O Itamaraty condenou abertamente o teste nuclear norte-coreano e suspendeu o processo de instalação da Embaixada do Brasil na capital, Pyongyang. O primeiro embaixador brasileiro no país comunista, Arnaldo Carrilho, estava a caminho da Coreia do Norte, mas recebeu a ordem do chanceler Celso Amorim para retardar a chegada ao país até que as Nações Unidas decidam o que fazer com a situação criada pela violação da Resolução 1.718 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), de outubro de 2006.
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Além de condenar o teste nuclear, o governo do Brasil pediu que a Coreia do Norte retome as negociações, "visando à desnuclearização da Península Coreana". Em nota oficial, o Itamaraty também expressou "a expectativa de que (o governo norte-coreano) se reintegre o mais rapidamente possível e como país não nuclearmente armado, ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP)".
O governo brasileiro ainda conclamou Pyongyang a "assinar, no mais breve prazo, o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) e a observar estritamente a moratória de testes nucleares". O Brasil decidiu abrir a primeira embaixada na Coreia do Norte, dentro de uma política de cooptação de países que podem apoiar a candidatura brasileira a uma vaga de membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Mesmo sem grande mobilização, a ONU vem mantendo o debate sobre uma reforma do Conselho, que pode vir a ampliar o número de membros permanentes - hoje são apenas cinco, os chamados "vencedores da Segunda Guerra Mundial": EUA, Rússia, França, China e Reino Unido. O futuro embaixador do Brasil em Pyongyang, Arnaldo Carrilho, já serviu em Bangcoc (Tailândia) e nos escritórios de representação brasileira em Sydney (Austrália) e em Ramallah (Cisjordânia).