Ao menos 14 peregrinos jordanianos morreram enquanto realizavam os rituais relacionados ao Hajj, uma peregrinação sagrada a Meca, na Arábia Saudita, que os muçulmanos são incentivados a fazer uma vez na vida, informou a agência oficial de notícias da Jordânia no domingo, 16.
Os peregrinos morreram em decorrência da exposição ao sol extremo e ao calor, disse a agência, com base em um relatório do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia. Em Meca, as temperaturas chegaram a quase 43º no domingo, e estudos recentes indicaram que as mudanças climáticas aumentarão os riscos à saúde na região. Outros 17 peregrinos estavam desaparecidos, disse a agência.
Este ano, o Hajj começou na sexta-feira, 14, e terminará na próxima quarta-feira, 19. Espera-se que 1,8 milhão de peregrinos participem, de acordo com a Autoridade Geral de Estatísticas, uma agência governamental saudita.
A Agência de Imprensa Saudita relatou no sábado que o centro médico do país para exaustão pelo calor tratou 225 peregrinos por estresse térmico e fadiga. Mortes também ocorreram durante peregrinações anteriores, incluindo por pisoteamentos.
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Em 2015, mais de 700 pessoas morreram em um pisoteamento. Muitos peregrinos, que frequentemente são mais velhos, também sofreram estresse térmico nos últimos anos, com dezenas morrendo devido ao calor. A peregrinação é um dos cinco pilares da fé muçulmana, e muitos dos rituais ocorrem ao ar livre, em Meca e no deserto circundante.
Cientistas alertaram que as condições climáticas serão severas quando o Hajj, que segue o calendário lunar, ocorrer durante o verão, como aconteceu este ano. Medidas de alívio ajudaram a reduzir os casos de estresse térmico, dizem os cientistas. Autoridades sauditas anunciaram que usaram sprays de névoa de água para resfriar o ar e forneceram água, guarda-chuvas e transporte com ar-condicionado para os peregrinos.