Biden pede a libaneses voto contra Hezbollah


Em Beirute, vice condiciona ajuda dos EUA a resultado eleitoral do dia 7

Por REUTERS E AP

A 16 dias das eleições parlamentares libanesas, o vice-presidente americano, Joe Biden, chegou ontem a Beirute, onde alertou que a aliança entre os EUA e o Líbano está nas mãos dos eleitores libaneses. Confiante na vitória eleitoral no dia 7, o Hezbollah - partido de oposição apoiado pelo Irã e considerado terrorista pelos EUA - atacou a "intromissão" do número 2 de Washington. "A eleição de líderes comprometidos com o estado de direito e com reformas econômicas abre as portas para um crescimento durável", discursou Biden, o funcionário de mais alto escalão dos EUA a visitar o Líbano em 25 anos. "Avaliaremos nossos programas de ajuda tendo como base a composição do novo governo e as políticas adotadas por ele." Desde 2006, os EUA deram US$ 410 milhões em auxílio ao Líbano. O eleitorado libanês encontra-se dividido em dois campos antagônicos. De um lado, liderado pelo premiê Fouad Siniora, um grupo majoritariamente sunita conta com apoio dos EUA, França e de outros países sunitas. De outro, está a atual oposição, cuja principal força é o Hezbollah, aliado da Síria e do Irã. NEUTRALIDADE Apesar das acusações de intromissão, Biden garantiu que não apoia "nenhum partido" e tentou driblar a divisão política, encontrando-se com o presidente "neutro", Michel Suleiman, com o pró-Ocidente Siniora e com o porta-voz do Parlamento, Nabih Berri, aliado do Hezbollah. Mas o premiê foi o único a ter uma reunião a portas fechadas com Biden. "O interesse dos EUA no Líbano levanta fortes suspeitas sobre as verdadeiras intenções (de Washington). Especialmente desde que se tornou uma clara intervenção em assuntos libaneses", disse o Hezbollah em comunicado. A secretária de Estado Hillary Clinton esteve em Beirute no mês passado. Numa demonstração de força, o Hezbollah organizou um desfile com dezenas de milhares de pessoas no sul da capital, um de seus principais redutos, em comemoração aos nove anos da retirada israelense do sul do Líbano. A visita de Biden sela uma mudança na política externa americana para a região, reaproximando Washington de seus fantasmas do passado. Nos anos 80, em meio à guerra civil, militantes ligados ao Irã atacaram um contingente de fuzileiros navais - matando 220 - e sequestraram funcionários dos EUA. Desde então, Washington distanciou-se do Líbano, que permaneceu proibido a turistas americanos até 1997. Embora atualmente tenha 14 das 128 cadeiras do Parlamento, o Hezbollah possui direito de veto sobre decisões do governo. Somado a seus aliados, o grupo chega a 58 assentos. A coalizão tenta agora ampliar seu poder e conquistar a maioria no Legislativo.

A 16 dias das eleições parlamentares libanesas, o vice-presidente americano, Joe Biden, chegou ontem a Beirute, onde alertou que a aliança entre os EUA e o Líbano está nas mãos dos eleitores libaneses. Confiante na vitória eleitoral no dia 7, o Hezbollah - partido de oposição apoiado pelo Irã e considerado terrorista pelos EUA - atacou a "intromissão" do número 2 de Washington. "A eleição de líderes comprometidos com o estado de direito e com reformas econômicas abre as portas para um crescimento durável", discursou Biden, o funcionário de mais alto escalão dos EUA a visitar o Líbano em 25 anos. "Avaliaremos nossos programas de ajuda tendo como base a composição do novo governo e as políticas adotadas por ele." Desde 2006, os EUA deram US$ 410 milhões em auxílio ao Líbano. O eleitorado libanês encontra-se dividido em dois campos antagônicos. De um lado, liderado pelo premiê Fouad Siniora, um grupo majoritariamente sunita conta com apoio dos EUA, França e de outros países sunitas. De outro, está a atual oposição, cuja principal força é o Hezbollah, aliado da Síria e do Irã. NEUTRALIDADE Apesar das acusações de intromissão, Biden garantiu que não apoia "nenhum partido" e tentou driblar a divisão política, encontrando-se com o presidente "neutro", Michel Suleiman, com o pró-Ocidente Siniora e com o porta-voz do Parlamento, Nabih Berri, aliado do Hezbollah. Mas o premiê foi o único a ter uma reunião a portas fechadas com Biden. "O interesse dos EUA no Líbano levanta fortes suspeitas sobre as verdadeiras intenções (de Washington). Especialmente desde que se tornou uma clara intervenção em assuntos libaneses", disse o Hezbollah em comunicado. A secretária de Estado Hillary Clinton esteve em Beirute no mês passado. Numa demonstração de força, o Hezbollah organizou um desfile com dezenas de milhares de pessoas no sul da capital, um de seus principais redutos, em comemoração aos nove anos da retirada israelense do sul do Líbano. A visita de Biden sela uma mudança na política externa americana para a região, reaproximando Washington de seus fantasmas do passado. Nos anos 80, em meio à guerra civil, militantes ligados ao Irã atacaram um contingente de fuzileiros navais - matando 220 - e sequestraram funcionários dos EUA. Desde então, Washington distanciou-se do Líbano, que permaneceu proibido a turistas americanos até 1997. Embora atualmente tenha 14 das 128 cadeiras do Parlamento, o Hezbollah possui direito de veto sobre decisões do governo. Somado a seus aliados, o grupo chega a 58 assentos. A coalizão tenta agora ampliar seu poder e conquistar a maioria no Legislativo.

A 16 dias das eleições parlamentares libanesas, o vice-presidente americano, Joe Biden, chegou ontem a Beirute, onde alertou que a aliança entre os EUA e o Líbano está nas mãos dos eleitores libaneses. Confiante na vitória eleitoral no dia 7, o Hezbollah - partido de oposição apoiado pelo Irã e considerado terrorista pelos EUA - atacou a "intromissão" do número 2 de Washington. "A eleição de líderes comprometidos com o estado de direito e com reformas econômicas abre as portas para um crescimento durável", discursou Biden, o funcionário de mais alto escalão dos EUA a visitar o Líbano em 25 anos. "Avaliaremos nossos programas de ajuda tendo como base a composição do novo governo e as políticas adotadas por ele." Desde 2006, os EUA deram US$ 410 milhões em auxílio ao Líbano. O eleitorado libanês encontra-se dividido em dois campos antagônicos. De um lado, liderado pelo premiê Fouad Siniora, um grupo majoritariamente sunita conta com apoio dos EUA, França e de outros países sunitas. De outro, está a atual oposição, cuja principal força é o Hezbollah, aliado da Síria e do Irã. NEUTRALIDADE Apesar das acusações de intromissão, Biden garantiu que não apoia "nenhum partido" e tentou driblar a divisão política, encontrando-se com o presidente "neutro", Michel Suleiman, com o pró-Ocidente Siniora e com o porta-voz do Parlamento, Nabih Berri, aliado do Hezbollah. Mas o premiê foi o único a ter uma reunião a portas fechadas com Biden. "O interesse dos EUA no Líbano levanta fortes suspeitas sobre as verdadeiras intenções (de Washington). Especialmente desde que se tornou uma clara intervenção em assuntos libaneses", disse o Hezbollah em comunicado. A secretária de Estado Hillary Clinton esteve em Beirute no mês passado. Numa demonstração de força, o Hezbollah organizou um desfile com dezenas de milhares de pessoas no sul da capital, um de seus principais redutos, em comemoração aos nove anos da retirada israelense do sul do Líbano. A visita de Biden sela uma mudança na política externa americana para a região, reaproximando Washington de seus fantasmas do passado. Nos anos 80, em meio à guerra civil, militantes ligados ao Irã atacaram um contingente de fuzileiros navais - matando 220 - e sequestraram funcionários dos EUA. Desde então, Washington distanciou-se do Líbano, que permaneceu proibido a turistas americanos até 1997. Embora atualmente tenha 14 das 128 cadeiras do Parlamento, o Hezbollah possui direito de veto sobre decisões do governo. Somado a seus aliados, o grupo chega a 58 assentos. A coalizão tenta agora ampliar seu poder e conquistar a maioria no Legislativo.

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