Biden diz que Israel está fazendo o que ele pediu com relação à ajuda humanitária a Gaza


Em ligação tensa, presidente americano fez alerta ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu após morte de funcionários de ONG em ataque

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira, 5, que Israel está fazendo o que ele pediu para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, um dia depois falar por telefone com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

Ao ser questionado se havia ameaçado suspender a ajuda militar a Israel na chamada com Netanyahu, Biden respondeu ao sair da Casa Branca: “Pedi a eles para fazerem o que estão fazendo.”

Em uma tensa ligação na quinta-feira, o presidente alertou o premiê de que a política americana com relação a Israel dependia da segurança dos civis e dos trabalhadores humanitários em Gaza, depois que sete funcionários da ONG World Central Kitchen do chef José Andrés morreram em ataque israelense.

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Horas depois da conversa, Israel anunciou que permitiria entregas “temporárias” de ajuda no norte de Gaza, ameaçado pela fome, através do porto israelense de Ashdod e do cruzamento fronteiriço de Erez. Tel-Avivtambém afirmou que demitiria dois militares após descobrir que uma série de “erros graves” levaram aos ataques com drones que mataram os funcionários da ONG World Central Kitchen.

Presidente Joe Biden fala com a imprensa na frente da Casa Branca e responde a perguntas sobre Israel. Foto: Alex Brandon/ Associeted Press

A Casa Branca disse, porém, que Israel deve fazer mais para cumprir as promessas feitas a Biden. “É importante que esses compromissos sejam plenamente cumpridos e rapidamente implementados”, declarou a jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

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Ele acrescentou que os Estados Unidos não farão sua própria investigação sobre a morte dos trabalhadores humanitários, entre os quais está um cidadão americano-canadense, Jacob Flickinger.

A advertência de Biden foi o indício mais claro até agora de que os EUA poderiam mudar sua política para Israel e impor condições para o fornecimento de armas na guerra contra o Hamas. Prestes a completar seis meses, o conflito foi desencadeado pelo ataque terrorista de 7 de outubro, quando 1,2 mil pessoas foram mortas e cerca de 250 levadas como reféns.

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Washington é o principal apoiador de Tel-Aviv, mas tem expressado crescente preocupação como o número de mortos palestinos e o drama humanitário na Faixa de Gaza. Os sinais de desgaste na relação se acumularam nas últimas semanas.

Em Gaza, a guerra já deixou mais de 33 mil mortos, de acordo com o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

O conflito impôs um dilema para o presidente Joe Biden, que é candidato à reeleição contra Donald Trump nos Estados Unidos, e enfrenta a oposição pelo apoio a Israel dentro do Partido Democrata, especialmente entre os eleitores jovens e muçulmanos./AFP

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira, 5, que Israel está fazendo o que ele pediu para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, um dia depois falar por telefone com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

Ao ser questionado se havia ameaçado suspender a ajuda militar a Israel na chamada com Netanyahu, Biden respondeu ao sair da Casa Branca: “Pedi a eles para fazerem o que estão fazendo.”

Em uma tensa ligação na quinta-feira, o presidente alertou o premiê de que a política americana com relação a Israel dependia da segurança dos civis e dos trabalhadores humanitários em Gaza, depois que sete funcionários da ONG World Central Kitchen do chef José Andrés morreram em ataque israelense.

Horas depois da conversa, Israel anunciou que permitiria entregas “temporárias” de ajuda no norte de Gaza, ameaçado pela fome, através do porto israelense de Ashdod e do cruzamento fronteiriço de Erez. Tel-Avivtambém afirmou que demitiria dois militares após descobrir que uma série de “erros graves” levaram aos ataques com drones que mataram os funcionários da ONG World Central Kitchen.

Presidente Joe Biden fala com a imprensa na frente da Casa Branca e responde a perguntas sobre Israel. Foto: Alex Brandon/ Associeted Press

A Casa Branca disse, porém, que Israel deve fazer mais para cumprir as promessas feitas a Biden. “É importante que esses compromissos sejam plenamente cumpridos e rapidamente implementados”, declarou a jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

Ele acrescentou que os Estados Unidos não farão sua própria investigação sobre a morte dos trabalhadores humanitários, entre os quais está um cidadão americano-canadense, Jacob Flickinger.

A advertência de Biden foi o indício mais claro até agora de que os EUA poderiam mudar sua política para Israel e impor condições para o fornecimento de armas na guerra contra o Hamas. Prestes a completar seis meses, o conflito foi desencadeado pelo ataque terrorista de 7 de outubro, quando 1,2 mil pessoas foram mortas e cerca de 250 levadas como reféns.

Washington é o principal apoiador de Tel-Aviv, mas tem expressado crescente preocupação como o número de mortos palestinos e o drama humanitário na Faixa de Gaza. Os sinais de desgaste na relação se acumularam nas últimas semanas.

Em Gaza, a guerra já deixou mais de 33 mil mortos, de acordo com o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

O conflito impôs um dilema para o presidente Joe Biden, que é candidato à reeleição contra Donald Trump nos Estados Unidos, e enfrenta a oposição pelo apoio a Israel dentro do Partido Democrata, especialmente entre os eleitores jovens e muçulmanos./AFP

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira, 5, que Israel está fazendo o que ele pediu para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza, um dia depois falar por telefone com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

Ao ser questionado se havia ameaçado suspender a ajuda militar a Israel na chamada com Netanyahu, Biden respondeu ao sair da Casa Branca: “Pedi a eles para fazerem o que estão fazendo.”

Em uma tensa ligação na quinta-feira, o presidente alertou o premiê de que a política americana com relação a Israel dependia da segurança dos civis e dos trabalhadores humanitários em Gaza, depois que sete funcionários da ONG World Central Kitchen do chef José Andrés morreram em ataque israelense.

Horas depois da conversa, Israel anunciou que permitiria entregas “temporárias” de ajuda no norte de Gaza, ameaçado pela fome, através do porto israelense de Ashdod e do cruzamento fronteiriço de Erez. Tel-Avivtambém afirmou que demitiria dois militares após descobrir que uma série de “erros graves” levaram aos ataques com drones que mataram os funcionários da ONG World Central Kitchen.

Presidente Joe Biden fala com a imprensa na frente da Casa Branca e responde a perguntas sobre Israel. Foto: Alex Brandon/ Associeted Press

A Casa Branca disse, porém, que Israel deve fazer mais para cumprir as promessas feitas a Biden. “É importante que esses compromissos sejam plenamente cumpridos e rapidamente implementados”, declarou a jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

Ele acrescentou que os Estados Unidos não farão sua própria investigação sobre a morte dos trabalhadores humanitários, entre os quais está um cidadão americano-canadense, Jacob Flickinger.

A advertência de Biden foi o indício mais claro até agora de que os EUA poderiam mudar sua política para Israel e impor condições para o fornecimento de armas na guerra contra o Hamas. Prestes a completar seis meses, o conflito foi desencadeado pelo ataque terrorista de 7 de outubro, quando 1,2 mil pessoas foram mortas e cerca de 250 levadas como reféns.

Washington é o principal apoiador de Tel-Aviv, mas tem expressado crescente preocupação como o número de mortos palestinos e o drama humanitário na Faixa de Gaza. Os sinais de desgaste na relação se acumularam nas últimas semanas.

Em Gaza, a guerra já deixou mais de 33 mil mortos, de acordo com o ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas.

O conflito impôs um dilema para o presidente Joe Biden, que é candidato à reeleição contra Donald Trump nos Estados Unidos, e enfrenta a oposição pelo apoio a Israel dentro do Partido Democrata, especialmente entre os eleitores jovens e muçulmanos./AFP

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