Biden pede fim do bloqueio político na Irlanda do Norte em agenda que celebra paz na Irlanda


Relação entre os dois territórios piorou após Brexit por causa das diferenças políticas entre republicanos e unionistas

Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu o fim do bloqueio político na Irlanda do Norte em um discurso nesta quarta-feira, 12, em Dublin, na República da Irlanda. O americano desembarcou na capital irlandesa depois de viajar para Belfast, na Irlanda do Norte, que comemora 25 anos de paz.

Biden, de 80 anos, possui raízes irlandesas e vai aproveitar a viagem para visitar duas regiões onde possui antepassados: Louth e Mayo. Apesar do caráter sentimental da visita, ele reforçou o pedido feito na primeira parte da viagem para os líderes dos principais partidos locais encerrarem o bloqueio das instituições norte-irlandesas, em vigor desde o ano passado. “Espero que o Executivo e a Assembleia (da Irlanda do Norte) sejam restabelecidos em breve”, disse.

O bloqueio impede que republicanos e unionistas (partidários do Partido Unionista Democrático, que acreditam que a Irlanda deve fazer parte do Reino Unido) compartilhem o poder, conforme foi estabelecido no pacto da Sexta-Feira Santa, em 1998, que pôs fim a 30 anos de conflito entre os dois territórios. Ele é uma das consequências do Brexit, que marcou a saída do Reino Unido da União Europeia.

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Micheál Martin, vice-primeiro-ministro da Irlanda, à esquerda, e o presidente dos EUA, Joe Biden, em visita ao Castelo de Carlingford, nesta quarta-feira, 12 Foto: Patrick Semansky/AP

Os unionistas se recusam a participar do governo compartilhado porque a República da Irlanda é país-membro do bloco europeu, enquanto a Irlanda do Norte é território britânico.

No discurso em Dublin, Biden também afirmou que manter a paz entre os dois territórios, duramente conquistada há 25 anos, é uma “prioridade” para os Estados Unidos. O histórico pacto de 1998 pôs fim ao conflito entre os nacionalistas pró-irlandeses, majoritariamente católicos e favoráveis a uma reunificação, e os unionistas pró-britânicos, majoritariamente protestantes e que desejam permanecer no Reino Unido.

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As três décadas de conflito deixaram cerca de 3,5 mil mortos e algumas feridas ainda abertas, como mostrou o incidente da segunda-feira na cidade fronteiriça de Londonberry, onde jovens lançaram coquetéis molotov contra viaturas de polícia.

Biden foi recepcionado na Irlanda pelo primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, no aeroporto de Dublin. O presidente americano também irá se reunir com o presidente irlandês, Michael Higgings, e com as duas câmaras do Parlamento, antes de retornar para os EUA nesta quinta-feira, 13.

Na Irlanda do Norte, Biden se reuniu com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que declarou que as relações entre Reino Unido e Estados Unidos estão em “grande forma”.

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A visita do presidente americano à Irlanda do Norte, no entanto, foi criticada por líderes unionistas que o consideram “antibritânico” por apoiar a União Europeia nas negociações pós-Brexit. “Qualquer pressão de uma administração americana tão claramente pró-nacionalista não constitui nenhuma pressão para nós”, declarou Nigel Dodds, membro do partido unionista. /AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu o fim do bloqueio político na Irlanda do Norte em um discurso nesta quarta-feira, 12, em Dublin, na República da Irlanda. O americano desembarcou na capital irlandesa depois de viajar para Belfast, na Irlanda do Norte, que comemora 25 anos de paz.

Biden, de 80 anos, possui raízes irlandesas e vai aproveitar a viagem para visitar duas regiões onde possui antepassados: Louth e Mayo. Apesar do caráter sentimental da visita, ele reforçou o pedido feito na primeira parte da viagem para os líderes dos principais partidos locais encerrarem o bloqueio das instituições norte-irlandesas, em vigor desde o ano passado. “Espero que o Executivo e a Assembleia (da Irlanda do Norte) sejam restabelecidos em breve”, disse.

O bloqueio impede que republicanos e unionistas (partidários do Partido Unionista Democrático, que acreditam que a Irlanda deve fazer parte do Reino Unido) compartilhem o poder, conforme foi estabelecido no pacto da Sexta-Feira Santa, em 1998, que pôs fim a 30 anos de conflito entre os dois territórios. Ele é uma das consequências do Brexit, que marcou a saída do Reino Unido da União Europeia.

Micheál Martin, vice-primeiro-ministro da Irlanda, à esquerda, e o presidente dos EUA, Joe Biden, em visita ao Castelo de Carlingford, nesta quarta-feira, 12 Foto: Patrick Semansky/AP

Os unionistas se recusam a participar do governo compartilhado porque a República da Irlanda é país-membro do bloco europeu, enquanto a Irlanda do Norte é território britânico.

No discurso em Dublin, Biden também afirmou que manter a paz entre os dois territórios, duramente conquistada há 25 anos, é uma “prioridade” para os Estados Unidos. O histórico pacto de 1998 pôs fim ao conflito entre os nacionalistas pró-irlandeses, majoritariamente católicos e favoráveis a uma reunificação, e os unionistas pró-britânicos, majoritariamente protestantes e que desejam permanecer no Reino Unido.

As três décadas de conflito deixaram cerca de 3,5 mil mortos e algumas feridas ainda abertas, como mostrou o incidente da segunda-feira na cidade fronteiriça de Londonberry, onde jovens lançaram coquetéis molotov contra viaturas de polícia.

Biden foi recepcionado na Irlanda pelo primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, no aeroporto de Dublin. O presidente americano também irá se reunir com o presidente irlandês, Michael Higgings, e com as duas câmaras do Parlamento, antes de retornar para os EUA nesta quinta-feira, 13.

Na Irlanda do Norte, Biden se reuniu com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que declarou que as relações entre Reino Unido e Estados Unidos estão em “grande forma”.

A visita do presidente americano à Irlanda do Norte, no entanto, foi criticada por líderes unionistas que o consideram “antibritânico” por apoiar a União Europeia nas negociações pós-Brexit. “Qualquer pressão de uma administração americana tão claramente pró-nacionalista não constitui nenhuma pressão para nós”, declarou Nigel Dodds, membro do partido unionista. /AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu o fim do bloqueio político na Irlanda do Norte em um discurso nesta quarta-feira, 12, em Dublin, na República da Irlanda. O americano desembarcou na capital irlandesa depois de viajar para Belfast, na Irlanda do Norte, que comemora 25 anos de paz.

Biden, de 80 anos, possui raízes irlandesas e vai aproveitar a viagem para visitar duas regiões onde possui antepassados: Louth e Mayo. Apesar do caráter sentimental da visita, ele reforçou o pedido feito na primeira parte da viagem para os líderes dos principais partidos locais encerrarem o bloqueio das instituições norte-irlandesas, em vigor desde o ano passado. “Espero que o Executivo e a Assembleia (da Irlanda do Norte) sejam restabelecidos em breve”, disse.

O bloqueio impede que republicanos e unionistas (partidários do Partido Unionista Democrático, que acreditam que a Irlanda deve fazer parte do Reino Unido) compartilhem o poder, conforme foi estabelecido no pacto da Sexta-Feira Santa, em 1998, que pôs fim a 30 anos de conflito entre os dois territórios. Ele é uma das consequências do Brexit, que marcou a saída do Reino Unido da União Europeia.

Micheál Martin, vice-primeiro-ministro da Irlanda, à esquerda, e o presidente dos EUA, Joe Biden, em visita ao Castelo de Carlingford, nesta quarta-feira, 12 Foto: Patrick Semansky/AP

Os unionistas se recusam a participar do governo compartilhado porque a República da Irlanda é país-membro do bloco europeu, enquanto a Irlanda do Norte é território britânico.

No discurso em Dublin, Biden também afirmou que manter a paz entre os dois territórios, duramente conquistada há 25 anos, é uma “prioridade” para os Estados Unidos. O histórico pacto de 1998 pôs fim ao conflito entre os nacionalistas pró-irlandeses, majoritariamente católicos e favoráveis a uma reunificação, e os unionistas pró-britânicos, majoritariamente protestantes e que desejam permanecer no Reino Unido.

As três décadas de conflito deixaram cerca de 3,5 mil mortos e algumas feridas ainda abertas, como mostrou o incidente da segunda-feira na cidade fronteiriça de Londonberry, onde jovens lançaram coquetéis molotov contra viaturas de polícia.

Biden foi recepcionado na Irlanda pelo primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, no aeroporto de Dublin. O presidente americano também irá se reunir com o presidente irlandês, Michael Higgings, e com as duas câmaras do Parlamento, antes de retornar para os EUA nesta quinta-feira, 13.

Na Irlanda do Norte, Biden se reuniu com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que declarou que as relações entre Reino Unido e Estados Unidos estão em “grande forma”.

A visita do presidente americano à Irlanda do Norte, no entanto, foi criticada por líderes unionistas que o consideram “antibritânico” por apoiar a União Europeia nas negociações pós-Brexit. “Qualquer pressão de uma administração americana tão claramente pró-nacionalista não constitui nenhuma pressão para nós”, declarou Nigel Dodds, membro do partido unionista. /AFP

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