Breivik divulga ideologia em anúncios românticos, diz Noruega 


Governo se defende após ser condenado por dar 'tratamento desumano' ao supremacista por mantê-lo em isolamento há cinco anos

OSLO - O Estado norueguês, condenado ano passado por “trato desumano” de Anders Behring Breivik, justificou nesta quarta-feira, 11, o isolamento imposto ao assassino neonazista, acusando-o de querer difundir sua ideologia na prisão. Ele teria tentado usar “anúncios românticos secretos” para falar a seguidores. 

O assassino Anders Behring Breivik faz saudação nazista em tribunal Foto: Lise AASERUD/AFP

A Justiça concluiu em primeira instância que o regime carcerário implica um tratamento desumano a Breivik, argumentando que o fato de o extremista permanecer em regime de isolamento há cerca de 5 anos é uma violação do artigo 3 da Convenção Europeia de Direitos Humanos.

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Hoje, segundo dia da audiência de apelação do Estado contra a condenação, o procurador-geral, Fredrik Sejersted, explicou que Breivik estava seguindo o plano descrito no manifesto que divulgou antes do ataque de 2011. 

No dia 22 de julho daquele ano, Breivik detonou um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, matando oito pessoas. Em seguida, o terrorista seguiu para a ilha de Utoeya, a oeste da capital, onde assassinou a sangue frio com uma metralhadora automática 69 pessoas no acampamento da Juventude do Partido Trabalhista Norueguês. 

“Ele encerrou a fase de combate ativo e agora prossegue com seu projeto de cunho ideológico para formar redes”, afirmou Sejersted. “Temos motivos para acreditar que infelizmente o projeto ideológico de Breivik transcorre como tinha previsto.” 

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Segundo o procurador-geral, o supremacista branco, de 37 anos, tentou utilizar “anúncios secretos em classificados românticos” para falar com seguidores. Ele explicou que Breivik tem garantido direito de utilizar esse recurso para se comunicar. Em um dos exemplos citados pelo procurador, Breivik estipula que a futura namorada “deveria facilitar a publicação” de uma de suas obras. 

Na terça-feira, assim como o fez no julgamento de primeira instância, Breivik entrou no ginásio da prisão fazendo uma saudação nazista para a imprensa. Pelos ataques de 2011, Breivik foi condenado a 21 anos, prorrogáveis de forma indefinida. 

Breivik encontra-se detido separado de outros prisioneiros. Seus contatos com o mundo exterior (visitas, correspondência, etc) são estritamente controlados.

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reference

Na prisão de Skien, onde está, Breivik dispõe de 31 m divididos em um local para viver, uma sala de estudo e um local para fazer exercícios físicos. Também tem a sua disposição uma televisão, um aparelho de DVD, um videogame, livros, jornais, um computador sem conexão à internet e aparelhos de musculação.

As queixas de Breivik vão desde o café frio e os pratos cozidos "piores que o waterboarding" - ou submarino, uma tortura que simula a asfixia - aos centenas de controles corporais aos quais é submetido ou à dor de cabeça, que ele atribui ao isolamento. / AFP e EFE 

OSLO - O Estado norueguês, condenado ano passado por “trato desumano” de Anders Behring Breivik, justificou nesta quarta-feira, 11, o isolamento imposto ao assassino neonazista, acusando-o de querer difundir sua ideologia na prisão. Ele teria tentado usar “anúncios românticos secretos” para falar a seguidores. 

O assassino Anders Behring Breivik faz saudação nazista em tribunal Foto: Lise AASERUD/AFP

A Justiça concluiu em primeira instância que o regime carcerário implica um tratamento desumano a Breivik, argumentando que o fato de o extremista permanecer em regime de isolamento há cerca de 5 anos é uma violação do artigo 3 da Convenção Europeia de Direitos Humanos.

Hoje, segundo dia da audiência de apelação do Estado contra a condenação, o procurador-geral, Fredrik Sejersted, explicou que Breivik estava seguindo o plano descrito no manifesto que divulgou antes do ataque de 2011. 

No dia 22 de julho daquele ano, Breivik detonou um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, matando oito pessoas. Em seguida, o terrorista seguiu para a ilha de Utoeya, a oeste da capital, onde assassinou a sangue frio com uma metralhadora automática 69 pessoas no acampamento da Juventude do Partido Trabalhista Norueguês. 

“Ele encerrou a fase de combate ativo e agora prossegue com seu projeto de cunho ideológico para formar redes”, afirmou Sejersted. “Temos motivos para acreditar que infelizmente o projeto ideológico de Breivik transcorre como tinha previsto.” 

Segundo o procurador-geral, o supremacista branco, de 37 anos, tentou utilizar “anúncios secretos em classificados românticos” para falar com seguidores. Ele explicou que Breivik tem garantido direito de utilizar esse recurso para se comunicar. Em um dos exemplos citados pelo procurador, Breivik estipula que a futura namorada “deveria facilitar a publicação” de uma de suas obras. 

Na terça-feira, assim como o fez no julgamento de primeira instância, Breivik entrou no ginásio da prisão fazendo uma saudação nazista para a imprensa. Pelos ataques de 2011, Breivik foi condenado a 21 anos, prorrogáveis de forma indefinida. 

Breivik encontra-se detido separado de outros prisioneiros. Seus contatos com o mundo exterior (visitas, correspondência, etc) são estritamente controlados.

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Na prisão de Skien, onde está, Breivik dispõe de 31 m divididos em um local para viver, uma sala de estudo e um local para fazer exercícios físicos. Também tem a sua disposição uma televisão, um aparelho de DVD, um videogame, livros, jornais, um computador sem conexão à internet e aparelhos de musculação.

As queixas de Breivik vão desde o café frio e os pratos cozidos "piores que o waterboarding" - ou submarino, uma tortura que simula a asfixia - aos centenas de controles corporais aos quais é submetido ou à dor de cabeça, que ele atribui ao isolamento. / AFP e EFE 

OSLO - O Estado norueguês, condenado ano passado por “trato desumano” de Anders Behring Breivik, justificou nesta quarta-feira, 11, o isolamento imposto ao assassino neonazista, acusando-o de querer difundir sua ideologia na prisão. Ele teria tentado usar “anúncios românticos secretos” para falar a seguidores. 

O assassino Anders Behring Breivik faz saudação nazista em tribunal Foto: Lise AASERUD/AFP

A Justiça concluiu em primeira instância que o regime carcerário implica um tratamento desumano a Breivik, argumentando que o fato de o extremista permanecer em regime de isolamento há cerca de 5 anos é uma violação do artigo 3 da Convenção Europeia de Direitos Humanos.

Hoje, segundo dia da audiência de apelação do Estado contra a condenação, o procurador-geral, Fredrik Sejersted, explicou que Breivik estava seguindo o plano descrito no manifesto que divulgou antes do ataque de 2011. 

No dia 22 de julho daquele ano, Breivik detonou um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, matando oito pessoas. Em seguida, o terrorista seguiu para a ilha de Utoeya, a oeste da capital, onde assassinou a sangue frio com uma metralhadora automática 69 pessoas no acampamento da Juventude do Partido Trabalhista Norueguês. 

“Ele encerrou a fase de combate ativo e agora prossegue com seu projeto de cunho ideológico para formar redes”, afirmou Sejersted. “Temos motivos para acreditar que infelizmente o projeto ideológico de Breivik transcorre como tinha previsto.” 

Segundo o procurador-geral, o supremacista branco, de 37 anos, tentou utilizar “anúncios secretos em classificados românticos” para falar com seguidores. Ele explicou que Breivik tem garantido direito de utilizar esse recurso para se comunicar. Em um dos exemplos citados pelo procurador, Breivik estipula que a futura namorada “deveria facilitar a publicação” de uma de suas obras. 

Na terça-feira, assim como o fez no julgamento de primeira instância, Breivik entrou no ginásio da prisão fazendo uma saudação nazista para a imprensa. Pelos ataques de 2011, Breivik foi condenado a 21 anos, prorrogáveis de forma indefinida. 

Breivik encontra-se detido separado de outros prisioneiros. Seus contatos com o mundo exterior (visitas, correspondência, etc) são estritamente controlados.

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Na prisão de Skien, onde está, Breivik dispõe de 31 m divididos em um local para viver, uma sala de estudo e um local para fazer exercícios físicos. Também tem a sua disposição uma televisão, um aparelho de DVD, um videogame, livros, jornais, um computador sem conexão à internet e aparelhos de musculação.

As queixas de Breivik vão desde o café frio e os pratos cozidos "piores que o waterboarding" - ou submarino, uma tortura que simula a asfixia - aos centenas de controles corporais aos quais é submetido ou à dor de cabeça, que ele atribui ao isolamento. / AFP e EFE 

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