WASHINGTON - O presidente americano Joe Biden indicou a diplomata Elizabeth Bagley para comandar a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, nesta quarta-feira, 19. A indicação ainda depende de aprovação no Senado. Ela deverá substituir Todd Chapman, nomeado pelo ex-presidente republicano Donald Trump. Chapman deixou o posto em julho.
Bagley serviu como assessora dos ex-secretários de Estado Madeleine Albright, no governo de Bill Clinton, e Hillary Clinton e John Kerry, no governo Obama. Ela também trabalhou na missão americana na ONU e serviu como embaixadora dos EUA em Portugal durante o governo Clinton.
Bagley é advogada especializada em direito comercial e internacional. Foi professora adjunta de direito na Universidade de Georgetown, em Washington, até janeiro de 1993. Se formou como bacharel em francês e espanhol em 1974 no Regis College em Weston, Massachusetts, e em direito internacional em 1987 pela Georgetown University Law School.
Bagley é atualmente a proprietária e membro do conselho da SBI., uma empresa de comunicação celular em Show Low, no Estado americano do Arizona.
Além de Elizabeth Bagley, Biden indicou a proeminente arrecadadora de fundos democrata Jane Hartley para servir como embaixadora no Reino Unido e na Irlanda do Norte, o doador Alan Leventhal para servir como seu enviado à Dinamarca e o oficial sênior de serviço exterior Alexander Laskaris para servir no Chade.
Os presidentes americanos normalmente recompensam seus doadores e os principais apoiadores partidários com as embaixadas mais requisitadas. Cerca de 44% das nomeações de embaixadores de Trump foram por indicação política, em comparação com 31% de Barack Obama e 32% de George W. Bush, segundo a American Foreign Service Association.
Biden espera manter as nomeações políticas para cerca de 30% das escolhas de embaixadores, de acordo com um funcionário do governo que falou sob condição de anonimato.
Hartley foi uma importante arrecadadora de fundos para a corrida presidencial de Biden em 2020 e tem sido uma grande apoiadora dos candidatos democratas ao longo dos anos. Já Leventhal é um dos vários de Wall Street que ajudaram Biden a arrecadar dinheiro para sua campanha de 2020. / AP