Ataque mortal do Hezbollah em base do exército mostra a fraqueza de Israel contra drones


Israel tem uma das melhores defesas do mundo contra mísseis e foguetes, mas tem dificuldade para detectar aeronaves não tripuladas de movimento mais lento, dizem especialistas

Por Patrick Kingsley e Gabby Sobelman
Atualização:

Minutos antes de um ataque mortal de drones do Hezbollah contra uma base do exército no norte de Israel neste fim de semana, policiais israelenses notificaram a Força Aérea quanto a relatos de uma aeronave suspeita, disse a polícia. Foi dito a eles que não se preocupassem, porque a aeronave era israelense, o que levou os policiais a encerrar o caso.

A avaliação da Força Aérea parecia estar errada: momentos depois, quatro soldados israelenses foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos no ataque do Hezbollah, o mais recente de uma série de vários ataques recentes de drones que destacaram pontos fracos na forma como Israel detecta aeronaves não tripuladas.

Em julho, a milícia Houthi no Iêmen atingiu um prédio de apartamentos em Tel Aviv, matando um civil. Na semana passada, o Hezbollah atingiu uma casa de repouso ao norte de Tel Aviv, causando danos, mas sem vítimas. No início do ano, o Hezbollah transmitiu imagens capturadas por um drone que sobrevoou instalações sensíveis em Haifa, aparentemente sem ser detectado.

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Instalações militares perto do local do ataque de drones nos arredores de Binyamina, Israel. Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

O mais recente ataque, em uma base de treinamento ao sul da cidade israelense de Haifa, destacou como o Hezbollah mantém a capacidade de atingir Israel, apesar dos devastadores ataques israelenses à sua liderança e infraestrutura. Também destacou as deficiências defensivas de Israel, levando o exército israelense a iniciar uma investigação e seu porta-voz chefe a reconhecer no domingo: “Temos que proporcionar uma defesa melhor”.

Uma das civis que avistou o drone, Viki Kadosh, disse que estava “muito frustrada, porque 10 minutos antes do ataque, ligamos para avisar a respeito disso”. Falando na segunda feira para a Galei Tzahal, uma estação de rádio administrada pelo exército israelense, Viki disse: “Nós o avistamos voando muito baixo, bem acima de nossa casa. Ouvimos o barulho que estava fazendo e imediatamente percebemos que havia algo estranho nele”. O exército israelense se recusou a comentar.

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A sequência de ataques de drones causou alarme em Israel, enquanto o país se prepara para uma potencial escalada com o Irã. Depois que o Irã disparou uma saraivada de mísseis balísticos contra Israel há quase duas semanas, espera-se uma retaliação de Israel, resposta que pode levar o Irã a disparar mais mísseis e drones.

Embora Israel tenha um sistema de nível mundial para detectar e interceptar mísseis, que podem viajar a mais de 1.600 quilômetros por hora, seus sistemas de radar têm encontrado mais desafios para detectar aeronaves não tripuladas, que às vezes se movem a menos de 160 quilômetros por hora.

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Os drones geralmente contêm menos metal e emitem menos calor do que foguetes e projéteis de alta velocidade, o que significa que nem sempre disparam alertas. E, mesmo quando são detectados, os drones inimigos às vezes são confundidos com aeronaves israelenses, incluindo pequenos aviões particulares, porque voam em altitudes e velocidades igualmente baixas.

“Todos os sistemas que temos no mundo ocidental — não só em Israel — são construídos para defender ou proteger o espaço aéreo contra aviões de caça e mísseis regulares”, disse Ofer Haruvi, ex-chefe do departamento de drones da Força Aérea Israelense. “É necessário redesenhar parte desses sistemas para que eles possam ver, detectar e rastrear alvos lentos desse tipo.”

O sistema antimísseis Redoma de Ferro de Israel destrói a grande maioria dos foguetes disparados a partir de Gaza e do Líbano, enquanto seus interceptadores Arrow 3 foram fundamentais para bloquear em grande parte duas enormes saraivadas de mísseis balísticos disparados pelo Irã em abril e, novamente, neste mês. Para melhorar essas defesas, os Estados Unidos disseram no domingo que enviariam a Israel outro sistema antimísseis, o Terminal High Altitude Area Defense System, ou THAAD.

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Soldados israelenses carregam o caixão coberto com bandeiras do sargento Amitai Alon, morto no ataque de drones do Hezbollah. Foto: AP Photo/Leo Correa

Mas, em particular, o sistema antidrones de Israel requer melhorias, disseram especialistas.

Ele depende muito do radar, que é projetado principalmente para detectar objetos metálicos relativamente grandes, como aviões, transmitindo um sinal e recebendo o eco refletido do sinal, de acordo com Onn Fenig, chefe da R2 Wireless, uma empresa que projeta sistemas de detecção de drones e trabalha com o exército israelense.

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Ele disse que há alternativas, incluindo receptores que detectam e classificam passivamente as ondas de rádio emitidas por um drone, sensores ópticos que varrem os céus em busca de sinais visuais de um drone e sensores acústicos que detectam o som do motor de um drone.

Todos esses sistemas têm vantagens e pontos cegos, e Israel precisa combiná-los para construir um sistema de detecção de drones mais robusto, disse Fenig.

“Não há solução mágica que, se implementada, resolveria todos os problemas israelenses”, disse ele. “Mas precisamos de uma mudança completa de mentalidade.”/TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Minutos antes de um ataque mortal de drones do Hezbollah contra uma base do exército no norte de Israel neste fim de semana, policiais israelenses notificaram a Força Aérea quanto a relatos de uma aeronave suspeita, disse a polícia. Foi dito a eles que não se preocupassem, porque a aeronave era israelense, o que levou os policiais a encerrar o caso.

A avaliação da Força Aérea parecia estar errada: momentos depois, quatro soldados israelenses foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos no ataque do Hezbollah, o mais recente de uma série de vários ataques recentes de drones que destacaram pontos fracos na forma como Israel detecta aeronaves não tripuladas.

Em julho, a milícia Houthi no Iêmen atingiu um prédio de apartamentos em Tel Aviv, matando um civil. Na semana passada, o Hezbollah atingiu uma casa de repouso ao norte de Tel Aviv, causando danos, mas sem vítimas. No início do ano, o Hezbollah transmitiu imagens capturadas por um drone que sobrevoou instalações sensíveis em Haifa, aparentemente sem ser detectado.

Instalações militares perto do local do ataque de drones nos arredores de Binyamina, Israel. Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

O mais recente ataque, em uma base de treinamento ao sul da cidade israelense de Haifa, destacou como o Hezbollah mantém a capacidade de atingir Israel, apesar dos devastadores ataques israelenses à sua liderança e infraestrutura. Também destacou as deficiências defensivas de Israel, levando o exército israelense a iniciar uma investigação e seu porta-voz chefe a reconhecer no domingo: “Temos que proporcionar uma defesa melhor”.

Uma das civis que avistou o drone, Viki Kadosh, disse que estava “muito frustrada, porque 10 minutos antes do ataque, ligamos para avisar a respeito disso”. Falando na segunda feira para a Galei Tzahal, uma estação de rádio administrada pelo exército israelense, Viki disse: “Nós o avistamos voando muito baixo, bem acima de nossa casa. Ouvimos o barulho que estava fazendo e imediatamente percebemos que havia algo estranho nele”. O exército israelense se recusou a comentar.

A sequência de ataques de drones causou alarme em Israel, enquanto o país se prepara para uma potencial escalada com o Irã. Depois que o Irã disparou uma saraivada de mísseis balísticos contra Israel há quase duas semanas, espera-se uma retaliação de Israel, resposta que pode levar o Irã a disparar mais mísseis e drones.

Embora Israel tenha um sistema de nível mundial para detectar e interceptar mísseis, que podem viajar a mais de 1.600 quilômetros por hora, seus sistemas de radar têm encontrado mais desafios para detectar aeronaves não tripuladas, que às vezes se movem a menos de 160 quilômetros por hora.

Os drones geralmente contêm menos metal e emitem menos calor do que foguetes e projéteis de alta velocidade, o que significa que nem sempre disparam alertas. E, mesmo quando são detectados, os drones inimigos às vezes são confundidos com aeronaves israelenses, incluindo pequenos aviões particulares, porque voam em altitudes e velocidades igualmente baixas.

“Todos os sistemas que temos no mundo ocidental — não só em Israel — são construídos para defender ou proteger o espaço aéreo contra aviões de caça e mísseis regulares”, disse Ofer Haruvi, ex-chefe do departamento de drones da Força Aérea Israelense. “É necessário redesenhar parte desses sistemas para que eles possam ver, detectar e rastrear alvos lentos desse tipo.”

O sistema antimísseis Redoma de Ferro de Israel destrói a grande maioria dos foguetes disparados a partir de Gaza e do Líbano, enquanto seus interceptadores Arrow 3 foram fundamentais para bloquear em grande parte duas enormes saraivadas de mísseis balísticos disparados pelo Irã em abril e, novamente, neste mês. Para melhorar essas defesas, os Estados Unidos disseram no domingo que enviariam a Israel outro sistema antimísseis, o Terminal High Altitude Area Defense System, ou THAAD.

Soldados israelenses carregam o caixão coberto com bandeiras do sargento Amitai Alon, morto no ataque de drones do Hezbollah. Foto: AP Photo/Leo Correa

Mas, em particular, o sistema antidrones de Israel requer melhorias, disseram especialistas.

Ele depende muito do radar, que é projetado principalmente para detectar objetos metálicos relativamente grandes, como aviões, transmitindo um sinal e recebendo o eco refletido do sinal, de acordo com Onn Fenig, chefe da R2 Wireless, uma empresa que projeta sistemas de detecção de drones e trabalha com o exército israelense.

Ele disse que há alternativas, incluindo receptores que detectam e classificam passivamente as ondas de rádio emitidas por um drone, sensores ópticos que varrem os céus em busca de sinais visuais de um drone e sensores acústicos que detectam o som do motor de um drone.

Todos esses sistemas têm vantagens e pontos cegos, e Israel precisa combiná-los para construir um sistema de detecção de drones mais robusto, disse Fenig.

“Não há solução mágica que, se implementada, resolveria todos os problemas israelenses”, disse ele. “Mas precisamos de uma mudança completa de mentalidade.”/TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Minutos antes de um ataque mortal de drones do Hezbollah contra uma base do exército no norte de Israel neste fim de semana, policiais israelenses notificaram a Força Aérea quanto a relatos de uma aeronave suspeita, disse a polícia. Foi dito a eles que não se preocupassem, porque a aeronave era israelense, o que levou os policiais a encerrar o caso.

A avaliação da Força Aérea parecia estar errada: momentos depois, quatro soldados israelenses foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos no ataque do Hezbollah, o mais recente de uma série de vários ataques recentes de drones que destacaram pontos fracos na forma como Israel detecta aeronaves não tripuladas.

Em julho, a milícia Houthi no Iêmen atingiu um prédio de apartamentos em Tel Aviv, matando um civil. Na semana passada, o Hezbollah atingiu uma casa de repouso ao norte de Tel Aviv, causando danos, mas sem vítimas. No início do ano, o Hezbollah transmitiu imagens capturadas por um drone que sobrevoou instalações sensíveis em Haifa, aparentemente sem ser detectado.

Instalações militares perto do local do ataque de drones nos arredores de Binyamina, Israel. Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

O mais recente ataque, em uma base de treinamento ao sul da cidade israelense de Haifa, destacou como o Hezbollah mantém a capacidade de atingir Israel, apesar dos devastadores ataques israelenses à sua liderança e infraestrutura. Também destacou as deficiências defensivas de Israel, levando o exército israelense a iniciar uma investigação e seu porta-voz chefe a reconhecer no domingo: “Temos que proporcionar uma defesa melhor”.

Uma das civis que avistou o drone, Viki Kadosh, disse que estava “muito frustrada, porque 10 minutos antes do ataque, ligamos para avisar a respeito disso”. Falando na segunda feira para a Galei Tzahal, uma estação de rádio administrada pelo exército israelense, Viki disse: “Nós o avistamos voando muito baixo, bem acima de nossa casa. Ouvimos o barulho que estava fazendo e imediatamente percebemos que havia algo estranho nele”. O exército israelense se recusou a comentar.

A sequência de ataques de drones causou alarme em Israel, enquanto o país se prepara para uma potencial escalada com o Irã. Depois que o Irã disparou uma saraivada de mísseis balísticos contra Israel há quase duas semanas, espera-se uma retaliação de Israel, resposta que pode levar o Irã a disparar mais mísseis e drones.

Embora Israel tenha um sistema de nível mundial para detectar e interceptar mísseis, que podem viajar a mais de 1.600 quilômetros por hora, seus sistemas de radar têm encontrado mais desafios para detectar aeronaves não tripuladas, que às vezes se movem a menos de 160 quilômetros por hora.

Os drones geralmente contêm menos metal e emitem menos calor do que foguetes e projéteis de alta velocidade, o que significa que nem sempre disparam alertas. E, mesmo quando são detectados, os drones inimigos às vezes são confundidos com aeronaves israelenses, incluindo pequenos aviões particulares, porque voam em altitudes e velocidades igualmente baixas.

“Todos os sistemas que temos no mundo ocidental — não só em Israel — são construídos para defender ou proteger o espaço aéreo contra aviões de caça e mísseis regulares”, disse Ofer Haruvi, ex-chefe do departamento de drones da Força Aérea Israelense. “É necessário redesenhar parte desses sistemas para que eles possam ver, detectar e rastrear alvos lentos desse tipo.”

O sistema antimísseis Redoma de Ferro de Israel destrói a grande maioria dos foguetes disparados a partir de Gaza e do Líbano, enquanto seus interceptadores Arrow 3 foram fundamentais para bloquear em grande parte duas enormes saraivadas de mísseis balísticos disparados pelo Irã em abril e, novamente, neste mês. Para melhorar essas defesas, os Estados Unidos disseram no domingo que enviariam a Israel outro sistema antimísseis, o Terminal High Altitude Area Defense System, ou THAAD.

Soldados israelenses carregam o caixão coberto com bandeiras do sargento Amitai Alon, morto no ataque de drones do Hezbollah. Foto: AP Photo/Leo Correa

Mas, em particular, o sistema antidrones de Israel requer melhorias, disseram especialistas.

Ele depende muito do radar, que é projetado principalmente para detectar objetos metálicos relativamente grandes, como aviões, transmitindo um sinal e recebendo o eco refletido do sinal, de acordo com Onn Fenig, chefe da R2 Wireless, uma empresa que projeta sistemas de detecção de drones e trabalha com o exército israelense.

Ele disse que há alternativas, incluindo receptores que detectam e classificam passivamente as ondas de rádio emitidas por um drone, sensores ópticos que varrem os céus em busca de sinais visuais de um drone e sensores acústicos que detectam o som do motor de um drone.

Todos esses sistemas têm vantagens e pontos cegos, e Israel precisa combiná-los para construir um sistema de detecção de drones mais robusto, disse Fenig.

“Não há solução mágica que, se implementada, resolveria todos os problemas israelenses”, disse ele. “Mas precisamos de uma mudança completa de mentalidade.”/TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Minutos antes de um ataque mortal de drones do Hezbollah contra uma base do exército no norte de Israel neste fim de semana, policiais israelenses notificaram a Força Aérea quanto a relatos de uma aeronave suspeita, disse a polícia. Foi dito a eles que não se preocupassem, porque a aeronave era israelense, o que levou os policiais a encerrar o caso.

A avaliação da Força Aérea parecia estar errada: momentos depois, quatro soldados israelenses foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos no ataque do Hezbollah, o mais recente de uma série de vários ataques recentes de drones que destacaram pontos fracos na forma como Israel detecta aeronaves não tripuladas.

Em julho, a milícia Houthi no Iêmen atingiu um prédio de apartamentos em Tel Aviv, matando um civil. Na semana passada, o Hezbollah atingiu uma casa de repouso ao norte de Tel Aviv, causando danos, mas sem vítimas. No início do ano, o Hezbollah transmitiu imagens capturadas por um drone que sobrevoou instalações sensíveis em Haifa, aparentemente sem ser detectado.

Instalações militares perto do local do ataque de drones nos arredores de Binyamina, Israel. Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

O mais recente ataque, em uma base de treinamento ao sul da cidade israelense de Haifa, destacou como o Hezbollah mantém a capacidade de atingir Israel, apesar dos devastadores ataques israelenses à sua liderança e infraestrutura. Também destacou as deficiências defensivas de Israel, levando o exército israelense a iniciar uma investigação e seu porta-voz chefe a reconhecer no domingo: “Temos que proporcionar uma defesa melhor”.

Uma das civis que avistou o drone, Viki Kadosh, disse que estava “muito frustrada, porque 10 minutos antes do ataque, ligamos para avisar a respeito disso”. Falando na segunda feira para a Galei Tzahal, uma estação de rádio administrada pelo exército israelense, Viki disse: “Nós o avistamos voando muito baixo, bem acima de nossa casa. Ouvimos o barulho que estava fazendo e imediatamente percebemos que havia algo estranho nele”. O exército israelense se recusou a comentar.

A sequência de ataques de drones causou alarme em Israel, enquanto o país se prepara para uma potencial escalada com o Irã. Depois que o Irã disparou uma saraivada de mísseis balísticos contra Israel há quase duas semanas, espera-se uma retaliação de Israel, resposta que pode levar o Irã a disparar mais mísseis e drones.

Embora Israel tenha um sistema de nível mundial para detectar e interceptar mísseis, que podem viajar a mais de 1.600 quilômetros por hora, seus sistemas de radar têm encontrado mais desafios para detectar aeronaves não tripuladas, que às vezes se movem a menos de 160 quilômetros por hora.

Os drones geralmente contêm menos metal e emitem menos calor do que foguetes e projéteis de alta velocidade, o que significa que nem sempre disparam alertas. E, mesmo quando são detectados, os drones inimigos às vezes são confundidos com aeronaves israelenses, incluindo pequenos aviões particulares, porque voam em altitudes e velocidades igualmente baixas.

“Todos os sistemas que temos no mundo ocidental — não só em Israel — são construídos para defender ou proteger o espaço aéreo contra aviões de caça e mísseis regulares”, disse Ofer Haruvi, ex-chefe do departamento de drones da Força Aérea Israelense. “É necessário redesenhar parte desses sistemas para que eles possam ver, detectar e rastrear alvos lentos desse tipo.”

O sistema antimísseis Redoma de Ferro de Israel destrói a grande maioria dos foguetes disparados a partir de Gaza e do Líbano, enquanto seus interceptadores Arrow 3 foram fundamentais para bloquear em grande parte duas enormes saraivadas de mísseis balísticos disparados pelo Irã em abril e, novamente, neste mês. Para melhorar essas defesas, os Estados Unidos disseram no domingo que enviariam a Israel outro sistema antimísseis, o Terminal High Altitude Area Defense System, ou THAAD.

Soldados israelenses carregam o caixão coberto com bandeiras do sargento Amitai Alon, morto no ataque de drones do Hezbollah. Foto: AP Photo/Leo Correa

Mas, em particular, o sistema antidrones de Israel requer melhorias, disseram especialistas.

Ele depende muito do radar, que é projetado principalmente para detectar objetos metálicos relativamente grandes, como aviões, transmitindo um sinal e recebendo o eco refletido do sinal, de acordo com Onn Fenig, chefe da R2 Wireless, uma empresa que projeta sistemas de detecção de drones e trabalha com o exército israelense.

Ele disse que há alternativas, incluindo receptores que detectam e classificam passivamente as ondas de rádio emitidas por um drone, sensores ópticos que varrem os céus em busca de sinais visuais de um drone e sensores acústicos que detectam o som do motor de um drone.

Todos esses sistemas têm vantagens e pontos cegos, e Israel precisa combiná-los para construir um sistema de detecção de drones mais robusto, disse Fenig.

“Não há solução mágica que, se implementada, resolveria todos os problemas israelenses”, disse ele. “Mas precisamos de uma mudança completa de mentalidade.”/TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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