O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, vai encontrar-se na quinta-feira, em Jerusalém, com o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e na Cidade de Gaza com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Yasser Arafat, informaram assessores de ambas as partes. A viagem de Blair pelo Oriente Médio começa quarta-feira, pela Arábia Saudita. A rádio pública de Israel informou que nessa "visita-supresa" Blair poderá apresentar um esboço de plano para a solução do conflito palestino-israelense. A emissora lembrou que o chanceler da Grã-Bretanha, Jack Straw, expôs recentemente ao governo americano algumas idéias de plano de paz para a região. A embaixada britânica em Israel não fez comentários. O chefe de governo britânico e outros líderes europeus aliados dos Estados Unidos na coalizão global contra o terrorismo estão se empenhando em buscar um cessar-fogo na região, para manter o apoio dos países árabes e muçulmanos aos bombardeios contra o Afeganistão. Na sexta-feira, Arafat e o chanceler israelense, Shimon Peres, vão participar, na Ilha de Maiorca, na Espanha, de um fórum econômico dos países do Mediterrâneo. Mas um porta-voz de Peres adiantou que não está previsto nenhum encontro entre os dois. As tropas israelenses ainda permanecem em quatro cidades autônomas palestinas, reocupadas por Israel há cerca de dez dias, e não há previsão de data para sua retirada. No domingo, os militares saíram das cidades de Belém e Beit Jala. Em Tel-Aviv, o general Gil Regev, chefe de pessoal do Exército, afirmou que provavelmente estão mortos os três soldados israelenses seqüestrados pelo grupo guerrilheiro libanês Hezbollah em outubro do ano passado, numa região disputada da fronteira entre o Líbano e Israel. "Nossa hipótese mudou. Até hoje, considerávamos que eles estivessem vivos. De agora em diante, partiremos do pressuposto de que estão mortos", disse Regev. Ele acrescentou apenas que o Exército recebeu recentemente novas informações sobre o destino dos soldados, mas não deu detalhes.