‘Brasil volta a ter protagonismo com nova política externa’, afirma Rubens Barbosa


Ex-embaixador do Brasil diz que primeiras medidas do Itamaraty em retornar a acordo migratório e integração regional são positivas, mas alerta que retorno da credibilidade virá com resultados

Por Carolina Marins
Foto: Janete Longo/Estadão
Entrevista comRubens BarbosaPresidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice) e ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington

Com as primeiras medidas tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores sob comando do chanceler Mauro Vieira, o Brasil volta a ter protagonismo no cenário internacional depois de anos de isolamento pelas políticas de Jair Bolsonaro, afirmou ao Estadão o ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington, Rubens Barbosa. Segundo ele, o país já dá os primeiros sinais de saída de isolamento, mas terá enormes desafios para resolver.

Entre as primeiras medidas, o Itamaraty anunciou o retorno do país ao Pacto Global para Migração e à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), algo que já era previsto e muito esperado, de acordo com o embaixador, já que foram pontos importantes da política externa dos primeiros governos Lula.

Porém, agora, o novo chanceler assume tendo o Meio Ambiente como tema central das relações do Brasil com os demais países, especialmente Estados Unidos e Europa; com a missão de retomar a integração com os vizinhos sul-americanos, além de encontrar um mundo lidando com as consequências da invasão russa à Ucrânia.

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Confira trechos da entrevista do Estadão com o embaixador:

O que podemos esperar de Mauro Vieira novamente no comando do Itamaraty, agora com o governo Lula?

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A política externa vai ganhar um vigor como não teve no passado. Veremos a política de diplomacia presidencial e a política de Meio Ambiente sendo colocadas no centro da política externa, dando prioridade para América do Sul, América Latina... Isso tudo vai dar um foco para política externa que a gente não tinha tido nesses últimos quatro anos. É verdade que nos últimos dois anos houve uma mudança na política, com uma atenuação daquelas loucuras que foram feitas nos primeiros dois anos, mas dentro que foi possível fazer, já que é o presidente que manda na política externa.

Essas medidas de agora restabeleceram o caminho tradicional que o Itamaraty sempre teve. Mas agora teremos uma política externa liderada pelo próprio Presidente, e que coloca o Brasil, como o presidente falou, de novo no centro, como protagonista nas relações internacionais. Acho que é uma mudança muito importante.

O que podemos esperar de semelhanças, mas também de diferenças, na política externa desse terceiro governo Lula frente aos dois primeiros mandatos?

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Sabemos que é um outro mundo, inclusive uma das coisas que não foi mencionada nas apresentações é a questão do quadro Global. Justamente esse novo mundo, com uma guerra na Europa, com uma tensão entre os Estados Unidos e a China. E eu acho que dependendo da evolução dos acontecimentos vai haver uma uma divisão do mundo. O mundo ocidental democrático e o mundo, como dizem os Estados Unidos, autocrático. Como é que vai ficar o Brasil? Está insinuado, mas não está claramente dita essa posição de distância do Brasil de defender os valores ocidentais.

O senhor falou de protagonismo, mas como recuperar uma imagem tão desgastada que o Brasil teve nos últimos anos, sendo isolado internacionalmente?

Eu acho que vai ser mais fácil do que a gente pensa. Porque só o fato de ter mudado a política ambiental internamente e externamente já se recupera em grande parte a perda da credibilidade que o Brasil tinha sofrido nos últimos quatro anos. E já vimos exemplos concretos, a Alemanha voltou a participar do Fundo Amazônia, a Inglaterra tá querendo participar também, as conversas com os Estados Unidos nessa área ambiental são muito positivas.

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A outra parte vai depender do resultado dessas políticas internas, de desmatamento zero, de combate ao corte ilícito de madeira, de garimpo ilegal. E vai levar uns seis meses para a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente] apresentar esses resultados. A segunda parte da credibilidade é a política econômica, de restaurar investimento, etc. Você precisa ter estabilidade econômica, transparência, previsibilidade. Se você conseguir isso, você restabelece plenamente a credibilidade do Brasil.

Com as primeiras medidas tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores sob comando do chanceler Mauro Vieira, o Brasil volta a ter protagonismo no cenário internacional depois de anos de isolamento pelas políticas de Jair Bolsonaro, afirmou ao Estadão o ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington, Rubens Barbosa. Segundo ele, o país já dá os primeiros sinais de saída de isolamento, mas terá enormes desafios para resolver.

Entre as primeiras medidas, o Itamaraty anunciou o retorno do país ao Pacto Global para Migração e à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), algo que já era previsto e muito esperado, de acordo com o embaixador, já que foram pontos importantes da política externa dos primeiros governos Lula.

Porém, agora, o novo chanceler assume tendo o Meio Ambiente como tema central das relações do Brasil com os demais países, especialmente Estados Unidos e Europa; com a missão de retomar a integração com os vizinhos sul-americanos, além de encontrar um mundo lidando com as consequências da invasão russa à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Confira trechos da entrevista do Estadão com o embaixador:

O que podemos esperar de Mauro Vieira novamente no comando do Itamaraty, agora com o governo Lula?

A política externa vai ganhar um vigor como não teve no passado. Veremos a política de diplomacia presidencial e a política de Meio Ambiente sendo colocadas no centro da política externa, dando prioridade para América do Sul, América Latina... Isso tudo vai dar um foco para política externa que a gente não tinha tido nesses últimos quatro anos. É verdade que nos últimos dois anos houve uma mudança na política, com uma atenuação daquelas loucuras que foram feitas nos primeiros dois anos, mas dentro que foi possível fazer, já que é o presidente que manda na política externa.

Essas medidas de agora restabeleceram o caminho tradicional que o Itamaraty sempre teve. Mas agora teremos uma política externa liderada pelo próprio Presidente, e que coloca o Brasil, como o presidente falou, de novo no centro, como protagonista nas relações internacionais. Acho que é uma mudança muito importante.

O que podemos esperar de semelhanças, mas também de diferenças, na política externa desse terceiro governo Lula frente aos dois primeiros mandatos?

Sabemos que é um outro mundo, inclusive uma das coisas que não foi mencionada nas apresentações é a questão do quadro Global. Justamente esse novo mundo, com uma guerra na Europa, com uma tensão entre os Estados Unidos e a China. E eu acho que dependendo da evolução dos acontecimentos vai haver uma uma divisão do mundo. O mundo ocidental democrático e o mundo, como dizem os Estados Unidos, autocrático. Como é que vai ficar o Brasil? Está insinuado, mas não está claramente dita essa posição de distância do Brasil de defender os valores ocidentais.

O senhor falou de protagonismo, mas como recuperar uma imagem tão desgastada que o Brasil teve nos últimos anos, sendo isolado internacionalmente?

Eu acho que vai ser mais fácil do que a gente pensa. Porque só o fato de ter mudado a política ambiental internamente e externamente já se recupera em grande parte a perda da credibilidade que o Brasil tinha sofrido nos últimos quatro anos. E já vimos exemplos concretos, a Alemanha voltou a participar do Fundo Amazônia, a Inglaterra tá querendo participar também, as conversas com os Estados Unidos nessa área ambiental são muito positivas.

A outra parte vai depender do resultado dessas políticas internas, de desmatamento zero, de combate ao corte ilícito de madeira, de garimpo ilegal. E vai levar uns seis meses para a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente] apresentar esses resultados. A segunda parte da credibilidade é a política econômica, de restaurar investimento, etc. Você precisa ter estabilidade econômica, transparência, previsibilidade. Se você conseguir isso, você restabelece plenamente a credibilidade do Brasil.

Com as primeiras medidas tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores sob comando do chanceler Mauro Vieira, o Brasil volta a ter protagonismo no cenário internacional depois de anos de isolamento pelas políticas de Jair Bolsonaro, afirmou ao Estadão o ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington, Rubens Barbosa. Segundo ele, o país já dá os primeiros sinais de saída de isolamento, mas terá enormes desafios para resolver.

Entre as primeiras medidas, o Itamaraty anunciou o retorno do país ao Pacto Global para Migração e à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), algo que já era previsto e muito esperado, de acordo com o embaixador, já que foram pontos importantes da política externa dos primeiros governos Lula.

Porém, agora, o novo chanceler assume tendo o Meio Ambiente como tema central das relações do Brasil com os demais países, especialmente Estados Unidos e Europa; com a missão de retomar a integração com os vizinhos sul-americanos, além de encontrar um mundo lidando com as consequências da invasão russa à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Confira trechos da entrevista do Estadão com o embaixador:

O que podemos esperar de Mauro Vieira novamente no comando do Itamaraty, agora com o governo Lula?

A política externa vai ganhar um vigor como não teve no passado. Veremos a política de diplomacia presidencial e a política de Meio Ambiente sendo colocadas no centro da política externa, dando prioridade para América do Sul, América Latina... Isso tudo vai dar um foco para política externa que a gente não tinha tido nesses últimos quatro anos. É verdade que nos últimos dois anos houve uma mudança na política, com uma atenuação daquelas loucuras que foram feitas nos primeiros dois anos, mas dentro que foi possível fazer, já que é o presidente que manda na política externa.

Essas medidas de agora restabeleceram o caminho tradicional que o Itamaraty sempre teve. Mas agora teremos uma política externa liderada pelo próprio Presidente, e que coloca o Brasil, como o presidente falou, de novo no centro, como protagonista nas relações internacionais. Acho que é uma mudança muito importante.

O que podemos esperar de semelhanças, mas também de diferenças, na política externa desse terceiro governo Lula frente aos dois primeiros mandatos?

Sabemos que é um outro mundo, inclusive uma das coisas que não foi mencionada nas apresentações é a questão do quadro Global. Justamente esse novo mundo, com uma guerra na Europa, com uma tensão entre os Estados Unidos e a China. E eu acho que dependendo da evolução dos acontecimentos vai haver uma uma divisão do mundo. O mundo ocidental democrático e o mundo, como dizem os Estados Unidos, autocrático. Como é que vai ficar o Brasil? Está insinuado, mas não está claramente dita essa posição de distância do Brasil de defender os valores ocidentais.

O senhor falou de protagonismo, mas como recuperar uma imagem tão desgastada que o Brasil teve nos últimos anos, sendo isolado internacionalmente?

Eu acho que vai ser mais fácil do que a gente pensa. Porque só o fato de ter mudado a política ambiental internamente e externamente já se recupera em grande parte a perda da credibilidade que o Brasil tinha sofrido nos últimos quatro anos. E já vimos exemplos concretos, a Alemanha voltou a participar do Fundo Amazônia, a Inglaterra tá querendo participar também, as conversas com os Estados Unidos nessa área ambiental são muito positivas.

A outra parte vai depender do resultado dessas políticas internas, de desmatamento zero, de combate ao corte ilícito de madeira, de garimpo ilegal. E vai levar uns seis meses para a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente] apresentar esses resultados. A segunda parte da credibilidade é a política econômica, de restaurar investimento, etc. Você precisa ter estabilidade econômica, transparência, previsibilidade. Se você conseguir isso, você restabelece plenamente a credibilidade do Brasil.

Com as primeiras medidas tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores sob comando do chanceler Mauro Vieira, o Brasil volta a ter protagonismo no cenário internacional depois de anos de isolamento pelas políticas de Jair Bolsonaro, afirmou ao Estadão o ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington, Rubens Barbosa. Segundo ele, o país já dá os primeiros sinais de saída de isolamento, mas terá enormes desafios para resolver.

Entre as primeiras medidas, o Itamaraty anunciou o retorno do país ao Pacto Global para Migração e à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), algo que já era previsto e muito esperado, de acordo com o embaixador, já que foram pontos importantes da política externa dos primeiros governos Lula.

Porém, agora, o novo chanceler assume tendo o Meio Ambiente como tema central das relações do Brasil com os demais países, especialmente Estados Unidos e Europa; com a missão de retomar a integração com os vizinhos sul-americanos, além de encontrar um mundo lidando com as consequências da invasão russa à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Confira trechos da entrevista do Estadão com o embaixador:

O que podemos esperar de Mauro Vieira novamente no comando do Itamaraty, agora com o governo Lula?

A política externa vai ganhar um vigor como não teve no passado. Veremos a política de diplomacia presidencial e a política de Meio Ambiente sendo colocadas no centro da política externa, dando prioridade para América do Sul, América Latina... Isso tudo vai dar um foco para política externa que a gente não tinha tido nesses últimos quatro anos. É verdade que nos últimos dois anos houve uma mudança na política, com uma atenuação daquelas loucuras que foram feitas nos primeiros dois anos, mas dentro que foi possível fazer, já que é o presidente que manda na política externa.

Essas medidas de agora restabeleceram o caminho tradicional que o Itamaraty sempre teve. Mas agora teremos uma política externa liderada pelo próprio Presidente, e que coloca o Brasil, como o presidente falou, de novo no centro, como protagonista nas relações internacionais. Acho que é uma mudança muito importante.

O que podemos esperar de semelhanças, mas também de diferenças, na política externa desse terceiro governo Lula frente aos dois primeiros mandatos?

Sabemos que é um outro mundo, inclusive uma das coisas que não foi mencionada nas apresentações é a questão do quadro Global. Justamente esse novo mundo, com uma guerra na Europa, com uma tensão entre os Estados Unidos e a China. E eu acho que dependendo da evolução dos acontecimentos vai haver uma uma divisão do mundo. O mundo ocidental democrático e o mundo, como dizem os Estados Unidos, autocrático. Como é que vai ficar o Brasil? Está insinuado, mas não está claramente dita essa posição de distância do Brasil de defender os valores ocidentais.

O senhor falou de protagonismo, mas como recuperar uma imagem tão desgastada que o Brasil teve nos últimos anos, sendo isolado internacionalmente?

Eu acho que vai ser mais fácil do que a gente pensa. Porque só o fato de ter mudado a política ambiental internamente e externamente já se recupera em grande parte a perda da credibilidade que o Brasil tinha sofrido nos últimos quatro anos. E já vimos exemplos concretos, a Alemanha voltou a participar do Fundo Amazônia, a Inglaterra tá querendo participar também, as conversas com os Estados Unidos nessa área ambiental são muito positivas.

A outra parte vai depender do resultado dessas políticas internas, de desmatamento zero, de combate ao corte ilícito de madeira, de garimpo ilegal. E vai levar uns seis meses para a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente] apresentar esses resultados. A segunda parte da credibilidade é a política econômica, de restaurar investimento, etc. Você precisa ter estabilidade econômica, transparência, previsibilidade. Se você conseguir isso, você restabelece plenamente a credibilidade do Brasil.

Com as primeiras medidas tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores sob comando do chanceler Mauro Vieira, o Brasil volta a ter protagonismo no cenário internacional depois de anos de isolamento pelas políticas de Jair Bolsonaro, afirmou ao Estadão o ex-embaixador do Brasil em Londres e Washington, Rubens Barbosa. Segundo ele, o país já dá os primeiros sinais de saída de isolamento, mas terá enormes desafios para resolver.

Entre as primeiras medidas, o Itamaraty anunciou o retorno do país ao Pacto Global para Migração e à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), algo que já era previsto e muito esperado, de acordo com o embaixador, já que foram pontos importantes da política externa dos primeiros governos Lula.

Porém, agora, o novo chanceler assume tendo o Meio Ambiente como tema central das relações do Brasil com os demais países, especialmente Estados Unidos e Europa; com a missão de retomar a integração com os vizinhos sul-americanos, além de encontrar um mundo lidando com as consequências da invasão russa à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Confira trechos da entrevista do Estadão com o embaixador:

O que podemos esperar de Mauro Vieira novamente no comando do Itamaraty, agora com o governo Lula?

A política externa vai ganhar um vigor como não teve no passado. Veremos a política de diplomacia presidencial e a política de Meio Ambiente sendo colocadas no centro da política externa, dando prioridade para América do Sul, América Latina... Isso tudo vai dar um foco para política externa que a gente não tinha tido nesses últimos quatro anos. É verdade que nos últimos dois anos houve uma mudança na política, com uma atenuação daquelas loucuras que foram feitas nos primeiros dois anos, mas dentro que foi possível fazer, já que é o presidente que manda na política externa.

Essas medidas de agora restabeleceram o caminho tradicional que o Itamaraty sempre teve. Mas agora teremos uma política externa liderada pelo próprio Presidente, e que coloca o Brasil, como o presidente falou, de novo no centro, como protagonista nas relações internacionais. Acho que é uma mudança muito importante.

O que podemos esperar de semelhanças, mas também de diferenças, na política externa desse terceiro governo Lula frente aos dois primeiros mandatos?

Sabemos que é um outro mundo, inclusive uma das coisas que não foi mencionada nas apresentações é a questão do quadro Global. Justamente esse novo mundo, com uma guerra na Europa, com uma tensão entre os Estados Unidos e a China. E eu acho que dependendo da evolução dos acontecimentos vai haver uma uma divisão do mundo. O mundo ocidental democrático e o mundo, como dizem os Estados Unidos, autocrático. Como é que vai ficar o Brasil? Está insinuado, mas não está claramente dita essa posição de distância do Brasil de defender os valores ocidentais.

O senhor falou de protagonismo, mas como recuperar uma imagem tão desgastada que o Brasil teve nos últimos anos, sendo isolado internacionalmente?

Eu acho que vai ser mais fácil do que a gente pensa. Porque só o fato de ter mudado a política ambiental internamente e externamente já se recupera em grande parte a perda da credibilidade que o Brasil tinha sofrido nos últimos quatro anos. E já vimos exemplos concretos, a Alemanha voltou a participar do Fundo Amazônia, a Inglaterra tá querendo participar também, as conversas com os Estados Unidos nessa área ambiental são muito positivas.

A outra parte vai depender do resultado dessas políticas internas, de desmatamento zero, de combate ao corte ilícito de madeira, de garimpo ilegal. E vai levar uns seis meses para a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente] apresentar esses resultados. A segunda parte da credibilidade é a política econômica, de restaurar investimento, etc. Você precisa ter estabilidade econômica, transparência, previsibilidade. Se você conseguir isso, você restabelece plenamente a credibilidade do Brasil.

Entrevista por Carolina Marins

Jornalista formada pela ECA-USP. Repórter da editoria de Internacional, com interesse em América Latina. Já fiz coberturas in loco na Argentina, em Israel e na Ucrânia

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