Britânicos fazem filas em postos temendo escassez de gasolina causada pelo Brexit


Sem a força de trabalho imigrante, o país não consegue contratar caminhoneiros com mão de obra local, em virtude dos baixos salários pagos no setor – algo que os opositores do Brexit alertavam que poderia ocorrer

Por Redação

LONDRES - Depois de enfrentar problemas com o desabastecimento de alimentos e bebidas, que levaram a prateleiras vazias no supermercado, alta dos preços e à interrupção de vendas de produtos de fast food como o McDonalds e o KFC, os britânicos agora fazem fila para abastecer seus carros, temendo a escassez de gasolina. A Shell e a BP tiveram de fechar postos de serviço em algumas cidades do país.

O fenômeno, batizado pelos economistas como “compras nervosas”, é produto do desequilíbrio de mão de obra no setor de logística trazido pelo Brexit e a pandemia de covid-19. 

Nesta sexta-feira, 24, houve registro de filas em diversos postos de gasolina no arquipélago depois de o ministro dos transportes Grant Shapps pediu que a população não corresse aos postos e mantivesse a vida num “ritmo normal”. 

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Fila em posto de gasolina no Reino Unido: escassez de caminhoneiros complica distribuição de combustível Foto: REUTERS/Rebecca Naden

O principal nó na logística de fornecimento de produtos no Reino Unido atualmente é a escassez de motoristas de caminhão, atividade essencial na distribuição de bens de consumo pelo país.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, o sindicato da categoria estima que 100 mil trabalhadores que desempenhavam a atividade no país retornaram para o continente, principalmente para o Leste Europeu. O fenômeno foi amplificado pela pandemia, que fez com que muitos europeus residentes no Reino Unido retornassem a seus países de origem. Cerca de 1,4 milhão de europeus deixaram as ilhas britânicas nos últimos 18 meses. 

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Sem a força de trabalho imigrante, o país não consegue suprir a atividade com mão de obra local, em virtude dos baixos salários pagos no setor – algo que os opositores do Brexit alertavam que poderia ocorrer. 

"Não há combustível", diz cartaz em posto da BP no sul da Inglaterra Foto: Ben STANSALL / AFP

Com o enfraquecimento da atividade econômica e as interrupções na vida cotidiana causada pela pandemia, processos de treinamento e habilitação de novos motoristas também foram interrompidos. A esperança do setor é que muitos dos trabalhadores do setor de serviços – duramente afetados pela pandemia – tentem vagas como motoristas de caminhão. Mas esse processo leva tempo.

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A continuidade da crise amplia a pressão sobre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que hesita em abrir concessão para que os imigrantes do Leste Europeu reocupem seus postos no Reino Unido, em um regime emergencial provocado pela escassez. 

As indústrias do setor alimentício e principalmente de brinquedos, temendo que a crise chegue ao Natal, no entanto, pressionam Johnson a ceder. / AP e WASHINGTON POST

LONDRES - Depois de enfrentar problemas com o desabastecimento de alimentos e bebidas, que levaram a prateleiras vazias no supermercado, alta dos preços e à interrupção de vendas de produtos de fast food como o McDonalds e o KFC, os britânicos agora fazem fila para abastecer seus carros, temendo a escassez de gasolina. A Shell e a BP tiveram de fechar postos de serviço em algumas cidades do país.

O fenômeno, batizado pelos economistas como “compras nervosas”, é produto do desequilíbrio de mão de obra no setor de logística trazido pelo Brexit e a pandemia de covid-19. 

Nesta sexta-feira, 24, houve registro de filas em diversos postos de gasolina no arquipélago depois de o ministro dos transportes Grant Shapps pediu que a população não corresse aos postos e mantivesse a vida num “ritmo normal”. 

Fila em posto de gasolina no Reino Unido: escassez de caminhoneiros complica distribuição de combustível Foto: REUTERS/Rebecca Naden

O principal nó na logística de fornecimento de produtos no Reino Unido atualmente é a escassez de motoristas de caminhão, atividade essencial na distribuição de bens de consumo pelo país.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, o sindicato da categoria estima que 100 mil trabalhadores que desempenhavam a atividade no país retornaram para o continente, principalmente para o Leste Europeu. O fenômeno foi amplificado pela pandemia, que fez com que muitos europeus residentes no Reino Unido retornassem a seus países de origem. Cerca de 1,4 milhão de europeus deixaram as ilhas britânicas nos últimos 18 meses. 

Sem a força de trabalho imigrante, o país não consegue suprir a atividade com mão de obra local, em virtude dos baixos salários pagos no setor – algo que os opositores do Brexit alertavam que poderia ocorrer. 

"Não há combustível", diz cartaz em posto da BP no sul da Inglaterra Foto: Ben STANSALL / AFP

Com o enfraquecimento da atividade econômica e as interrupções na vida cotidiana causada pela pandemia, processos de treinamento e habilitação de novos motoristas também foram interrompidos. A esperança do setor é que muitos dos trabalhadores do setor de serviços – duramente afetados pela pandemia – tentem vagas como motoristas de caminhão. Mas esse processo leva tempo.

A continuidade da crise amplia a pressão sobre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que hesita em abrir concessão para que os imigrantes do Leste Europeu reocupem seus postos no Reino Unido, em um regime emergencial provocado pela escassez. 

As indústrias do setor alimentício e principalmente de brinquedos, temendo que a crise chegue ao Natal, no entanto, pressionam Johnson a ceder. / AP e WASHINGTON POST

LONDRES - Depois de enfrentar problemas com o desabastecimento de alimentos e bebidas, que levaram a prateleiras vazias no supermercado, alta dos preços e à interrupção de vendas de produtos de fast food como o McDonalds e o KFC, os britânicos agora fazem fila para abastecer seus carros, temendo a escassez de gasolina. A Shell e a BP tiveram de fechar postos de serviço em algumas cidades do país.

O fenômeno, batizado pelos economistas como “compras nervosas”, é produto do desequilíbrio de mão de obra no setor de logística trazido pelo Brexit e a pandemia de covid-19. 

Nesta sexta-feira, 24, houve registro de filas em diversos postos de gasolina no arquipélago depois de o ministro dos transportes Grant Shapps pediu que a população não corresse aos postos e mantivesse a vida num “ritmo normal”. 

Fila em posto de gasolina no Reino Unido: escassez de caminhoneiros complica distribuição de combustível Foto: REUTERS/Rebecca Naden

O principal nó na logística de fornecimento de produtos no Reino Unido atualmente é a escassez de motoristas de caminhão, atividade essencial na distribuição de bens de consumo pelo país.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, o sindicato da categoria estima que 100 mil trabalhadores que desempenhavam a atividade no país retornaram para o continente, principalmente para o Leste Europeu. O fenômeno foi amplificado pela pandemia, que fez com que muitos europeus residentes no Reino Unido retornassem a seus países de origem. Cerca de 1,4 milhão de europeus deixaram as ilhas britânicas nos últimos 18 meses. 

Sem a força de trabalho imigrante, o país não consegue suprir a atividade com mão de obra local, em virtude dos baixos salários pagos no setor – algo que os opositores do Brexit alertavam que poderia ocorrer. 

"Não há combustível", diz cartaz em posto da BP no sul da Inglaterra Foto: Ben STANSALL / AFP

Com o enfraquecimento da atividade econômica e as interrupções na vida cotidiana causada pela pandemia, processos de treinamento e habilitação de novos motoristas também foram interrompidos. A esperança do setor é que muitos dos trabalhadores do setor de serviços – duramente afetados pela pandemia – tentem vagas como motoristas de caminhão. Mas esse processo leva tempo.

A continuidade da crise amplia a pressão sobre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que hesita em abrir concessão para que os imigrantes do Leste Europeu reocupem seus postos no Reino Unido, em um regime emergencial provocado pela escassez. 

As indústrias do setor alimentício e principalmente de brinquedos, temendo que a crise chegue ao Natal, no entanto, pressionam Johnson a ceder. / AP e WASHINGTON POST

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