ROMA - O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, deixou o controle do império empresarial para os dois filhos mais velhos. O bilionário do setor das comunicações morreu no mês passado, aos 86 anos, e deixou uma fortuna avaliada em R$33 bilhões de reais, dividida principalmente entre os cinco filhos.
Os detalhes da partilha que vieram a público nesta quinta-feira mostram que ele deixou o equivalente a R$528 milhões para a companheira Marta Fascina, de 33 anos, que é deputada pelo partido de Berlusconi, o ‘Forza Italia’. A união não foi oficializada no papel, mas Berlusconi a chamava de “minha esposa”.
Ainda não se sabe como ficará a divisão das propriedades imobiliárias e iates do bilionário, que foi uma figura marcante e controversa da política italiana. Já a empresa familiar será dividida entre os cinco filhos dele.
Marina e Pier Silvio Berlusconi, do primeiro casamento do magnata com Carla Dall’Oglio, herdam juntos 53% da Fininvest. Essa fatia da empresa será dividida igualmente entre os dois, que já atuam em cargos executivos na companhia.
Os outros três filhos, Luigi, Eleonora e Bárbara, nascidos do segundo casamento com a ex-atriz Veronica Lario, recebem os 47% restantes.
A Fininvest controla uma série de empresas da família. A lista inclui o grupo de televisão MediaForEurope, dirigido por Pier Silvio Berlusconi, a editora Mondadori, presidida por Marina Berlusconi, e o banco Mediolanum. A divisão da empresa foi decidida por Berlusconi ainda em 2006, pouco antes de ele ser hospitalizado em Milão.
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O testamento de Berlusconi, o homem que dominou a vida política italiana por décadas, foi acompanhado por uma frase escrita a mão para os filhos: “Obrigado. Tenho muito amor por todos vocês, seu pai”.
Berlusconi, também deixa o equivalente a R$528 milhões para o irmão Paolo e R$158 milhões para o controverso amigo e sócio Marcello Dell’Utri. Ele que ajudou a fundar o ‘Forza Italia’, chegou a ser preso por atuar como intermediário entre Berlusconi e a máfia Cosa Nostra na década de 1970./AFP