristas que chegaram rapidamente e disse que o FBI está apoiando os esforços locais de aplicação da lei. Sua equipe também entrou em contato com autoridades locais para oferecer mais apoio, sob sua orientação.
Ele disse que, embora seu governo tenha tomado medidas agressivas para combater a epidemia de violência armada, mais é necessário:
“O Congresso deve aprovar leis de segurança de armas de bom senso: Verificações universais de antecedentes. Uma lei nacional de bandeira vermelha. Uma proibição de armas de assalto e carregadores de alta capacidade.”
Escola tinha simulações para emergências
Barbara Wiers, uma funcionária da escola que estava dando aula no momento do tiroteio, disse que a escola tinha simulações de bloqueio e evacuação com as quais os alunos estavam familiarizados. Antes deste ano letivo, ela disse que os funcionários tiveram uma sessão de treinamento com as autoridades locais. “Os alunos se comportaram magnificamente”, disse. “Eles estavam claramente assustados.”
Ela afirmou que câmeras no prédio eram monitoradas regularmente, mas a escola não tinha detectores de metal. Ela disse que os 420 alunos que frequentam a escola eram “escaneados visualmente” conforme chegavam ao campus todos os dias./AP e NY Times