Biden e Trump vão gastar US$ 14 bilhões em campanha eleitoral nos Estados Unidos


Segundo grupo de estudos, ciclo eleitoral em 2020 será o mais caro da história dos EUA

Por Redação
Atualização:

A eleição americana de 2020 será a mais cara da história. De acordo com novas estimativas divulgadas ontem pelo grupo de estudos Center for Responsive Politics (CRP), o processo eleitoral deste ano nos EUA custará US$ 14 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões), o dobro do ciclo anterior, em 2016.Os números são alavancados por uma avalanche de doações na reta final da campanha, em razão da batalha pela nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, no lugar da progressistas Ruth Bader Ginsburg. O novo fluxo de receita empurrou o gasto total para além das estimativas iniciais, que já eram projetadas para bater o recorde anterior.

Donald Trump e Joe Biden, candidatos para as eleições americanas Foto: Jim Watson, Saul Loeb/AFP
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Os fundos de campanha neste ciclo eleitoral vêm de uma grande variedade de doadores, desde aqueles pequenos que doam apenas alguns dólares online para seu candidato favorito até alguns bilionários que fazem doações de oito dígitos para comitês de ação política, que podem levantar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro nas eleições. “Os doadores já haviam injetado uma quantia recorde na eleição de meio de mandato, em 2018. Agora, 2020 parece ser uma continuação dessa tendência, só que mas ampliada”, disse Sheila Krumholz, diretora do CRP. “Dez anos atrás, um candidato presidencial que chegasse a US$ 1 bilhão seria difícil de imaginar. Nesta eleição, provavelmente, teremos dois.” A campanha presidencial de 2020 sozinha teve um nível recorde de arrecadação de fundos. O democrata Joe Biden está a caminho de se tornar o primeiro candidato presidencial da história a arrecadar US$ 1 bilhão, sem contar o dinheiro do partido e de grupos políticos aliados, de acordo com o CRP. Grande parte desse dinheiro veio nos últimos três meses, quando Biden consolidou sua liderança nas pesquisas nacionais e a campanha de Trump começou a ficar para trás na arrecadação de fundos. No mesmo período, o comitê de arrecadação da campanha do republicano recebeu US$ 596 milhões em doações, o que já seria muito, não fosse os números obtidos por Biden. Ambas as campanhas registraram um aumento de pequenos doadores. Trump foi impulsionado por uma base fiel de eleitores online, que doaram repetidamente. Do lado democrata, a capacidade de um candidato angariar fundos de campanha e ganhar fôlego para competir contra a máquina do presidente foi um assunto discutido durante as primárias. Ao todo, os pequenos doadores representaram 22% do dinheiro total recebido pelos dois candidatos no ciclo eleitoral de 2020, de acordo com a análise do CRP – um aumento de 15% com relação às eleições de 2016. Comparações. Os gastos feitos por comitês de ação política, partidos e ONGs de ativismo político, que não são obrigados a divulgar seus doadores, representaram US$ 2,6 bilhões dos custos da eleição de 2020, quase o dobro do valor que havia sido gasto até este momento no ciclo eleitoral de 2016, de acordo com CRP. Na corrida presidencial de 1980, o republicano Ronald Reagan e o democrata Jimmy Carter gastaram juntos US$ 92,3 milhões. Anos mais tarde, em 2012, Barack Obama e Mitt Romney torraram quase US$ 3 bilhões na campanha. Entre os responsáveis pela explosão dos gastos estão o aumento dos custos com propagandas e anúncios, especialmente em rádio, sites e TV, e a sofisticação das ferramentas de comunicação, que incluem uma série de novas mídias: websites, podcasts, blogs e redes sociais. Apesar de a montagem de um site ter custo inicial baixo, a integração de suas ferramentas na organização de campanha consome recursos com a contratação de webmasters, hospedagem, especialistas em som e vídeo, analistas, consultores de imagem, estatísticos e redatores. O comitê de campanha é outro escoadouro de dinheiro. São computadores, celulares, linhas de telefone fixo, copiadoras, televisores, um serviço especializado de mailing, call centers, além dos custos com pesquisas de opinião. No Brasil, de acordo com a prestação de contas dos candidatos, em novembro de 2018, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, gastaram juntos R$ 42 milhões na campanha. Em 2014, a campanha presidencial foi mais cara. Segundo dados informados ao TSE, a disputa custou R$ 630 milhões aos 11 candidatos que participaram. / WP e NYT

A eleição americana de 2020 será a mais cara da história. De acordo com novas estimativas divulgadas ontem pelo grupo de estudos Center for Responsive Politics (CRP), o processo eleitoral deste ano nos EUA custará US$ 14 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões), o dobro do ciclo anterior, em 2016.Os números são alavancados por uma avalanche de doações na reta final da campanha, em razão da batalha pela nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, no lugar da progressistas Ruth Bader Ginsburg. O novo fluxo de receita empurrou o gasto total para além das estimativas iniciais, que já eram projetadas para bater o recorde anterior.

Donald Trump e Joe Biden, candidatos para as eleições americanas Foto: Jim Watson, Saul Loeb/AFP

Os fundos de campanha neste ciclo eleitoral vêm de uma grande variedade de doadores, desde aqueles pequenos que doam apenas alguns dólares online para seu candidato favorito até alguns bilionários que fazem doações de oito dígitos para comitês de ação política, que podem levantar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro nas eleições. “Os doadores já haviam injetado uma quantia recorde na eleição de meio de mandato, em 2018. Agora, 2020 parece ser uma continuação dessa tendência, só que mas ampliada”, disse Sheila Krumholz, diretora do CRP. “Dez anos atrás, um candidato presidencial que chegasse a US$ 1 bilhão seria difícil de imaginar. Nesta eleição, provavelmente, teremos dois.” A campanha presidencial de 2020 sozinha teve um nível recorde de arrecadação de fundos. O democrata Joe Biden está a caminho de se tornar o primeiro candidato presidencial da história a arrecadar US$ 1 bilhão, sem contar o dinheiro do partido e de grupos políticos aliados, de acordo com o CRP. Grande parte desse dinheiro veio nos últimos três meses, quando Biden consolidou sua liderança nas pesquisas nacionais e a campanha de Trump começou a ficar para trás na arrecadação de fundos. No mesmo período, o comitê de arrecadação da campanha do republicano recebeu US$ 596 milhões em doações, o que já seria muito, não fosse os números obtidos por Biden. Ambas as campanhas registraram um aumento de pequenos doadores. Trump foi impulsionado por uma base fiel de eleitores online, que doaram repetidamente. Do lado democrata, a capacidade de um candidato angariar fundos de campanha e ganhar fôlego para competir contra a máquina do presidente foi um assunto discutido durante as primárias. Ao todo, os pequenos doadores representaram 22% do dinheiro total recebido pelos dois candidatos no ciclo eleitoral de 2020, de acordo com a análise do CRP – um aumento de 15% com relação às eleições de 2016. Comparações. Os gastos feitos por comitês de ação política, partidos e ONGs de ativismo político, que não são obrigados a divulgar seus doadores, representaram US$ 2,6 bilhões dos custos da eleição de 2020, quase o dobro do valor que havia sido gasto até este momento no ciclo eleitoral de 2016, de acordo com CRP. Na corrida presidencial de 1980, o republicano Ronald Reagan e o democrata Jimmy Carter gastaram juntos US$ 92,3 milhões. Anos mais tarde, em 2012, Barack Obama e Mitt Romney torraram quase US$ 3 bilhões na campanha. Entre os responsáveis pela explosão dos gastos estão o aumento dos custos com propagandas e anúncios, especialmente em rádio, sites e TV, e a sofisticação das ferramentas de comunicação, que incluem uma série de novas mídias: websites, podcasts, blogs e redes sociais. Apesar de a montagem de um site ter custo inicial baixo, a integração de suas ferramentas na organização de campanha consome recursos com a contratação de webmasters, hospedagem, especialistas em som e vídeo, analistas, consultores de imagem, estatísticos e redatores. O comitê de campanha é outro escoadouro de dinheiro. São computadores, celulares, linhas de telefone fixo, copiadoras, televisores, um serviço especializado de mailing, call centers, além dos custos com pesquisas de opinião. No Brasil, de acordo com a prestação de contas dos candidatos, em novembro de 2018, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, gastaram juntos R$ 42 milhões na campanha. Em 2014, a campanha presidencial foi mais cara. Segundo dados informados ao TSE, a disputa custou R$ 630 milhões aos 11 candidatos que participaram. / WP e NYT

A eleição americana de 2020 será a mais cara da história. De acordo com novas estimativas divulgadas ontem pelo grupo de estudos Center for Responsive Politics (CRP), o processo eleitoral deste ano nos EUA custará US$ 14 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões), o dobro do ciclo anterior, em 2016.Os números são alavancados por uma avalanche de doações na reta final da campanha, em razão da batalha pela nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, no lugar da progressistas Ruth Bader Ginsburg. O novo fluxo de receita empurrou o gasto total para além das estimativas iniciais, que já eram projetadas para bater o recorde anterior.

Donald Trump e Joe Biden, candidatos para as eleições americanas Foto: Jim Watson, Saul Loeb/AFP

Os fundos de campanha neste ciclo eleitoral vêm de uma grande variedade de doadores, desde aqueles pequenos que doam apenas alguns dólares online para seu candidato favorito até alguns bilionários que fazem doações de oito dígitos para comitês de ação política, que podem levantar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro nas eleições. “Os doadores já haviam injetado uma quantia recorde na eleição de meio de mandato, em 2018. Agora, 2020 parece ser uma continuação dessa tendência, só que mas ampliada”, disse Sheila Krumholz, diretora do CRP. “Dez anos atrás, um candidato presidencial que chegasse a US$ 1 bilhão seria difícil de imaginar. Nesta eleição, provavelmente, teremos dois.” A campanha presidencial de 2020 sozinha teve um nível recorde de arrecadação de fundos. O democrata Joe Biden está a caminho de se tornar o primeiro candidato presidencial da história a arrecadar US$ 1 bilhão, sem contar o dinheiro do partido e de grupos políticos aliados, de acordo com o CRP. Grande parte desse dinheiro veio nos últimos três meses, quando Biden consolidou sua liderança nas pesquisas nacionais e a campanha de Trump começou a ficar para trás na arrecadação de fundos. No mesmo período, o comitê de arrecadação da campanha do republicano recebeu US$ 596 milhões em doações, o que já seria muito, não fosse os números obtidos por Biden. Ambas as campanhas registraram um aumento de pequenos doadores. Trump foi impulsionado por uma base fiel de eleitores online, que doaram repetidamente. Do lado democrata, a capacidade de um candidato angariar fundos de campanha e ganhar fôlego para competir contra a máquina do presidente foi um assunto discutido durante as primárias. Ao todo, os pequenos doadores representaram 22% do dinheiro total recebido pelos dois candidatos no ciclo eleitoral de 2020, de acordo com a análise do CRP – um aumento de 15% com relação às eleições de 2016. Comparações. Os gastos feitos por comitês de ação política, partidos e ONGs de ativismo político, que não são obrigados a divulgar seus doadores, representaram US$ 2,6 bilhões dos custos da eleição de 2020, quase o dobro do valor que havia sido gasto até este momento no ciclo eleitoral de 2016, de acordo com CRP. Na corrida presidencial de 1980, o republicano Ronald Reagan e o democrata Jimmy Carter gastaram juntos US$ 92,3 milhões. Anos mais tarde, em 2012, Barack Obama e Mitt Romney torraram quase US$ 3 bilhões na campanha. Entre os responsáveis pela explosão dos gastos estão o aumento dos custos com propagandas e anúncios, especialmente em rádio, sites e TV, e a sofisticação das ferramentas de comunicação, que incluem uma série de novas mídias: websites, podcasts, blogs e redes sociais. Apesar de a montagem de um site ter custo inicial baixo, a integração de suas ferramentas na organização de campanha consome recursos com a contratação de webmasters, hospedagem, especialistas em som e vídeo, analistas, consultores de imagem, estatísticos e redatores. O comitê de campanha é outro escoadouro de dinheiro. São computadores, celulares, linhas de telefone fixo, copiadoras, televisores, um serviço especializado de mailing, call centers, além dos custos com pesquisas de opinião. No Brasil, de acordo com a prestação de contas dos candidatos, em novembro de 2018, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, gastaram juntos R$ 42 milhões na campanha. Em 2014, a campanha presidencial foi mais cara. Segundo dados informados ao TSE, a disputa custou R$ 630 milhões aos 11 candidatos que participaram. / WP e NYT

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