Ataque da Ucrânia com armas dos EUA mata ao menos 63 soldados russos, em grande revés para Putin


Dentro da Rússia, crescem as críticas à condução da guerra e aos seguidos revezes do Exército de Putin

Por Redação
Atualização:

As Forças Armadas da Ucrânia impuseram no domingo, 1, uma das maiores baixas às tropas russas desde o início da guerra com um ataque com armas fornecidas pelos Estados Unidos. Com o auxílio do Himars, um moderno lançador de foguetes guiado por radar, os ucranianos destruíram um alojamento de soldados russos em Makivka, na província de Donetsk, uma das províncias ocupadas por forças do Kremlin.

Ao menos 63 militares morreram, segundo a Rússia. A Ucrânia diz ter matado mais de 400 homens com o bombardeio. Mesmo o número de vítimas reconhecido oficialmente pelos russos já implica uma das maiores baixas para o Kremlin no conflito.

continua após a publicidade

Os próprios russos reconheceram o impacto do ataque ucraniano. Para Danil Bezsonov, porta-voz do governo instalado por Vladimir Putin desde a anexação da província no ano passado, o bombardeio foi um duro golpe para as tropas do Kremlin. Dentro da Rússia, crescem as críticas à condução da guerra e aos seguidos revezes do Exército.

Desde setembro, a Ucrânia lança uma contraofensiva contra a Rússia que levou a reconquista de territórios estratégicos no sul e no leste do país, principalmente nas províncias de Kharkiv e Kherson. Donetsk, dizem fontes militares ucranianas, seria um alvo maior e mais difícil de atingir, mas que segue na mira das tropas de Volodmir Zelenski.

continua após a publicidade

Para mudar os rumos do conflito, os ucranianos contam com sofisticadas armas doadas pelos Estados Unidos e outros aliados europeus. Um dos mais eficazes é o Himars, cujo o alcance de dezenas de quilômetros permite ataques dentro das linhas russas, como o bombardeio de domingo.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, ao menos quatro foguetes de curto alcance caíram no alojamento.

O Himars é um dos principais ativos militares ucranianos na guerra  Foto: REUTERS/Ints Kalnins/File Photo
continua após a publicidade

Críticas a Putin

O bombardeio, que ocorreu pouco depois da meia-noite do dia de Ano Novo, imediatamente provocou indignação entre alguns dos analistas que defendem a guerra de Putin na Rússia. Alguns disseram que representava o exemplo mais recente da inaptidão dos comandantes militares russos na guerra e seu desrespeito pelas vidas de soldados russos, em um sinal do desgaste da estratégia do líder russo no front doméstico.

Um ex-comandante paramilitar russo na Ucrânia, Igor Girkin, confirmou a gravidade do desastre, escrevendo no Telegram, o aplicativo de mensagens sociais, que centenas de militares foram mortos e feridos, mas acrescentou que muitas pessoas permaneceram sob os escombros.

continua após a publicidade

O prédio do alojamento, que antes da guerra era uma escola, ficou quase completamente destruído, já que também funcionava como armazém de munições, o que catalizou as explosões.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou bombeiros em um prédio severamente danificado e pilhas de escombros fumegantes. O ataque de Makivka ocorre quando blogueiros militares russos, que se tornaram formadores de opinião influentes na Rússia em meio à censura da grande mídia, pedem uma revisão do comando militar de seu país, que, segundo eles, está arrastando a Rússia para a derrota na Ucrânia.

Ainda de acordo com esses blogueiros, a maioria das vítimas é composta por recrutas das regiões de Saratov e Samara, no centro da Rússia, que recentemente foram enviados para o front, depois que Putin decidiu ampliar a convocação de reservistas em meio aos seguintes revezes no campo de batalha.

continua após a publicidade

“Ninguém está assumindo a responsabilidade pelas mortes desnecessárias”, escreveu uma blogueira, Anastasia Kashevarova, em seu canal no Telegram. Em particular, os blogueiros criticaram a alegação da mídia estatal russa de que o ataque foi causado pelo uso de celulares pelos soldados, o que ajudou as forças ucranianas a identificar sua localização.

Os blogueiros disseram que essa explicação oficial transferiu a culpa para as vítimas, sem explicar por que os comandantes abrigaram os recrutas recém-chegados em alojamentos densos em um prédio desprotegido ao alcance de foguetes fabricados nos EUA.

Donetsk abriga alguns dos combates mais pesados da Ucrânia, embora pouco terreno tenha mudado de mãos por meses. Intensas batalhas de artilharia ocorreram enquanto Moscou tentava trazer reforços, incluindo soldados recém-mobilizados.

continua após a publicidade

A cidade de Makivka, que faz parte da área metropolitana da capital regional de Donetsk, está bem ao alcance da artilharia de longo alcance da Ucrânia, do outro lado da linha de frente da região. O ataque ocorreu semanas depois de outro ataque ucraniano de longo alcance contra as forças russas em Donetsk e na região vizinha de Luhansk.

Em dezembro, um ataque a um hotel na cidade de Kadivka, em Luhansk, matou integrantes do grupo paramilitar Wagner que o utilizavam como base, segundo autoridades ucranianas na região. O Grupo Wagner, cujo líder tem laços estreitos com Putin, desempenhou um papel significativo no esforço de guerra de Moscou em Donetsk./ NYT

As Forças Armadas da Ucrânia impuseram no domingo, 1, uma das maiores baixas às tropas russas desde o início da guerra com um ataque com armas fornecidas pelos Estados Unidos. Com o auxílio do Himars, um moderno lançador de foguetes guiado por radar, os ucranianos destruíram um alojamento de soldados russos em Makivka, na província de Donetsk, uma das províncias ocupadas por forças do Kremlin.

Ao menos 63 militares morreram, segundo a Rússia. A Ucrânia diz ter matado mais de 400 homens com o bombardeio. Mesmo o número de vítimas reconhecido oficialmente pelos russos já implica uma das maiores baixas para o Kremlin no conflito.

Os próprios russos reconheceram o impacto do ataque ucraniano. Para Danil Bezsonov, porta-voz do governo instalado por Vladimir Putin desde a anexação da província no ano passado, o bombardeio foi um duro golpe para as tropas do Kremlin. Dentro da Rússia, crescem as críticas à condução da guerra e aos seguidos revezes do Exército.

Desde setembro, a Ucrânia lança uma contraofensiva contra a Rússia que levou a reconquista de territórios estratégicos no sul e no leste do país, principalmente nas províncias de Kharkiv e Kherson. Donetsk, dizem fontes militares ucranianas, seria um alvo maior e mais difícil de atingir, mas que segue na mira das tropas de Volodmir Zelenski.

Para mudar os rumos do conflito, os ucranianos contam com sofisticadas armas doadas pelos Estados Unidos e outros aliados europeus. Um dos mais eficazes é o Himars, cujo o alcance de dezenas de quilômetros permite ataques dentro das linhas russas, como o bombardeio de domingo.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, ao menos quatro foguetes de curto alcance caíram no alojamento.

O Himars é um dos principais ativos militares ucranianos na guerra  Foto: REUTERS/Ints Kalnins/File Photo

Críticas a Putin

O bombardeio, que ocorreu pouco depois da meia-noite do dia de Ano Novo, imediatamente provocou indignação entre alguns dos analistas que defendem a guerra de Putin na Rússia. Alguns disseram que representava o exemplo mais recente da inaptidão dos comandantes militares russos na guerra e seu desrespeito pelas vidas de soldados russos, em um sinal do desgaste da estratégia do líder russo no front doméstico.

Um ex-comandante paramilitar russo na Ucrânia, Igor Girkin, confirmou a gravidade do desastre, escrevendo no Telegram, o aplicativo de mensagens sociais, que centenas de militares foram mortos e feridos, mas acrescentou que muitas pessoas permaneceram sob os escombros.

O prédio do alojamento, que antes da guerra era uma escola, ficou quase completamente destruído, já que também funcionava como armazém de munições, o que catalizou as explosões.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou bombeiros em um prédio severamente danificado e pilhas de escombros fumegantes. O ataque de Makivka ocorre quando blogueiros militares russos, que se tornaram formadores de opinião influentes na Rússia em meio à censura da grande mídia, pedem uma revisão do comando militar de seu país, que, segundo eles, está arrastando a Rússia para a derrota na Ucrânia.

Ainda de acordo com esses blogueiros, a maioria das vítimas é composta por recrutas das regiões de Saratov e Samara, no centro da Rússia, que recentemente foram enviados para o front, depois que Putin decidiu ampliar a convocação de reservistas em meio aos seguintes revezes no campo de batalha.

“Ninguém está assumindo a responsabilidade pelas mortes desnecessárias”, escreveu uma blogueira, Anastasia Kashevarova, em seu canal no Telegram. Em particular, os blogueiros criticaram a alegação da mídia estatal russa de que o ataque foi causado pelo uso de celulares pelos soldados, o que ajudou as forças ucranianas a identificar sua localização.

Os blogueiros disseram que essa explicação oficial transferiu a culpa para as vítimas, sem explicar por que os comandantes abrigaram os recrutas recém-chegados em alojamentos densos em um prédio desprotegido ao alcance de foguetes fabricados nos EUA.

Donetsk abriga alguns dos combates mais pesados da Ucrânia, embora pouco terreno tenha mudado de mãos por meses. Intensas batalhas de artilharia ocorreram enquanto Moscou tentava trazer reforços, incluindo soldados recém-mobilizados.

A cidade de Makivka, que faz parte da área metropolitana da capital regional de Donetsk, está bem ao alcance da artilharia de longo alcance da Ucrânia, do outro lado da linha de frente da região. O ataque ocorreu semanas depois de outro ataque ucraniano de longo alcance contra as forças russas em Donetsk e na região vizinha de Luhansk.

Em dezembro, um ataque a um hotel na cidade de Kadivka, em Luhansk, matou integrantes do grupo paramilitar Wagner que o utilizavam como base, segundo autoridades ucranianas na região. O Grupo Wagner, cujo líder tem laços estreitos com Putin, desempenhou um papel significativo no esforço de guerra de Moscou em Donetsk./ NYT

As Forças Armadas da Ucrânia impuseram no domingo, 1, uma das maiores baixas às tropas russas desde o início da guerra com um ataque com armas fornecidas pelos Estados Unidos. Com o auxílio do Himars, um moderno lançador de foguetes guiado por radar, os ucranianos destruíram um alojamento de soldados russos em Makivka, na província de Donetsk, uma das províncias ocupadas por forças do Kremlin.

Ao menos 63 militares morreram, segundo a Rússia. A Ucrânia diz ter matado mais de 400 homens com o bombardeio. Mesmo o número de vítimas reconhecido oficialmente pelos russos já implica uma das maiores baixas para o Kremlin no conflito.

Os próprios russos reconheceram o impacto do ataque ucraniano. Para Danil Bezsonov, porta-voz do governo instalado por Vladimir Putin desde a anexação da província no ano passado, o bombardeio foi um duro golpe para as tropas do Kremlin. Dentro da Rússia, crescem as críticas à condução da guerra e aos seguidos revezes do Exército.

Desde setembro, a Ucrânia lança uma contraofensiva contra a Rússia que levou a reconquista de territórios estratégicos no sul e no leste do país, principalmente nas províncias de Kharkiv e Kherson. Donetsk, dizem fontes militares ucranianas, seria um alvo maior e mais difícil de atingir, mas que segue na mira das tropas de Volodmir Zelenski.

Para mudar os rumos do conflito, os ucranianos contam com sofisticadas armas doadas pelos Estados Unidos e outros aliados europeus. Um dos mais eficazes é o Himars, cujo o alcance de dezenas de quilômetros permite ataques dentro das linhas russas, como o bombardeio de domingo.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, ao menos quatro foguetes de curto alcance caíram no alojamento.

O Himars é um dos principais ativos militares ucranianos na guerra  Foto: REUTERS/Ints Kalnins/File Photo

Críticas a Putin

O bombardeio, que ocorreu pouco depois da meia-noite do dia de Ano Novo, imediatamente provocou indignação entre alguns dos analistas que defendem a guerra de Putin na Rússia. Alguns disseram que representava o exemplo mais recente da inaptidão dos comandantes militares russos na guerra e seu desrespeito pelas vidas de soldados russos, em um sinal do desgaste da estratégia do líder russo no front doméstico.

Um ex-comandante paramilitar russo na Ucrânia, Igor Girkin, confirmou a gravidade do desastre, escrevendo no Telegram, o aplicativo de mensagens sociais, que centenas de militares foram mortos e feridos, mas acrescentou que muitas pessoas permaneceram sob os escombros.

O prédio do alojamento, que antes da guerra era uma escola, ficou quase completamente destruído, já que também funcionava como armazém de munições, o que catalizou as explosões.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou bombeiros em um prédio severamente danificado e pilhas de escombros fumegantes. O ataque de Makivka ocorre quando blogueiros militares russos, que se tornaram formadores de opinião influentes na Rússia em meio à censura da grande mídia, pedem uma revisão do comando militar de seu país, que, segundo eles, está arrastando a Rússia para a derrota na Ucrânia.

Ainda de acordo com esses blogueiros, a maioria das vítimas é composta por recrutas das regiões de Saratov e Samara, no centro da Rússia, que recentemente foram enviados para o front, depois que Putin decidiu ampliar a convocação de reservistas em meio aos seguintes revezes no campo de batalha.

“Ninguém está assumindo a responsabilidade pelas mortes desnecessárias”, escreveu uma blogueira, Anastasia Kashevarova, em seu canal no Telegram. Em particular, os blogueiros criticaram a alegação da mídia estatal russa de que o ataque foi causado pelo uso de celulares pelos soldados, o que ajudou as forças ucranianas a identificar sua localização.

Os blogueiros disseram que essa explicação oficial transferiu a culpa para as vítimas, sem explicar por que os comandantes abrigaram os recrutas recém-chegados em alojamentos densos em um prédio desprotegido ao alcance de foguetes fabricados nos EUA.

Donetsk abriga alguns dos combates mais pesados da Ucrânia, embora pouco terreno tenha mudado de mãos por meses. Intensas batalhas de artilharia ocorreram enquanto Moscou tentava trazer reforços, incluindo soldados recém-mobilizados.

A cidade de Makivka, que faz parte da área metropolitana da capital regional de Donetsk, está bem ao alcance da artilharia de longo alcance da Ucrânia, do outro lado da linha de frente da região. O ataque ocorreu semanas depois de outro ataque ucraniano de longo alcance contra as forças russas em Donetsk e na região vizinha de Luhansk.

Em dezembro, um ataque a um hotel na cidade de Kadivka, em Luhansk, matou integrantes do grupo paramilitar Wagner que o utilizavam como base, segundo autoridades ucranianas na região. O Grupo Wagner, cujo líder tem laços estreitos com Putin, desempenhou um papel significativo no esforço de guerra de Moscou em Donetsk./ NYT

As Forças Armadas da Ucrânia impuseram no domingo, 1, uma das maiores baixas às tropas russas desde o início da guerra com um ataque com armas fornecidas pelos Estados Unidos. Com o auxílio do Himars, um moderno lançador de foguetes guiado por radar, os ucranianos destruíram um alojamento de soldados russos em Makivka, na província de Donetsk, uma das províncias ocupadas por forças do Kremlin.

Ao menos 63 militares morreram, segundo a Rússia. A Ucrânia diz ter matado mais de 400 homens com o bombardeio. Mesmo o número de vítimas reconhecido oficialmente pelos russos já implica uma das maiores baixas para o Kremlin no conflito.

Os próprios russos reconheceram o impacto do ataque ucraniano. Para Danil Bezsonov, porta-voz do governo instalado por Vladimir Putin desde a anexação da província no ano passado, o bombardeio foi um duro golpe para as tropas do Kremlin. Dentro da Rússia, crescem as críticas à condução da guerra e aos seguidos revezes do Exército.

Desde setembro, a Ucrânia lança uma contraofensiva contra a Rússia que levou a reconquista de territórios estratégicos no sul e no leste do país, principalmente nas províncias de Kharkiv e Kherson. Donetsk, dizem fontes militares ucranianas, seria um alvo maior e mais difícil de atingir, mas que segue na mira das tropas de Volodmir Zelenski.

Para mudar os rumos do conflito, os ucranianos contam com sofisticadas armas doadas pelos Estados Unidos e outros aliados europeus. Um dos mais eficazes é o Himars, cujo o alcance de dezenas de quilômetros permite ataques dentro das linhas russas, como o bombardeio de domingo.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, ao menos quatro foguetes de curto alcance caíram no alojamento.

O Himars é um dos principais ativos militares ucranianos na guerra  Foto: REUTERS/Ints Kalnins/File Photo

Críticas a Putin

O bombardeio, que ocorreu pouco depois da meia-noite do dia de Ano Novo, imediatamente provocou indignação entre alguns dos analistas que defendem a guerra de Putin na Rússia. Alguns disseram que representava o exemplo mais recente da inaptidão dos comandantes militares russos na guerra e seu desrespeito pelas vidas de soldados russos, em um sinal do desgaste da estratégia do líder russo no front doméstico.

Um ex-comandante paramilitar russo na Ucrânia, Igor Girkin, confirmou a gravidade do desastre, escrevendo no Telegram, o aplicativo de mensagens sociais, que centenas de militares foram mortos e feridos, mas acrescentou que muitas pessoas permaneceram sob os escombros.

O prédio do alojamento, que antes da guerra era uma escola, ficou quase completamente destruído, já que também funcionava como armazém de munições, o que catalizou as explosões.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou bombeiros em um prédio severamente danificado e pilhas de escombros fumegantes. O ataque de Makivka ocorre quando blogueiros militares russos, que se tornaram formadores de opinião influentes na Rússia em meio à censura da grande mídia, pedem uma revisão do comando militar de seu país, que, segundo eles, está arrastando a Rússia para a derrota na Ucrânia.

Ainda de acordo com esses blogueiros, a maioria das vítimas é composta por recrutas das regiões de Saratov e Samara, no centro da Rússia, que recentemente foram enviados para o front, depois que Putin decidiu ampliar a convocação de reservistas em meio aos seguintes revezes no campo de batalha.

“Ninguém está assumindo a responsabilidade pelas mortes desnecessárias”, escreveu uma blogueira, Anastasia Kashevarova, em seu canal no Telegram. Em particular, os blogueiros criticaram a alegação da mídia estatal russa de que o ataque foi causado pelo uso de celulares pelos soldados, o que ajudou as forças ucranianas a identificar sua localização.

Os blogueiros disseram que essa explicação oficial transferiu a culpa para as vítimas, sem explicar por que os comandantes abrigaram os recrutas recém-chegados em alojamentos densos em um prédio desprotegido ao alcance de foguetes fabricados nos EUA.

Donetsk abriga alguns dos combates mais pesados da Ucrânia, embora pouco terreno tenha mudado de mãos por meses. Intensas batalhas de artilharia ocorreram enquanto Moscou tentava trazer reforços, incluindo soldados recém-mobilizados.

A cidade de Makivka, que faz parte da área metropolitana da capital regional de Donetsk, está bem ao alcance da artilharia de longo alcance da Ucrânia, do outro lado da linha de frente da região. O ataque ocorreu semanas depois de outro ataque ucraniano de longo alcance contra as forças russas em Donetsk e na região vizinha de Luhansk.

Em dezembro, um ataque a um hotel na cidade de Kadivka, em Luhansk, matou integrantes do grupo paramilitar Wagner que o utilizavam como base, segundo autoridades ucranianas na região. O Grupo Wagner, cujo líder tem laços estreitos com Putin, desempenhou um papel significativo no esforço de guerra de Moscou em Donetsk./ NYT

As Forças Armadas da Ucrânia impuseram no domingo, 1, uma das maiores baixas às tropas russas desde o início da guerra com um ataque com armas fornecidas pelos Estados Unidos. Com o auxílio do Himars, um moderno lançador de foguetes guiado por radar, os ucranianos destruíram um alojamento de soldados russos em Makivka, na província de Donetsk, uma das províncias ocupadas por forças do Kremlin.

Ao menos 63 militares morreram, segundo a Rússia. A Ucrânia diz ter matado mais de 400 homens com o bombardeio. Mesmo o número de vítimas reconhecido oficialmente pelos russos já implica uma das maiores baixas para o Kremlin no conflito.

Os próprios russos reconheceram o impacto do ataque ucraniano. Para Danil Bezsonov, porta-voz do governo instalado por Vladimir Putin desde a anexação da província no ano passado, o bombardeio foi um duro golpe para as tropas do Kremlin. Dentro da Rússia, crescem as críticas à condução da guerra e aos seguidos revezes do Exército.

Desde setembro, a Ucrânia lança uma contraofensiva contra a Rússia que levou a reconquista de territórios estratégicos no sul e no leste do país, principalmente nas províncias de Kharkiv e Kherson. Donetsk, dizem fontes militares ucranianas, seria um alvo maior e mais difícil de atingir, mas que segue na mira das tropas de Volodmir Zelenski.

Para mudar os rumos do conflito, os ucranianos contam com sofisticadas armas doadas pelos Estados Unidos e outros aliados europeus. Um dos mais eficazes é o Himars, cujo o alcance de dezenas de quilômetros permite ataques dentro das linhas russas, como o bombardeio de domingo.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, ao menos quatro foguetes de curto alcance caíram no alojamento.

O Himars é um dos principais ativos militares ucranianos na guerra  Foto: REUTERS/Ints Kalnins/File Photo

Críticas a Putin

O bombardeio, que ocorreu pouco depois da meia-noite do dia de Ano Novo, imediatamente provocou indignação entre alguns dos analistas que defendem a guerra de Putin na Rússia. Alguns disseram que representava o exemplo mais recente da inaptidão dos comandantes militares russos na guerra e seu desrespeito pelas vidas de soldados russos, em um sinal do desgaste da estratégia do líder russo no front doméstico.

Um ex-comandante paramilitar russo na Ucrânia, Igor Girkin, confirmou a gravidade do desastre, escrevendo no Telegram, o aplicativo de mensagens sociais, que centenas de militares foram mortos e feridos, mas acrescentou que muitas pessoas permaneceram sob os escombros.

O prédio do alojamento, que antes da guerra era uma escola, ficou quase completamente destruído, já que também funcionava como armazém de munições, o que catalizou as explosões.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou bombeiros em um prédio severamente danificado e pilhas de escombros fumegantes. O ataque de Makivka ocorre quando blogueiros militares russos, que se tornaram formadores de opinião influentes na Rússia em meio à censura da grande mídia, pedem uma revisão do comando militar de seu país, que, segundo eles, está arrastando a Rússia para a derrota na Ucrânia.

Ainda de acordo com esses blogueiros, a maioria das vítimas é composta por recrutas das regiões de Saratov e Samara, no centro da Rússia, que recentemente foram enviados para o front, depois que Putin decidiu ampliar a convocação de reservistas em meio aos seguintes revezes no campo de batalha.

“Ninguém está assumindo a responsabilidade pelas mortes desnecessárias”, escreveu uma blogueira, Anastasia Kashevarova, em seu canal no Telegram. Em particular, os blogueiros criticaram a alegação da mídia estatal russa de que o ataque foi causado pelo uso de celulares pelos soldados, o que ajudou as forças ucranianas a identificar sua localização.

Os blogueiros disseram que essa explicação oficial transferiu a culpa para as vítimas, sem explicar por que os comandantes abrigaram os recrutas recém-chegados em alojamentos densos em um prédio desprotegido ao alcance de foguetes fabricados nos EUA.

Donetsk abriga alguns dos combates mais pesados da Ucrânia, embora pouco terreno tenha mudado de mãos por meses. Intensas batalhas de artilharia ocorreram enquanto Moscou tentava trazer reforços, incluindo soldados recém-mobilizados.

A cidade de Makivka, que faz parte da área metropolitana da capital regional de Donetsk, está bem ao alcance da artilharia de longo alcance da Ucrânia, do outro lado da linha de frente da região. O ataque ocorreu semanas depois de outro ataque ucraniano de longo alcance contra as forças russas em Donetsk e na região vizinha de Luhansk.

Em dezembro, um ataque a um hotel na cidade de Kadivka, em Luhansk, matou integrantes do grupo paramilitar Wagner que o utilizavam como base, segundo autoridades ucranianas na região. O Grupo Wagner, cujo líder tem laços estreitos com Putin, desempenhou um papel significativo no esforço de guerra de Moscou em Donetsk./ NYT

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.