Boris Johnson promete ‘apoio fervoroso’ à nova primeira-ministra, Liz Truss


Johnson fez balanço do governo e lembrou o combate à pandemia, apoio à Ucrânia e o Brexit; sucessora assume país à beira da recessão com iminência de aumento no preço do gás e eletricidade

Atualização:

LONDRES - Boris Johnson prometeu seu “apoio fervoroso” à nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, horas antes de entregar o poder à sucessora nesta terça-feira, 6. Assim, Johnson encerra um mandato marcado pelo Brexit e pela pandemia, que terminou sob a pressão de escândalos.

O líder conservador de 58 anos, forçado a renunciar no início de julho por seus próprios deputados indignados com a multiplicação de polêmicas, se despediu no início da manhã nos portões de Downing Street, a residência oficial dos primeiro-ministros do Reino Unido, diante de uma multidão de seguidores e parentes.

Ele fez um balanço de seus três anos no cargo, lembrando que em 2019 alcançou a maior adesão conservadora desde 1987 com a promessa de formalizar o Brexit, a saída britânica da União Europeia, que parecia impossível após anos de caos político.

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Da “distribuição mais rápida de vacinas na Europa” contra a covid-19, à “entrega antecipada de armas às forças ucranianas” contra a invasão russa, passando pelo “desemprego a níveis mínimos nunca vistos desde que tinha 10 anos”, reviu suas conquistas uma a uma.

“Sou como um daqueles foguetes de propulsão que serviram ao seu propósito e agora vou entrar suavemente na atmosfera e mergulhar invisível em algum canto remoto e escuro do Pacífico”.

Acompanhado da esposa Carrie, Boris Johnson vai ao encontro da Rainha Elizabeth II pedir a renúncia oficial após último discurso em Downing Street Foto: Justin Tallis / AFP
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Último discurso de Boris Johnson

Após seu último discurso, que durou apenas 7 minutos, ele viajou para a residência escocesa da rainha Elizabeth II, em Balmoral, para apresentar oficialmente sua renúncia. A transferência de poder geralmente ocorre no Palácio de Buckingham, em Londres, a menos de 10 minutos de carro de Downing Street. Mas este ano, devido aos problemas de mobilidade da monarca de 96 anos, tanto Johnson quanto sua sucessora terão que viajar mais de 800 quilômetros ao norte.

Johnson deve chegar a Balmoral no fim da manhã e Liz Truss cerca de uma hora depois. Durante uma reunião formal de apenas meia hora, a monarca pedirá a ela, como nova líder da maioria, que forme um governo.

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A até então chefe da diplomacia, de 47 anos, foi anunciada nesta segunda-feira, 5, como a vencedora nas eleições internas do Partido Conservador, contra o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, um ex-banqueiro bilionário de 42 anos, neto de imigrantes indianos.

Terceira mulher à frente do governo britânico, depois de Margaret Thatcher (1979-1990) e Theresa May (2016-2019), Truss representa a ala mais direitista do partido e prometeu baixar impostos para impulsionar uma economia à beira da recessão.

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Depois, Truss retornará a Londres e fará seu primeiro discurso no mesmo local onde Johnson se despediu, antes de formar seu novo executivo. Na quarta-feira, ela deve presidir seu primeiro conselho de ministros e enfrentar o líder da oposição, Keir Starmer, na Câmara dos Comuns, onde foi acusada de “não estar do lado dos trabalhadores”.

Sufocadas por uma inflação de mais do que 10%, as famílias britânicas enfrentarão um aumento de 80% nas contas de gás e eletricidade a partir de outubro e muitas empresas e instituições, incluindo hospitais e escolas, alertaram que terão que reduzir ou até fechar devido à incapacidade de pagar.

Em seu primeiro discurso na segunda-feira, 5, Truss descartou convocar eleições legislativas antecipadas. No entanto, ela prometeu vitória nas próximas, marcadas com prazo em janeiro de 2025, contra um Partido Trabalhista que segue ganhando terreno. /AFP

LONDRES - Boris Johnson prometeu seu “apoio fervoroso” à nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, horas antes de entregar o poder à sucessora nesta terça-feira, 6. Assim, Johnson encerra um mandato marcado pelo Brexit e pela pandemia, que terminou sob a pressão de escândalos.

O líder conservador de 58 anos, forçado a renunciar no início de julho por seus próprios deputados indignados com a multiplicação de polêmicas, se despediu no início da manhã nos portões de Downing Street, a residência oficial dos primeiro-ministros do Reino Unido, diante de uma multidão de seguidores e parentes.

Ele fez um balanço de seus três anos no cargo, lembrando que em 2019 alcançou a maior adesão conservadora desde 1987 com a promessa de formalizar o Brexit, a saída britânica da União Europeia, que parecia impossível após anos de caos político.

Da “distribuição mais rápida de vacinas na Europa” contra a covid-19, à “entrega antecipada de armas às forças ucranianas” contra a invasão russa, passando pelo “desemprego a níveis mínimos nunca vistos desde que tinha 10 anos”, reviu suas conquistas uma a uma.

“Sou como um daqueles foguetes de propulsão que serviram ao seu propósito e agora vou entrar suavemente na atmosfera e mergulhar invisível em algum canto remoto e escuro do Pacífico”.

Acompanhado da esposa Carrie, Boris Johnson vai ao encontro da Rainha Elizabeth II pedir a renúncia oficial após último discurso em Downing Street Foto: Justin Tallis / AFP

Último discurso de Boris Johnson

Após seu último discurso, que durou apenas 7 minutos, ele viajou para a residência escocesa da rainha Elizabeth II, em Balmoral, para apresentar oficialmente sua renúncia. A transferência de poder geralmente ocorre no Palácio de Buckingham, em Londres, a menos de 10 minutos de carro de Downing Street. Mas este ano, devido aos problemas de mobilidade da monarca de 96 anos, tanto Johnson quanto sua sucessora terão que viajar mais de 800 quilômetros ao norte.

Johnson deve chegar a Balmoral no fim da manhã e Liz Truss cerca de uma hora depois. Durante uma reunião formal de apenas meia hora, a monarca pedirá a ela, como nova líder da maioria, que forme um governo.

A até então chefe da diplomacia, de 47 anos, foi anunciada nesta segunda-feira, 5, como a vencedora nas eleições internas do Partido Conservador, contra o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, um ex-banqueiro bilionário de 42 anos, neto de imigrantes indianos.

Terceira mulher à frente do governo britânico, depois de Margaret Thatcher (1979-1990) e Theresa May (2016-2019), Truss representa a ala mais direitista do partido e prometeu baixar impostos para impulsionar uma economia à beira da recessão.

Depois, Truss retornará a Londres e fará seu primeiro discurso no mesmo local onde Johnson se despediu, antes de formar seu novo executivo. Na quarta-feira, ela deve presidir seu primeiro conselho de ministros e enfrentar o líder da oposição, Keir Starmer, na Câmara dos Comuns, onde foi acusada de “não estar do lado dos trabalhadores”.

Sufocadas por uma inflação de mais do que 10%, as famílias britânicas enfrentarão um aumento de 80% nas contas de gás e eletricidade a partir de outubro e muitas empresas e instituições, incluindo hospitais e escolas, alertaram que terão que reduzir ou até fechar devido à incapacidade de pagar.

Em seu primeiro discurso na segunda-feira, 5, Truss descartou convocar eleições legislativas antecipadas. No entanto, ela prometeu vitória nas próximas, marcadas com prazo em janeiro de 2025, contra um Partido Trabalhista que segue ganhando terreno. /AFP

LONDRES - Boris Johnson prometeu seu “apoio fervoroso” à nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, horas antes de entregar o poder à sucessora nesta terça-feira, 6. Assim, Johnson encerra um mandato marcado pelo Brexit e pela pandemia, que terminou sob a pressão de escândalos.

O líder conservador de 58 anos, forçado a renunciar no início de julho por seus próprios deputados indignados com a multiplicação de polêmicas, se despediu no início da manhã nos portões de Downing Street, a residência oficial dos primeiro-ministros do Reino Unido, diante de uma multidão de seguidores e parentes.

Ele fez um balanço de seus três anos no cargo, lembrando que em 2019 alcançou a maior adesão conservadora desde 1987 com a promessa de formalizar o Brexit, a saída britânica da União Europeia, que parecia impossível após anos de caos político.

Da “distribuição mais rápida de vacinas na Europa” contra a covid-19, à “entrega antecipada de armas às forças ucranianas” contra a invasão russa, passando pelo “desemprego a níveis mínimos nunca vistos desde que tinha 10 anos”, reviu suas conquistas uma a uma.

“Sou como um daqueles foguetes de propulsão que serviram ao seu propósito e agora vou entrar suavemente na atmosfera e mergulhar invisível em algum canto remoto e escuro do Pacífico”.

Acompanhado da esposa Carrie, Boris Johnson vai ao encontro da Rainha Elizabeth II pedir a renúncia oficial após último discurso em Downing Street Foto: Justin Tallis / AFP

Último discurso de Boris Johnson

Após seu último discurso, que durou apenas 7 minutos, ele viajou para a residência escocesa da rainha Elizabeth II, em Balmoral, para apresentar oficialmente sua renúncia. A transferência de poder geralmente ocorre no Palácio de Buckingham, em Londres, a menos de 10 minutos de carro de Downing Street. Mas este ano, devido aos problemas de mobilidade da monarca de 96 anos, tanto Johnson quanto sua sucessora terão que viajar mais de 800 quilômetros ao norte.

Johnson deve chegar a Balmoral no fim da manhã e Liz Truss cerca de uma hora depois. Durante uma reunião formal de apenas meia hora, a monarca pedirá a ela, como nova líder da maioria, que forme um governo.

A até então chefe da diplomacia, de 47 anos, foi anunciada nesta segunda-feira, 5, como a vencedora nas eleições internas do Partido Conservador, contra o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, um ex-banqueiro bilionário de 42 anos, neto de imigrantes indianos.

Terceira mulher à frente do governo britânico, depois de Margaret Thatcher (1979-1990) e Theresa May (2016-2019), Truss representa a ala mais direitista do partido e prometeu baixar impostos para impulsionar uma economia à beira da recessão.

Depois, Truss retornará a Londres e fará seu primeiro discurso no mesmo local onde Johnson se despediu, antes de formar seu novo executivo. Na quarta-feira, ela deve presidir seu primeiro conselho de ministros e enfrentar o líder da oposição, Keir Starmer, na Câmara dos Comuns, onde foi acusada de “não estar do lado dos trabalhadores”.

Sufocadas por uma inflação de mais do que 10%, as famílias britânicas enfrentarão um aumento de 80% nas contas de gás e eletricidade a partir de outubro e muitas empresas e instituições, incluindo hospitais e escolas, alertaram que terão que reduzir ou até fechar devido à incapacidade de pagar.

Em seu primeiro discurso na segunda-feira, 5, Truss descartou convocar eleições legislativas antecipadas. No entanto, ela prometeu vitória nas próximas, marcadas com prazo em janeiro de 2025, contra um Partido Trabalhista que segue ganhando terreno. /AFP

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