Brasil assume proteção da embaixada da Argentina em Caracas e de opositores asilados


País também deve assumir a custódia da embaixada peruana após diplomatas serem expulsos da Venezuela; bandeira brasileira foi hasteada na representação argentina

Por Carolina Marins
Atualização:

A embaixada brasileira em Caracas assumirá a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela após Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos do país. Com isso, o Brasil também assume a proteção dos seis opositores da equipe de María Corina Machado asilados na representação diplomática argentina. O país também deve assumir a proteção da embaixada peruana.

“Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos”, escreveu o presidente argentino Javier Milei no X (antigo Twitter). O Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda não comentou o assunto.

A Argentina havia solicitado a solidariedade de outros países para proteger os políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina explicou em um comunicado que “a custódia das sedes diplomáticas envolve os asilados políticos da oposição venezuelana, que estão sob proteção na Residência argentina em Caracas desde 20 de março”.

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A bandeira do Brasil foi hasteada na embaixada da Argentina em Caracas nesta quinta, 1º Foto: Matias Delacroix/AP

Na prática isso significa que o Brasil assume a proteção da integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada. Nos últimos dois dias, os asilados vinham denunciando um cerco por parte da polícia bolivariana às instalações do prédio. Também houve cortes de luz e água, segundo informou a oposição.

“Hoje, os funcionários diplomáticos, consulares e adidos de defesa argentinos que trabalhavam na Embaixada da Argentina em Caracas deixarão o país em consequência da notificação do Governo da República Bolivariana da Venezuela emitida em 29 de julho”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Argentina em nota.

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“A partir deste momento, e a pedido do Governo Argentino, a República Federativa do Brasil se encarregará da guarda das instalações da missão argentina em Caracas, incluindo a Embaixada e a Residência Oficial, seus bens e arquivos, bem como como a proteção de seus interesses e dos interesses dos nacionais argentinos em território venezuelano”, continuou a nota.

Em sua rede social, a chanceler argentina Diana Mondino postou uma foto da bandeira brasileira sendo hasteada na embaixada com um sinal de aperto de mãos.

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A decisão ocorre em meio a rusgas entre o Brasil e a Argentina por causa de divergências ideológicas entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se estende desde a campanha do libertário.

Ainda assim, Milei citou laços de amizade na decisão do Brasil. “Os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos”.

“A Venezuela respeitará assim o estipulado na Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, completou o presidente argentino.

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A respeito dos asilados venezuelanos agora estão sob custódia do Brasil, a chancelaria indicou que “eles foram privados de sair do país ao lado dos funcionários da Embaixada” (Argentina) por causa da violação da Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático por parte do Governo da República Bolivariana.

Mondino havia solicitado na quarta-feira, 31, em Washington a solidariedade de todos os países para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados, ao participar em uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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A opositora María Corina agradeceu a decisão brasileira. “Agradecemos ao governo do Brasil pela disposição em assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos colegas asilados na referida residência. Isto poderia contribuir para o avanço de um processo de negociação construtivo e eficaz como o que o Brasil tem apoiado”, disse.

Espera-se que o Brasil faça o mesmo com a embaixada do Peru, cujos diplomatas também foram expulsos. O processo, porém, ainda está em meios de ser oficializado.

Além da Argentina e do Peru, Maduro expulsou os corpos diplomáticos de Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Todos foram expulsos sob a alegação de violar a soberania da Venezuela ao questionarem o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, próximo do chavismo, que deu vitória a Maduro por 51% dos votos sobre 44% de Edmundo González Urrutia.

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A decisão brasileira ocorre em meio a falas criticadas do presidente Lula sobre o processo eleitoral venezuelana que, em suas palavras “não tem nada de grave, nada de anormal”. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre as eleições, limitando-se apenas a pedir transparência e divulgação das atas eleitorais. O Palácio do Planalto aguarda o parecer do assessor da presidência Celso Amorim que foi enviado a Caracas como observador para se posicionar./Com AFP

A embaixada brasileira em Caracas assumirá a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela após Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos do país. Com isso, o Brasil também assume a proteção dos seis opositores da equipe de María Corina Machado asilados na representação diplomática argentina. O país também deve assumir a proteção da embaixada peruana.

“Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos”, escreveu o presidente argentino Javier Milei no X (antigo Twitter). O Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda não comentou o assunto.

A Argentina havia solicitado a solidariedade de outros países para proteger os políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina explicou em um comunicado que “a custódia das sedes diplomáticas envolve os asilados políticos da oposição venezuelana, que estão sob proteção na Residência argentina em Caracas desde 20 de março”.

A bandeira do Brasil foi hasteada na embaixada da Argentina em Caracas nesta quinta, 1º Foto: Matias Delacroix/AP

Na prática isso significa que o Brasil assume a proteção da integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada. Nos últimos dois dias, os asilados vinham denunciando um cerco por parte da polícia bolivariana às instalações do prédio. Também houve cortes de luz e água, segundo informou a oposição.

“Hoje, os funcionários diplomáticos, consulares e adidos de defesa argentinos que trabalhavam na Embaixada da Argentina em Caracas deixarão o país em consequência da notificação do Governo da República Bolivariana da Venezuela emitida em 29 de julho”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Argentina em nota.

“A partir deste momento, e a pedido do Governo Argentino, a República Federativa do Brasil se encarregará da guarda das instalações da missão argentina em Caracas, incluindo a Embaixada e a Residência Oficial, seus bens e arquivos, bem como como a proteção de seus interesses e dos interesses dos nacionais argentinos em território venezuelano”, continuou a nota.

Em sua rede social, a chanceler argentina Diana Mondino postou uma foto da bandeira brasileira sendo hasteada na embaixada com um sinal de aperto de mãos.

A decisão ocorre em meio a rusgas entre o Brasil e a Argentina por causa de divergências ideológicas entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se estende desde a campanha do libertário.

Ainda assim, Milei citou laços de amizade na decisão do Brasil. “Os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos”.

“A Venezuela respeitará assim o estipulado na Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, completou o presidente argentino.

A respeito dos asilados venezuelanos agora estão sob custódia do Brasil, a chancelaria indicou que “eles foram privados de sair do país ao lado dos funcionários da Embaixada” (Argentina) por causa da violação da Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático por parte do Governo da República Bolivariana.

Mondino havia solicitado na quarta-feira, 31, em Washington a solidariedade de todos os países para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados, ao participar em uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A opositora María Corina agradeceu a decisão brasileira. “Agradecemos ao governo do Brasil pela disposição em assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos colegas asilados na referida residência. Isto poderia contribuir para o avanço de um processo de negociação construtivo e eficaz como o que o Brasil tem apoiado”, disse.

Espera-se que o Brasil faça o mesmo com a embaixada do Peru, cujos diplomatas também foram expulsos. O processo, porém, ainda está em meios de ser oficializado.

Além da Argentina e do Peru, Maduro expulsou os corpos diplomáticos de Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Todos foram expulsos sob a alegação de violar a soberania da Venezuela ao questionarem o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, próximo do chavismo, que deu vitória a Maduro por 51% dos votos sobre 44% de Edmundo González Urrutia.

A decisão brasileira ocorre em meio a falas criticadas do presidente Lula sobre o processo eleitoral venezuelana que, em suas palavras “não tem nada de grave, nada de anormal”. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre as eleições, limitando-se apenas a pedir transparência e divulgação das atas eleitorais. O Palácio do Planalto aguarda o parecer do assessor da presidência Celso Amorim que foi enviado a Caracas como observador para se posicionar./Com AFP

A embaixada brasileira em Caracas assumirá a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela após Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos do país. Com isso, o Brasil também assume a proteção dos seis opositores da equipe de María Corina Machado asilados na representação diplomática argentina. O país também deve assumir a proteção da embaixada peruana.

“Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos”, escreveu o presidente argentino Javier Milei no X (antigo Twitter). O Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda não comentou o assunto.

A Argentina havia solicitado a solidariedade de outros países para proteger os políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina explicou em um comunicado que “a custódia das sedes diplomáticas envolve os asilados políticos da oposição venezuelana, que estão sob proteção na Residência argentina em Caracas desde 20 de março”.

A bandeira do Brasil foi hasteada na embaixada da Argentina em Caracas nesta quinta, 1º Foto: Matias Delacroix/AP

Na prática isso significa que o Brasil assume a proteção da integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada. Nos últimos dois dias, os asilados vinham denunciando um cerco por parte da polícia bolivariana às instalações do prédio. Também houve cortes de luz e água, segundo informou a oposição.

“Hoje, os funcionários diplomáticos, consulares e adidos de defesa argentinos que trabalhavam na Embaixada da Argentina em Caracas deixarão o país em consequência da notificação do Governo da República Bolivariana da Venezuela emitida em 29 de julho”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Argentina em nota.

“A partir deste momento, e a pedido do Governo Argentino, a República Federativa do Brasil se encarregará da guarda das instalações da missão argentina em Caracas, incluindo a Embaixada e a Residência Oficial, seus bens e arquivos, bem como como a proteção de seus interesses e dos interesses dos nacionais argentinos em território venezuelano”, continuou a nota.

Em sua rede social, a chanceler argentina Diana Mondino postou uma foto da bandeira brasileira sendo hasteada na embaixada com um sinal de aperto de mãos.

A decisão ocorre em meio a rusgas entre o Brasil e a Argentina por causa de divergências ideológicas entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se estende desde a campanha do libertário.

Ainda assim, Milei citou laços de amizade na decisão do Brasil. “Os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos”.

“A Venezuela respeitará assim o estipulado na Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, completou o presidente argentino.

A respeito dos asilados venezuelanos agora estão sob custódia do Brasil, a chancelaria indicou que “eles foram privados de sair do país ao lado dos funcionários da Embaixada” (Argentina) por causa da violação da Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático por parte do Governo da República Bolivariana.

Mondino havia solicitado na quarta-feira, 31, em Washington a solidariedade de todos os países para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados, ao participar em uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A opositora María Corina agradeceu a decisão brasileira. “Agradecemos ao governo do Brasil pela disposição em assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos colegas asilados na referida residência. Isto poderia contribuir para o avanço de um processo de negociação construtivo e eficaz como o que o Brasil tem apoiado”, disse.

Espera-se que o Brasil faça o mesmo com a embaixada do Peru, cujos diplomatas também foram expulsos. O processo, porém, ainda está em meios de ser oficializado.

Além da Argentina e do Peru, Maduro expulsou os corpos diplomáticos de Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Todos foram expulsos sob a alegação de violar a soberania da Venezuela ao questionarem o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, próximo do chavismo, que deu vitória a Maduro por 51% dos votos sobre 44% de Edmundo González Urrutia.

A decisão brasileira ocorre em meio a falas criticadas do presidente Lula sobre o processo eleitoral venezuelana que, em suas palavras “não tem nada de grave, nada de anormal”. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre as eleições, limitando-se apenas a pedir transparência e divulgação das atas eleitorais. O Palácio do Planalto aguarda o parecer do assessor da presidência Celso Amorim que foi enviado a Caracas como observador para se posicionar./Com AFP

A embaixada brasileira em Caracas assumirá a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela após Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos do país. Com isso, o Brasil também assume a proteção dos seis opositores da equipe de María Corina Machado asilados na representação diplomática argentina. O país também deve assumir a proteção da embaixada peruana.

“Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos”, escreveu o presidente argentino Javier Milei no X (antigo Twitter). O Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda não comentou o assunto.

A Argentina havia solicitado a solidariedade de outros países para proteger os políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina explicou em um comunicado que “a custódia das sedes diplomáticas envolve os asilados políticos da oposição venezuelana, que estão sob proteção na Residência argentina em Caracas desde 20 de março”.

A bandeira do Brasil foi hasteada na embaixada da Argentina em Caracas nesta quinta, 1º Foto: Matias Delacroix/AP

Na prática isso significa que o Brasil assume a proteção da integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada. Nos últimos dois dias, os asilados vinham denunciando um cerco por parte da polícia bolivariana às instalações do prédio. Também houve cortes de luz e água, segundo informou a oposição.

“Hoje, os funcionários diplomáticos, consulares e adidos de defesa argentinos que trabalhavam na Embaixada da Argentina em Caracas deixarão o país em consequência da notificação do Governo da República Bolivariana da Venezuela emitida em 29 de julho”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Argentina em nota.

“A partir deste momento, e a pedido do Governo Argentino, a República Federativa do Brasil se encarregará da guarda das instalações da missão argentina em Caracas, incluindo a Embaixada e a Residência Oficial, seus bens e arquivos, bem como como a proteção de seus interesses e dos interesses dos nacionais argentinos em território venezuelano”, continuou a nota.

Em sua rede social, a chanceler argentina Diana Mondino postou uma foto da bandeira brasileira sendo hasteada na embaixada com um sinal de aperto de mãos.

A decisão ocorre em meio a rusgas entre o Brasil e a Argentina por causa de divergências ideológicas entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se estende desde a campanha do libertário.

Ainda assim, Milei citou laços de amizade na decisão do Brasil. “Os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos”.

“A Venezuela respeitará assim o estipulado na Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, completou o presidente argentino.

A respeito dos asilados venezuelanos agora estão sob custódia do Brasil, a chancelaria indicou que “eles foram privados de sair do país ao lado dos funcionários da Embaixada” (Argentina) por causa da violação da Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático por parte do Governo da República Bolivariana.

Mondino havia solicitado na quarta-feira, 31, em Washington a solidariedade de todos os países para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados, ao participar em uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A opositora María Corina agradeceu a decisão brasileira. “Agradecemos ao governo do Brasil pela disposição em assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos colegas asilados na referida residência. Isto poderia contribuir para o avanço de um processo de negociação construtivo e eficaz como o que o Brasil tem apoiado”, disse.

Espera-se que o Brasil faça o mesmo com a embaixada do Peru, cujos diplomatas também foram expulsos. O processo, porém, ainda está em meios de ser oficializado.

Além da Argentina e do Peru, Maduro expulsou os corpos diplomáticos de Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Todos foram expulsos sob a alegação de violar a soberania da Venezuela ao questionarem o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, próximo do chavismo, que deu vitória a Maduro por 51% dos votos sobre 44% de Edmundo González Urrutia.

A decisão brasileira ocorre em meio a falas criticadas do presidente Lula sobre o processo eleitoral venezuelana que, em suas palavras “não tem nada de grave, nada de anormal”. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre as eleições, limitando-se apenas a pedir transparência e divulgação das atas eleitorais. O Palácio do Planalto aguarda o parecer do assessor da presidência Celso Amorim que foi enviado a Caracas como observador para se posicionar./Com AFP

A embaixada brasileira em Caracas assumirá a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela após Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos do país. Com isso, o Brasil também assume a proteção dos seis opositores da equipe de María Corina Machado asilados na representação diplomática argentina. O país também deve assumir a proteção da embaixada peruana.

“Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos”, escreveu o presidente argentino Javier Milei no X (antigo Twitter). O Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda não comentou o assunto.

A Argentina havia solicitado a solidariedade de outros países para proteger os políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina explicou em um comunicado que “a custódia das sedes diplomáticas envolve os asilados políticos da oposição venezuelana, que estão sob proteção na Residência argentina em Caracas desde 20 de março”.

A bandeira do Brasil foi hasteada na embaixada da Argentina em Caracas nesta quinta, 1º Foto: Matias Delacroix/AP

Na prática isso significa que o Brasil assume a proteção da integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada. Nos últimos dois dias, os asilados vinham denunciando um cerco por parte da polícia bolivariana às instalações do prédio. Também houve cortes de luz e água, segundo informou a oposição.

“Hoje, os funcionários diplomáticos, consulares e adidos de defesa argentinos que trabalhavam na Embaixada da Argentina em Caracas deixarão o país em consequência da notificação do Governo da República Bolivariana da Venezuela emitida em 29 de julho”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Argentina em nota.

“A partir deste momento, e a pedido do Governo Argentino, a República Federativa do Brasil se encarregará da guarda das instalações da missão argentina em Caracas, incluindo a Embaixada e a Residência Oficial, seus bens e arquivos, bem como como a proteção de seus interesses e dos interesses dos nacionais argentinos em território venezuelano”, continuou a nota.

Em sua rede social, a chanceler argentina Diana Mondino postou uma foto da bandeira brasileira sendo hasteada na embaixada com um sinal de aperto de mãos.

A decisão ocorre em meio a rusgas entre o Brasil e a Argentina por causa de divergências ideológicas entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se estende desde a campanha do libertário.

Ainda assim, Milei citou laços de amizade na decisão do Brasil. “Os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos”.

“A Venezuela respeitará assim o estipulado na Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, completou o presidente argentino.

A respeito dos asilados venezuelanos agora estão sob custódia do Brasil, a chancelaria indicou que “eles foram privados de sair do país ao lado dos funcionários da Embaixada” (Argentina) por causa da violação da Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático por parte do Governo da República Bolivariana.

Mondino havia solicitado na quarta-feira, 31, em Washington a solidariedade de todos os países para colaborar com os esforços diplomáticos e a proteção dos asilados, ao participar em uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A opositora María Corina agradeceu a decisão brasileira. “Agradecemos ao governo do Brasil pela disposição em assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos colegas asilados na referida residência. Isto poderia contribuir para o avanço de um processo de negociação construtivo e eficaz como o que o Brasil tem apoiado”, disse.

Espera-se que o Brasil faça o mesmo com a embaixada do Peru, cujos diplomatas também foram expulsos. O processo, porém, ainda está em meios de ser oficializado.

Além da Argentina e do Peru, Maduro expulsou os corpos diplomáticos de Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Todos foram expulsos sob a alegação de violar a soberania da Venezuela ao questionarem o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, próximo do chavismo, que deu vitória a Maduro por 51% dos votos sobre 44% de Edmundo González Urrutia.

A decisão brasileira ocorre em meio a falas criticadas do presidente Lula sobre o processo eleitoral venezuelana que, em suas palavras “não tem nada de grave, nada de anormal”. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre as eleições, limitando-se apenas a pedir transparência e divulgação das atas eleitorais. O Palácio do Planalto aguarda o parecer do assessor da presidência Celso Amorim que foi enviado a Caracas como observador para se posicionar./Com AFP

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