Caixão de Elizabeth II: como se preservou o corpo da rainha por tantos dias?


Caixão fabricado com carvalho inglês e revestido com chumbo, com fechamento hermético, foi pensado para retardar decomposição; não se sabe se rainha foi embalsamada

Por Redação

O caixão com o corpo da rainha Elizabeth II chegou nesta quarta-feira, 14, ao Palácio de Westminster, onde ficará exposto por cinco dias em um velório público, para que os súditos britânicos possam dar um último adeus à monarca mais longeva da História do Reino Unido. Até o dia do funeral, marcado para 19 de setembro, a morte da rainha terá completado 11 dias - período em que o corpo foi deslocado pelo país em atos públicos -, o que levantou uma questão: como o corpo da rainha está sendo preservado por tantos dias?

A preservação do corpo da rainha pode ser explicada a partir de alguns fatores. O primeiro deles é o caixão em que a monarca vêm sendo transportada e será sepultada. De acordo com o jornal The Times, a peça fabricada há mais de 30 anos foi feita de carvalho inglês e forrada com chumbo, permitindo um fechamento hermético. A combinação de materiais, segundo especialistas, ajuda a retardar o processo de decomposição.

Caixão da rainha Elizabeth II foi levado ao Palácio de Westminster, em Londres, para um funeral público de cinco dias nesta quarta-feira, 14. Foto: Dan Kitwood via REUTERS
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“É para preservar o corpo o máximo possível, é realmente sobre desacelerar o processo de decomposição”, explicou Sarah Hayes, gerente do museu Coffin Works de Birmingham, a Associated Press. Segundo Hayes, várias autoridades políticas e da família real britânica foram sepultadas em caixões do mesmo material, como o príncipe Philip, a princesa Diana e o ex-premiê Winston Churchill.

A forma como o corpo vem sendo transportado também é fundamental para atrasar a decomposição. Desde que a rainha foi retirada do Castelo de Balmoral, na Escócia, o caixão está fechado. Graças ao fechamento hermético, não há troca de gases e nem a entrada de umidade, o que dificulta a reprodução de micro-organismos que contribuem para a decomposição do corpo.

Rainha foi embalsamada?

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Apesar de haver precedentes históricos de monarcas ingleses que tiveram seus corpos embalsamados para manterem seus corpos preservados por mais tempo - inclusive para permitir eventos fúnebres com caixão aberto -, não há nenhuma informação de que a rainha Elizabeth II tenha optado por ser embalsamada.

Ao longo da História da monarquia inglesa, a adesão à técnica teve altos e baixos. De acordo com o The Daily Star, uma rainha que optou pelo embalsamamento foi Elizabeth I, em 1603, cujo corpo teria ficado guardado por três semanas no Palácio de Whitehall antes de ser sepultado.

Ainda de acordo com a publicação britânica, um relato envolvendo o embalsamamento da primeira Elizabeth teria sido decisivo para a rainha Vitória evitar o processo.

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Quase 400 anos depois da morte de Elizabeth I, a rainha Vitória teria lido relatos escritos pela dama de honra da antiga monarca, lady Elizabeth Southwell. Segundo ela, seis mulheres vigiavam o caixão de Elizabeth à noite quando ouviram um barulho alto vindo do caixão - que seria do corpo e da cabeça da monarca explodindo devido ao acúmulo de gases.

“Possivelmente depois de ler um conto tão sombrio quase 400 anos depois, a rainha Vitória foi inflexível que não queria ser embalsamada”, escreveu o jornal britânico./ com AP e AFP

O caixão com o corpo da rainha Elizabeth II chegou nesta quarta-feira, 14, ao Palácio de Westminster, onde ficará exposto por cinco dias em um velório público, para que os súditos britânicos possam dar um último adeus à monarca mais longeva da História do Reino Unido. Até o dia do funeral, marcado para 19 de setembro, a morte da rainha terá completado 11 dias - período em que o corpo foi deslocado pelo país em atos públicos -, o que levantou uma questão: como o corpo da rainha está sendo preservado por tantos dias?

A preservação do corpo da rainha pode ser explicada a partir de alguns fatores. O primeiro deles é o caixão em que a monarca vêm sendo transportada e será sepultada. De acordo com o jornal The Times, a peça fabricada há mais de 30 anos foi feita de carvalho inglês e forrada com chumbo, permitindo um fechamento hermético. A combinação de materiais, segundo especialistas, ajuda a retardar o processo de decomposição.

Caixão da rainha Elizabeth II foi levado ao Palácio de Westminster, em Londres, para um funeral público de cinco dias nesta quarta-feira, 14. Foto: Dan Kitwood via REUTERS

“É para preservar o corpo o máximo possível, é realmente sobre desacelerar o processo de decomposição”, explicou Sarah Hayes, gerente do museu Coffin Works de Birmingham, a Associated Press. Segundo Hayes, várias autoridades políticas e da família real britânica foram sepultadas em caixões do mesmo material, como o príncipe Philip, a princesa Diana e o ex-premiê Winston Churchill.

A forma como o corpo vem sendo transportado também é fundamental para atrasar a decomposição. Desde que a rainha foi retirada do Castelo de Balmoral, na Escócia, o caixão está fechado. Graças ao fechamento hermético, não há troca de gases e nem a entrada de umidade, o que dificulta a reprodução de micro-organismos que contribuem para a decomposição do corpo.

Rainha foi embalsamada?

Apesar de haver precedentes históricos de monarcas ingleses que tiveram seus corpos embalsamados para manterem seus corpos preservados por mais tempo - inclusive para permitir eventos fúnebres com caixão aberto -, não há nenhuma informação de que a rainha Elizabeth II tenha optado por ser embalsamada.

Ao longo da História da monarquia inglesa, a adesão à técnica teve altos e baixos. De acordo com o The Daily Star, uma rainha que optou pelo embalsamamento foi Elizabeth I, em 1603, cujo corpo teria ficado guardado por três semanas no Palácio de Whitehall antes de ser sepultado.

Ainda de acordo com a publicação britânica, um relato envolvendo o embalsamamento da primeira Elizabeth teria sido decisivo para a rainha Vitória evitar o processo.

Quase 400 anos depois da morte de Elizabeth I, a rainha Vitória teria lido relatos escritos pela dama de honra da antiga monarca, lady Elizabeth Southwell. Segundo ela, seis mulheres vigiavam o caixão de Elizabeth à noite quando ouviram um barulho alto vindo do caixão - que seria do corpo e da cabeça da monarca explodindo devido ao acúmulo de gases.

“Possivelmente depois de ler um conto tão sombrio quase 400 anos depois, a rainha Vitória foi inflexível que não queria ser embalsamada”, escreveu o jornal britânico./ com AP e AFP

O caixão com o corpo da rainha Elizabeth II chegou nesta quarta-feira, 14, ao Palácio de Westminster, onde ficará exposto por cinco dias em um velório público, para que os súditos britânicos possam dar um último adeus à monarca mais longeva da História do Reino Unido. Até o dia do funeral, marcado para 19 de setembro, a morte da rainha terá completado 11 dias - período em que o corpo foi deslocado pelo país em atos públicos -, o que levantou uma questão: como o corpo da rainha está sendo preservado por tantos dias?

A preservação do corpo da rainha pode ser explicada a partir de alguns fatores. O primeiro deles é o caixão em que a monarca vêm sendo transportada e será sepultada. De acordo com o jornal The Times, a peça fabricada há mais de 30 anos foi feita de carvalho inglês e forrada com chumbo, permitindo um fechamento hermético. A combinação de materiais, segundo especialistas, ajuda a retardar o processo de decomposição.

Caixão da rainha Elizabeth II foi levado ao Palácio de Westminster, em Londres, para um funeral público de cinco dias nesta quarta-feira, 14. Foto: Dan Kitwood via REUTERS

“É para preservar o corpo o máximo possível, é realmente sobre desacelerar o processo de decomposição”, explicou Sarah Hayes, gerente do museu Coffin Works de Birmingham, a Associated Press. Segundo Hayes, várias autoridades políticas e da família real britânica foram sepultadas em caixões do mesmo material, como o príncipe Philip, a princesa Diana e o ex-premiê Winston Churchill.

A forma como o corpo vem sendo transportado também é fundamental para atrasar a decomposição. Desde que a rainha foi retirada do Castelo de Balmoral, na Escócia, o caixão está fechado. Graças ao fechamento hermético, não há troca de gases e nem a entrada de umidade, o que dificulta a reprodução de micro-organismos que contribuem para a decomposição do corpo.

Rainha foi embalsamada?

Apesar de haver precedentes históricos de monarcas ingleses que tiveram seus corpos embalsamados para manterem seus corpos preservados por mais tempo - inclusive para permitir eventos fúnebres com caixão aberto -, não há nenhuma informação de que a rainha Elizabeth II tenha optado por ser embalsamada.

Ao longo da História da monarquia inglesa, a adesão à técnica teve altos e baixos. De acordo com o The Daily Star, uma rainha que optou pelo embalsamamento foi Elizabeth I, em 1603, cujo corpo teria ficado guardado por três semanas no Palácio de Whitehall antes de ser sepultado.

Ainda de acordo com a publicação britânica, um relato envolvendo o embalsamamento da primeira Elizabeth teria sido decisivo para a rainha Vitória evitar o processo.

Quase 400 anos depois da morte de Elizabeth I, a rainha Vitória teria lido relatos escritos pela dama de honra da antiga monarca, lady Elizabeth Southwell. Segundo ela, seis mulheres vigiavam o caixão de Elizabeth à noite quando ouviram um barulho alto vindo do caixão - que seria do corpo e da cabeça da monarca explodindo devido ao acúmulo de gases.

“Possivelmente depois de ler um conto tão sombrio quase 400 anos depois, a rainha Vitória foi inflexível que não queria ser embalsamada”, escreveu o jornal britânico./ com AP e AFP

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