Um ataque de mísseis russos na cidade ucraniana de Poltava, no leste do país, matou pelo menos 49 pessoas e feriu outras 219 nesta terça-feira, 3, segundo um comunicado do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
Dois mísseis balísticos atingiram uma instituição educacional na cidade, segundo Zelenski, bem como um hospital vizinho, prendendo pessoas sob os escombros. Uma operação de busca e resgate estava em andamento.
“Minhas condolências a todos os familiares e amigos”, disse o presidente ucraniano. “Sou grato a cada pessoa que tem ajudado as pessoas que estão salvando vidas desde os primeiros minutos após o impacto.”
Segundo o ministério da Defesa da Ucrânia, o intervalo de tempo entre as sirenes e o ataque foi tão curto que muitas pessoas morreram a caminho do abrigo. A sociedade civil se organizou para ajudar e muitas pessoas fizeram uma fila em um hospital próximo para doar sangue e ajudar os feridos.
Na semana passada, a Rússia atingiu cidades em todo o território ucraniano com mísseis e drones, incluindo mais de 200 no dia 27 de agosto.
A mídia ucraniana informou que os mortos eram cadetes do Instituto de Comunicações, na fila para um evento. “Ordenei uma investigação completa e imediata de todas as circunstâncias do que aconteceu”, disse Zelenski.
Ataques
Mais de três semanas após o início do plano do chefe militar ucraniano de virar a maré da guerra enviando tropas para a Rússia, nem tudo está ocorrendo como planejado, e os russos ainda estão avançando dentro da Ucrânia.
A ofensiva da Rússia continua mesmo com centenas de seus soldados em prisões ucranianas e centenas de quilômetros quadrados de seu território soberano sob controle ucraniano.
Saiba mais
Na segunda-feira, 2, as defesas antiaéreas ucranianas derrubaram pelo menos 20 mísseis lançados contra Kiev, a capital do país, segundo as autoridades locais, em um ataque que deixou dois feridos. Na semana passada, um caça F-16 foi abatido pelos russos enquanto se defendia de uma saraivada de mísseis de Moscou. O piloto morreu após o ataque e Zelenski demitiu o chefe da Força Aérea depois do ocorrido./com NYT