Autoridades ocidentais pedem que Ucrânia tenha gratidão por envio de armas: ‘não somos a Amazon’


Comentários foram feitos após o presidente Volodmir Zelenski criticar a falta de um plano da Otan para a adesão da Ucrânia

Por Redação
Atualização:

VILNA, LITUÂNIA - Autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido pediram nesta quarta-feira, 12, que a Ucrânia demonstre mais “gratidão” ao Ocidente pelo envio de armas para a guerra. O Ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, chegou a dizer que os aliados dos ucranianos não eram a Amazon das armas. Comentários ocorrem após o presidente ucraniano ter feito críticas à Otan.

Durante uma entrevista à emissora britânica Sky News, Wallace disse que os americanos já haviam advertido Volodmir Zelenski de que “não eram a Amazon”, e ele próprio teria repetido a fala quando viajou a Kiev e foi recebido com “uma lista com pedidos”, afirmou. “Disse aos ucranianos no ano passado, quando conduzi 11 horas até Kiev para que me dessem uma lista (com pedidos), que não sou a Amazon”, comentou.

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Wallace recomendou a Zelenski que se mostrasse agradecido por convencer os políticos, principalmente dos Estados Unidos, que hesitam em aumentar o envio de equipamentos. Alguns aliados que fornecem ajuda defensiva a Kiev “querem ver gratidão”, destacou o ministro durante a cúpula da Otan em Vilna, capital da Lituânia.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace Foto: Caroline Chia/Reuters

“Aqui vai um pequeno aviso: goste ou não, as pessoas querem ver gratidão. Meu conselho aos ucranianos: você tem que persuadir os países a abrir mão de seus próprios arsenais. E sim, a guerra é uma causa nobre e sim, nós a vemos como uma guerra não apenas por vocês, mas também por nossas liberdades”, declarou Wallace. “Mas às vezes você tem que persuadir os legisladores no Capitólio, nos Estados Unidos”.

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De acordo com a emissora, Wallace negou que a falta de um plano para a Ucrânia ingressar na Otan prejudicaria a moral no campo de batalha, ressaltando que Kiev está pedindo mais antes mesmo de receber o último lote de doações.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, respondeu com o mesmo argumento quando foi questionado por uma ativista ucraniana se Joe Biden estava retendo a adesão à Otan porque estava “com medo de que a Rússia perdesse, com medo da vitória da Ucrânia”. Ele respondeu que “o povo americano merece um certo grau de gratidão”.

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Os comentários ocorreram após Zelenski criticar a falta de um plano claro de adesão da Ucrânia na aliança militar. Ele disse no dia anterior que era “sem precedentes e absurdo” a aliança evitar estabelecer um cronograma para entrada de seu país. Mas nesta quarta Zelenski suavizou o tom e chegou a agradecer o envio de ajuda.

Ainda assim, o presidente ucraniano recebeu nesta quarta, ao fim da cúpula da Otan, novas promessas de armas e munições para combater a invasão russa, juntamente com compromissos de segurança de longo prazo do Ocidente.

“A delegação ucraniana está trazendo para casa uma vitória de segurança significativa para a Ucrânia, para nosso país, para nosso povo, para nossos filhos”, disse ele, ladeado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes do G-7.

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Uma declaração conjunta emitida pelo Grupo dos Sete estabelece as bases para cada nação negociar acordos para ajudar a Ucrânia a reforçar suas forças armadas a longo prazo. Zelenski descreveu a iniciativa como uma ponte para uma eventual adesão à Otan e um impedimento contra a Rússia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante evento junto com líderes do G-7, ao lado do presidente ucraniano, Volodmir Zelesnki Foto: Paul Ellis/AP

Biden disse: “Nosso apoio durará muito no futuro. Vamos ajudar a Ucrânia a construir uma defesa forte e capaz”. Os presidentes ucraniano e americano também se reuniram em particular com seus conselheiros, e Biden prometeu mais tarde que “os Estados Unidos estão fazendo tudo o que podem para conseguir o que você precisa”. Ele reconheceu que Zelenski às vezes fica frustrado com o ritmo da assistência militar.

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Zelenski agradeceu a Biden, dizendo que “você gasta esse dinheiro por nossas vidas” e disse que o envio das controversas munições de fragmentação ajudariam a luta da Ucrânia contra a Rússia.

No último dia da cúpula, a aliança lançou um novo plano para aprofundar os laços com a Ucrânia: o Conselho Otan-Ucrânia. Destina-se a servir como um órgão permanente onde os 31 membros da aliança e a Ucrânia podem realizar consultas e convocar reuniões em situações de emergência.

O cenário faz parte do esforço da Otan para aproximar a Ucrânia o mais possível da aliança militar sem realmente se juntar a ela. Na terça-feira, os líderes disseram em seu comunicado resumindo as conclusões da cúpula que a Ucrânia pode se juntar “quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas”./AP e EFE

VILNA, LITUÂNIA - Autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido pediram nesta quarta-feira, 12, que a Ucrânia demonstre mais “gratidão” ao Ocidente pelo envio de armas para a guerra. O Ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, chegou a dizer que os aliados dos ucranianos não eram a Amazon das armas. Comentários ocorrem após o presidente ucraniano ter feito críticas à Otan.

Durante uma entrevista à emissora britânica Sky News, Wallace disse que os americanos já haviam advertido Volodmir Zelenski de que “não eram a Amazon”, e ele próprio teria repetido a fala quando viajou a Kiev e foi recebido com “uma lista com pedidos”, afirmou. “Disse aos ucranianos no ano passado, quando conduzi 11 horas até Kiev para que me dessem uma lista (com pedidos), que não sou a Amazon”, comentou.

Wallace recomendou a Zelenski que se mostrasse agradecido por convencer os políticos, principalmente dos Estados Unidos, que hesitam em aumentar o envio de equipamentos. Alguns aliados que fornecem ajuda defensiva a Kiev “querem ver gratidão”, destacou o ministro durante a cúpula da Otan em Vilna, capital da Lituânia.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace Foto: Caroline Chia/Reuters

“Aqui vai um pequeno aviso: goste ou não, as pessoas querem ver gratidão. Meu conselho aos ucranianos: você tem que persuadir os países a abrir mão de seus próprios arsenais. E sim, a guerra é uma causa nobre e sim, nós a vemos como uma guerra não apenas por vocês, mas também por nossas liberdades”, declarou Wallace. “Mas às vezes você tem que persuadir os legisladores no Capitólio, nos Estados Unidos”.

De acordo com a emissora, Wallace negou que a falta de um plano para a Ucrânia ingressar na Otan prejudicaria a moral no campo de batalha, ressaltando que Kiev está pedindo mais antes mesmo de receber o último lote de doações.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, respondeu com o mesmo argumento quando foi questionado por uma ativista ucraniana se Joe Biden estava retendo a adesão à Otan porque estava “com medo de que a Rússia perdesse, com medo da vitória da Ucrânia”. Ele respondeu que “o povo americano merece um certo grau de gratidão”.

Os comentários ocorreram após Zelenski criticar a falta de um plano claro de adesão da Ucrânia na aliança militar. Ele disse no dia anterior que era “sem precedentes e absurdo” a aliança evitar estabelecer um cronograma para entrada de seu país. Mas nesta quarta Zelenski suavizou o tom e chegou a agradecer o envio de ajuda.

Ainda assim, o presidente ucraniano recebeu nesta quarta, ao fim da cúpula da Otan, novas promessas de armas e munições para combater a invasão russa, juntamente com compromissos de segurança de longo prazo do Ocidente.

“A delegação ucraniana está trazendo para casa uma vitória de segurança significativa para a Ucrânia, para nosso país, para nosso povo, para nossos filhos”, disse ele, ladeado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes do G-7.

Uma declaração conjunta emitida pelo Grupo dos Sete estabelece as bases para cada nação negociar acordos para ajudar a Ucrânia a reforçar suas forças armadas a longo prazo. Zelenski descreveu a iniciativa como uma ponte para uma eventual adesão à Otan e um impedimento contra a Rússia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante evento junto com líderes do G-7, ao lado do presidente ucraniano, Volodmir Zelesnki Foto: Paul Ellis/AP

Biden disse: “Nosso apoio durará muito no futuro. Vamos ajudar a Ucrânia a construir uma defesa forte e capaz”. Os presidentes ucraniano e americano também se reuniram em particular com seus conselheiros, e Biden prometeu mais tarde que “os Estados Unidos estão fazendo tudo o que podem para conseguir o que você precisa”. Ele reconheceu que Zelenski às vezes fica frustrado com o ritmo da assistência militar.

Zelenski agradeceu a Biden, dizendo que “você gasta esse dinheiro por nossas vidas” e disse que o envio das controversas munições de fragmentação ajudariam a luta da Ucrânia contra a Rússia.

No último dia da cúpula, a aliança lançou um novo plano para aprofundar os laços com a Ucrânia: o Conselho Otan-Ucrânia. Destina-se a servir como um órgão permanente onde os 31 membros da aliança e a Ucrânia podem realizar consultas e convocar reuniões em situações de emergência.

O cenário faz parte do esforço da Otan para aproximar a Ucrânia o mais possível da aliança militar sem realmente se juntar a ela. Na terça-feira, os líderes disseram em seu comunicado resumindo as conclusões da cúpula que a Ucrânia pode se juntar “quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas”./AP e EFE

VILNA, LITUÂNIA - Autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido pediram nesta quarta-feira, 12, que a Ucrânia demonstre mais “gratidão” ao Ocidente pelo envio de armas para a guerra. O Ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, chegou a dizer que os aliados dos ucranianos não eram a Amazon das armas. Comentários ocorrem após o presidente ucraniano ter feito críticas à Otan.

Durante uma entrevista à emissora britânica Sky News, Wallace disse que os americanos já haviam advertido Volodmir Zelenski de que “não eram a Amazon”, e ele próprio teria repetido a fala quando viajou a Kiev e foi recebido com “uma lista com pedidos”, afirmou. “Disse aos ucranianos no ano passado, quando conduzi 11 horas até Kiev para que me dessem uma lista (com pedidos), que não sou a Amazon”, comentou.

Wallace recomendou a Zelenski que se mostrasse agradecido por convencer os políticos, principalmente dos Estados Unidos, que hesitam em aumentar o envio de equipamentos. Alguns aliados que fornecem ajuda defensiva a Kiev “querem ver gratidão”, destacou o ministro durante a cúpula da Otan em Vilna, capital da Lituânia.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace Foto: Caroline Chia/Reuters

“Aqui vai um pequeno aviso: goste ou não, as pessoas querem ver gratidão. Meu conselho aos ucranianos: você tem que persuadir os países a abrir mão de seus próprios arsenais. E sim, a guerra é uma causa nobre e sim, nós a vemos como uma guerra não apenas por vocês, mas também por nossas liberdades”, declarou Wallace. “Mas às vezes você tem que persuadir os legisladores no Capitólio, nos Estados Unidos”.

De acordo com a emissora, Wallace negou que a falta de um plano para a Ucrânia ingressar na Otan prejudicaria a moral no campo de batalha, ressaltando que Kiev está pedindo mais antes mesmo de receber o último lote de doações.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, respondeu com o mesmo argumento quando foi questionado por uma ativista ucraniana se Joe Biden estava retendo a adesão à Otan porque estava “com medo de que a Rússia perdesse, com medo da vitória da Ucrânia”. Ele respondeu que “o povo americano merece um certo grau de gratidão”.

Os comentários ocorreram após Zelenski criticar a falta de um plano claro de adesão da Ucrânia na aliança militar. Ele disse no dia anterior que era “sem precedentes e absurdo” a aliança evitar estabelecer um cronograma para entrada de seu país. Mas nesta quarta Zelenski suavizou o tom e chegou a agradecer o envio de ajuda.

Ainda assim, o presidente ucraniano recebeu nesta quarta, ao fim da cúpula da Otan, novas promessas de armas e munições para combater a invasão russa, juntamente com compromissos de segurança de longo prazo do Ocidente.

“A delegação ucraniana está trazendo para casa uma vitória de segurança significativa para a Ucrânia, para nosso país, para nosso povo, para nossos filhos”, disse ele, ladeado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes do G-7.

Uma declaração conjunta emitida pelo Grupo dos Sete estabelece as bases para cada nação negociar acordos para ajudar a Ucrânia a reforçar suas forças armadas a longo prazo. Zelenski descreveu a iniciativa como uma ponte para uma eventual adesão à Otan e um impedimento contra a Rússia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante evento junto com líderes do G-7, ao lado do presidente ucraniano, Volodmir Zelesnki Foto: Paul Ellis/AP

Biden disse: “Nosso apoio durará muito no futuro. Vamos ajudar a Ucrânia a construir uma defesa forte e capaz”. Os presidentes ucraniano e americano também se reuniram em particular com seus conselheiros, e Biden prometeu mais tarde que “os Estados Unidos estão fazendo tudo o que podem para conseguir o que você precisa”. Ele reconheceu que Zelenski às vezes fica frustrado com o ritmo da assistência militar.

Zelenski agradeceu a Biden, dizendo que “você gasta esse dinheiro por nossas vidas” e disse que o envio das controversas munições de fragmentação ajudariam a luta da Ucrânia contra a Rússia.

No último dia da cúpula, a aliança lançou um novo plano para aprofundar os laços com a Ucrânia: o Conselho Otan-Ucrânia. Destina-se a servir como um órgão permanente onde os 31 membros da aliança e a Ucrânia podem realizar consultas e convocar reuniões em situações de emergência.

O cenário faz parte do esforço da Otan para aproximar a Ucrânia o mais possível da aliança militar sem realmente se juntar a ela. Na terça-feira, os líderes disseram em seu comunicado resumindo as conclusões da cúpula que a Ucrânia pode se juntar “quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas”./AP e EFE

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