Biden vê EUA testados após 1.461 dias sob Trump; ‘democracia prevaleceu’


Democrata toma posse como o 46.º presidente dos EUA com um contundente apelo pela união dos americanos como saída para o acúmulo de crises – econômica, sanitária e política

Por Beatriz Bulla e Correspondente 

WASHINGTON - Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira, 20, como o 46.º presidente dos EUA com um contundente apelo pela união dos americanos como saída para o acúmulo de crises – econômica, sanitária e política. Depois de meses com as instituições sob ataque do ex-presidente Donald Trump, que questionou a legitimidade das eleições presidenciais, e após uma invasão ao Capitólio por extremistas, Biden considerou que o país havia sido testado e celebrou: “A democracia prevaleceu”.

“Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia”, disse na abertura de seu primeiro discurso como presidente, feito a uma plateia de poucos convidados, com os gramados do National Mall vazios. Por medo de atos violentos, 25 mil homens da Guarda Nacional bloquearam acesso do público. 

Ao lado do combate à pandemia e à crise econômica, Biden elencou o combate ao terrorismo doméstico e ao supremacismo branco como desafios de sua gestão, dando nome ao que Trump evitou condenar e ajudou a inflamar nos seus 1.461 dias como presidente. 

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Joe Biden presta juramento ao assumir a presidência: democrata propõe aos cidadãos americanos que troquem o radicalismo pelas boas relações, o diálogo e o respeito Foto: Andrew Harnik/AP

Ao clamar pelo fim da intolerância em um país dividido, Biden chamou o momento atual de uma “guerra incivil” que opõe “o vermelho (cor do Partido Republicano) ao azul (cor do Partido Democrata), o rural ao urbano, o conservador ao liberal”. Em seu discurso, o democrata saudou a ciência, a diversidade, a democracia, a união e a política.

O novo presidente admitiu que assumiu o país em um dos momentos mais difíceis e desafiadores da história e, em solidariedade às famílias dos 400 mil mortos por covid-19 nos EUA, pediu um minuto de silêncio. Em uma de suas 17 ordens executivas assinadas ainda ontem (mais informações nas páginas A14 e A15), Biden determinou a obrigatoriedade do uso de máscara em propriedades federais para evitar a disseminação do coronavírus.

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Com a mão sobre uma Bíblia que está com sua família há 128 anos, Biden prometeu proteger a Constituição. Primeira mulher e primeira negra a chegar à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris prestou seu juramento minutos antes em uma cerimônia conduzida pela juíza Sonia Sotomayor, a primeira latina da Suprema Corte.

Eleito em um ano de protestos antirracismo de magnitude comparável aos da época do movimento pelos direitos civis, Biden prometeu lutar pela justiça para todos e organizou uma posse com aceno a diferentes alas da sociedade. Uma performance da cantora Jennifer López, descendente de porto-riquenhos – com direito a uma intervenção da cantora em espanhol –, ocorreu após o juramento prestado por Kamala. 

O governo montado por Biden é o mais diverso da história americana, uma sinalização ao eleitorado jovem que cobra quadros políticos que representem com mais fidelidade a população. O time de Biden é também reconhecido pela experiência política, que o presidente eleito valoriza, um contraponto às nomeações políticas da era Trump.

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“Ouçam uns aos outros. Vejam uns aos outros. Mostrem respeito uns pelos outros”, pediu. Há quase 50 anos na política, o ex-senador, ex-vice-presidente e agora presidente americano afirmou que a política “não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não precisa ser causa de guerra total. E devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, afirmou Biden.

O primeiro ato do democrata como presidente foi a proclamação de 20 de janeiro, data em que ocorrem as posses presidenciais, como o Dia Nacional da União. A lista de medidas do democrata em suas primeiras horas de trabalho no Salão Oval inclui a reversão de marcas do governo Trump contra imigrantes, como a paralisação da construção do muro com o México, e a derrubada da restrição de entrada de imigrantes de países de maioria muçulmana.

Em sua última quebra de protocolos como presidente, Trump não compareceu à posse. Ele perdeu popularidade na reta final de seu governo, com a recusa em aceitar a transição de poder, a insistência na narrativa de fraude eleitoral e a incitação de extremistas – que o levou a ser alvo de um segundo processo de impeachment.

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Biden marcou o contraste que pretende impor no seu governo, na comparação com o antecessor. Em recado ao mundo, foi claro: os EUA voltarão a ser um parceiro confiável e participarão de negociações internacionais. Como sinal da volta dos americanos ao tabuleiro multilateral, Biden assinou uma ordem para recolocar o país no Acordo Climático de Paris logo que chegou à Casa Branca. Trump havia retirado os americanos do pacto em 2017.

A ausência do republicano na cerimônia foi ignorada por Biden, que agradeceu a seus antecessores presentes e ao vice-presidente do governo Trump, Mike Pence. Na plateia, Barack Obama, Bill Clinton e o republicano George W. Bush acompanharam a cerimônia ao lado das ex-primeiras-damas.

WASHINGTON - Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira, 20, como o 46.º presidente dos EUA com um contundente apelo pela união dos americanos como saída para o acúmulo de crises – econômica, sanitária e política. Depois de meses com as instituições sob ataque do ex-presidente Donald Trump, que questionou a legitimidade das eleições presidenciais, e após uma invasão ao Capitólio por extremistas, Biden considerou que o país havia sido testado e celebrou: “A democracia prevaleceu”.

“Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia”, disse na abertura de seu primeiro discurso como presidente, feito a uma plateia de poucos convidados, com os gramados do National Mall vazios. Por medo de atos violentos, 25 mil homens da Guarda Nacional bloquearam acesso do público. 

Ao lado do combate à pandemia e à crise econômica, Biden elencou o combate ao terrorismo doméstico e ao supremacismo branco como desafios de sua gestão, dando nome ao que Trump evitou condenar e ajudou a inflamar nos seus 1.461 dias como presidente. 

Joe Biden presta juramento ao assumir a presidência: democrata propõe aos cidadãos americanos que troquem o radicalismo pelas boas relações, o diálogo e o respeito Foto: Andrew Harnik/AP

Ao clamar pelo fim da intolerância em um país dividido, Biden chamou o momento atual de uma “guerra incivil” que opõe “o vermelho (cor do Partido Republicano) ao azul (cor do Partido Democrata), o rural ao urbano, o conservador ao liberal”. Em seu discurso, o democrata saudou a ciência, a diversidade, a democracia, a união e a política.

O novo presidente admitiu que assumiu o país em um dos momentos mais difíceis e desafiadores da história e, em solidariedade às famílias dos 400 mil mortos por covid-19 nos EUA, pediu um minuto de silêncio. Em uma de suas 17 ordens executivas assinadas ainda ontem (mais informações nas páginas A14 e A15), Biden determinou a obrigatoriedade do uso de máscara em propriedades federais para evitar a disseminação do coronavírus.

Com a mão sobre uma Bíblia que está com sua família há 128 anos, Biden prometeu proteger a Constituição. Primeira mulher e primeira negra a chegar à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris prestou seu juramento minutos antes em uma cerimônia conduzida pela juíza Sonia Sotomayor, a primeira latina da Suprema Corte.

Eleito em um ano de protestos antirracismo de magnitude comparável aos da época do movimento pelos direitos civis, Biden prometeu lutar pela justiça para todos e organizou uma posse com aceno a diferentes alas da sociedade. Uma performance da cantora Jennifer López, descendente de porto-riquenhos – com direito a uma intervenção da cantora em espanhol –, ocorreu após o juramento prestado por Kamala. 

O governo montado por Biden é o mais diverso da história americana, uma sinalização ao eleitorado jovem que cobra quadros políticos que representem com mais fidelidade a população. O time de Biden é também reconhecido pela experiência política, que o presidente eleito valoriza, um contraponto às nomeações políticas da era Trump.

“Ouçam uns aos outros. Vejam uns aos outros. Mostrem respeito uns pelos outros”, pediu. Há quase 50 anos na política, o ex-senador, ex-vice-presidente e agora presidente americano afirmou que a política “não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não precisa ser causa de guerra total. E devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, afirmou Biden.

O primeiro ato do democrata como presidente foi a proclamação de 20 de janeiro, data em que ocorrem as posses presidenciais, como o Dia Nacional da União. A lista de medidas do democrata em suas primeiras horas de trabalho no Salão Oval inclui a reversão de marcas do governo Trump contra imigrantes, como a paralisação da construção do muro com o México, e a derrubada da restrição de entrada de imigrantes de países de maioria muçulmana.

Em sua última quebra de protocolos como presidente, Trump não compareceu à posse. Ele perdeu popularidade na reta final de seu governo, com a recusa em aceitar a transição de poder, a insistência na narrativa de fraude eleitoral e a incitação de extremistas – que o levou a ser alvo de um segundo processo de impeachment.

Biden marcou o contraste que pretende impor no seu governo, na comparação com o antecessor. Em recado ao mundo, foi claro: os EUA voltarão a ser um parceiro confiável e participarão de negociações internacionais. Como sinal da volta dos americanos ao tabuleiro multilateral, Biden assinou uma ordem para recolocar o país no Acordo Climático de Paris logo que chegou à Casa Branca. Trump havia retirado os americanos do pacto em 2017.

A ausência do republicano na cerimônia foi ignorada por Biden, que agradeceu a seus antecessores presentes e ao vice-presidente do governo Trump, Mike Pence. Na plateia, Barack Obama, Bill Clinton e o republicano George W. Bush acompanharam a cerimônia ao lado das ex-primeiras-damas.

WASHINGTON - Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira, 20, como o 46.º presidente dos EUA com um contundente apelo pela união dos americanos como saída para o acúmulo de crises – econômica, sanitária e política. Depois de meses com as instituições sob ataque do ex-presidente Donald Trump, que questionou a legitimidade das eleições presidenciais, e após uma invasão ao Capitólio por extremistas, Biden considerou que o país havia sido testado e celebrou: “A democracia prevaleceu”.

“Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia”, disse na abertura de seu primeiro discurso como presidente, feito a uma plateia de poucos convidados, com os gramados do National Mall vazios. Por medo de atos violentos, 25 mil homens da Guarda Nacional bloquearam acesso do público. 

Ao lado do combate à pandemia e à crise econômica, Biden elencou o combate ao terrorismo doméstico e ao supremacismo branco como desafios de sua gestão, dando nome ao que Trump evitou condenar e ajudou a inflamar nos seus 1.461 dias como presidente. 

Joe Biden presta juramento ao assumir a presidência: democrata propõe aos cidadãos americanos que troquem o radicalismo pelas boas relações, o diálogo e o respeito Foto: Andrew Harnik/AP

Ao clamar pelo fim da intolerância em um país dividido, Biden chamou o momento atual de uma “guerra incivil” que opõe “o vermelho (cor do Partido Republicano) ao azul (cor do Partido Democrata), o rural ao urbano, o conservador ao liberal”. Em seu discurso, o democrata saudou a ciência, a diversidade, a democracia, a união e a política.

O novo presidente admitiu que assumiu o país em um dos momentos mais difíceis e desafiadores da história e, em solidariedade às famílias dos 400 mil mortos por covid-19 nos EUA, pediu um minuto de silêncio. Em uma de suas 17 ordens executivas assinadas ainda ontem (mais informações nas páginas A14 e A15), Biden determinou a obrigatoriedade do uso de máscara em propriedades federais para evitar a disseminação do coronavírus.

Com a mão sobre uma Bíblia que está com sua família há 128 anos, Biden prometeu proteger a Constituição. Primeira mulher e primeira negra a chegar à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris prestou seu juramento minutos antes em uma cerimônia conduzida pela juíza Sonia Sotomayor, a primeira latina da Suprema Corte.

Eleito em um ano de protestos antirracismo de magnitude comparável aos da época do movimento pelos direitos civis, Biden prometeu lutar pela justiça para todos e organizou uma posse com aceno a diferentes alas da sociedade. Uma performance da cantora Jennifer López, descendente de porto-riquenhos – com direito a uma intervenção da cantora em espanhol –, ocorreu após o juramento prestado por Kamala. 

O governo montado por Biden é o mais diverso da história americana, uma sinalização ao eleitorado jovem que cobra quadros políticos que representem com mais fidelidade a população. O time de Biden é também reconhecido pela experiência política, que o presidente eleito valoriza, um contraponto às nomeações políticas da era Trump.

“Ouçam uns aos outros. Vejam uns aos outros. Mostrem respeito uns pelos outros”, pediu. Há quase 50 anos na política, o ex-senador, ex-vice-presidente e agora presidente americano afirmou que a política “não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não precisa ser causa de guerra total. E devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, afirmou Biden.

O primeiro ato do democrata como presidente foi a proclamação de 20 de janeiro, data em que ocorrem as posses presidenciais, como o Dia Nacional da União. A lista de medidas do democrata em suas primeiras horas de trabalho no Salão Oval inclui a reversão de marcas do governo Trump contra imigrantes, como a paralisação da construção do muro com o México, e a derrubada da restrição de entrada de imigrantes de países de maioria muçulmana.

Em sua última quebra de protocolos como presidente, Trump não compareceu à posse. Ele perdeu popularidade na reta final de seu governo, com a recusa em aceitar a transição de poder, a insistência na narrativa de fraude eleitoral e a incitação de extremistas – que o levou a ser alvo de um segundo processo de impeachment.

Biden marcou o contraste que pretende impor no seu governo, na comparação com o antecessor. Em recado ao mundo, foi claro: os EUA voltarão a ser um parceiro confiável e participarão de negociações internacionais. Como sinal da volta dos americanos ao tabuleiro multilateral, Biden assinou uma ordem para recolocar o país no Acordo Climático de Paris logo que chegou à Casa Branca. Trump havia retirado os americanos do pacto em 2017.

A ausência do republicano na cerimônia foi ignorada por Biden, que agradeceu a seus antecessores presentes e ao vice-presidente do governo Trump, Mike Pence. Na plateia, Barack Obama, Bill Clinton e o republicano George W. Bush acompanharam a cerimônia ao lado das ex-primeiras-damas.

WASHINGTON - Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira, 20, como o 46.º presidente dos EUA com um contundente apelo pela união dos americanos como saída para o acúmulo de crises – econômica, sanitária e política. Depois de meses com as instituições sob ataque do ex-presidente Donald Trump, que questionou a legitimidade das eleições presidenciais, e após uma invasão ao Capitólio por extremistas, Biden considerou que o país havia sido testado e celebrou: “A democracia prevaleceu”.

“Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia”, disse na abertura de seu primeiro discurso como presidente, feito a uma plateia de poucos convidados, com os gramados do National Mall vazios. Por medo de atos violentos, 25 mil homens da Guarda Nacional bloquearam acesso do público. 

Ao lado do combate à pandemia e à crise econômica, Biden elencou o combate ao terrorismo doméstico e ao supremacismo branco como desafios de sua gestão, dando nome ao que Trump evitou condenar e ajudou a inflamar nos seus 1.461 dias como presidente. 

Joe Biden presta juramento ao assumir a presidência: democrata propõe aos cidadãos americanos que troquem o radicalismo pelas boas relações, o diálogo e o respeito Foto: Andrew Harnik/AP

Ao clamar pelo fim da intolerância em um país dividido, Biden chamou o momento atual de uma “guerra incivil” que opõe “o vermelho (cor do Partido Republicano) ao azul (cor do Partido Democrata), o rural ao urbano, o conservador ao liberal”. Em seu discurso, o democrata saudou a ciência, a diversidade, a democracia, a união e a política.

O novo presidente admitiu que assumiu o país em um dos momentos mais difíceis e desafiadores da história e, em solidariedade às famílias dos 400 mil mortos por covid-19 nos EUA, pediu um minuto de silêncio. Em uma de suas 17 ordens executivas assinadas ainda ontem (mais informações nas páginas A14 e A15), Biden determinou a obrigatoriedade do uso de máscara em propriedades federais para evitar a disseminação do coronavírus.

Com a mão sobre uma Bíblia que está com sua família há 128 anos, Biden prometeu proteger a Constituição. Primeira mulher e primeira negra a chegar à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris prestou seu juramento minutos antes em uma cerimônia conduzida pela juíza Sonia Sotomayor, a primeira latina da Suprema Corte.

Eleito em um ano de protestos antirracismo de magnitude comparável aos da época do movimento pelos direitos civis, Biden prometeu lutar pela justiça para todos e organizou uma posse com aceno a diferentes alas da sociedade. Uma performance da cantora Jennifer López, descendente de porto-riquenhos – com direito a uma intervenção da cantora em espanhol –, ocorreu após o juramento prestado por Kamala. 

O governo montado por Biden é o mais diverso da história americana, uma sinalização ao eleitorado jovem que cobra quadros políticos que representem com mais fidelidade a população. O time de Biden é também reconhecido pela experiência política, que o presidente eleito valoriza, um contraponto às nomeações políticas da era Trump.

“Ouçam uns aos outros. Vejam uns aos outros. Mostrem respeito uns pelos outros”, pediu. Há quase 50 anos na política, o ex-senador, ex-vice-presidente e agora presidente americano afirmou que a política “não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não precisa ser causa de guerra total. E devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, afirmou Biden.

O primeiro ato do democrata como presidente foi a proclamação de 20 de janeiro, data em que ocorrem as posses presidenciais, como o Dia Nacional da União. A lista de medidas do democrata em suas primeiras horas de trabalho no Salão Oval inclui a reversão de marcas do governo Trump contra imigrantes, como a paralisação da construção do muro com o México, e a derrubada da restrição de entrada de imigrantes de países de maioria muçulmana.

Em sua última quebra de protocolos como presidente, Trump não compareceu à posse. Ele perdeu popularidade na reta final de seu governo, com a recusa em aceitar a transição de poder, a insistência na narrativa de fraude eleitoral e a incitação de extremistas – que o levou a ser alvo de um segundo processo de impeachment.

Biden marcou o contraste que pretende impor no seu governo, na comparação com o antecessor. Em recado ao mundo, foi claro: os EUA voltarão a ser um parceiro confiável e participarão de negociações internacionais. Como sinal da volta dos americanos ao tabuleiro multilateral, Biden assinou uma ordem para recolocar o país no Acordo Climático de Paris logo que chegou à Casa Branca. Trump havia retirado os americanos do pacto em 2017.

A ausência do republicano na cerimônia foi ignorada por Biden, que agradeceu a seus antecessores presentes e ao vice-presidente do governo Trump, Mike Pence. Na plateia, Barack Obama, Bill Clinton e o republicano George W. Bush acompanharam a cerimônia ao lado das ex-primeiras-damas.

WASHINGTON - Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira, 20, como o 46.º presidente dos EUA com um contundente apelo pela união dos americanos como saída para o acúmulo de crises – econômica, sanitária e política. Depois de meses com as instituições sob ataque do ex-presidente Donald Trump, que questionou a legitimidade das eleições presidenciais, e após uma invasão ao Capitólio por extremistas, Biden considerou que o país havia sido testado e celebrou: “A democracia prevaleceu”.

“Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia”, disse na abertura de seu primeiro discurso como presidente, feito a uma plateia de poucos convidados, com os gramados do National Mall vazios. Por medo de atos violentos, 25 mil homens da Guarda Nacional bloquearam acesso do público. 

Ao lado do combate à pandemia e à crise econômica, Biden elencou o combate ao terrorismo doméstico e ao supremacismo branco como desafios de sua gestão, dando nome ao que Trump evitou condenar e ajudou a inflamar nos seus 1.461 dias como presidente. 

Joe Biden presta juramento ao assumir a presidência: democrata propõe aos cidadãos americanos que troquem o radicalismo pelas boas relações, o diálogo e o respeito Foto: Andrew Harnik/AP

Ao clamar pelo fim da intolerância em um país dividido, Biden chamou o momento atual de uma “guerra incivil” que opõe “o vermelho (cor do Partido Republicano) ao azul (cor do Partido Democrata), o rural ao urbano, o conservador ao liberal”. Em seu discurso, o democrata saudou a ciência, a diversidade, a democracia, a união e a política.

O novo presidente admitiu que assumiu o país em um dos momentos mais difíceis e desafiadores da história e, em solidariedade às famílias dos 400 mil mortos por covid-19 nos EUA, pediu um minuto de silêncio. Em uma de suas 17 ordens executivas assinadas ainda ontem (mais informações nas páginas A14 e A15), Biden determinou a obrigatoriedade do uso de máscara em propriedades federais para evitar a disseminação do coronavírus.

Com a mão sobre uma Bíblia que está com sua família há 128 anos, Biden prometeu proteger a Constituição. Primeira mulher e primeira negra a chegar à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris prestou seu juramento minutos antes em uma cerimônia conduzida pela juíza Sonia Sotomayor, a primeira latina da Suprema Corte.

Eleito em um ano de protestos antirracismo de magnitude comparável aos da época do movimento pelos direitos civis, Biden prometeu lutar pela justiça para todos e organizou uma posse com aceno a diferentes alas da sociedade. Uma performance da cantora Jennifer López, descendente de porto-riquenhos – com direito a uma intervenção da cantora em espanhol –, ocorreu após o juramento prestado por Kamala. 

O governo montado por Biden é o mais diverso da história americana, uma sinalização ao eleitorado jovem que cobra quadros políticos que representem com mais fidelidade a população. O time de Biden é também reconhecido pela experiência política, que o presidente eleito valoriza, um contraponto às nomeações políticas da era Trump.

“Ouçam uns aos outros. Vejam uns aos outros. Mostrem respeito uns pelos outros”, pediu. Há quase 50 anos na política, o ex-senador, ex-vice-presidente e agora presidente americano afirmou que a política “não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não precisa ser causa de guerra total. E devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, afirmou Biden.

O primeiro ato do democrata como presidente foi a proclamação de 20 de janeiro, data em que ocorrem as posses presidenciais, como o Dia Nacional da União. A lista de medidas do democrata em suas primeiras horas de trabalho no Salão Oval inclui a reversão de marcas do governo Trump contra imigrantes, como a paralisação da construção do muro com o México, e a derrubada da restrição de entrada de imigrantes de países de maioria muçulmana.

Em sua última quebra de protocolos como presidente, Trump não compareceu à posse. Ele perdeu popularidade na reta final de seu governo, com a recusa em aceitar a transição de poder, a insistência na narrativa de fraude eleitoral e a incitação de extremistas – que o levou a ser alvo de um segundo processo de impeachment.

Biden marcou o contraste que pretende impor no seu governo, na comparação com o antecessor. Em recado ao mundo, foi claro: os EUA voltarão a ser um parceiro confiável e participarão de negociações internacionais. Como sinal da volta dos americanos ao tabuleiro multilateral, Biden assinou uma ordem para recolocar o país no Acordo Climático de Paris logo que chegou à Casa Branca. Trump havia retirado os americanos do pacto em 2017.

A ausência do republicano na cerimônia foi ignorada por Biden, que agradeceu a seus antecessores presentes e ao vice-presidente do governo Trump, Mike Pence. Na plateia, Barack Obama, Bill Clinton e o republicano George W. Bush acompanharam a cerimônia ao lado das ex-primeiras-damas.

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