BETHEL PARK (EUA) - Os alunos da turma de formandos de 2022 da Bethel Park High School, no oeste da Pensilvânia, deram gritos e aplausos barulhentos para a maioria de seus colegas de classe quando eles subiram de boné e beca ao pódio para receber seus diplomas. O nome de Thomas Matthew Crooks atraiu apenas fracos aplausos.
O homem que as autoridades dizem ter tentado assassinar o ex-presidente dos EUA Donald Trump era um estudante quieto que frequentava aulas avançadas e um solitário às vezes intimidado que não falava abertamente sobre suas opiniões políticas, disseram colegas de classe no domingo.
Colegas de escola disseram que Crooks, às vezes vestido com camuflagem ou trajes de caça, tinham poucos amigos e interagia de maneira estranha na escola. “Se alguém dissesse algo na cara dele, ele simplesmente ficaria olhando para eles”, disse Julianna Grooms, que se formou um ano depois de Crooks.
Outros moradores de seu bairro suburbano, com casas de tijolos, disseram não ter nenhuma lembrança dele. Estudantes de escolas secundárias da região, reunidos em festas de verão neste fim de semana, estavam verificando suas redes sociais em busca de qualquer vestígio dele e encontraram pouco.
As autoridades policiais tiveram dificuldades para identificá-lo rapidamente após o tiroteio de sábado, não encontrando nenhum documento de identidade com foto em seu corpo. Eles disseram que o fuzil AR-15 que ele usava pertencia a seu pai e estavam tentando determinar se ele pegou a arma sem seu conhecimento.
O pai presumiu que seu filho havia ido ao campo de tiro no sábado, mas ficou preocupado quando não conseguiu entrar em contato e chamou a polícia após a notícia do tiroteio, disseram pessoas familiarizadas com a investigação.
Crooks disparou várias vezes de um telhado a cerca de 120 metros de onde Trump discursava, matando um espectador, ferindo gravemente outros dois e deixando o ex-presidente ensanguentado e desafiador.
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Os investigadores encontraram dispositivos explosivos rudimentares no carro de Crooks, estacionado perto do comício em Butler, Pensilvânia, e encontraram materiais para fazer bombas na casa de sua família, disseram funcionários do FBI.
Crooks agiu sozinho e os investigadores ainda tentam determinar seu motivo e ideologia, disse Kevin Rojek, agente especial do FBI encarregado do escritório em Pittsburgh. Parte do desafio, disseram as autoridades, foi não terem encontrado nenhum dos tipos de escritos ou manifestos que muitas vezes surgem após tais ataques. Os agentes do FBI estão trabalhando urgentemente para obter acesso ao celular de Crooks, enviado ao laboratório da agência em Quantico, Virgínia./Dow Jones Newswires.