Boris Johnson diz que não disputará cargo de premiê e abre caminho para Rishi Sunak


Ex-premiê do Reino Unido havia voltado mais cedo de férias no Caribe para lidar com crise após renúncia de Liz Truss

Por Redação
Atualização:

LONDRES — Sem apoio, o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que não vai competir pela liderança do Partido Conservador que o conduziria novamente ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.

Com isso, seu ex-ministro das Finanças, Rishi Sunak, ganha ainda mais chances de assumir o posto renunciado por Liz Truss. Ele confirmou sua candidatura na mesma data, e conta com 146 endossos de outros membros do partido de acordo com a BBC —mais do que os cem necessários para concorrer. Boris, por sua vez, tinha reunido apenas 60 apoios.

Após interromper um viagem no Caribe, Boris conversou com os dois principais rivais — além de Sunak, ligou para a ministra Penny Mordaunt —, em uma tentativa de convencê-los a embarcar em sua tentativa de voltar ao cargo. Mas, após chegar a apenas 60 apoiadores declarados na noite de domingo, bem abaixo do limite de 100 necessários para vencer, o polêmico ex-premier, que renunciou há poucos meses, anunciou que não disputará o cargo.

continua após a publicidade
Boris Johnson discursa pela última vez antes de deixar o governo; ex-premiê desistiu apesar de ser considerado um forte candidato Foto: Toby Melville/ Reuters

No sábado, o ex-primeiro-ministro se reuniu com Sunak para o primeiro encontro entre os dois em meses. No entanto, ele não conseguiu nem o seu apoio, nem o de outra candidata forte à corrida, Penny Mordaunt.

“Temo que a melhor coisa é não deixar minha nomeação ir adiante e me comprometer a apoiar quem quer que vença”, disse Boris, segundo o Guardian. “Acredito que tenho muito a oferecer, mas sinto que este simplesmente não é o momento ideal.”

continua após a publicidade

A base de apoio pró-Johnson no Parlamento incluia nomes importantes do partido, como o secretário de negócios Jacob Rees-Mogg, e o presidente da COP-26, endossaram a candidatura de Johnson nesta sexta-feira, 21.

O partido tem 347 assentos, o que significa que haverá no máximo três nomes na disputa — e a maioria dos comentaristas políticos crê que não deve haver muita vontade de entregar as chaves de Downing Street novamente ao seu antigo ocupante.

continua após a publicidade

Embora a oposição tenha aumentado a pressão pela convocação de eleições gerais antecipadas após a renúncia de Truss, o Partido Conservador atualmente com maioria no Parlamento não precisa convocar eleições antes de 2024. De acordo com Graham Brady, chefe do comitê 1922 (que cuida das eleições do Partido Conservador), o novo premiê será escolhido durante um processo interno, até no máximo dia 28.

Os parlamentares terão até a segunda-feira, 24, para indicarem seus candidatos, que precisarão de ao menos 100 indicações para terem uma chance pela liderança. Se apenas um parlamentar chegar ao número, ele será o novo premiê. Se houver mais de um candidato, a escolha será feita em uma eleição virtual, aberta aos filiados do partido.

Segundo uma pesquisa feita pelo YouGov com membros do Partido Conservador na última terça-feira, 18, 63% achavam que Johnson seria um bom substituto para Truss, com 32% colocando-o como seu principal candidato. Sunak apareceu em 2° lugar, com 23%.

continua após a publicidade

Corrida por Downing Street

Embora Boris Johnson tenha tomado todos os holofotes sem dizer uma única palavra, outros parlamentares britânicos entraram na disputa pelo apoio dos correligionários na disputa.

continua após a publicidade

A líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, foi a primeira a lançar sua candidatura. Ex-secretária de Defesa e reservista da da Marinha Real, a conservadora de 49 anos iniciou a campanha tentando se apresentar como um “novo começo” para o partido.

Mais votado na eleição para escolher o sucessor de Boris Johnson na etapa entre os parlamentares, Rishi Sunak parece liderar também este pleito.

Rishi Sunak começa a corrida por Downing Street novamente como favorito. Foto: Chris Ratcliffe/ Bloomberg
continua após a publicidade

Embora tenha sido derrotado por Liz Truss na votação popular, o ex-secretário do Tesouro carrega consigo o mérito de ter antecipado que os planos econômicos da adversária não tinham sustentação — o pacote de medidas para a economia apresentado pela premiê foi o começo do fim de seu breve governo.

Sunak também carrega apoios importantes dentro do partido, como o ex-secretário de Saúde Sajid Javid, outro que desembarcou do gabinete de Johnson na crise de julho, e o ex-chanceler Dominic Raab, que declararam apoio a ele nesta sexta./ NYT e AP

LONDRES — Sem apoio, o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que não vai competir pela liderança do Partido Conservador que o conduziria novamente ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.

Com isso, seu ex-ministro das Finanças, Rishi Sunak, ganha ainda mais chances de assumir o posto renunciado por Liz Truss. Ele confirmou sua candidatura na mesma data, e conta com 146 endossos de outros membros do partido de acordo com a BBC —mais do que os cem necessários para concorrer. Boris, por sua vez, tinha reunido apenas 60 apoios.

Após interromper um viagem no Caribe, Boris conversou com os dois principais rivais — além de Sunak, ligou para a ministra Penny Mordaunt —, em uma tentativa de convencê-los a embarcar em sua tentativa de voltar ao cargo. Mas, após chegar a apenas 60 apoiadores declarados na noite de domingo, bem abaixo do limite de 100 necessários para vencer, o polêmico ex-premier, que renunciou há poucos meses, anunciou que não disputará o cargo.

Boris Johnson discursa pela última vez antes de deixar o governo; ex-premiê desistiu apesar de ser considerado um forte candidato Foto: Toby Melville/ Reuters

No sábado, o ex-primeiro-ministro se reuniu com Sunak para o primeiro encontro entre os dois em meses. No entanto, ele não conseguiu nem o seu apoio, nem o de outra candidata forte à corrida, Penny Mordaunt.

“Temo que a melhor coisa é não deixar minha nomeação ir adiante e me comprometer a apoiar quem quer que vença”, disse Boris, segundo o Guardian. “Acredito que tenho muito a oferecer, mas sinto que este simplesmente não é o momento ideal.”

A base de apoio pró-Johnson no Parlamento incluia nomes importantes do partido, como o secretário de negócios Jacob Rees-Mogg, e o presidente da COP-26, endossaram a candidatura de Johnson nesta sexta-feira, 21.

O partido tem 347 assentos, o que significa que haverá no máximo três nomes na disputa — e a maioria dos comentaristas políticos crê que não deve haver muita vontade de entregar as chaves de Downing Street novamente ao seu antigo ocupante.

Embora a oposição tenha aumentado a pressão pela convocação de eleições gerais antecipadas após a renúncia de Truss, o Partido Conservador atualmente com maioria no Parlamento não precisa convocar eleições antes de 2024. De acordo com Graham Brady, chefe do comitê 1922 (que cuida das eleições do Partido Conservador), o novo premiê será escolhido durante um processo interno, até no máximo dia 28.

Os parlamentares terão até a segunda-feira, 24, para indicarem seus candidatos, que precisarão de ao menos 100 indicações para terem uma chance pela liderança. Se apenas um parlamentar chegar ao número, ele será o novo premiê. Se houver mais de um candidato, a escolha será feita em uma eleição virtual, aberta aos filiados do partido.

Segundo uma pesquisa feita pelo YouGov com membros do Partido Conservador na última terça-feira, 18, 63% achavam que Johnson seria um bom substituto para Truss, com 32% colocando-o como seu principal candidato. Sunak apareceu em 2° lugar, com 23%.

Corrida por Downing Street

Embora Boris Johnson tenha tomado todos os holofotes sem dizer uma única palavra, outros parlamentares britânicos entraram na disputa pelo apoio dos correligionários na disputa.

A líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, foi a primeira a lançar sua candidatura. Ex-secretária de Defesa e reservista da da Marinha Real, a conservadora de 49 anos iniciou a campanha tentando se apresentar como um “novo começo” para o partido.

Mais votado na eleição para escolher o sucessor de Boris Johnson na etapa entre os parlamentares, Rishi Sunak parece liderar também este pleito.

Rishi Sunak começa a corrida por Downing Street novamente como favorito. Foto: Chris Ratcliffe/ Bloomberg

Embora tenha sido derrotado por Liz Truss na votação popular, o ex-secretário do Tesouro carrega consigo o mérito de ter antecipado que os planos econômicos da adversária não tinham sustentação — o pacote de medidas para a economia apresentado pela premiê foi o começo do fim de seu breve governo.

Sunak também carrega apoios importantes dentro do partido, como o ex-secretário de Saúde Sajid Javid, outro que desembarcou do gabinete de Johnson na crise de julho, e o ex-chanceler Dominic Raab, que declararam apoio a ele nesta sexta./ NYT e AP

LONDRES — Sem apoio, o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que não vai competir pela liderança do Partido Conservador que o conduziria novamente ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.

Com isso, seu ex-ministro das Finanças, Rishi Sunak, ganha ainda mais chances de assumir o posto renunciado por Liz Truss. Ele confirmou sua candidatura na mesma data, e conta com 146 endossos de outros membros do partido de acordo com a BBC —mais do que os cem necessários para concorrer. Boris, por sua vez, tinha reunido apenas 60 apoios.

Após interromper um viagem no Caribe, Boris conversou com os dois principais rivais — além de Sunak, ligou para a ministra Penny Mordaunt —, em uma tentativa de convencê-los a embarcar em sua tentativa de voltar ao cargo. Mas, após chegar a apenas 60 apoiadores declarados na noite de domingo, bem abaixo do limite de 100 necessários para vencer, o polêmico ex-premier, que renunciou há poucos meses, anunciou que não disputará o cargo.

Boris Johnson discursa pela última vez antes de deixar o governo; ex-premiê desistiu apesar de ser considerado um forte candidato Foto: Toby Melville/ Reuters

No sábado, o ex-primeiro-ministro se reuniu com Sunak para o primeiro encontro entre os dois em meses. No entanto, ele não conseguiu nem o seu apoio, nem o de outra candidata forte à corrida, Penny Mordaunt.

“Temo que a melhor coisa é não deixar minha nomeação ir adiante e me comprometer a apoiar quem quer que vença”, disse Boris, segundo o Guardian. “Acredito que tenho muito a oferecer, mas sinto que este simplesmente não é o momento ideal.”

A base de apoio pró-Johnson no Parlamento incluia nomes importantes do partido, como o secretário de negócios Jacob Rees-Mogg, e o presidente da COP-26, endossaram a candidatura de Johnson nesta sexta-feira, 21.

O partido tem 347 assentos, o que significa que haverá no máximo três nomes na disputa — e a maioria dos comentaristas políticos crê que não deve haver muita vontade de entregar as chaves de Downing Street novamente ao seu antigo ocupante.

Embora a oposição tenha aumentado a pressão pela convocação de eleições gerais antecipadas após a renúncia de Truss, o Partido Conservador atualmente com maioria no Parlamento não precisa convocar eleições antes de 2024. De acordo com Graham Brady, chefe do comitê 1922 (que cuida das eleições do Partido Conservador), o novo premiê será escolhido durante um processo interno, até no máximo dia 28.

Os parlamentares terão até a segunda-feira, 24, para indicarem seus candidatos, que precisarão de ao menos 100 indicações para terem uma chance pela liderança. Se apenas um parlamentar chegar ao número, ele será o novo premiê. Se houver mais de um candidato, a escolha será feita em uma eleição virtual, aberta aos filiados do partido.

Segundo uma pesquisa feita pelo YouGov com membros do Partido Conservador na última terça-feira, 18, 63% achavam que Johnson seria um bom substituto para Truss, com 32% colocando-o como seu principal candidato. Sunak apareceu em 2° lugar, com 23%.

Corrida por Downing Street

Embora Boris Johnson tenha tomado todos os holofotes sem dizer uma única palavra, outros parlamentares britânicos entraram na disputa pelo apoio dos correligionários na disputa.

A líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, foi a primeira a lançar sua candidatura. Ex-secretária de Defesa e reservista da da Marinha Real, a conservadora de 49 anos iniciou a campanha tentando se apresentar como um “novo começo” para o partido.

Mais votado na eleição para escolher o sucessor de Boris Johnson na etapa entre os parlamentares, Rishi Sunak parece liderar também este pleito.

Rishi Sunak começa a corrida por Downing Street novamente como favorito. Foto: Chris Ratcliffe/ Bloomberg

Embora tenha sido derrotado por Liz Truss na votação popular, o ex-secretário do Tesouro carrega consigo o mérito de ter antecipado que os planos econômicos da adversária não tinham sustentação — o pacote de medidas para a economia apresentado pela premiê foi o começo do fim de seu breve governo.

Sunak também carrega apoios importantes dentro do partido, como o ex-secretário de Saúde Sajid Javid, outro que desembarcou do gabinete de Johnson na crise de julho, e o ex-chanceler Dominic Raab, que declararam apoio a ele nesta sexta./ NYT e AP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.