Brasil defende em cúpula no Egito negociação conjunta para pausa humanitária na Faixa de Gaza


Segundo o chanceler, a comunidade internacional também precisa se unir para evitar que a guerra se espalhe pelo Oriente Médio

Por Luiz Raatz

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou neste sábado, 21, na cúpula organizada no Egito sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e defendeu uma negociação envolvendo diversos países para o estabelecimento de uma pausa humanitária no conflito na Faixa de Gaza. Segundo o chanceler, a comunidade internacional também precisa se unir para evitar que a guerra se espalhe pelo Oriente Médio.

“Há um amplo pedido político pela criação urgente de pausas humanitárias, além da criação de corredores humanitários e a proteção de trabalhadores de entidades humanitárias”, disse Vieira, segundo a transcrição do discurso divulgada pelo Itamaraty. “Precisamos encontrar maneiras de desbloquear a ação multilateral.”

A reunião de líderes globais ocorre sob intensa pressão política para a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Sinai, por onde cerca de 5 mil estrangeiros – entre eles 30 brasileiros – querem fugir dos bombardeios e da ameaça de incursão terrestre israelense. Nesta manhã, os primeiros comboios de ajuda humanitária entraram em Gaza pela passagem fronteiriça de Rafah.

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O chancer Mauro Vieira discursa em cúpula no Cairo sobre a crise na Faixa de Gaza Foto: KHALED DESOUKI / AFP

Condenação ao Hamas

O chanceler voltou a condenar no discurso os atentados do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a tomada de reféns, que deixaram ao menos três brasileiros mortos. Na semana dos atentados, o Itamaraty chegou a ser alvo de críticas em consequência das notas que emitiu sem mencionar o grupo radical palestino como responsável pelos ataques.

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Vieira também criticou o veto americano à resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa que o texto - que tinha caráter simbólico - não mencionava o direito de Israel de se defender.

“A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais para a segurança e a vida de milhões de pessoas. Isto não é do interesse da comunidade internacional”, disse Vieira.

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Diplomacia unilateral

Segundo diplomatas americanos, o Departamento de Estado preferiu engajar unilateralmente nas negociações no Oriente Médio. Também na quarta-feira, o presidente Joe Biden esteve em Israel, onde negociou com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente egípcio, Abdel Fatah el- Sisi, a entrada de um pequeno comboio humanitário de 20 caminhões em Gaza, liberada neste sábado.

Além disso, Biden negociou junto ao Catar para que o Hamas libertasse duas reféns americanas de cidadania israelense, as primeiras desde que o grupo radical sequestrou 210 pessoas no dia 7.

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Resultado imprevisível

Além do Brasil, participam da cúpula com representantes os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Rússia, China, França, Estados Unidos e Reino Unido -, países árabes, países do Golfo, Canadá, África do Sul, Espanha e Alemanha, entre outros. .

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A previsão do governo brasileiro é que haja uma rodada de debates e também discursos. A cúpula vai durar todo o dia.

Segundo embaixadores que acompanham a cúpula no Cairo, é difícil prever os resultados e o foco será pressionar para que as decisões sejam tomadas o quanto antes. A perspectiva de iminente invasão em Gaza pelas Forças de Defesa de Israel, como ameaçam os comandantes militares, tornam o cenário imprevisível, segundo um deles.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou neste sábado, 21, na cúpula organizada no Egito sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e defendeu uma negociação envolvendo diversos países para o estabelecimento de uma pausa humanitária no conflito na Faixa de Gaza. Segundo o chanceler, a comunidade internacional também precisa se unir para evitar que a guerra se espalhe pelo Oriente Médio.

“Há um amplo pedido político pela criação urgente de pausas humanitárias, além da criação de corredores humanitários e a proteção de trabalhadores de entidades humanitárias”, disse Vieira, segundo a transcrição do discurso divulgada pelo Itamaraty. “Precisamos encontrar maneiras de desbloquear a ação multilateral.”

A reunião de líderes globais ocorre sob intensa pressão política para a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Sinai, por onde cerca de 5 mil estrangeiros – entre eles 30 brasileiros – querem fugir dos bombardeios e da ameaça de incursão terrestre israelense. Nesta manhã, os primeiros comboios de ajuda humanitária entraram em Gaza pela passagem fronteiriça de Rafah.

O chancer Mauro Vieira discursa em cúpula no Cairo sobre a crise na Faixa de Gaza Foto: KHALED DESOUKI / AFP

Condenação ao Hamas

O chanceler voltou a condenar no discurso os atentados do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a tomada de reféns, que deixaram ao menos três brasileiros mortos. Na semana dos atentados, o Itamaraty chegou a ser alvo de críticas em consequência das notas que emitiu sem mencionar o grupo radical palestino como responsável pelos ataques.

Vieira também criticou o veto americano à resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa que o texto - que tinha caráter simbólico - não mencionava o direito de Israel de se defender.

“A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais para a segurança e a vida de milhões de pessoas. Isto não é do interesse da comunidade internacional”, disse Vieira.

Diplomacia unilateral

Segundo diplomatas americanos, o Departamento de Estado preferiu engajar unilateralmente nas negociações no Oriente Médio. Também na quarta-feira, o presidente Joe Biden esteve em Israel, onde negociou com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente egípcio, Abdel Fatah el- Sisi, a entrada de um pequeno comboio humanitário de 20 caminhões em Gaza, liberada neste sábado.

Além disso, Biden negociou junto ao Catar para que o Hamas libertasse duas reféns americanas de cidadania israelense, as primeiras desde que o grupo radical sequestrou 210 pessoas no dia 7.

Resultado imprevisível

Além do Brasil, participam da cúpula com representantes os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Rússia, China, França, Estados Unidos e Reino Unido -, países árabes, países do Golfo, Canadá, África do Sul, Espanha e Alemanha, entre outros. .

A previsão do governo brasileiro é que haja uma rodada de debates e também discursos. A cúpula vai durar todo o dia.

Segundo embaixadores que acompanham a cúpula no Cairo, é difícil prever os resultados e o foco será pressionar para que as decisões sejam tomadas o quanto antes. A perspectiva de iminente invasão em Gaza pelas Forças de Defesa de Israel, como ameaçam os comandantes militares, tornam o cenário imprevisível, segundo um deles.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou neste sábado, 21, na cúpula organizada no Egito sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e defendeu uma negociação envolvendo diversos países para o estabelecimento de uma pausa humanitária no conflito na Faixa de Gaza. Segundo o chanceler, a comunidade internacional também precisa se unir para evitar que a guerra se espalhe pelo Oriente Médio.

“Há um amplo pedido político pela criação urgente de pausas humanitárias, além da criação de corredores humanitários e a proteção de trabalhadores de entidades humanitárias”, disse Vieira, segundo a transcrição do discurso divulgada pelo Itamaraty. “Precisamos encontrar maneiras de desbloquear a ação multilateral.”

A reunião de líderes globais ocorre sob intensa pressão política para a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Sinai, por onde cerca de 5 mil estrangeiros – entre eles 30 brasileiros – querem fugir dos bombardeios e da ameaça de incursão terrestre israelense. Nesta manhã, os primeiros comboios de ajuda humanitária entraram em Gaza pela passagem fronteiriça de Rafah.

O chancer Mauro Vieira discursa em cúpula no Cairo sobre a crise na Faixa de Gaza Foto: KHALED DESOUKI / AFP

Condenação ao Hamas

O chanceler voltou a condenar no discurso os atentados do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a tomada de reféns, que deixaram ao menos três brasileiros mortos. Na semana dos atentados, o Itamaraty chegou a ser alvo de críticas em consequência das notas que emitiu sem mencionar o grupo radical palestino como responsável pelos ataques.

Vieira também criticou o veto americano à resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa que o texto - que tinha caráter simbólico - não mencionava o direito de Israel de se defender.

“A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais para a segurança e a vida de milhões de pessoas. Isto não é do interesse da comunidade internacional”, disse Vieira.

Diplomacia unilateral

Segundo diplomatas americanos, o Departamento de Estado preferiu engajar unilateralmente nas negociações no Oriente Médio. Também na quarta-feira, o presidente Joe Biden esteve em Israel, onde negociou com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente egípcio, Abdel Fatah el- Sisi, a entrada de um pequeno comboio humanitário de 20 caminhões em Gaza, liberada neste sábado.

Além disso, Biden negociou junto ao Catar para que o Hamas libertasse duas reféns americanas de cidadania israelense, as primeiras desde que o grupo radical sequestrou 210 pessoas no dia 7.

Resultado imprevisível

Além do Brasil, participam da cúpula com representantes os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Rússia, China, França, Estados Unidos e Reino Unido -, países árabes, países do Golfo, Canadá, África do Sul, Espanha e Alemanha, entre outros. .

A previsão do governo brasileiro é que haja uma rodada de debates e também discursos. A cúpula vai durar todo o dia.

Segundo embaixadores que acompanham a cúpula no Cairo, é difícil prever os resultados e o foco será pressionar para que as decisões sejam tomadas o quanto antes. A perspectiva de iminente invasão em Gaza pelas Forças de Defesa de Israel, como ameaçam os comandantes militares, tornam o cenário imprevisível, segundo um deles.

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