O presidente americano Joe Biden disse que uma tentativa de assassinato é contrário a tudo que os Estados Unidos defendem como nação. Ele fez um breve pronunciamento neste domingo, 14, após o atentado contra o seu adversário Donald Trump, que teve o comício em Butler, Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros.
O democrata voltará a falar esta noite em discurso sobre a importância da união nacional, marcado para as 21h (horário de Brasília), no Salão Oval da Casa Branca.
Em seu pronunciamento, ele pediu que não se tirem conclusões precipitadas sobre o atentado. Ele disse que o FBI e o Serviço Secreto terão todos os recursos necessários para conduzir a investigação e que ordenou o reforço na segurança para a Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa nesta segunda-feira, 15, e deve oficializar Donald Trump como candidato para as eleições, em novembro.
Antes do discurso, Biden e a vice-presidente Kamala Harris receberam informações sobre o atentado na Sala de Crise da Casa Branca. Também participaram da reunião procurador-geral Merrick Garland, o Secretário de Segurança Interna Alejandro Mayorkas, o Diretor do FBI Christopher Wray, o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, a Conselheira de Segurança Interna Liz Sherwood-Randall e o diretor do Serviço Secreto dos Estados Unidos Kim Cheatle.
O presidente informou que decidiu adiar a viagem que faria ao Estado americano do Texas nesta segunda-feira, 15, em meio aos desdobramentos do atentado a Trump. Biden iria ao Texas para promover a agenda que pretende implementar em um eventual segundo mandato.
Biden falou com Donald Trump por telefone ainda na noite de sábado. Um funcionário da Casa Branca descreveu a ligação como “boa, respeitosa e breve”.
Logo após o atentado, Biden disse por meio de nota que não há espaço para a violência nos Estados Unidos e disse que estava rezando por Donald Trump e todas as pessoas presentes no evento de campanha.
O presidente voltou a repudiar o ataque, que chamou de “doentio” em declaração à imprensa no sábado. Na ocasião, o presidente foi questionado por jornalistas se tratava-se de uma tentativa de assassinato. Ele respondeu que tinha uma opinião, mas que ainda não tinha fatos.
O presidente estava na igreja em Delaware, quando Donald Trump foi vítima do atentado. Ele antecipou o seu retorno à Casa Branca e adiou para 24 de julho a atividade de campanha que faria em Austin, no Texas, nesta segunda-feira.
A campanha de Biden à reeleição se apressou em retirar anúncios na TV e no rádio após o atentado contra Donald Trump. Um memorando interno pediu a todos os integrantes da equipe que se abstivessem que qualquer comentário nas redes sociais ou em público.
Donald Trump discursava na Pensilvânia quando foi surpreendido pelos disparos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, disparou várias vezes de um telhado, fora do local do evento, a cerca de 130 metros do palco. Ele estava armado com um fuzil AR-15 e foi morto por agentes do Serviço de Segurança.
Trump, retirado do placo com o rosto ensanguentado, foi atingido na orelha de raspão. Uma pessoa que participava do evento de campanha foi morta e outras duas ficaram feridas./COM NY TIMES
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Ex-presidente discursava na Pensilvânia, Estado-chave na eleição, quando foi surpreendido por disparos. Porta-voz afirma que o líder republicano está 'bem'