Bernardo Arévalo assume presidência da Guatemala após transferência de poder cercada de tensões


Social-democrata assumiu como chefe de Estado depois de um significativo atraso do Congresso empossado, algo que nunca havia ocorrido no país e levantou suspeita de golpe

Por Redação
Atualização:

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, finalmente tomou posse na madrugada desta segunda-feira, 15, após um dia marcado por protestos populares devido ao atraso na transferência de poder. A realização da cerimônia de posse encerrou vários meses de tensões e incertezas, devido a ações do Ministério Público para retirar sua imunidade, o que muitos viram como uma tentativa de impedir sua posse.

Ao som do grito “sim, conseguimos” da plateia, Arévalo – que venceu as eleições em agosto passado com mais de 60% de apoio popular – tomou posse após um significativo atraso devido à demora do Congresso empossado junto às novas autoridades, algo que nunca havia ocorrido no país. A posse estava marcada para a tarde de domingo, 14, mas foi atrasada em mais de 10 horas. Alguns interpretaram o atraso como uma tentativa de golpe, e apoiadores de Arévalo manifestaram em frente ao Congresso.

Vários chefes de Estado, incluindo o rei de Espanha, Felipe VI, e o presidente do Chile, Gabriel Boric, deixaram o país sem testemunhar a cerimônia. Entretanto, lideranças como Gustavo Petro da Colômbia, Xiomara Castro de Honduras ou Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores acompanharam a cerimônia. O vice-presidente Geraldo Alckmin também participou do evento.

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Da varanda do Palácio Nacional, no centro da capital, Arévalo pediu aos guatemaltecos que o acompanhassem nos seus esforços para resgatar as instituições do país da “corrupção” e alcançar o desenvolvimento social neste empobrecido país centro-americano.

Presidente Bernardo Arévalo e vice Karin Herrera cumprimentam os apoiadores da sacada do Palácio Nacional de Cultura, na cidade da Guatemala, após sua posse. Foto: MARTIN BERNETTI/AFP

“Começam hoje quatro anos de um mandato que ficará seguramente marcado por uma série de obstáculos, muitos dos quais não podemos prever neste momento”, admitiu. “Sabemos que a mudança pode ser difícil”, acrescentou.

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Símbolo anticorrupção

Arévalo venceu as eleições presidenciais de 2023 com o partido progressista Movimento Semente (Semilla, em espanhol), originado das manifestações anticorrupção de 2015 na Guatemala. O presidente em fim de mandato, Alejandro Giammattei, não compareceu pessoalmente à cerimônia de transferência de poder. Ele enviou os símbolos institucionais através de sua secretária, enquanto seu vice-presidente, Guillermo Castillo, esteve presente na cerimônia e entregou o cargo à bióloga química Karin Herrera.

Na cerimônia de posse, o novo presidente reiterou o seu compromisso de “transformar” não só as instituições do Estado, mas também a “realidade cotidiana” dos guatemaltecos. “Chega de corrupção, chega de exclusão”, disse o presidente, com a faixa presidencial no peito e diante de uma multidão de seguidores que festejavam e dançavam.

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Arévalo afirmou que uma das primeiras tarefas como presidente será pedir a demissão da procuradora-geral Consuelo Porras. Em junho, o Ministério Público da Guatemala lançou uma ofensiva com a qual procurou retirar a imunidade do social-democrata, desmantelar o seu partido e anular as eleições, argumentando “anomalias eleitorais’.

Consuelo foi nomeada pelo ex-presidente Jimmy Morales e confirmado no cargo, até 2026, pelo governante cessante Alejandro Giammatti, ambos ligados a setores corruptos. O presidente não tem o poder de demiti-la.

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, finalmente tomou posse na madrugada desta segunda-feira, 15, após um dia marcado por protestos populares devido ao atraso na transferência de poder. A realização da cerimônia de posse encerrou vários meses de tensões e incertezas, devido a ações do Ministério Público para retirar sua imunidade, o que muitos viram como uma tentativa de impedir sua posse.

Ao som do grito “sim, conseguimos” da plateia, Arévalo – que venceu as eleições em agosto passado com mais de 60% de apoio popular – tomou posse após um significativo atraso devido à demora do Congresso empossado junto às novas autoridades, algo que nunca havia ocorrido no país. A posse estava marcada para a tarde de domingo, 14, mas foi atrasada em mais de 10 horas. Alguns interpretaram o atraso como uma tentativa de golpe, e apoiadores de Arévalo manifestaram em frente ao Congresso.

Vários chefes de Estado, incluindo o rei de Espanha, Felipe VI, e o presidente do Chile, Gabriel Boric, deixaram o país sem testemunhar a cerimônia. Entretanto, lideranças como Gustavo Petro da Colômbia, Xiomara Castro de Honduras ou Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores acompanharam a cerimônia. O vice-presidente Geraldo Alckmin também participou do evento.

Da varanda do Palácio Nacional, no centro da capital, Arévalo pediu aos guatemaltecos que o acompanhassem nos seus esforços para resgatar as instituições do país da “corrupção” e alcançar o desenvolvimento social neste empobrecido país centro-americano.

Presidente Bernardo Arévalo e vice Karin Herrera cumprimentam os apoiadores da sacada do Palácio Nacional de Cultura, na cidade da Guatemala, após sua posse. Foto: MARTIN BERNETTI/AFP

“Começam hoje quatro anos de um mandato que ficará seguramente marcado por uma série de obstáculos, muitos dos quais não podemos prever neste momento”, admitiu. “Sabemos que a mudança pode ser difícil”, acrescentou.

Símbolo anticorrupção

Arévalo venceu as eleições presidenciais de 2023 com o partido progressista Movimento Semente (Semilla, em espanhol), originado das manifestações anticorrupção de 2015 na Guatemala. O presidente em fim de mandato, Alejandro Giammattei, não compareceu pessoalmente à cerimônia de transferência de poder. Ele enviou os símbolos institucionais através de sua secretária, enquanto seu vice-presidente, Guillermo Castillo, esteve presente na cerimônia e entregou o cargo à bióloga química Karin Herrera.

Na cerimônia de posse, o novo presidente reiterou o seu compromisso de “transformar” não só as instituições do Estado, mas também a “realidade cotidiana” dos guatemaltecos. “Chega de corrupção, chega de exclusão”, disse o presidente, com a faixa presidencial no peito e diante de uma multidão de seguidores que festejavam e dançavam.

Arévalo afirmou que uma das primeiras tarefas como presidente será pedir a demissão da procuradora-geral Consuelo Porras. Em junho, o Ministério Público da Guatemala lançou uma ofensiva com a qual procurou retirar a imunidade do social-democrata, desmantelar o seu partido e anular as eleições, argumentando “anomalias eleitorais’.

Consuelo foi nomeada pelo ex-presidente Jimmy Morales e confirmado no cargo, até 2026, pelo governante cessante Alejandro Giammatti, ambos ligados a setores corruptos. O presidente não tem o poder de demiti-la.

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, finalmente tomou posse na madrugada desta segunda-feira, 15, após um dia marcado por protestos populares devido ao atraso na transferência de poder. A realização da cerimônia de posse encerrou vários meses de tensões e incertezas, devido a ações do Ministério Público para retirar sua imunidade, o que muitos viram como uma tentativa de impedir sua posse.

Ao som do grito “sim, conseguimos” da plateia, Arévalo – que venceu as eleições em agosto passado com mais de 60% de apoio popular – tomou posse após um significativo atraso devido à demora do Congresso empossado junto às novas autoridades, algo que nunca havia ocorrido no país. A posse estava marcada para a tarde de domingo, 14, mas foi atrasada em mais de 10 horas. Alguns interpretaram o atraso como uma tentativa de golpe, e apoiadores de Arévalo manifestaram em frente ao Congresso.

Vários chefes de Estado, incluindo o rei de Espanha, Felipe VI, e o presidente do Chile, Gabriel Boric, deixaram o país sem testemunhar a cerimônia. Entretanto, lideranças como Gustavo Petro da Colômbia, Xiomara Castro de Honduras ou Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores acompanharam a cerimônia. O vice-presidente Geraldo Alckmin também participou do evento.

Da varanda do Palácio Nacional, no centro da capital, Arévalo pediu aos guatemaltecos que o acompanhassem nos seus esforços para resgatar as instituições do país da “corrupção” e alcançar o desenvolvimento social neste empobrecido país centro-americano.

Presidente Bernardo Arévalo e vice Karin Herrera cumprimentam os apoiadores da sacada do Palácio Nacional de Cultura, na cidade da Guatemala, após sua posse. Foto: MARTIN BERNETTI/AFP

“Começam hoje quatro anos de um mandato que ficará seguramente marcado por uma série de obstáculos, muitos dos quais não podemos prever neste momento”, admitiu. “Sabemos que a mudança pode ser difícil”, acrescentou.

Símbolo anticorrupção

Arévalo venceu as eleições presidenciais de 2023 com o partido progressista Movimento Semente (Semilla, em espanhol), originado das manifestações anticorrupção de 2015 na Guatemala. O presidente em fim de mandato, Alejandro Giammattei, não compareceu pessoalmente à cerimônia de transferência de poder. Ele enviou os símbolos institucionais através de sua secretária, enquanto seu vice-presidente, Guillermo Castillo, esteve presente na cerimônia e entregou o cargo à bióloga química Karin Herrera.

Na cerimônia de posse, o novo presidente reiterou o seu compromisso de “transformar” não só as instituições do Estado, mas também a “realidade cotidiana” dos guatemaltecos. “Chega de corrupção, chega de exclusão”, disse o presidente, com a faixa presidencial no peito e diante de uma multidão de seguidores que festejavam e dançavam.

Arévalo afirmou que uma das primeiras tarefas como presidente será pedir a demissão da procuradora-geral Consuelo Porras. Em junho, o Ministério Público da Guatemala lançou uma ofensiva com a qual procurou retirar a imunidade do social-democrata, desmantelar o seu partido e anular as eleições, argumentando “anomalias eleitorais’.

Consuelo foi nomeada pelo ex-presidente Jimmy Morales e confirmado no cargo, até 2026, pelo governante cessante Alejandro Giammatti, ambos ligados a setores corruptos. O presidente não tem o poder de demiti-la.

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