Bolsonaro vira alvo da imprensa internacional


Presidente brasileiro atribui as críticas e a imagem ruim de seu governo no exterior ao fato de a mídia estrangeira ser de ‘esquerda’

Por Redação
Atualização:

LONDRES - O presidente Jair Bolsonaro atribuiu ontem a imagem ruim do Brasil no exterior ao fato de a imprensa internacional ser “de esquerda”. “A imprensa mundial é de esquerda. O (Donald) Trump (presidente dos EUA) sofre muito com isso”, disse o presidente a uma apoiadora na saída do Palácio da Alvorada. 

Bolsonaro vem sendo duramente criticado pela imprensa internacional. Ontem foi a vez do Financial Times publicar um artigo afirmando que ele está levando o Brasil ao “desastre” com sua condução da crise. Fundado em janeiro de 1888 – pouco antes de a princesa Isabel assinar a Lei Áurea –, o Financial Times é um jornal focado em temas econômicos e de forte caráter liberal. 

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O presidente Jair Bolsonaro em frente ao Palacio da Alvorada; criticado pela imprensa internacional Foto: Gabriela Biló/Estadão

A crítica a Bolsonaro foi assinada pelo colunista Gideon Rachman, o principal analista de assuntos externos do jornal. No texto, ele disse que o presidente brasileiro adotou uma abordagem semelhante à de Donald Trump, mas ainda mais “irresponsável e perigosa”. 

“Ambos os líderes ficaram obcecados com as propriedades supostamente curativas da hidroxicloroquina. Mas, enquanto Trump está apenas tomando o produto, Bolsonaro forçou o Ministério da Saúde a emitir novas diretrizes, recomendando o medicamento para pacientes com coronavírus”, escreveu. “O Brasil está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente.”

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No fim de semana, a revista americana Time publicou uma reportagem com o título “Brasil começa a perder a luta contra o coronavírus – e seu presidente está olhando para o outro lado”. “O presidente pode ainda sobreviver, mas muitos cidadãos brasileiros não vão”, afirmou a reportagem, ao falar que Bolsonaro incentiva as pessoas a abandonarem o isolamento social.

O texto contextualiza ainda a crise política provocada por Bolsonaro contra governadores que apoiam medidas restritivas para combater a doença, além das demissões dos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e de seus atritos com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para proteger parentes. Moro, ao ser entrevistado pela Time, disse que a “dificuldade no combate à pandemia no Brasil” ocorre em razão da posição “negacionista” do presidente.

 O Telegraph, tradicionalmente alinhado ao conservadorismo britânico, publicou ontem que o Brasil enfrenta uma “implosão política” e um vírus mortífero fora de controle. “Bolsonaro, agora, pode se tornar conhecido como o homem que quebrou o Brasil”, disse o diário, que descreve o presidente como “um líder ciumento e vingativo dirigindo uma nação em crise”.

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No domingo, foi a vez do New York Times. O jornal americano chamou o brasileiro de “cético pandêmico”. “Enquanto hospitais entravam em colapso, Bolsonaro passou os últimos meses brigando com a Suprema Corte, com o Congresso e até com seus ministros”. / AFP e EFE

LONDRES - O presidente Jair Bolsonaro atribuiu ontem a imagem ruim do Brasil no exterior ao fato de a imprensa internacional ser “de esquerda”. “A imprensa mundial é de esquerda. O (Donald) Trump (presidente dos EUA) sofre muito com isso”, disse o presidente a uma apoiadora na saída do Palácio da Alvorada. 

Bolsonaro vem sendo duramente criticado pela imprensa internacional. Ontem foi a vez do Financial Times publicar um artigo afirmando que ele está levando o Brasil ao “desastre” com sua condução da crise. Fundado em janeiro de 1888 – pouco antes de a princesa Isabel assinar a Lei Áurea –, o Financial Times é um jornal focado em temas econômicos e de forte caráter liberal. 

O presidente Jair Bolsonaro em frente ao Palacio da Alvorada; criticado pela imprensa internacional Foto: Gabriela Biló/Estadão

A crítica a Bolsonaro foi assinada pelo colunista Gideon Rachman, o principal analista de assuntos externos do jornal. No texto, ele disse que o presidente brasileiro adotou uma abordagem semelhante à de Donald Trump, mas ainda mais “irresponsável e perigosa”. 

“Ambos os líderes ficaram obcecados com as propriedades supostamente curativas da hidroxicloroquina. Mas, enquanto Trump está apenas tomando o produto, Bolsonaro forçou o Ministério da Saúde a emitir novas diretrizes, recomendando o medicamento para pacientes com coronavírus”, escreveu. “O Brasil está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente.”

No fim de semana, a revista americana Time publicou uma reportagem com o título “Brasil começa a perder a luta contra o coronavírus – e seu presidente está olhando para o outro lado”. “O presidente pode ainda sobreviver, mas muitos cidadãos brasileiros não vão”, afirmou a reportagem, ao falar que Bolsonaro incentiva as pessoas a abandonarem o isolamento social.

O texto contextualiza ainda a crise política provocada por Bolsonaro contra governadores que apoiam medidas restritivas para combater a doença, além das demissões dos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e de seus atritos com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para proteger parentes. Moro, ao ser entrevistado pela Time, disse que a “dificuldade no combate à pandemia no Brasil” ocorre em razão da posição “negacionista” do presidente.

 O Telegraph, tradicionalmente alinhado ao conservadorismo britânico, publicou ontem que o Brasil enfrenta uma “implosão política” e um vírus mortífero fora de controle. “Bolsonaro, agora, pode se tornar conhecido como o homem que quebrou o Brasil”, disse o diário, que descreve o presidente como “um líder ciumento e vingativo dirigindo uma nação em crise”.

No domingo, foi a vez do New York Times. O jornal americano chamou o brasileiro de “cético pandêmico”. “Enquanto hospitais entravam em colapso, Bolsonaro passou os últimos meses brigando com a Suprema Corte, com o Congresso e até com seus ministros”. / AFP e EFE

LONDRES - O presidente Jair Bolsonaro atribuiu ontem a imagem ruim do Brasil no exterior ao fato de a imprensa internacional ser “de esquerda”. “A imprensa mundial é de esquerda. O (Donald) Trump (presidente dos EUA) sofre muito com isso”, disse o presidente a uma apoiadora na saída do Palácio da Alvorada. 

Bolsonaro vem sendo duramente criticado pela imprensa internacional. Ontem foi a vez do Financial Times publicar um artigo afirmando que ele está levando o Brasil ao “desastre” com sua condução da crise. Fundado em janeiro de 1888 – pouco antes de a princesa Isabel assinar a Lei Áurea –, o Financial Times é um jornal focado em temas econômicos e de forte caráter liberal. 

O presidente Jair Bolsonaro em frente ao Palacio da Alvorada; criticado pela imprensa internacional Foto: Gabriela Biló/Estadão

A crítica a Bolsonaro foi assinada pelo colunista Gideon Rachman, o principal analista de assuntos externos do jornal. No texto, ele disse que o presidente brasileiro adotou uma abordagem semelhante à de Donald Trump, mas ainda mais “irresponsável e perigosa”. 

“Ambos os líderes ficaram obcecados com as propriedades supostamente curativas da hidroxicloroquina. Mas, enquanto Trump está apenas tomando o produto, Bolsonaro forçou o Ministério da Saúde a emitir novas diretrizes, recomendando o medicamento para pacientes com coronavírus”, escreveu. “O Brasil está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente.”

No fim de semana, a revista americana Time publicou uma reportagem com o título “Brasil começa a perder a luta contra o coronavírus – e seu presidente está olhando para o outro lado”. “O presidente pode ainda sobreviver, mas muitos cidadãos brasileiros não vão”, afirmou a reportagem, ao falar que Bolsonaro incentiva as pessoas a abandonarem o isolamento social.

O texto contextualiza ainda a crise política provocada por Bolsonaro contra governadores que apoiam medidas restritivas para combater a doença, além das demissões dos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e de seus atritos com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para proteger parentes. Moro, ao ser entrevistado pela Time, disse que a “dificuldade no combate à pandemia no Brasil” ocorre em razão da posição “negacionista” do presidente.

 O Telegraph, tradicionalmente alinhado ao conservadorismo britânico, publicou ontem que o Brasil enfrenta uma “implosão política” e um vírus mortífero fora de controle. “Bolsonaro, agora, pode se tornar conhecido como o homem que quebrou o Brasil”, disse o diário, que descreve o presidente como “um líder ciumento e vingativo dirigindo uma nação em crise”.

No domingo, foi a vez do New York Times. O jornal americano chamou o brasileiro de “cético pandêmico”. “Enquanto hospitais entravam em colapso, Bolsonaro passou os últimos meses brigando com a Suprema Corte, com o Congresso e até com seus ministros”. / AFP e EFE

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