Aldeias na Cisjordânia foram atacadas nas últimas horas após o corpo de um adolescente israelense desaparecido ser encontrado na região de Malachei HaShalom. Segundo informações do exército de Israel, a vítima foi morta em um ataque terrorista.
De acordo com a mídia israelense, Binyamin Achimair, de 14 anos, foi visto pela última vez saindo próximo de uma aldeia palestina na sexta-feira para cuidar do gado. Horas depois, as ovelhas retornaram sem ele, e a família emitiu o alerta.
O desaparecimento desencadeou uma série de ataques de colonos israelenses em aldeias palestinas na sexta e no sábado, com dezenas de pessoas, palestinos e israelenses, feridas em confrontos em vários locais. Os números exatos não foram divulgados.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, em uma declaração na rede social X, antigo Twitter, pediu para as pessoas que evitem fazer justiça com as próprias mãos.
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Na sexta-feira, o palestino Jehad Abu Alia foi morto e outras 25 pessoas ficaram feridas no ataque à aldeia de al-Mughayyir, segundo autoridades de saúde palestinas. No sábado, as tropas israelenses atrasaram por várias horas a ambulância que transportava o corpo do homem de 26 anos para o enterro, denunciaram testemunhas.
Neste sábado, um grupo de colonos judeus retornou aos arredores da vila e queimou casas e carros. O Ministério da Saúde palestino disse que três pessoas da aldeia ficaram feridas, uma delas gravemente.
Em outra aldeia vizinha de Douma, cerca de 15 casas também foram incendiadas. O exército tentou conter o grupo com o disparo de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
O grupo de direitos humanos Yesh Din afirmou num comunicado que pelo menos 10 aldeias palestinas na Cisjordânia foram atacadas por colonos judeus, com casas e veículos danificados.
As tensões na Cisjordânia se intensificaram após os ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel em outubro do ano passado.
Desde então, o Hamas tem tentado desencadear outras frentes de batalha, incluindo a Cisjordânia, na esperança de exercer mais pressão sobre Israel.
Tais esforços falharam em grande parte, e mais de 460 palestinos foram mortos por ataques israelenses na Cisjordânia desde o início do conflito, a maioria em confrontos desencadeados por ataques militares, mas alguns por colonos.
Até a publicação deste texto, não houve reivindicação do ataque que assassinou o adolescente israelense. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, lamentou o episódio. “Atingiremos os assassinos e os seus ajudantes como fazemos com qualquer pessoa que prejudique os cidadãos do Estado de Israel”, disse ele num comunicado divulgado pelo seu gabinete./ COM AP