Bispo detido na Nicarágua é condenado a 26 anos de prisão por ‘traição à pátria’


Espanha oferece cidadania espanhola aos 222 presos políticos libertados e expulsos para os EUA; bispo se negou a deixar seu país

Por Redação
Atualização:

TEGUCIGALPA - O bispo nicaraguense Rolando José Álvarez Lagos, muito crítico ao governo do presidente Daniel Ortega, foi condenado nesta sexta-feira, 10, a 26 anos e 4 meses de prisão após ser considerado culpado de crimes considerados “traição à pátria”.

O magistrado Octavio Rothschuh Andino, presidente da Câmara Um do Tribunal de Apelações de Manágua, leu a sentença contra o bispo Álvarez, condenado um dia depois de se recusar a embarcar em um avião com 222 presos nicaraguenses que foram libertados e enviados aos Estados Unidos.

Depois de o bispo se recusar a embarcar no avião, o presidente Ortega anunciou ontem à noite que Álvarez havia sido transferido de sua residência, onde estava em prisão domiciliar desde agosto, para o Sistema Penitenciário Nacional, conhecido como prisão modelo da Nicarágua.

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Em imagem de arquivo, o bispo Rolando Alvarez fala à imprensa na igreja Santo Cristo de Esquipulas Foto: STR / AFP - 20/05/2022

Álvarez, de 56 anos, é o primeiro bispo a ser preso, acusado e condenado desde que Ortega voltou ao poder na Nicarágua em 2007.

O bispo foi retirado pela polícia de um palácio episcopal provincial na madrugada do dia 19 de agosto junto com quatro padres, dois seminaristas e um cinegrafista, depois de ficar confinado ali por 15 dias.

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Álvarez foi considerado culpado dos crimes de atentado à integridade nacional, propagação de notícias falsas por meio de tecnologias de informação e comunicação, obstrução agravada de funções, desobediência ou desacato à autoridade, todos cometidos em detrimento da sociedade nicaraguense e do Estado da Nicarágua.

Além disso, o bispo nicaraguense foi impedido permanentemente de exercer cargos públicos em nome ou a serviço do Estado da Nicarágua, bem como de ocupar cargos de eleição popular.

“Da mesma forma, declara-se a perda dos direitos de cidadão do condenado, que será perpétua, tudo isso por ser o autor do crime de ofensa à integridade nacional em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense”, destaca a decisão judicial. O tribunal também declarou “a perda da nacionalidade nicaraguense” do bispo.

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Espanha

O governo da Espanha oferecerá a cidadania espanhola aos 222 presos políticos libertados e expulsos para os EUA que também serão despojados de sua nacionalidade, informou o chanceler José Manuel Albares.

O ministro disse que entrará em contato com os opositores e o trâmite poderia ser rápido, por meio da carta de naturalização.

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Pôster com a foto do bispo Rolando Alvarez e o papa Francisco dentro da Catedral de Matagalpa Foto: Inti Ocon/AP - 19/08/2022

Entre os opositores libertados, está a ex-pré-candidata presidencial Cristiana Chamorro e seu irmão e ex-ministro Pedro Joaquín Chamorro. Ambos são filhos de Violeta Barrios de Chamorro, que foi presidente da Nicarágua entre 1990 e 1997.

O juiz nicaraguense que certificou a expulsão informou que todos foram perpetuamente despojados de seus direitos políticos e o governo lhes retiraria a nacionalidade. O Parlamento integrado por partidários de Ortega aprovou, na quinta-feira, uma lei segundo a qual os “traidores da pátria perdem a nacionalidade nicaraguense”. A norma requer uma segunda aprovação no Congresso no segundo semestre, algo considerado certo./EFE e AFP

TEGUCIGALPA - O bispo nicaraguense Rolando José Álvarez Lagos, muito crítico ao governo do presidente Daniel Ortega, foi condenado nesta sexta-feira, 10, a 26 anos e 4 meses de prisão após ser considerado culpado de crimes considerados “traição à pátria”.

O magistrado Octavio Rothschuh Andino, presidente da Câmara Um do Tribunal de Apelações de Manágua, leu a sentença contra o bispo Álvarez, condenado um dia depois de se recusar a embarcar em um avião com 222 presos nicaraguenses que foram libertados e enviados aos Estados Unidos.

Depois de o bispo se recusar a embarcar no avião, o presidente Ortega anunciou ontem à noite que Álvarez havia sido transferido de sua residência, onde estava em prisão domiciliar desde agosto, para o Sistema Penitenciário Nacional, conhecido como prisão modelo da Nicarágua.

Em imagem de arquivo, o bispo Rolando Alvarez fala à imprensa na igreja Santo Cristo de Esquipulas Foto: STR / AFP - 20/05/2022

Álvarez, de 56 anos, é o primeiro bispo a ser preso, acusado e condenado desde que Ortega voltou ao poder na Nicarágua em 2007.

O bispo foi retirado pela polícia de um palácio episcopal provincial na madrugada do dia 19 de agosto junto com quatro padres, dois seminaristas e um cinegrafista, depois de ficar confinado ali por 15 dias.

Álvarez foi considerado culpado dos crimes de atentado à integridade nacional, propagação de notícias falsas por meio de tecnologias de informação e comunicação, obstrução agravada de funções, desobediência ou desacato à autoridade, todos cometidos em detrimento da sociedade nicaraguense e do Estado da Nicarágua.

Além disso, o bispo nicaraguense foi impedido permanentemente de exercer cargos públicos em nome ou a serviço do Estado da Nicarágua, bem como de ocupar cargos de eleição popular.

“Da mesma forma, declara-se a perda dos direitos de cidadão do condenado, que será perpétua, tudo isso por ser o autor do crime de ofensa à integridade nacional em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense”, destaca a decisão judicial. O tribunal também declarou “a perda da nacionalidade nicaraguense” do bispo.

Espanha

O governo da Espanha oferecerá a cidadania espanhola aos 222 presos políticos libertados e expulsos para os EUA que também serão despojados de sua nacionalidade, informou o chanceler José Manuel Albares.

O ministro disse que entrará em contato com os opositores e o trâmite poderia ser rápido, por meio da carta de naturalização.

Pôster com a foto do bispo Rolando Alvarez e o papa Francisco dentro da Catedral de Matagalpa Foto: Inti Ocon/AP - 19/08/2022

Entre os opositores libertados, está a ex-pré-candidata presidencial Cristiana Chamorro e seu irmão e ex-ministro Pedro Joaquín Chamorro. Ambos são filhos de Violeta Barrios de Chamorro, que foi presidente da Nicarágua entre 1990 e 1997.

O juiz nicaraguense que certificou a expulsão informou que todos foram perpetuamente despojados de seus direitos políticos e o governo lhes retiraria a nacionalidade. O Parlamento integrado por partidários de Ortega aprovou, na quinta-feira, uma lei segundo a qual os “traidores da pátria perdem a nacionalidade nicaraguense”. A norma requer uma segunda aprovação no Congresso no segundo semestre, algo considerado certo./EFE e AFP

TEGUCIGALPA - O bispo nicaraguense Rolando José Álvarez Lagos, muito crítico ao governo do presidente Daniel Ortega, foi condenado nesta sexta-feira, 10, a 26 anos e 4 meses de prisão após ser considerado culpado de crimes considerados “traição à pátria”.

O magistrado Octavio Rothschuh Andino, presidente da Câmara Um do Tribunal de Apelações de Manágua, leu a sentença contra o bispo Álvarez, condenado um dia depois de se recusar a embarcar em um avião com 222 presos nicaraguenses que foram libertados e enviados aos Estados Unidos.

Depois de o bispo se recusar a embarcar no avião, o presidente Ortega anunciou ontem à noite que Álvarez havia sido transferido de sua residência, onde estava em prisão domiciliar desde agosto, para o Sistema Penitenciário Nacional, conhecido como prisão modelo da Nicarágua.

Em imagem de arquivo, o bispo Rolando Alvarez fala à imprensa na igreja Santo Cristo de Esquipulas Foto: STR / AFP - 20/05/2022

Álvarez, de 56 anos, é o primeiro bispo a ser preso, acusado e condenado desde que Ortega voltou ao poder na Nicarágua em 2007.

O bispo foi retirado pela polícia de um palácio episcopal provincial na madrugada do dia 19 de agosto junto com quatro padres, dois seminaristas e um cinegrafista, depois de ficar confinado ali por 15 dias.

Álvarez foi considerado culpado dos crimes de atentado à integridade nacional, propagação de notícias falsas por meio de tecnologias de informação e comunicação, obstrução agravada de funções, desobediência ou desacato à autoridade, todos cometidos em detrimento da sociedade nicaraguense e do Estado da Nicarágua.

Além disso, o bispo nicaraguense foi impedido permanentemente de exercer cargos públicos em nome ou a serviço do Estado da Nicarágua, bem como de ocupar cargos de eleição popular.

“Da mesma forma, declara-se a perda dos direitos de cidadão do condenado, que será perpétua, tudo isso por ser o autor do crime de ofensa à integridade nacional em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense”, destaca a decisão judicial. O tribunal também declarou “a perda da nacionalidade nicaraguense” do bispo.

Espanha

O governo da Espanha oferecerá a cidadania espanhola aos 222 presos políticos libertados e expulsos para os EUA que também serão despojados de sua nacionalidade, informou o chanceler José Manuel Albares.

O ministro disse que entrará em contato com os opositores e o trâmite poderia ser rápido, por meio da carta de naturalização.

Pôster com a foto do bispo Rolando Alvarez e o papa Francisco dentro da Catedral de Matagalpa Foto: Inti Ocon/AP - 19/08/2022

Entre os opositores libertados, está a ex-pré-candidata presidencial Cristiana Chamorro e seu irmão e ex-ministro Pedro Joaquín Chamorro. Ambos são filhos de Violeta Barrios de Chamorro, que foi presidente da Nicarágua entre 1990 e 1997.

O juiz nicaraguense que certificou a expulsão informou que todos foram perpetuamente despojados de seus direitos políticos e o governo lhes retiraria a nacionalidade. O Parlamento integrado por partidários de Ortega aprovou, na quinta-feira, uma lei segundo a qual os “traidores da pátria perdem a nacionalidade nicaraguense”. A norma requer uma segunda aprovação no Congresso no segundo semestre, algo considerado certo./EFE e AFP

TEGUCIGALPA - O bispo nicaraguense Rolando José Álvarez Lagos, muito crítico ao governo do presidente Daniel Ortega, foi condenado nesta sexta-feira, 10, a 26 anos e 4 meses de prisão após ser considerado culpado de crimes considerados “traição à pátria”.

O magistrado Octavio Rothschuh Andino, presidente da Câmara Um do Tribunal de Apelações de Manágua, leu a sentença contra o bispo Álvarez, condenado um dia depois de se recusar a embarcar em um avião com 222 presos nicaraguenses que foram libertados e enviados aos Estados Unidos.

Depois de o bispo se recusar a embarcar no avião, o presidente Ortega anunciou ontem à noite que Álvarez havia sido transferido de sua residência, onde estava em prisão domiciliar desde agosto, para o Sistema Penitenciário Nacional, conhecido como prisão modelo da Nicarágua.

Em imagem de arquivo, o bispo Rolando Alvarez fala à imprensa na igreja Santo Cristo de Esquipulas Foto: STR / AFP - 20/05/2022

Álvarez, de 56 anos, é o primeiro bispo a ser preso, acusado e condenado desde que Ortega voltou ao poder na Nicarágua em 2007.

O bispo foi retirado pela polícia de um palácio episcopal provincial na madrugada do dia 19 de agosto junto com quatro padres, dois seminaristas e um cinegrafista, depois de ficar confinado ali por 15 dias.

Álvarez foi considerado culpado dos crimes de atentado à integridade nacional, propagação de notícias falsas por meio de tecnologias de informação e comunicação, obstrução agravada de funções, desobediência ou desacato à autoridade, todos cometidos em detrimento da sociedade nicaraguense e do Estado da Nicarágua.

Além disso, o bispo nicaraguense foi impedido permanentemente de exercer cargos públicos em nome ou a serviço do Estado da Nicarágua, bem como de ocupar cargos de eleição popular.

“Da mesma forma, declara-se a perda dos direitos de cidadão do condenado, que será perpétua, tudo isso por ser o autor do crime de ofensa à integridade nacional em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense”, destaca a decisão judicial. O tribunal também declarou “a perda da nacionalidade nicaraguense” do bispo.

Espanha

O governo da Espanha oferecerá a cidadania espanhola aos 222 presos políticos libertados e expulsos para os EUA que também serão despojados de sua nacionalidade, informou o chanceler José Manuel Albares.

O ministro disse que entrará em contato com os opositores e o trâmite poderia ser rápido, por meio da carta de naturalização.

Pôster com a foto do bispo Rolando Alvarez e o papa Francisco dentro da Catedral de Matagalpa Foto: Inti Ocon/AP - 19/08/2022

Entre os opositores libertados, está a ex-pré-candidata presidencial Cristiana Chamorro e seu irmão e ex-ministro Pedro Joaquín Chamorro. Ambos são filhos de Violeta Barrios de Chamorro, que foi presidente da Nicarágua entre 1990 e 1997.

O juiz nicaraguense que certificou a expulsão informou que todos foram perpetuamente despojados de seus direitos políticos e o governo lhes retiraria a nacionalidade. O Parlamento integrado por partidários de Ortega aprovou, na quinta-feira, uma lei segundo a qual os “traidores da pátria perdem a nacionalidade nicaraguense”. A norma requer uma segunda aprovação no Congresso no segundo semestre, algo considerado certo./EFE e AFP

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