Ataques na Ucrânia aumentam pressão sobre países aliados para o envio de armas mais sofisticadas


Governo ucraniano reforçou os pedidos de sistemas de defesa aérea após Rússia realizar uma série de ataques

Por Emily Rauhala, Rick Noack, Loveday Morris e Alex Horton
Atualização:

BRUXELAS — O governo da Ucrânia reforçou os pedidos a países aliados por sistemas de defesa aérea mais sofisticados e armas de longo alcance, depois de sofrer uma série de bombardeios russos em todo o país nesta segunda-feira, 10. Os ataques, que parecem sinalizar uma escalada significativa da guerra, aumentam a pressão sobre os Estados Unidos e os países europeus para acelerar o envio das armas mais avançadas. Na avaliação da Ucrânia, eles têm demorado a realizar as entregas.

O presidente americano, Joe Biden, e outros aliados europeus condenaram o ataque e reiteraram o apoio à Ucrânia na guerra, mas nenhum anúncio de envio de novos armamentos foi garantido até o momento. Os líderes do G-7 devem se reunir nesta terça-feira, 11, para discutir o assunto; o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discursaria na reunião.

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Os apelos da Ucrânia por ajuda militar adicional também serão discutidos esta semana em duas reuniões em Bruxelas, uma entre os ministros da Defesa da Otan e outra do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia – um grupo composto por 50 países, criado para prestar assistência à Ucrânia.

Homem carrega objetos retirados do seu apartamento, atingido por mísseis russos em Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta segunda-feira, 10 Foto: Nicole Tung / NYT

Horas depois do ataque e da declaração de Biden, que o classificou de “totalmente brutal”, o presidente Zelenski disse que teve uma “conversa produtiva” sobre defesa aérea com o americano.

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Os EUA anunciaram no início de julho que forneceriam à Ucrânia dois sistemas antiaéreos avançados, chamados Nasams. Entretanto, esses sistemas ainda não foram enviados porque fazem parte de um pacote de equipamentos que previa a contratação e a construção em fábrica, e não a retirada de estoques existentes. Segundo o Pentágono afirmou em setembro, a maior parte do trabalho foi feito. “Prevemos que eles cheguem à Ucrânia nas próximas semanas, uma vez que os sistemas estejam prontos e o treinamento esteja completo”, disse um oficial de defesa dos EUA nesta segunda-feira.

Outros seis sistemas adicionais prometidos pelos EUA, no entanto, devem levar anos para serem entregues, acrescentou o funcionário.

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Enquanto os equipamentos de última geração não são enviados, os Estados Unidos se concentram em facilitar a transferência de sistemas de defesa aérea construídos durante a era soviética, que os oficiais acreditam ser mais familiares às tropas ucranianas. Em abril, por exemplo, a Eslováquia enviou um sistema S-300 que opera com um sistema de mísseis Patriot, dos americanos. Segundo o Pentágono, a Eslováquia vai ser questionada sobre uma solução mais permanente.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu em um tuíte que o país vai continuar “a fornecer assistência econômica, humanitária e de segurança inabalável para que a Ucrânia possa se defender e cuidar de seu povo”. Blinken também afirmou ter conversado com o chanceler da Ucrânia, Dmitro Kuleba.

Cobrança das autoridades ucranianas

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Antes dos ataques desta segunda-feira, autoridades do alto escalão da Ucrânia falavam em voz alta sobre a necessidade de aumentar as defesas aéreas. O último pedido público havia sido feito neste domingo, 9, um dia antes dos ataques, e partiu do próprio Dmitro Kuleba. “Precisamos urgentemente de sistemas de defesas aéreas e mísseis mais modernos para salvar vidas inocentes. Peço aos parceiros que acelerem as entregas”, escreveu após ataques russos na região de Zaporizhzhia.

Os novos bombardeios e a ameaça de Putin de mantê-los acabaram por aumentar as justificativas ucranianas por mais ajuda militar. Segundo os militares ucranianos, as defesas aéreas do país derrubaram 43 dos 83 mísseis lançados contra a Ucrânia nesta segunda.

Zelenski conversou com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz horas depois dos bombardeios a fim de discutir o fortalecimento das defesas aéreas e outras ajudas militares. O Ministério da Defesa da Alemanha declarou nesta segunda que quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T chegarão à Ucrânia nos próximos dias; a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Barbock, acrescentou que o país faz “tudo o que pode” para colaborar com o fornecimento de equipamentos.

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Já Macron prometeu maior apoio à Ucrânia, incluindo mais equipamentos militares. Entretanto, há crescentes questões sobre até que ponto os franceses realmente cumprem as promessas. Segundo reportagem do jornal Le Monde, uma das razões que o país hesita em enviar os equipamentos é o estoque limitado das baterias necessárias para operar o sistema SAMP/T, usado pelos militares franceses.

Em uma mensagem de vídeo conjunta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disseram que é preciso “entregar defesas aéreas do lado aliado para que os ucranianos possam proteger suas cidades e civis porque a Rússia está definitivamente aumentando para prejudicar civis”.

BRUXELAS — O governo da Ucrânia reforçou os pedidos a países aliados por sistemas de defesa aérea mais sofisticados e armas de longo alcance, depois de sofrer uma série de bombardeios russos em todo o país nesta segunda-feira, 10. Os ataques, que parecem sinalizar uma escalada significativa da guerra, aumentam a pressão sobre os Estados Unidos e os países europeus para acelerar o envio das armas mais avançadas. Na avaliação da Ucrânia, eles têm demorado a realizar as entregas.

O presidente americano, Joe Biden, e outros aliados europeus condenaram o ataque e reiteraram o apoio à Ucrânia na guerra, mas nenhum anúncio de envio de novos armamentos foi garantido até o momento. Os líderes do G-7 devem se reunir nesta terça-feira, 11, para discutir o assunto; o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discursaria na reunião.

Os apelos da Ucrânia por ajuda militar adicional também serão discutidos esta semana em duas reuniões em Bruxelas, uma entre os ministros da Defesa da Otan e outra do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia – um grupo composto por 50 países, criado para prestar assistência à Ucrânia.

Homem carrega objetos retirados do seu apartamento, atingido por mísseis russos em Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta segunda-feira, 10 Foto: Nicole Tung / NYT

Horas depois do ataque e da declaração de Biden, que o classificou de “totalmente brutal”, o presidente Zelenski disse que teve uma “conversa produtiva” sobre defesa aérea com o americano.

Os EUA anunciaram no início de julho que forneceriam à Ucrânia dois sistemas antiaéreos avançados, chamados Nasams. Entretanto, esses sistemas ainda não foram enviados porque fazem parte de um pacote de equipamentos que previa a contratação e a construção em fábrica, e não a retirada de estoques existentes. Segundo o Pentágono afirmou em setembro, a maior parte do trabalho foi feito. “Prevemos que eles cheguem à Ucrânia nas próximas semanas, uma vez que os sistemas estejam prontos e o treinamento esteja completo”, disse um oficial de defesa dos EUA nesta segunda-feira.

Outros seis sistemas adicionais prometidos pelos EUA, no entanto, devem levar anos para serem entregues, acrescentou o funcionário.

Enquanto os equipamentos de última geração não são enviados, os Estados Unidos se concentram em facilitar a transferência de sistemas de defesa aérea construídos durante a era soviética, que os oficiais acreditam ser mais familiares às tropas ucranianas. Em abril, por exemplo, a Eslováquia enviou um sistema S-300 que opera com um sistema de mísseis Patriot, dos americanos. Segundo o Pentágono, a Eslováquia vai ser questionada sobre uma solução mais permanente.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu em um tuíte que o país vai continuar “a fornecer assistência econômica, humanitária e de segurança inabalável para que a Ucrânia possa se defender e cuidar de seu povo”. Blinken também afirmou ter conversado com o chanceler da Ucrânia, Dmitro Kuleba.

Cobrança das autoridades ucranianas

Antes dos ataques desta segunda-feira, autoridades do alto escalão da Ucrânia falavam em voz alta sobre a necessidade de aumentar as defesas aéreas. O último pedido público havia sido feito neste domingo, 9, um dia antes dos ataques, e partiu do próprio Dmitro Kuleba. “Precisamos urgentemente de sistemas de defesas aéreas e mísseis mais modernos para salvar vidas inocentes. Peço aos parceiros que acelerem as entregas”, escreveu após ataques russos na região de Zaporizhzhia.

Os novos bombardeios e a ameaça de Putin de mantê-los acabaram por aumentar as justificativas ucranianas por mais ajuda militar. Segundo os militares ucranianos, as defesas aéreas do país derrubaram 43 dos 83 mísseis lançados contra a Ucrânia nesta segunda.

Zelenski conversou com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz horas depois dos bombardeios a fim de discutir o fortalecimento das defesas aéreas e outras ajudas militares. O Ministério da Defesa da Alemanha declarou nesta segunda que quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T chegarão à Ucrânia nos próximos dias; a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Barbock, acrescentou que o país faz “tudo o que pode” para colaborar com o fornecimento de equipamentos.

Já Macron prometeu maior apoio à Ucrânia, incluindo mais equipamentos militares. Entretanto, há crescentes questões sobre até que ponto os franceses realmente cumprem as promessas. Segundo reportagem do jornal Le Monde, uma das razões que o país hesita em enviar os equipamentos é o estoque limitado das baterias necessárias para operar o sistema SAMP/T, usado pelos militares franceses.

Em uma mensagem de vídeo conjunta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disseram que é preciso “entregar defesas aéreas do lado aliado para que os ucranianos possam proteger suas cidades e civis porque a Rússia está definitivamente aumentando para prejudicar civis”.

BRUXELAS — O governo da Ucrânia reforçou os pedidos a países aliados por sistemas de defesa aérea mais sofisticados e armas de longo alcance, depois de sofrer uma série de bombardeios russos em todo o país nesta segunda-feira, 10. Os ataques, que parecem sinalizar uma escalada significativa da guerra, aumentam a pressão sobre os Estados Unidos e os países europeus para acelerar o envio das armas mais avançadas. Na avaliação da Ucrânia, eles têm demorado a realizar as entregas.

O presidente americano, Joe Biden, e outros aliados europeus condenaram o ataque e reiteraram o apoio à Ucrânia na guerra, mas nenhum anúncio de envio de novos armamentos foi garantido até o momento. Os líderes do G-7 devem se reunir nesta terça-feira, 11, para discutir o assunto; o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discursaria na reunião.

Os apelos da Ucrânia por ajuda militar adicional também serão discutidos esta semana em duas reuniões em Bruxelas, uma entre os ministros da Defesa da Otan e outra do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia – um grupo composto por 50 países, criado para prestar assistência à Ucrânia.

Homem carrega objetos retirados do seu apartamento, atingido por mísseis russos em Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta segunda-feira, 10 Foto: Nicole Tung / NYT

Horas depois do ataque e da declaração de Biden, que o classificou de “totalmente brutal”, o presidente Zelenski disse que teve uma “conversa produtiva” sobre defesa aérea com o americano.

Os EUA anunciaram no início de julho que forneceriam à Ucrânia dois sistemas antiaéreos avançados, chamados Nasams. Entretanto, esses sistemas ainda não foram enviados porque fazem parte de um pacote de equipamentos que previa a contratação e a construção em fábrica, e não a retirada de estoques existentes. Segundo o Pentágono afirmou em setembro, a maior parte do trabalho foi feito. “Prevemos que eles cheguem à Ucrânia nas próximas semanas, uma vez que os sistemas estejam prontos e o treinamento esteja completo”, disse um oficial de defesa dos EUA nesta segunda-feira.

Outros seis sistemas adicionais prometidos pelos EUA, no entanto, devem levar anos para serem entregues, acrescentou o funcionário.

Enquanto os equipamentos de última geração não são enviados, os Estados Unidos se concentram em facilitar a transferência de sistemas de defesa aérea construídos durante a era soviética, que os oficiais acreditam ser mais familiares às tropas ucranianas. Em abril, por exemplo, a Eslováquia enviou um sistema S-300 que opera com um sistema de mísseis Patriot, dos americanos. Segundo o Pentágono, a Eslováquia vai ser questionada sobre uma solução mais permanente.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu em um tuíte que o país vai continuar “a fornecer assistência econômica, humanitária e de segurança inabalável para que a Ucrânia possa se defender e cuidar de seu povo”. Blinken também afirmou ter conversado com o chanceler da Ucrânia, Dmitro Kuleba.

Cobrança das autoridades ucranianas

Antes dos ataques desta segunda-feira, autoridades do alto escalão da Ucrânia falavam em voz alta sobre a necessidade de aumentar as defesas aéreas. O último pedido público havia sido feito neste domingo, 9, um dia antes dos ataques, e partiu do próprio Dmitro Kuleba. “Precisamos urgentemente de sistemas de defesas aéreas e mísseis mais modernos para salvar vidas inocentes. Peço aos parceiros que acelerem as entregas”, escreveu após ataques russos na região de Zaporizhzhia.

Os novos bombardeios e a ameaça de Putin de mantê-los acabaram por aumentar as justificativas ucranianas por mais ajuda militar. Segundo os militares ucranianos, as defesas aéreas do país derrubaram 43 dos 83 mísseis lançados contra a Ucrânia nesta segunda.

Zelenski conversou com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz horas depois dos bombardeios a fim de discutir o fortalecimento das defesas aéreas e outras ajudas militares. O Ministério da Defesa da Alemanha declarou nesta segunda que quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T chegarão à Ucrânia nos próximos dias; a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Barbock, acrescentou que o país faz “tudo o que pode” para colaborar com o fornecimento de equipamentos.

Já Macron prometeu maior apoio à Ucrânia, incluindo mais equipamentos militares. Entretanto, há crescentes questões sobre até que ponto os franceses realmente cumprem as promessas. Segundo reportagem do jornal Le Monde, uma das razões que o país hesita em enviar os equipamentos é o estoque limitado das baterias necessárias para operar o sistema SAMP/T, usado pelos militares franceses.

Em uma mensagem de vídeo conjunta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disseram que é preciso “entregar defesas aéreas do lado aliado para que os ucranianos possam proteger suas cidades e civis porque a Rússia está definitivamente aumentando para prejudicar civis”.

BRUXELAS — O governo da Ucrânia reforçou os pedidos a países aliados por sistemas de defesa aérea mais sofisticados e armas de longo alcance, depois de sofrer uma série de bombardeios russos em todo o país nesta segunda-feira, 10. Os ataques, que parecem sinalizar uma escalada significativa da guerra, aumentam a pressão sobre os Estados Unidos e os países europeus para acelerar o envio das armas mais avançadas. Na avaliação da Ucrânia, eles têm demorado a realizar as entregas.

O presidente americano, Joe Biden, e outros aliados europeus condenaram o ataque e reiteraram o apoio à Ucrânia na guerra, mas nenhum anúncio de envio de novos armamentos foi garantido até o momento. Os líderes do G-7 devem se reunir nesta terça-feira, 11, para discutir o assunto; o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discursaria na reunião.

Os apelos da Ucrânia por ajuda militar adicional também serão discutidos esta semana em duas reuniões em Bruxelas, uma entre os ministros da Defesa da Otan e outra do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia – um grupo composto por 50 países, criado para prestar assistência à Ucrânia.

Homem carrega objetos retirados do seu apartamento, atingido por mísseis russos em Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta segunda-feira, 10 Foto: Nicole Tung / NYT

Horas depois do ataque e da declaração de Biden, que o classificou de “totalmente brutal”, o presidente Zelenski disse que teve uma “conversa produtiva” sobre defesa aérea com o americano.

Os EUA anunciaram no início de julho que forneceriam à Ucrânia dois sistemas antiaéreos avançados, chamados Nasams. Entretanto, esses sistemas ainda não foram enviados porque fazem parte de um pacote de equipamentos que previa a contratação e a construção em fábrica, e não a retirada de estoques existentes. Segundo o Pentágono afirmou em setembro, a maior parte do trabalho foi feito. “Prevemos que eles cheguem à Ucrânia nas próximas semanas, uma vez que os sistemas estejam prontos e o treinamento esteja completo”, disse um oficial de defesa dos EUA nesta segunda-feira.

Outros seis sistemas adicionais prometidos pelos EUA, no entanto, devem levar anos para serem entregues, acrescentou o funcionário.

Enquanto os equipamentos de última geração não são enviados, os Estados Unidos se concentram em facilitar a transferência de sistemas de defesa aérea construídos durante a era soviética, que os oficiais acreditam ser mais familiares às tropas ucranianas. Em abril, por exemplo, a Eslováquia enviou um sistema S-300 que opera com um sistema de mísseis Patriot, dos americanos. Segundo o Pentágono, a Eslováquia vai ser questionada sobre uma solução mais permanente.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu em um tuíte que o país vai continuar “a fornecer assistência econômica, humanitária e de segurança inabalável para que a Ucrânia possa se defender e cuidar de seu povo”. Blinken também afirmou ter conversado com o chanceler da Ucrânia, Dmitro Kuleba.

Cobrança das autoridades ucranianas

Antes dos ataques desta segunda-feira, autoridades do alto escalão da Ucrânia falavam em voz alta sobre a necessidade de aumentar as defesas aéreas. O último pedido público havia sido feito neste domingo, 9, um dia antes dos ataques, e partiu do próprio Dmitro Kuleba. “Precisamos urgentemente de sistemas de defesas aéreas e mísseis mais modernos para salvar vidas inocentes. Peço aos parceiros que acelerem as entregas”, escreveu após ataques russos na região de Zaporizhzhia.

Os novos bombardeios e a ameaça de Putin de mantê-los acabaram por aumentar as justificativas ucranianas por mais ajuda militar. Segundo os militares ucranianos, as defesas aéreas do país derrubaram 43 dos 83 mísseis lançados contra a Ucrânia nesta segunda.

Zelenski conversou com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz horas depois dos bombardeios a fim de discutir o fortalecimento das defesas aéreas e outras ajudas militares. O Ministério da Defesa da Alemanha declarou nesta segunda que quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T chegarão à Ucrânia nos próximos dias; a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Barbock, acrescentou que o país faz “tudo o que pode” para colaborar com o fornecimento de equipamentos.

Já Macron prometeu maior apoio à Ucrânia, incluindo mais equipamentos militares. Entretanto, há crescentes questões sobre até que ponto os franceses realmente cumprem as promessas. Segundo reportagem do jornal Le Monde, uma das razões que o país hesita em enviar os equipamentos é o estoque limitado das baterias necessárias para operar o sistema SAMP/T, usado pelos militares franceses.

Em uma mensagem de vídeo conjunta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disseram que é preciso “entregar defesas aéreas do lado aliado para que os ucranianos possam proteger suas cidades e civis porque a Rússia está definitivamente aumentando para prejudicar civis”.

BRUXELAS — O governo da Ucrânia reforçou os pedidos a países aliados por sistemas de defesa aérea mais sofisticados e armas de longo alcance, depois de sofrer uma série de bombardeios russos em todo o país nesta segunda-feira, 10. Os ataques, que parecem sinalizar uma escalada significativa da guerra, aumentam a pressão sobre os Estados Unidos e os países europeus para acelerar o envio das armas mais avançadas. Na avaliação da Ucrânia, eles têm demorado a realizar as entregas.

O presidente americano, Joe Biden, e outros aliados europeus condenaram o ataque e reiteraram o apoio à Ucrânia na guerra, mas nenhum anúncio de envio de novos armamentos foi garantido até o momento. Os líderes do G-7 devem se reunir nesta terça-feira, 11, para discutir o assunto; o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discursaria na reunião.

Os apelos da Ucrânia por ajuda militar adicional também serão discutidos esta semana em duas reuniões em Bruxelas, uma entre os ministros da Defesa da Otan e outra do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia – um grupo composto por 50 países, criado para prestar assistência à Ucrânia.

Homem carrega objetos retirados do seu apartamento, atingido por mísseis russos em Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta segunda-feira, 10 Foto: Nicole Tung / NYT

Horas depois do ataque e da declaração de Biden, que o classificou de “totalmente brutal”, o presidente Zelenski disse que teve uma “conversa produtiva” sobre defesa aérea com o americano.

Os EUA anunciaram no início de julho que forneceriam à Ucrânia dois sistemas antiaéreos avançados, chamados Nasams. Entretanto, esses sistemas ainda não foram enviados porque fazem parte de um pacote de equipamentos que previa a contratação e a construção em fábrica, e não a retirada de estoques existentes. Segundo o Pentágono afirmou em setembro, a maior parte do trabalho foi feito. “Prevemos que eles cheguem à Ucrânia nas próximas semanas, uma vez que os sistemas estejam prontos e o treinamento esteja completo”, disse um oficial de defesa dos EUA nesta segunda-feira.

Outros seis sistemas adicionais prometidos pelos EUA, no entanto, devem levar anos para serem entregues, acrescentou o funcionário.

Enquanto os equipamentos de última geração não são enviados, os Estados Unidos se concentram em facilitar a transferência de sistemas de defesa aérea construídos durante a era soviética, que os oficiais acreditam ser mais familiares às tropas ucranianas. Em abril, por exemplo, a Eslováquia enviou um sistema S-300 que opera com um sistema de mísseis Patriot, dos americanos. Segundo o Pentágono, a Eslováquia vai ser questionada sobre uma solução mais permanente.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu em um tuíte que o país vai continuar “a fornecer assistência econômica, humanitária e de segurança inabalável para que a Ucrânia possa se defender e cuidar de seu povo”. Blinken também afirmou ter conversado com o chanceler da Ucrânia, Dmitro Kuleba.

Cobrança das autoridades ucranianas

Antes dos ataques desta segunda-feira, autoridades do alto escalão da Ucrânia falavam em voz alta sobre a necessidade de aumentar as defesas aéreas. O último pedido público havia sido feito neste domingo, 9, um dia antes dos ataques, e partiu do próprio Dmitro Kuleba. “Precisamos urgentemente de sistemas de defesas aéreas e mísseis mais modernos para salvar vidas inocentes. Peço aos parceiros que acelerem as entregas”, escreveu após ataques russos na região de Zaporizhzhia.

Os novos bombardeios e a ameaça de Putin de mantê-los acabaram por aumentar as justificativas ucranianas por mais ajuda militar. Segundo os militares ucranianos, as defesas aéreas do país derrubaram 43 dos 83 mísseis lançados contra a Ucrânia nesta segunda.

Zelenski conversou com o presidente francês Emmanuel Macron e com o chanceler alemão Olaf Scholz horas depois dos bombardeios a fim de discutir o fortalecimento das defesas aéreas e outras ajudas militares. O Ministério da Defesa da Alemanha declarou nesta segunda que quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T chegarão à Ucrânia nos próximos dias; a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Barbock, acrescentou que o país faz “tudo o que pode” para colaborar com o fornecimento de equipamentos.

Já Macron prometeu maior apoio à Ucrânia, incluindo mais equipamentos militares. Entretanto, há crescentes questões sobre até que ponto os franceses realmente cumprem as promessas. Segundo reportagem do jornal Le Monde, uma das razões que o país hesita em enviar os equipamentos é o estoque limitado das baterias necessárias para operar o sistema SAMP/T, usado pelos militares franceses.

Em uma mensagem de vídeo conjunta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disseram que é preciso “entregar defesas aéreas do lado aliado para que os ucranianos possam proteger suas cidades e civis porque a Rússia está definitivamente aumentando para prejudicar civis”.

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