Em seu primeiro discurso como presidente dos Estados Unidos, Joe Biden pediu união durante a cerimônia de posse realizada nesta quarta-feira, 20, no Capitólio, em Washington. O presidente afirmou que "a democracia prevaleceu" em sua vitória contra Donald Trump nas eleições do ano passado, e prometeu ser o presidente de todos os americanos, independente de terem votado nele ou no opositor.
"Vivemos a nação que queremos ser e podemos ser", disse Biden, que agradeceu a presença de integrantes de ambos os partidos na cerimônia de posse, entre eles os ex-presidentes democratas Barack Obama e Bill Clinton, o ex-presidente republicano George W. Bush, e o ex-vice presidente, Mike Pence. "Sei da resiliência da nossa Constituição e da força de nossa nação".
Biden reconheceu que o país atravessa um momento conturbado politicamente, mencionando a pandemia do novo coronavírus e seus prejuízos econômicos. "Poucas pessoas em nossa história viveram momentos mais difíceis do que o que estamos vivendo neste momento", disse. O presidente também citou problemas políticos, como o supremacismo branco e o terrorismo doméstico, desafios que prometeu "vencer".
"Precisamos de mais do que palavras, precisamos de uma das coisas mais difíceis de uma democracia: a união". E completou: "Peço que todos os americanos façam o mesmo comigo nesta causa: unidos para combater os inimigos que temos, a raiva, ressentimento, extremismo, ilegalidade, violência, doenças, desemprego. Juntos, podemos fazer coisas grandes e consertar erros".
Em seu apelo por união, Biden fez também uma defesa da boa política, afirmando que ela não precisa ser um "incêndio que destrói tudo a sua frente".
"Tanta discórdia não precisa levar a guerras. Precisamos rejeitar a cultura onde fatos são manipulados e inventados. Caros americanos, temos de ser diferentes. Os EUA têm de ser melhor do que isso. E creio que EUA são muito melhor do que isso", afirma.
Em parte do discurso que direcionou "aos que nos ouvem além de nossas fronteiras", Biden afirmou que os Estados Unidos vão retomar o protagonismo no cenário internacional. "Vamos liderar não só pelo exemplo da nossa força, mas pela força do nosso exemplo", disse o presidente.
De acordo com Biden, durante sua gestão, os EUA serão um parceiro forte e confiável e voltará a participar das negociações internacionais, em claro sinal de que irá reverter a política isolacionista adotada pelo seu antecessor, Donald Trump.
O presidente também ressaltou o fato de estar junto de Kamala Harris, a primeira vice-presidente negra da história, exaltando o local onde Martin Luther King fez seu famoso discurso de 1963 em defesa dos direitos dos negros.
Por fim, o presidente listou os grandes desafios que sua gestão terá pela frente, como a pandemia do coronavírus, as mudanças climáticas e o próprio papel dos Estados Unidos. "Há muito a ser feito. E uma certeza: prometo a vocês, nós seremos julgados por como vamos lidar com essa crise da nossa era".
Leia a íntegra do discurso:
Chefe de Justiça Roberts, vice-presidente Harris, presidente da Câmara Pelosi, líder Schumer, McConnell, vice-presidente Pence, meus convidados de honra e meus compatriotas americanos, este é o dia da América.
Este é o dia da democracia. Um dia de história e de esperança, de renovação e de determinação, em meio à provação dos tempos. A América foi testada mais uma vez. E a América mostrou que está à altura do desafio. Hoje, celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia. O povo, a vontade do povo foi ouvida. E a vontade do povo foi feita. Aprendemos uma vez mais que a democracia é preciosa. A democracia é frágil. E neste momento, meus amigos, a democracia prevaleceu. Então agora, neste solo sagrado, onde apenas alguns dias atrás a violência tentou abalar os próprios alicerces do Capitólio, nós nos unimos como nação indivisível, sob os olhos de Deus, para realizar a transferência pacífica de poder, como fazemos há mais de dois séculos. Ao olharmos para a frente, com nosso jeito americano – incansáveis, corajosos, otimistas – lançamos os olhos para a nação que podemos e devemos ser. Agradeço aos meus antecessores de ambos os partidos a sua presença aqui hoje. Agradeço do fundo do meu coração. E eu sei, eu conheço a resiliência de nossa Constituição e a força, a força da nossa nação. Assim como o presidente Carter, com quem conversei ontem à noite, que não pode estar conosco hoje, mas a quem saudamos por sua vida inteira de serviços prestados. Acabei de fazer o juramento sagrado. Cada um desses patriotas também o fez. O juramento proferido pela primeira vez por George Washington. Mas a história americana não depende de nenhum de nós, não de alguns de nós, mas de todos nós, de nós, o povo, nós que almejamos uma união mais perfeita. Esta é uma grande nação. Somos boas pessoas. E, ao longo dos séculos, através de tempestades e conflitos, na paz e na guerra, chegamos muito longe. Mas ainda temos muito a percorrer. Seguiremos em frente, com velocidade e urgência, pois temos muito a fazer neste inverno de perigos e possibilidades significativas, muito a consertar, muito a restaurar, muito a curar, muito a construir e muito a ganhar. Poucas pessoas na história de nossa nação enfrentaram mais desafios ou se depararam com tempos mais difíceis e desafiadores do que estes que vivemos agora. O pior vírus dos últimos cem anos ameaça silenciosamente o país. Em um único ano, tomou tantas vidas quanto os Estados Unidos perderam em toda a 2.ª Guerra. Milhões de empregos se foram. Centenas de milhares de empresas fecharam. O clamor por justiça racial – que vem ressoando há cerca de quatrocentos anos – hoje nos comove. O sonho de justiça para todos não será mais adiado. O grito de sobrevivência vem do próprio planeta, um grito que não poderia ser mais sonoro e desesperado. E agora vemos a ascensão do extremismo político, da supremacia branca, do terrorismo doméstico – que devemos enfrentar e vamos derrotar. Para superarmos esses desafios, restaurarmos a alma e garantirmos o futuro da América, precisaremos de muito mais que palavras. Precisaremos da mais fugidia de todas as coisas de uma democracia: união, união. Em outro janeiro, no dia de Ano Novo de 1863, Abraham Lincoln assinou a Proclamação de Emancipação. Quando ele colocou a pena sobre o papel, o presidente disse – e eu cito: “Se meu nome entrar para a história, será por causa deste ato. E minha alma inteira está neste ato”. Minha alma inteira esteve no ato de hoje. Neste dia de janeiro, toda a minha alma está neste propósito: unir a América, unir nosso povo, unir nossa nação. E peço a todos os americanos que se juntem a mim nessa causa. Unir para lutar contra os inimigos que enfrentamos: a raiva, o ressentimento, o ódio, o extremismo, a ilegalidade, a violência, a doença, o desemprego e a desesperança. Com união, podemos fazer coisas grandiosas, coisas importantes. Podemos corrigir os erros. Podemos colocar as pessoas para trabalhar em bons empregos. Podemos educar nossas crianças em escolas seguras. Podemos derrotar o vírus mortal. Podemos recompensar o trabalho e reconstruir a classe média, garantir que o sistema de saúde seja para todos. Podemos promover a justiça racial e fazer da América, uma vez mais, a principal força do bem no mundo. Sei que falar de união pode soar como uma fantasia tola para algumas pessoas nos dias de hoje. Sei que as forças que nos dividem são profundas e concretas, mas também sei que não são novas. Nossa história tem sido uma luta constante entre o ideal americano de que todos nascemos iguais e a dura e horrível realidade de que o racismo, o nativismo, o medo e a demonização há muito nos apartam. A batalha é perene e a vitória nunca está garantida. Durante a Guerra Civil, a Grande Depressão, a Guerra Mundial, o 11 de Setembro, em meio a lutas, sacrifícios e contratempos, nossos melhores anjos sempre prevaleceram. Em cada um desses momentos, muitos de nós nos unimos para levar todos nós adiante. E podemos fazer isso agora. A história, a fé e a razão mostram o caminho da união. Podemos nos ver não como adversários, mas como vizinhos. Podemos tratar uns aos outros com dignidade e respeito. Podemos unir forças, cessar a gritaria e baixar a temperatura. Pois sem união não há paz, só fúria e amargura. Não há progresso, só um confronto exaustivo. Não há nação, só um estado de caos. Este é nosso momento histórico de crise e desafio. E a união é o caminho a seguir. Devemos enfrentar este momento como os Estados Unidos da América. Se fizermos isso, garanto que não iremos fracassar. Nós nunca, nunca, nunca, nunca fracassamos na América quando agimos juntos. E então hoje, neste momento, neste lugar, vamos começar do zero, todos nós. Vamos começar a ouvir uns aos outros de novo. Ouvir uns aos outros, olhar uns para os outros, mostrar respeito uns pelos outros. A política não precisa ser um incêndio violento que destrói tudo por onde passa. A discordância não precisa ser motivo para uma guerra total. E precisamos rechaçar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até inventados. Meus compatriotas americanos, precisamos ser diferentes disso. A América precisa ser melhor do que isso. E eu acredito que a América é muito melhor do que isso. Basta olhar ao redor. Aqui estamos, à sombra da cúpula do Capitólio, concluída durante a Guerra Civil, como se mencionou há pouco, quando a união em si estava por um fio. Ainda assim, nós resistimos, nós prevalecemos. Aqui estamos nós, olhando para a grande alameda onde o Dr. King falou de seu sonho. Aqui estamos nós, onde há 108 anos, em outra cerimônia de posse, milhares de manifestantes tentaram barrar mulheres corajosas que marchavam pelo direito ao voto. E hoje celebramos o juramento da primeira mulher eleita para um cargo presidencial na história dos Estados Unidos: a vice-presidente Kamala Harris. Não me diga que as coisas não podem mudar. Aqui estamos nós, diante do Cemitério de Arlington, onde os heróis que se entregaram ao gesto máximo de devoção descansam em paz eterna. E aqui estamos nós, poucos dias depois que uma turba insurgente pensou que poderia usar a violência para silenciar a vontade do povo, para impedir o funcionamento de nossa democracia, para nos expulsar deste solo sagrado. Mas não conseguiram. E nunca vão conseguir. Não hoje, nem amanhã, nem nunca. Nunca. Para todos aqueles que apoiaram nossa campanha, sinto-me grato e comovido pela fé que vocês depositaram em nós. Para todos aqueles que não nos apoiaram, deixem-me dizer uma coisa. Ouçam bem o que estou dizendo. Julguem-me pela minha pessoa e meu coração. Se vocês ainda discordam, tudo bem. Isso é democracia. Isso é América. O direito de discordar pacificamente, um fundamento de nossa república, talvez seja a maior força desta nação. Mas me ouçam bem: a discordância não deve levar à desunião. E eu juro a vocês: eu serei presidente para todos os americanos. Todos os americanos. E prometo a vocês que lutarei tanto por aqueles que não me apoiaram quanto por aqueles que me apoiaram. Muitos séculos atrás, Santo Agostinho, um santo da minha igreja, escreveu que o povo é uma multidão definida pelos objetos comuns de seu amor. Definida pelos objetos comuns de seu amor. Quais são os objetos comuns que nós, americanos, amamos e que nos definem como americanos? Acho que sabemos. Oportunidade, segurança, liberdade, dignidade, respeito, honra e, sim, a verdade. As últimas semanas e meses nos ensinaram uma lição dolorosa. Existem verdades e existem mentiras contadas para se ter lucro e poder. E cada um de nós tem um dever e uma responsabilidade, como cidadãos, como americanos e, especialmente, como líderes que se comprometeram a honrar nossa Constituição e proteger nossa nação: defender a verdade e derrotar as mentiras. Vejam bem, sei que muitos de meus concidadãos americanos olham para o futuro com medo e apreensão. Sei que eles estão preocupados com seus empregos. Sei muito bem, assim como meu pai, que eles ficam deitados na cama à noite, olhando para o teto, se perguntando: como vou manter o plano de saúde? Como vou pagar a hipoteca? Pensando em suas famílias, no que vai acontecer. Eu juro a vocês: eu sei. Mas a resposta não é se voltar para dentro, se refugiar em facções rivais, desconfiar daqueles que não se parecem com você, não rezam como você ou não recebem as notícias das mesmas fontes que você. Precisamos acabar com esta guerra que opõe o vermelho ao azul, o rural ao urbano, o conservador ao liberal. Podemos fazer isso se abrirmos nossa alma, em vez de endurecermos nosso coração. Se mostrarmos um pouco de tolerância e humildade. Se estivermos dispostos a nos colocar no lugar da outra pessoa, como diria minha mãe, nem que seja só por um instante, nos colocarmos no lugar da outra pessoa. Porque este é um fato da vida. Não há como saber o que o destino vai nos trazer. Um dia você vai precisar da mão de alguém. No outro dia, vai ser chamado a estender a mão a alguém. É assim que tem de ser. É o que fazemos uns pelos outros. E, se fizermos isso, nosso país ficará mais forte, mais próspero, mais pronto para o futuro. E ainda poderemos discordar. Meus compatriotas americanos, no trabalho que temos pela frente, vamos precisar uns dos outros. Precisaremos de todas as nossas forças para perseverar neste inverno sombrio. Estamos entrando naquele que talvez seja o período mais difícil e mortal do vírus. Precisamos deixar a política de lado e, finalmente, enfrentar esta pandemia como uma só nação. Uma só nação. E eu prometo a vocês, como diz a Bíblia: “O choro pode atravessar a noite, mas a alegria virá pela manhã”. Nós vamos superar isso juntos. Juntos. Olha, pessoal, todos os colegas com quem trabalhei no Senado, todos nós sabemos que o mundo está vendo, está olhando para todos nós hoje. Então aqui está minha mensagem para aqueles que se encontram além de nossas fronteiras. A América foi testada e por isso saímos mais fortes. Vamos consertar nossas alianças e voltar a nos envolver com o mundo. Para enfrentar não os desafios de ontem, mas os desafios de hoje e de amanhã. E vamos ser a liderança, não apenas pelo exemplo de nosso poder, mas pelo poder de nosso exemplo. Seremos um parceiro forte e confiável para a paz, o progresso e a segurança. Olha, todos vocês sabem, nós passamos por muitas coisas nesta nação. E, no meu primeiro ato como presidente, gostaria de pedir que vocês se juntem a mim em um momento de prece silenciosa, para lembrar todos aqueles que perdemos para a pandemia no ano que se passou. Quatrocentos mil compatriotas americanos: mães, pais, maridos, esposas, filhos, filhas, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Iremos honrá-los tornando-nos o povo e a nação que sabemos que podemos e devemos ser. Por isso, peço a vocês, vamos fazer uma prece silenciosa por aqueles que perderam suas vidas, aqueles que ficaram para trás e por nosso país. Amém. Gente, este é um tempo de provação. Enfrentamos um ataque à nossa democracia e à verdade, um vírus violento, a desigualdade crescente, a ferroada do racismo estrutural, a crise climática, o papel da América no mundo. Qualquer um desses ataques seria o suficiente para nos desafiar da maneira mais profunda. Mas o fato é que enfrentamos todos de uma vez, colocando diante desta nação uma das responsabilidades mais sérias que já tivemos. Agora vamos ser testados mais uma vez. Vamos nos erguer mais uma vez? Todos nós? É hora de coragem, pois há muito por fazer. E isso é certo, eu prometo a vocês: seremos julgados, vocês e eu, pela forma como resolveremos essas crises sucessivas de nossa era. Será que estaremos à altura do desafio? Esta é a questão. Será que vamos superar este momento raro e difícil? Vamos cumprir nossas obrigações e entregar um mundo novo e melhor para nossos filhos? Eu acredito que é o que devemos fazer. Tenho certeza que vocês também. Eu acredito que vamos fazer. E, quando o fizermos, escreveremos o próximo grande capítulo da história dos Estados Unidos da América. A história americana. Uma história que pode soar como uma canção que significa muito para mim. Uma canção chamada American Anthem. Ela traz um verso que se destaca, pelo menos para mim, e é mais ou menos assim: “O trabalho e as orações de um século nos trouxeram até hoje / Qual será o nosso legado? O que nossos filhos dirão? / Que eu saiba no meu coração quando meus dias acabarem: América, América, dei o meu melhor a você”. Vamos somar. Vamos somar nosso trabalho e nossas orações ao desenrolar da história de nossa grande nação. Se fizermos isso, quando nossos dias chegarem ao fim, nossos filhos e os filhos de nossos filhos dirão de nós: “Eles deram o seu melhor, cumpriram seu dever, curaram uma terra devastada”. Meus compatriotas americanos, encerro o dia no ponto em que comecei, com um juramento sagrado diante de Deus e de todos vocês. Eu lhes dou minha palavra: sempre serei sincero com vocês. Defenderei a Constituição. Defenderei nossa democracia. Defenderei a América e farei de tudo por todos vocês. Farei tudo a seu serviço, pensando não no poder, mas nas possibilidades, não no interesse pessoal, mas no bem público. E juntos escreveremos uma história americana de esperança, não de medo. De unidade, não de divisão. De luz, não de escuridão. Uma história de decência e dignidade, amor e cura, grandeza e bondade. Que esta seja a história que nos guie. A história que nos inspire e a história que conte aos tempos futuros que nós ouvimos o chamado do nosso tempo. Que nós enfrentamos o momento. Que a democracia e a esperança, a verdade e a justiça não morreram sob os nossos olhos, mas prosperaram. Que a América garantiu a liberdade em casa e se ergueu mais uma vez como um farol para o mundo. É isso que devemos aos nossos antepassados, uns aos outros e às gerações por vir. Assim, com propósito e determinação, nos dedicaremos às tarefas de nosso tempo. Amparados pela fé, movidos pela convicção, devotados uns aos outros e ao país que amamos de todo o coração. Que Deus abençoe a América e que Deus proteja nossas tropas. Obrigado, América.
O que acharam os analistas:
“A composição do gabinete indica o esforço em construir um mosaico de diversidade e inclusão, sendo um passo importante para diminuir as resistências de alguns setores da sociedade. Porém, a confiança no governo será conquistada com políticas que resolvam os problemas imediatos que atingem o país.”
Denilde Holzhacker, professora de relações internacionais da ESPM
“Para enfrentar os severos danos econômicos causados pela pandemia de covid-19, sobretudo os efeitos provocados sobre emprego e renda, o governo Biden precisará negociar uma saída bipartidária. A liberação de pacotes e recursos dependerá de articulação no Congresso e o aumento de gastos do governo enfrentará a resistência entre os republicanos.”
Fernanda Magnotta, coordenadora do curso de Relações Internacionais da FAAP
“Talvez a maior diferenciação que Biden procurará ter frente ao governo Trump será o fim do negacionismo ambiental, não só para agradar à sua base eleitoral, mas por acreditar que a questão ambiental seja premente para o futuro do planeta."
Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM
“Biden reforçou a urgência da luta contra informações falsas, terrorismo doméstico e supremacismo branco. A preocupação na esfera doméstica e internacional estará na retomada da normalidade. O sucesso dependerá da capacidade de transformar o discurso de união em medidas práticas que contemplem toda a população americana.”
Lucas Leite, professor de relações internacionais na FAAP