Bife de chorizo e vinhos mais caros? Veja como mudanças de Milei podem afetar sua viagem à Argentina


Desvalorização da moeda não fez disparar o câmbio paralelo, conhecido como blue, mais utilizado por turistas, em um cenário de preços internos em alta quase diária, o que pode encarecer gastos

Por Carolina Marins

Gosta de desfrutar de um bom bife de chorizo e uma taça de malbec nos restaurantes de Buenos Aires? Ultimamente, com o avanço do dólar paralelo, a Argentina ficou muito barata para os brasileiros. Mas, com as mudanças econômicas do presidente Javier Milei, o país pode ficar um pouco mais caro.

O país ainda deve se manter uma opção mais barata aos brasileiros frente a outras capitais mundiais, mas a recente desvalorização da moeda promovida pelo novo governo tem provocado aumentos quase diários nos preços dos produtos e serviços, reduzindo o poder de compra mesmo no vantajoso câmbio paralelo do país. E esta é uma tendência que deve se manter pelos próximos meses.

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Para compreender o cálculo aqui é necessário saber que a Argentina possui mais de um tipo de câmbio em circulação. Em uma tentativa de manter a inflação artificialmente controlada, o governo anterior de Alberto Fernández criou diversos tipos de câmbio: um para ser utilizado por exportadores, outro para o cartão de crédito, outro para shows (que ficou conhecido como dólar Coldplay), entre outros fins. O mais utilizado no dia a dia, e por turistas, é o dólar blue, cuja cotação chegava a ser o dobro da oficial no governo anterior.

Quando alguém faz uma transferência de dinheiro por meio de empresas como Western Union, por exemplo, o dólar blue é o utilizado como referência. O mesmo vale para quem faz as trocas em casas de câmbio da famosa Rua Florida, muito turística e conhecida pela presença constante de “arbolitos” gritando “câmbio”. Já se você fizer a conversão pelo Banco Central, estará pagando pelo dólar oficial, menos vantajoso - mas que atualmente não está tão diferente do paralelo.

Turista caminha perto o Obelisco em Buenos Aires, em 7 de novembro Foto: Luis Robayo/AFP
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Quando Milei desvalorizou a moeda em 54%, passando o valor do dólar oficial de 400 pesos para 800 pesos, os demais câmbios não sofreram a alta que costumava se ver nas desvalorizações anteriores. Poucos dias após o anúncio das dez medidas econômicas do ministro Luis “Toto” Caputo, o blue chegou a registrar uma leve subida, dos pouco mais de 900 pesos que valia para 1.150. Porém, voltou a cair e hoje cota abaixo dos mil pesos.

É nesta manutenção da cotação paralela que se explica a perda do poder de compra que a moeda sofrerá. Ainda se mantém vantajoso trocar 1 dólar por mais de 900 pesos, ou R$ 1 por quase 200 pesos argentinos, mas na prática, na hora de comer em restaurantes, comprar produtos em supermercados ou comprar serviços de turismo, o turista gastará mais pesos - já que, agora, a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo ficou muito pequena.

“A nossa moeda enfraqueceu muito quando foi para 800 pesos”, explica o professor de Economia da Universidade de Buenos Aires (UBA) Fabio Rodriguez. “É verdade que o turista já estava usufruindo desse valor, então de fato não há incentivo adicional (para gastos) nessa desvalorização, mas a Argentina ainda está barata para o turista brasileiro.”

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“Não aconteceu de o dólar paralelo ir a 1.500 pesos como se imaginou que poderia acontecer, mas ficou entre 900 e 1.000, o que é o mesmo que podia desfrutar um brasileiro há quatro meses”, completa.

Em agosto, quando o então candidato Sergio Massa era ministro da Economia, sua pasta promoveu uma desvalorização de mais de 20% no valor do peso, e o câmbio paralelo respondeu com saltos minuto a minuto. Na época, o dólar paralelo, que era negociado a cerca de 400 pesos antes da desvalorização de Massa, ultrapassou a barreira dos 700. Desde então, continuou em uma escalada até os valores de hoje.

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Os preços internamente, porém, estão em um salto - que pesa muito mais ao argentino que recebe seu salário em moeda local que ao turista, é verdade. Na semana seguinte à desvalorização, alguns preços saltaram quase 90%, sendo alimentos e bebidas os mais impactados. Consultoras argentinas já preveem que a inflação de dezembro deve ficar na casa dos 30%, depois dos 12% mensal de novembro. Atualmente a argentina tem uma taxa de inflação de 160% na taxa interanual, e deve fechar o ano próxima dos 200%.

Além da inflação, o fim do programa Preços Justos de Fernández e Massa, que mantinha os preços de artigos essenciais sob controle, contribuiu para a disparada. Para janeiro, devem ser liberados novos preços, como de combustível, e serão reduzidos os subsídios, o que deve colocar ainda mais pressão na economia e sociedade argentina. A previsão para os próximos meses é de uma recessão, que alguns economistas apontam ser proposital para afastar a sombra da hiperinflação.

De qualquer forma, o cenário econômico da Argentina ainda é volátil e pode mudar a depender da época da viagem. O novo governo divulgou suas medidas econômicas para acalmar os ânimos e elas foram suficientes para evitar uma compra desenfreada de dólares - o que teria feito disparar o o blue. O mercado financeiro também segue dando um voto de confiança a Milei.

Gosta de desfrutar de um bom bife de chorizo e uma taça de malbec nos restaurantes de Buenos Aires? Ultimamente, com o avanço do dólar paralelo, a Argentina ficou muito barata para os brasileiros. Mas, com as mudanças econômicas do presidente Javier Milei, o país pode ficar um pouco mais caro.

O país ainda deve se manter uma opção mais barata aos brasileiros frente a outras capitais mundiais, mas a recente desvalorização da moeda promovida pelo novo governo tem provocado aumentos quase diários nos preços dos produtos e serviços, reduzindo o poder de compra mesmo no vantajoso câmbio paralelo do país. E esta é uma tendência que deve se manter pelos próximos meses.

Para compreender o cálculo aqui é necessário saber que a Argentina possui mais de um tipo de câmbio em circulação. Em uma tentativa de manter a inflação artificialmente controlada, o governo anterior de Alberto Fernández criou diversos tipos de câmbio: um para ser utilizado por exportadores, outro para o cartão de crédito, outro para shows (que ficou conhecido como dólar Coldplay), entre outros fins. O mais utilizado no dia a dia, e por turistas, é o dólar blue, cuja cotação chegava a ser o dobro da oficial no governo anterior.

Quando alguém faz uma transferência de dinheiro por meio de empresas como Western Union, por exemplo, o dólar blue é o utilizado como referência. O mesmo vale para quem faz as trocas em casas de câmbio da famosa Rua Florida, muito turística e conhecida pela presença constante de “arbolitos” gritando “câmbio”. Já se você fizer a conversão pelo Banco Central, estará pagando pelo dólar oficial, menos vantajoso - mas que atualmente não está tão diferente do paralelo.

Turista caminha perto o Obelisco em Buenos Aires, em 7 de novembro Foto: Luis Robayo/AFP

Quando Milei desvalorizou a moeda em 54%, passando o valor do dólar oficial de 400 pesos para 800 pesos, os demais câmbios não sofreram a alta que costumava se ver nas desvalorizações anteriores. Poucos dias após o anúncio das dez medidas econômicas do ministro Luis “Toto” Caputo, o blue chegou a registrar uma leve subida, dos pouco mais de 900 pesos que valia para 1.150. Porém, voltou a cair e hoje cota abaixo dos mil pesos.

É nesta manutenção da cotação paralela que se explica a perda do poder de compra que a moeda sofrerá. Ainda se mantém vantajoso trocar 1 dólar por mais de 900 pesos, ou R$ 1 por quase 200 pesos argentinos, mas na prática, na hora de comer em restaurantes, comprar produtos em supermercados ou comprar serviços de turismo, o turista gastará mais pesos - já que, agora, a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo ficou muito pequena.

“A nossa moeda enfraqueceu muito quando foi para 800 pesos”, explica o professor de Economia da Universidade de Buenos Aires (UBA) Fabio Rodriguez. “É verdade que o turista já estava usufruindo desse valor, então de fato não há incentivo adicional (para gastos) nessa desvalorização, mas a Argentina ainda está barata para o turista brasileiro.”

“Não aconteceu de o dólar paralelo ir a 1.500 pesos como se imaginou que poderia acontecer, mas ficou entre 900 e 1.000, o que é o mesmo que podia desfrutar um brasileiro há quatro meses”, completa.

Em agosto, quando o então candidato Sergio Massa era ministro da Economia, sua pasta promoveu uma desvalorização de mais de 20% no valor do peso, e o câmbio paralelo respondeu com saltos minuto a minuto. Na época, o dólar paralelo, que era negociado a cerca de 400 pesos antes da desvalorização de Massa, ultrapassou a barreira dos 700. Desde então, continuou em uma escalada até os valores de hoje.

Os preços internamente, porém, estão em um salto - que pesa muito mais ao argentino que recebe seu salário em moeda local que ao turista, é verdade. Na semana seguinte à desvalorização, alguns preços saltaram quase 90%, sendo alimentos e bebidas os mais impactados. Consultoras argentinas já preveem que a inflação de dezembro deve ficar na casa dos 30%, depois dos 12% mensal de novembro. Atualmente a argentina tem uma taxa de inflação de 160% na taxa interanual, e deve fechar o ano próxima dos 200%.

Além da inflação, o fim do programa Preços Justos de Fernández e Massa, que mantinha os preços de artigos essenciais sob controle, contribuiu para a disparada. Para janeiro, devem ser liberados novos preços, como de combustível, e serão reduzidos os subsídios, o que deve colocar ainda mais pressão na economia e sociedade argentina. A previsão para os próximos meses é de uma recessão, que alguns economistas apontam ser proposital para afastar a sombra da hiperinflação.

De qualquer forma, o cenário econômico da Argentina ainda é volátil e pode mudar a depender da época da viagem. O novo governo divulgou suas medidas econômicas para acalmar os ânimos e elas foram suficientes para evitar uma compra desenfreada de dólares - o que teria feito disparar o o blue. O mercado financeiro também segue dando um voto de confiança a Milei.

Gosta de desfrutar de um bom bife de chorizo e uma taça de malbec nos restaurantes de Buenos Aires? Ultimamente, com o avanço do dólar paralelo, a Argentina ficou muito barata para os brasileiros. Mas, com as mudanças econômicas do presidente Javier Milei, o país pode ficar um pouco mais caro.

O país ainda deve se manter uma opção mais barata aos brasileiros frente a outras capitais mundiais, mas a recente desvalorização da moeda promovida pelo novo governo tem provocado aumentos quase diários nos preços dos produtos e serviços, reduzindo o poder de compra mesmo no vantajoso câmbio paralelo do país. E esta é uma tendência que deve se manter pelos próximos meses.

Para compreender o cálculo aqui é necessário saber que a Argentina possui mais de um tipo de câmbio em circulação. Em uma tentativa de manter a inflação artificialmente controlada, o governo anterior de Alberto Fernández criou diversos tipos de câmbio: um para ser utilizado por exportadores, outro para o cartão de crédito, outro para shows (que ficou conhecido como dólar Coldplay), entre outros fins. O mais utilizado no dia a dia, e por turistas, é o dólar blue, cuja cotação chegava a ser o dobro da oficial no governo anterior.

Quando alguém faz uma transferência de dinheiro por meio de empresas como Western Union, por exemplo, o dólar blue é o utilizado como referência. O mesmo vale para quem faz as trocas em casas de câmbio da famosa Rua Florida, muito turística e conhecida pela presença constante de “arbolitos” gritando “câmbio”. Já se você fizer a conversão pelo Banco Central, estará pagando pelo dólar oficial, menos vantajoso - mas que atualmente não está tão diferente do paralelo.

Turista caminha perto o Obelisco em Buenos Aires, em 7 de novembro Foto: Luis Robayo/AFP

Quando Milei desvalorizou a moeda em 54%, passando o valor do dólar oficial de 400 pesos para 800 pesos, os demais câmbios não sofreram a alta que costumava se ver nas desvalorizações anteriores. Poucos dias após o anúncio das dez medidas econômicas do ministro Luis “Toto” Caputo, o blue chegou a registrar uma leve subida, dos pouco mais de 900 pesos que valia para 1.150. Porém, voltou a cair e hoje cota abaixo dos mil pesos.

É nesta manutenção da cotação paralela que se explica a perda do poder de compra que a moeda sofrerá. Ainda se mantém vantajoso trocar 1 dólar por mais de 900 pesos, ou R$ 1 por quase 200 pesos argentinos, mas na prática, na hora de comer em restaurantes, comprar produtos em supermercados ou comprar serviços de turismo, o turista gastará mais pesos - já que, agora, a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo ficou muito pequena.

“A nossa moeda enfraqueceu muito quando foi para 800 pesos”, explica o professor de Economia da Universidade de Buenos Aires (UBA) Fabio Rodriguez. “É verdade que o turista já estava usufruindo desse valor, então de fato não há incentivo adicional (para gastos) nessa desvalorização, mas a Argentina ainda está barata para o turista brasileiro.”

“Não aconteceu de o dólar paralelo ir a 1.500 pesos como se imaginou que poderia acontecer, mas ficou entre 900 e 1.000, o que é o mesmo que podia desfrutar um brasileiro há quatro meses”, completa.

Em agosto, quando o então candidato Sergio Massa era ministro da Economia, sua pasta promoveu uma desvalorização de mais de 20% no valor do peso, e o câmbio paralelo respondeu com saltos minuto a minuto. Na época, o dólar paralelo, que era negociado a cerca de 400 pesos antes da desvalorização de Massa, ultrapassou a barreira dos 700. Desde então, continuou em uma escalada até os valores de hoje.

Os preços internamente, porém, estão em um salto - que pesa muito mais ao argentino que recebe seu salário em moeda local que ao turista, é verdade. Na semana seguinte à desvalorização, alguns preços saltaram quase 90%, sendo alimentos e bebidas os mais impactados. Consultoras argentinas já preveem que a inflação de dezembro deve ficar na casa dos 30%, depois dos 12% mensal de novembro. Atualmente a argentina tem uma taxa de inflação de 160% na taxa interanual, e deve fechar o ano próxima dos 200%.

Além da inflação, o fim do programa Preços Justos de Fernández e Massa, que mantinha os preços de artigos essenciais sob controle, contribuiu para a disparada. Para janeiro, devem ser liberados novos preços, como de combustível, e serão reduzidos os subsídios, o que deve colocar ainda mais pressão na economia e sociedade argentina. A previsão para os próximos meses é de uma recessão, que alguns economistas apontam ser proposital para afastar a sombra da hiperinflação.

De qualquer forma, o cenário econômico da Argentina ainda é volátil e pode mudar a depender da época da viagem. O novo governo divulgou suas medidas econômicas para acalmar os ânimos e elas foram suficientes para evitar uma compra desenfreada de dólares - o que teria feito disparar o o blue. O mercado financeiro também segue dando um voto de confiança a Milei.

Gosta de desfrutar de um bom bife de chorizo e uma taça de malbec nos restaurantes de Buenos Aires? Ultimamente, com o avanço do dólar paralelo, a Argentina ficou muito barata para os brasileiros. Mas, com as mudanças econômicas do presidente Javier Milei, o país pode ficar um pouco mais caro.

O país ainda deve se manter uma opção mais barata aos brasileiros frente a outras capitais mundiais, mas a recente desvalorização da moeda promovida pelo novo governo tem provocado aumentos quase diários nos preços dos produtos e serviços, reduzindo o poder de compra mesmo no vantajoso câmbio paralelo do país. E esta é uma tendência que deve se manter pelos próximos meses.

Para compreender o cálculo aqui é necessário saber que a Argentina possui mais de um tipo de câmbio em circulação. Em uma tentativa de manter a inflação artificialmente controlada, o governo anterior de Alberto Fernández criou diversos tipos de câmbio: um para ser utilizado por exportadores, outro para o cartão de crédito, outro para shows (que ficou conhecido como dólar Coldplay), entre outros fins. O mais utilizado no dia a dia, e por turistas, é o dólar blue, cuja cotação chegava a ser o dobro da oficial no governo anterior.

Quando alguém faz uma transferência de dinheiro por meio de empresas como Western Union, por exemplo, o dólar blue é o utilizado como referência. O mesmo vale para quem faz as trocas em casas de câmbio da famosa Rua Florida, muito turística e conhecida pela presença constante de “arbolitos” gritando “câmbio”. Já se você fizer a conversão pelo Banco Central, estará pagando pelo dólar oficial, menos vantajoso - mas que atualmente não está tão diferente do paralelo.

Turista caminha perto o Obelisco em Buenos Aires, em 7 de novembro Foto: Luis Robayo/AFP

Quando Milei desvalorizou a moeda em 54%, passando o valor do dólar oficial de 400 pesos para 800 pesos, os demais câmbios não sofreram a alta que costumava se ver nas desvalorizações anteriores. Poucos dias após o anúncio das dez medidas econômicas do ministro Luis “Toto” Caputo, o blue chegou a registrar uma leve subida, dos pouco mais de 900 pesos que valia para 1.150. Porém, voltou a cair e hoje cota abaixo dos mil pesos.

É nesta manutenção da cotação paralela que se explica a perda do poder de compra que a moeda sofrerá. Ainda se mantém vantajoso trocar 1 dólar por mais de 900 pesos, ou R$ 1 por quase 200 pesos argentinos, mas na prática, na hora de comer em restaurantes, comprar produtos em supermercados ou comprar serviços de turismo, o turista gastará mais pesos - já que, agora, a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo ficou muito pequena.

“A nossa moeda enfraqueceu muito quando foi para 800 pesos”, explica o professor de Economia da Universidade de Buenos Aires (UBA) Fabio Rodriguez. “É verdade que o turista já estava usufruindo desse valor, então de fato não há incentivo adicional (para gastos) nessa desvalorização, mas a Argentina ainda está barata para o turista brasileiro.”

“Não aconteceu de o dólar paralelo ir a 1.500 pesos como se imaginou que poderia acontecer, mas ficou entre 900 e 1.000, o que é o mesmo que podia desfrutar um brasileiro há quatro meses”, completa.

Em agosto, quando o então candidato Sergio Massa era ministro da Economia, sua pasta promoveu uma desvalorização de mais de 20% no valor do peso, e o câmbio paralelo respondeu com saltos minuto a minuto. Na época, o dólar paralelo, que era negociado a cerca de 400 pesos antes da desvalorização de Massa, ultrapassou a barreira dos 700. Desde então, continuou em uma escalada até os valores de hoje.

Os preços internamente, porém, estão em um salto - que pesa muito mais ao argentino que recebe seu salário em moeda local que ao turista, é verdade. Na semana seguinte à desvalorização, alguns preços saltaram quase 90%, sendo alimentos e bebidas os mais impactados. Consultoras argentinas já preveem que a inflação de dezembro deve ficar na casa dos 30%, depois dos 12% mensal de novembro. Atualmente a argentina tem uma taxa de inflação de 160% na taxa interanual, e deve fechar o ano próxima dos 200%.

Além da inflação, o fim do programa Preços Justos de Fernández e Massa, que mantinha os preços de artigos essenciais sob controle, contribuiu para a disparada. Para janeiro, devem ser liberados novos preços, como de combustível, e serão reduzidos os subsídios, o que deve colocar ainda mais pressão na economia e sociedade argentina. A previsão para os próximos meses é de uma recessão, que alguns economistas apontam ser proposital para afastar a sombra da hiperinflação.

De qualquer forma, o cenário econômico da Argentina ainda é volátil e pode mudar a depender da época da viagem. O novo governo divulgou suas medidas econômicas para acalmar os ânimos e elas foram suficientes para evitar uma compra desenfreada de dólares - o que teria feito disparar o o blue. O mercado financeiro também segue dando um voto de confiança a Milei.

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