Localizada a 370 quilômetros da ilha de North Uist, na Escócia — a área habitada mais próxima —, a ilhota de Rockall, no oceano Atlântico, será o território de uma expedição que pretende quebrar um recorde mundial. Cam Cameron, veterano do exército escocês, pretende ficar 60 dias na ilha que tem apenas 30 metros de largura e 21 metros de comprimento.
A tentativa de quebrar o recorde de maior tempo de permanência na Rockall é uma ação para angariar fundos para instituições de caridade que auxiliam soldados, veteranos de guerra e suas famílias. O objetivo é juntar £ 50 mil (cerca de R$ 313 mil), que serão destinados para as instituições Royal Navy & Royal Marines Charity e ABF The Soldiers’ Charity.
A ilhota é, na verdade, uma rocha que está cerca de 18 metros acima do nível do mar. A equipe que está organizando a expedição diz que, das 110 pessoas que pousaram com sucesso em Rockall em mais de 200 anos, apenas cinco sobreviveram mais de uma noite lá. Ondas do mar, vento forte e temperaturas baixas são alguns dos fatores que dificultam a estadia.
Além de Cameron, que é o líder da expedição, a equipe ainda conta com Estilos Nobres, operador de rádio, e Emil Bergmann, operador de rádio e montanhista. Os três chegaram à ilha na terça-feira, 30, dando início à contagem regressiva de 60 dias. “A última atualização é que a equipe está segura e bem na rocha - foi um pouco difícil chegar nela, mas tudo seguro e protegido”, publicou a equipe do projeto no Twitter.
A expedição partiu em um iate, o Taeping, de Inverkip, no domingo, 28, às 4h, e chegou a Rockall por volta das 7h30 da terça-feira. Segundo a BBC, o montanhista e o especialista em rádio deixarão a ilhota após 10 dias e Cameron ficará sozinho, assim como Robinson Crusoé, protagonista de uma ficção de mesmo nome publicada em 1719, que acaba naufragando em uma ilha deserta e sobrevivendo sozinho por muito anos lá.
O atual recorde mundial de permanência na Rockall é de 45 dias, quando o aventureiro Nick Hancock esteve na ilha em 2014. A ideia era de ficar lá durante 60 dias, mas ele perdeu suprimentos essenciais com o passar do tempo. Hancock superou o recorde de três ativistas do Greenpeace que moraram lá por 42 dias em 1997.